O Projeto 1153 Orel foi um ambicioso plano da Marinha Soviética para o desenvolvimento de um porta-aviões de 72.000 toneladas durante a Guerra Fria, na década de 1970..

Este projeto refletia o crescente interesse da União Soviética em expandir suas capacidades navais para além da defesa costeira e guerra submarina, buscando uma presença mais assertiva nos oceanos do mundo.

O Orel deveria ser significativamente maior do que os cruzadores porta-aeronaves anteriores da URSS, dotado de duas catapultas a vapor e com capacidade para uma ala aérea mais substancial, incluindo caças e aeronaves de suporte. Ele deveria operar com as aeronaves MiG-23K, MiG-27K, Yak-44E, MiG-29K e Kamov Ka-27.

O navio também seria dotado de 20 silos de lançamento verticais para mísseis de cruzeiro antinavio.

O projeto possivelmente contemplaria um sistema de propulsão nuclear, permitindo maior autonomia e alcance operacional.

A União Soviética enfrentava desafios significativos em termos de tecnologia de porta-aviões e restrições orçamentárias. A complexidade e o custo do Projeto 1153 eram enormes.

O Projeto Orel acabou não sendo concretizado e acabou influenciando o também abortado programa Ulyanovsk.

As imagens em 3D do Projeto 1153 Orel deste post são do artista digital Jamison Cunningham, Clique nas imagens para ampliar.

LEIA TAMBÉM:

O porta-aviões soviético ‘Ulyanovsk’

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Moriah

Apenas um elevador a margem do convés já denota a idade do projeto

Dalton

Penso que não. Os britânicos cancelaram o “CVA-01” em meados da década de 1960 que também teria o elevador dianteiro “interno” quando a US Navy já tinha vários NAes com todos os elevadores “a margem do convés”, por conta de terem experimentado problemas com elevadores dianteiros à margem do convés considerados em posição mais frágil quando em mar bravio por exemplo e/ou por encontrar-se mais próximo da superfície da água então se procurou obter as vantagens de ambos os tipos. . Em NAes maiores e mais “altos” com relação a superfície da água aparentemente os problemas são pequenos, mas, há… Read more »

Jonathan Pôrto

Não teria propulsão nuclear outra vez … Lembra até o Brasil!!

Patta

Lindo porta aviões. No caso dele e do yantze que está em um lagoa na China, ambos podem ser um porta aviões-cruzador? Por terem silos na parte da frente dos navios.

Carlos Crispim

ESPETACULAR!!!

RENATO

Também sei fazer desenho, inclusive de nave para voar à velocidade da luz…

Last edited 4 meses atrás by RENATO
Santamariense

A primeira foto, em preto e branco, é uma montagem ou imagem digital?

Esteves
Santamariense

👍👍👍

Fábio Jeffer

Lembra o Kuznetzov

Neto

O que mais gostei desse projeto é que o ângulo de vento para quem vai decolar e pousar é virtualmente o mesmo, nas duas catapultas inclusive.

Carlos Campos

Eu achei lindo esse design

Alex Barreto Cypriano

Ainda bem que não levaram até o fim: na primeira falha de captura a aeronave impactaria na lateral do porta-aviões. Por quê? Comparem a saída da landing lane no Orel e no Kuznetsov, e depois com todos os supercarriers -convencionais e nucleares- da USN. Qual o defeito de origem? O ângulo de inclinação muito pequeno da landing lane e a posição do seu eixo na popa coincidindo com o eixo longitudinal do navio. Reputo este ‘erro’ ao mau design dos sponsons, possivelmente pela presença das estranhas plataformas. Nessa altura do campeonato, os sovieticos já sabiam que iam desmoronar porque sua… Read more »

Alex Baurreto Cypriano

Aqui, uma exposição das lições aprendidas nos CVs/CVNs sobre arranjo/design do convoo, escrito por Vitale pro Naval Engineers Jornal em 1978:
https://www.scribd.com/document/61731993/Flight-Deck-Design-Guidelines

Last edited 4 meses atrás by Alex Baurreto Cypriano
Alex Barreto Cypriano

Quem foi o aloprado que colocou um ‘u’ no meu nome? Não tem o que fazer na sua vidinha infeliz?

Nota da moderação:
O “aloprado” foi vc mesmo na hora de fazer o login.
Mas fique tranquilo, acontece com frequência uma pessoa errar uma tecla!

Alex Barreto Cypriano

O login é automático.

Bigliazzi

Em paradas militares e maquetes os Russos são invencíveis… Já na guerra real…

Um Simples Brasileiro

Parece mais largo que o habitual.

Um Simples Brasileiro

Daria uma boa série ficcional tipo “Patrulha Estelar Soviética”.

Um Simples Brasileiro

Mesmo nunca tendo sido produzido, um nautimodelo/naviomodelo não cairia mal…

ChinEs

o BRASIL poderia comprar esse projecto e construir localmente…

Rafael Gustavo de Oliveira

Prezados bom dia… uma dúvida, uma vez li que a velocidade do navio aeródromo é importante para o lançamento das aeronaves, algo relacionado também a direção do vento e tals (não me lembro os detalhes)….para operações com aeronaves não tripuladas onde normalmente são equipadas com motores traseiros à hélice a velocidade da embarcação é importante? se a embarcação tiver ski jump influencia?
Obs – Caso tenha escrito alguma besteira, peço desculpa, confesso que sou leigo nessa questão…abraço

Rafael, numa decolagem convencional (assistida ou não por catapulta), tanto faz o conjunto hélice / motor estar no nariz ou cauda. O que importa é o vento relativo passando pelas asas, que geram a sustentação da aeronave. Se a decolagem dessa suposta aeronave não tripulada exigir, digamos, 150km/h de velocidade (ou seja, que ela acelere numa corrida de decolagem até que o ar passando pela asa esteja a 150km/h) e o navio estiver navegando a 50km/h (cerca de 28 nós) a aeronave só precisará atingir por conta própria a velocidade de 100 km/h para decolar. Isso porque a velocidade do… Read more »

Rafael Gustavo de Oliveira

Obrigado pela resposta nunão, ficou muito mais claro agora

Neto

Excelente Nunão!

Antonio Cançado

Belo projeto.
Pena que a falência da URSS o manteve nesse nível.