O primeiro navio de patrulha oceânica da classe OPV 93C, projetado pela Cotecmar para a Armada da Colômbia, já passou quase da metade de seu processo de construção.

Foram construídos 16 blocos do total de 36 que compõem o casco e a superestrutura.

Desenvolvido como parte de um programa ambicioso para modernizar e expandir as capacidades da Armada da Colômbia, o OPV 93 foi projetado com especificações técnicas avançadas para operações de patrulha oceânica. Com um design robusto e versátil, ele é adequado para uma variedade de missões, incluindo vigilância marítima, busca e salvamento, e proteção de recursos marinhos.

Imagens em 3D do OPV 93C

Principais dimensões

Comprimento total: 93 m
Boca total: 14 m
Profundidade (até o primeiro convés): 7 m
Calado (em deslocamento máximo) 4,1 m
Deslocamento 2.665 t

Performance

Velocidade máxima: 18 nós
Alcance: Até 10.000 milhas náuticas (a 12 nós)
Endurance: 40 dias – com 64 pessoas

20 dias – com 109 pessoas

Capacidades

Combustível (Diesel): 392 m³
Combustível do helicóptero (JP5): 44 m³
Combustível de embarcação (Gasolina): 13 m³
Água fresca: 67 m³
Tripulação e passageiros: 64 tripulantes + 45 passageiros

Propulsão

Motores: 4 x 2200kW (CODAD)

2 x 4800kW (+2 x 630 ekW CODELOD)

Propulsores: 2 hélices de passo controlável
Bow pusher: > 1 x 390 kW

Propulsão elétrica

Geradores principais: 4 X 375 kWe (CDAD)

4 x 740 kWe (CODEDO)

Gerador de emergência: 1 X 200 kWe

Capacidades

  • Convés de voo para helicóptero de até 11 toneladas e Veículo Aéreo Não Tripulado (UAV), com hangar;
  • Reabastecimento de RAS, FAS, HIFR e VERTREP;
  • Porta de popa e rampa para lançamento de barco de interdição até 14 metros;
  • Sistema de lançamento lateral (DAVIT) para lançamento de barcos de apoio à interdição de até 7 metros;
  • Dois Contêineres de Missão de 40’ (Modularidade 2 TEU)

Características especiais

  • Sistema de estabilização de rolagem (U-tank)
  • 1 Guindaste de convés SWL 5 t até 10 m

IMAGENS: Via @SA_Defensa, no X

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marcos.poorman

Diferentemente de um estaleiro no Brasil que está construindo para a MB quatro fragatas, o Coctemar parece ser mais transparente com a opinião pública e os pagadores de impostos.

O mínimo que se exige é transparência e comunicação.

Camargoer.

Caro. Acho que todo o processo das FCT até é transparente para os órgãos de fiscalização. O problema é a comunicação social mequetrefe.

Willber Rodrigues

Com frequência eu tenho a impressão de que é mais fácil ter acesso a fotos, dados e mídia social sobre o Álvaro Alberto, do que sobre o programa das FCT’s…
O que é curioso, já que o programa PROSUB tambem foi bem “aberto” em questão de comunicação social por parte da MB e do estaleiro. O que não falta no PN eram matérias e fotos sobre isso.
Isso me faz questionar o motivo desse “secretismo” todo em volta desses navios….

Camargoer.

Mequetrefismo… riso.

Allan

Acredito que muito no que diz respeito das FCTs é um grande medo da marinha de chamar atenção negativamente e cancelarem o projeto (Criação da ENGEPRON) então enquanto o primeiro navio nao for lançado acho dificil a Marinha fazer algum alarde a respeito do programa.

Alex Barreto Cypriano

Cancelar como se o dinheiro pra pagar tudo já está na mão da EmGeProN há anos e sendo investido no mercado de capitais rendendo até centenas de milhões por ano? Se não divulgam mais é porque não o querem. Mas por quê?… Porque dessa vez a bandalheira está muito visível.

Last edited 3 meses atrás by Alex Barreto Cypriano
Jagderband#44

Quase uma “fragata” de patrulha oceânica.

Moriah

Nada impede a Cotecmar de ampliar o tamanho do projeto para uma fragata leve de até 3.500 toneladas ou mais.

No One

Nada impede, é só redesenhar totalmente o navio, refazer o projeto … coisinha
de nada, nem iria comprometer a estabilidade e o desempenho do navio ampliar para mais 30% ou 40% .

O projeto já aparenta estar perto do limite, com aquelas superestruturas excessivamente altas e desproporcionais.

Allan

Ta muito longe de uma fragata, pois não importa o peso oq manda é oq tem dentro, se for é mais facil uma fragata virar um OPV do que um OPV se tornar uma fragata.

