Entrega e comissionamento do ‘Humaitá’, o segundo submarino Scorpène brasileiro totalmente fabricado no Brasil

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Em 12 de janeiro, o segundo dos quatro submarinos Scorpène® do programa Prosub foi comissionado pela Marinha do Brasil na base naval de Itaguaí, na presença de José Mucio Monteiro, ministro da Defesa brasileiro, e Emmanuel Chiva, Delegado Geral para Armamentos da França. O Humaitá foi totalmente construído no Brasil pela Itaguaí Construções Navais (ICN) graças a uma Transferência de Tecnologia do Naval Group.

O Humaitá completou com sucesso seus testes marítimos e agora foi entregue e entrou em serviço na Marinha do Brasil. O primeiro submarino do programa ProSub, o Riachuelo, foi comissionado pela Marinha do Brasil em setembro de 2022. Os dois submarinos restantes da série, Tonelero e Angostura, serão lançados respectivamente em 2024 e 2025.

Pierre Éric Pommellet, CEO do Naval Group, disse: “Hoje, com a DGA da França, celebramos o sucesso de nossa cooperação com a ICN e nossa relação de longo prazo e colaboração com o Brasil. O sucesso deste programa é coletivo e visa fortalecer a Marinha e a indústria brasileiras, bem como reforçar a influência regional e global do país. Estamos orgulhosos de fazer parte do programa Prosub com todos os nossos parceiros. Nossas equipes permanecem comprometidas em continuar atendendo às expectativas da Marinha do Brasil.”

A entrega do Humaitá reflete o sucesso da transferência de tecnologia realizada pelo Naval Group com a ICN, joint venture do grupo com a Novonor, que fornece ao país equipamentos de ponta fabricados no Brasil. Este evento também demonstra a sólida presença internacional do Naval Group e sua capacidade de desenvolver transferências de tecnologia ambiciosas no âmbito de parcerias internacionais.

Naval Group, um Parceiro Estratégico de Longo Prazo da Soberania Brasileira

Submarino Humaitá (S41) em provas de mar

Em 2009, no âmbito do acordo de cooperação de defesa estratégica franco-brasileiro, a Marinha Brasileira escolheu o Naval Group para o seu Programa de Desenvolvimento de Submarinos, o programa ProSub. O Brasil decidiu reforçar sua força submarina com quatro novos submarinos convencionais (SSK) e o desenvolvimento de um submarino nuclear de propulsão própria (SSN).
Os submarinos Scorpène® do programa Prosub são fabricados e montados no estaleiro construído em Itaguaí pela ICN.

O Naval Group contribuiu para este programa transferindo tecnologia, fornecendo o projeto de design do submarino, os equipamentos que compõem os submarinos e assistência técnica. Equipes do estaleiro ICN também foram treinadas na França em técnicas de construção de submarinos, como parte de um vasto programa de treinamento para soldadores, formadores, montadores de tubulação e eletricistas brasileiros. Este treinamento, juntamente com a assistência técnica, permite que a ICN domine todo o processo de produção, desde a formação de chapas metálicas até a comissionamento e teste dos sistemas a bordo.

O Naval Group também selecionou e qualificou muitos fornecedores locais que se juntaram à sua cadeia de suprimentos para o contrato ProSub, mas também para outras oportunidades de negócios. Desta forma, os parceiros da empresa podem ter acesso a novos mercados, destacando o conhecimento e a experiência adquiridos através do programa. O Naval Group assim contribui para o desenvolvimento de um robusto ecossistema industrial naval brasileiro. Centenas de funcionários do Naval Group também estão trabalhando nos bastidores em todos os sites franceses.

O Naval Group também apoia a Marinha do Brasil no projeto e construção do primeiro submarino nuclear brasileiro e fornecerá suporte além da construção dos submarinos durante todo o ciclo de vida dos navios.

Scorpène®, uma Referência Chave de Submarinos de Ataque Convencionais para Marinhas

Torpedo F21
O Scorpène é equipado com torpedos F21

O Scorpène® é um submarino moderno, de alto desempenho e furtivo. Robusto e duradouro, é um submarino oceânico também projetado para operações em águas rasas. Multipropósito, cumpre toda a gama de missões, como guerra anti-superfície e antissubmarino, operações especiais e coleta de inteligência. Extremamente furtivo e rápido, possui um nível de automação operacional que permite um número limitado de tripulação, o que reduz significativamente seus custos operacionais. Sua vantagem em combate é destacada pelo fato de possuir 6 tubos de lançamento de armas, 18 armas (torpedos, mísseis).

O Scorpène® está equipado com o sistema de combate de última geração SUBTICS®, que atende aos crescentes desafios das missões modernas de submarinos em águas azuis e rasas em todo o domínio da guerra submarina. Altamente modular e escalável, o SUBTICS® pode ser integrado tanto em novas plataformas quanto como parte de programas de modernização para submarinos existentes.