Gabriel

Embarcação muito interessante, e com deslocamento que mais se assemelha a uma corveta.
Seria interessante uma cooperação industrial com a Cotemar: compra de prateleira ou com transferência de tecnologia 4 ou 5 OPV’s e vender dois ou três classe Riachuelo.

Moriah

Aqui o OPV de 2.000 toneladas deve vir do projeto da Emgepron.

Adriano madureira

Aquele OPV Stealth, o 500Br🤔😆⁉️

Rafael Gustavo de Oliveira

Acho interessante o hangar, ajudaria muito nas operações de longa duração protegendo o helicópero/sarp das intempéries, além de espaço para manutenção que acaba refletindo
num melhor aproveitamento da patrulha, salvamento, etc….pensando longe….poderia ter um mesclado para cada distrito naval (grupamento aéreo + ipv/opv + fuzileiro naval) aí seria excelente.
Obs – Um OPV grande nos daria capacidade de cumprir boa parte das missões que uma marinha em tempo de paz tem e preservaria os outros meios de combate.

Allan

Compensa muito não, pois 5 OPVs não da nem pro começo aqui no Brasil e para um pais que esta construindo fragatas e submarinos, compensa muito mais usar projetos dos socios dos projetos nacionais e manter a mão de obra brasileira do que fazer algum tipo de barganha no qual não vai render uma boa quantidade de meios e empregos.

Tomcat4,5

Concordo contigo ,agora e os classe Amazonas que temos como produzir mais unidades e até hoje nada ??? Nem os Napa 500 sairam ainda (pior as Macaés que de mais de 20 cairam pra 5 e até hoje não temos as 5).

Edu

Quando vi a foto na chamada pensei que era a Tamandaré… mas não.
Rsrsrs

Moriah

Maior que a Fassmer OPV80. No layout identifiquei apenas uma torre de 76 mm e pelo menos duas armas menores. Não foram descritas, quais seriam?

Nemo

Podem ser 2 de até 30mm remotamente controladas ou até 4 12,7 mm com operação humana.

Santamariense

Controlados remotamente:
• 1 canhão Oto Melara/Leonardo 76/62
• 1 Canhão Orbital ATK M242 Bushmaster 25 mm
• 2 metralhadoras Browning M-2HQC de 12,7 mm

Controlados manualmente:
• 2 metralhadoras M-60E4 7,62 × 51 mm

Preparação para receber, eventualmente, um ou dois lançadores quádruplos para mísseis anti-navio (SSM-700K C-Star).

Henrique A

Esse canhão de 76mm é exagerado para patrulha. Um canhão desse vale milhões de dólares, não vale a pena encarecer um patrulha com um armamento exagerado desses.

Dalton

Muitos “OPVs” são armados com canhões de 76 mm porque se entende que
eles poderão ter que enfrentar alguma hostilidade e/ou complementar tarefas
de uma marinha “pequena” quando então poderão ser armados além de um canhão com maior alcance, até mesmo mísseis, então por menor que seja essa possibilidade é bom poder contar com elas se necessário.

Santamariense

Exato!

Jadson S. Cabral

A depender do OPV, um canja desse pode custar facilmente 1/4 do valor do navio, acredito eu. Dessa forma, não vejo muita vantagem colocar uma arma cara dessas num navio de patrulha que dificilmente vai precisar usá-lo. E tem mais, essa coisa de achar que navio patrulha vai fazer diferença em guerra naval contra navios d guerra de verdade só pq tem um canhão de 76mm me parece loucura. Tomou dois tiros do mesmo calibre e afunda, já quentão são preparados para isso.

Leonardo

Até que não está ruim não, praticamente o mesmo deslocamento do OPV 2600 da Damen, que eu preferia a ser escolhido pela MB em uma futura negociação.

Vovozao

11/01/2024 – quinta-feira, bnoite; GALANTE, de quem é esse projeto???

Dr. Mundico

Está mais para uma corveta bombada, bem interessante para trazer agilidade no patrulhamento das águas do Pacífico.

Nativo

Parabéns a Colômbia pela cosntrucao do seu opv, espero que tenha continuidade.

Patta

Cairía bem pra modernizar os meios de patrulha maritíma dos 4°DN, 2°DN e do 3°DN.

Last edited 3 meses atrás by Patta
Henrique A

O problema é que com essas dimensões seria uma classe relativamente cara para adquirir em quantidade.

Nossas águas territoriais são imensas, no caso da patrulha nós temos que favorecer mais a quantidade que a qualidade, quer dizer, temos que escolher uma classe menor e mais modesta em performance para ter quantidades maiores; o importante é ter navios novos, operacionais, padronizados e adequados para a missão.

Last edited 3 meses atrás by Henrique A
Patta

Cairia bem pra modernizar os meios de patrulha marítima dos 2°DN, 3°DN e 4°DN por que há necessidade. Ressalto que todo meio moderno é bom, seja ele OPV ou NP500 toneladas e claro, profissionais qualíficados Brasileiros para a sua produção em território nacional. Um prefeito da Ilha de marajó que fica no estado do Pará, denunciou que existe pesca ilegal chinesa na região, e afirmou que a Guiana Francesa possui estrutura mais eficaz para lidar com a situação, evitando a aproximação dos navios em sua costa.

https://areferencia.com/americas/invasao-silenciosa-pesca-ilegal-chinesa-e-suposta-hidropirataria-atingem-ilha-do-para/

Last edited 3 meses atrás by Patta
Henrique A

O Brasil é “entreposto comercial” de drogas para Europa e África, além de todo tipo de contrabando ocorrer a vera no nosso litoral, o que não falta e ilícito para se combater nas nossas águas.

Srs

Mais quem disse que nossas autoridades querem resolver o problema!
Emgeprom a empresa que mais deu prejuízo ao Estado ano passado,cabide de emprego para almirates da reserva.

Fernando "Nunão" De Martini

Emgeprom a empresa que mais deu prejuízo ao Estado ano passado”

Essa informação não procede.
Não se trata de “prejuízo”.
A empresa foi capitalizada entre 2018 e 2019 em mais de 10 bilhões de reais para o programa da classe Tamandaré e do navio polar.

O que aparece como déficit nessa conta são simplesmente os pagamentos à SPE Águas Azuis (em Itajaí) e ao estaleiro Jurong (em Aracruz), que constroem os navios. Para os pagamentos são utilizados os recursos dessa capitalização feita anos atrás.

Há matérias aqui no Poder Naval sobre isso.

FERNANDO

Enquanto isso, aqui no Brasil, tem gente que defendendo que o Arsenal da Marinha seja transferido para iniciativa privada. E nem falamos na EMGEPRON.
Enquanto isso a Colômbia tem a Cotecmar, que graças a Deus vai muito bem obrigado.
Por isso dá certo né?

Zorann

US$ 36.5 milhões o custo do navio.
Quanto custa mesmo um NaPa 500t?

Augusto José de Souza

A MB não tem planos de mais navios de patrulha oceânicos como mais classe Amazonas para todos os DNs e também uma segunda classe como as OPVs francesas que podem ser construídas em Itaguaí?

Alex Barreto Cypriano

Adorei o arranjo do galpão: ambiente único, largo (uns 60 metros de largura, por certo, dado o arco de cobertura) possibilitando trabalhos paralelos em três fileiras, com guindastes de pórtico e viga rolante pra translação longitudinal e transversal, além dos trilhos e carros que são melhores que rodas. Quão limitado parece o galpão onde se constrói a primeira Tamandaré, com seus múltiplos pórticos separando a área coberta em 3 naves sem conexão fácil

Alex Barreto Cypriano

Fui medir no Google maps: o galpão tem ~ 50 (largura) x 80 (comprimento, uns 4.000 m²). Poderia ter 50% a mais no comprimento, mas já tá bom assim. O galpão do Estaleiro Brasil Sul tem ~ 90 x 110, e a nave central tem uns 36 de largura (30 livres entre faces de colunas, uns 3.960 m², 3.300 m² livre de estruturas). Não é muito diferente em área, afinal…

Marcelo Andrade

Pronto, contagem regressiva para comentarem aqui que a Colombia é uma potencia naval e que a MB deveria comprar e bla, bla, bla!!! Aqui a grama do vizinho sempre é mais verde!

Adriano madureira

E porquê não 🤔⁉️ Estamos necessitados de OPVs, não estou falando de comprar uma quantidade similar aos tais 500Br Stealth ,mas acho que quatro navios de tal classe e dimensões, seria um bom reforço para a nossa desfalcada patrulha naval O Brasil sempre quer que nossos vizinhos comprem os produtos de nossa BID, mas não há o mesmo sentimento de nossa parte. Poderíamos por exemplo adquirir dois ou três navios da classe macassar, para servir de navio nave-mãe, talvez um tipo de expeditionary Sea base em versão diminuta, com lanchas rápidas e helicópteros para ajudar no patrulhamento contra navios hostis.… Read more »

Camargoer.

Olá Adriano. A MB tem trẽs grandes programas de construção naval para os próximos anos. 1) Prosub (concluir os Scorpenes e iniciar o SBN), FCT e as NaPa500 (incluindo os navios caça-minas)

Não há planos para construir novas OPV nos próximos 4 anos.

JPonte

A indústria naval colombiana é um excelente paradigma na América Latina com projetos próprios e cópias nacionais de projetos internacionais de sucesso …..
Está se tornando exportadora de navios de combate na Amarica Latina também …..

Gabriel BR

Cotemar é o melhor estaleiro sul americano , Projeto TOP!
https://www.youtube.com/watch?v=2emd2dbpPxc
PAF- Cotemar …
Aprende com a Colômbia, MB!