Além desses quatro submarinos Scorpene®, outras dez unidades projetadas e adaptadas pelo Naval Group para o mercado de exportação estão em serviço operacional ou em construção ao redor do mundo: dois para a Marinha Chilena, dois para a Marinha Malaia e seis para a Marinha Indiana. Esses sucessos demonstram tanto a capacidade do Naval Group de fornecer submarinos de primeira classe quanto de transferir tecnologia com sucesso.

A configuração final do submarino é adaptada para atender às necessidades específicas das marinhas e incorporar novas tecnologias. Por exemplo, o Scorpene® brasileiro será um pouco mais longo que o modelo convencional para transportar uma tripulação maior e mais comida e combustível. Essas modificações permitirão que ele patrulhe por mais tempo e cubra maiores distâncias.

Todos os submarinos brasileiros Scorpène® serão equipados com o novo torpedo pesado F21 da Naval Group, do qual o Brasil é o primeiro cliente internacional.

Sobre o Naval Group

O Naval Group é um parceiro da soberania marítima de seus clientes. Um ator internacional em defesa naval e herdeiro do know-how naval francês, o Naval Group desenvolve soluções inovadoras para atender às necessidades das marinhas. Presente em todo o ciclo de vida dos navios, o grupo projeta, constrói, integra e mantém submarinos e navios de superfície, bem como seus sistemas e equipamentos, até o desmantelamento. Ele também fornece serviços para estaleiros e bases navais. Uma empresa de alta tecnologia, baseia-se em sua expertise excepcional, seus recursos únicos de design e produção e sua capacidade de estabelecer parcerias estratégicas e transferências de tecnologia bem-sucedidas. Atenta aos desafios da responsabilidade social corporativa, o Naval Group é membro do Pacto Global das Nações Unidas. Com operações em cinco continentes, o grupo tem um faturamento de 4,3 bilhões de euros e emprega 16029 pessoas (equivalentes em tempo integral / dados de 2022).

FONTE: Naval Group

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RPiletti

Me preocupa a perda das equipes formadas para o Prosub… o submarino de propulsão nuclear convencionalmente armado é algo que parece tão distante…

Camargoer.

Segundo o PPA, os gastos com os Scorpenes estão previstos até 2026. Não há previsão orçamentária para os Scorpenes a partir de 2027.

Por outro lado, há previsão orçamentária de recursos da ordem R$ 160 milhões anualmente até 2026, subindo para cerca de R$ 1,5 bihão a partir de 2027.

Neste panorama, sabemos que já foi iniciada a contrução da seção de homologação do casco do SN10, sendo que construção propriamente dita começará em 2027.

RPiletti

Haviam obstáculos com o reator do SN10, foram resolvidos?

Camargoer.

Todo o sistema de geração de vapor e as partes mecânicas estão prontas. O vaso do reator está sendo fabricado na Nuclep. Creio que está andando.

Um sistema complexo como um reator nuclear sempre terá obstáculos e desafios. Até agora, o cronograma de construção, homologação e operação crítica estão mantidos.

Vitor Botafogo

Informações para Ingles ver. Parece que em 2026 haverá um milagre segundo os planejadores do orçamento do ministério da economia. Estão empurrando o problema pro proximo governo e se o atual governo permanecer vão seguir mantendo tudo a conta gota.

Underground

O Orçamento da União tem sido uma obra de fantasia por longas décadas.

Camargoer.

Olá Under… vocẽ está misturando o PPA, que é um documento orientador das despesas para os próximos quatro anos com a LDO, que é a lei que autoriza os gastos anualmente.

O PPA serve de parâmetro, inclusive para nosso debate.

Filipe Prestes

Na verdade a lei que autoriza de fato o alocamento do orçamento á despesa é a LOA. A LDO, como diz o nome, é apenas a definição de metas. De qualquer forma, me preocupa o fato de que em 2027 a ICN possa estar sem qualquer atividade. A construção dos NAPA 500 deveria servir pra manter as equipes trabalhando nesse gap da Riachuelo pra o subnuc.

Camargoer.

Olá FIlipe. Você tem razão. Uma coisa é a LDO e a outra é a LOA. Obrigado pela correção

Itaguaí começará a contruir o SN10 para valer em 2027, Dai, pode contar uma década. Então, o estaleiro estará ocupado até 2034~2035

Last edited 3 meses atrás by Camargoer.
Camargoer.

Caro Vitor. Já discutimos bastante sobre o orçamento de 2024. Há uma matéria sobre isso no “Forte”. Recomendo vocẽ ler os comentários. Toda nova administração deve apresentar uma lei chamada “Plano Plurianual” ou PPA para 4 anos. Na administração anterior, o plano era para o periodo 2020~2023. Agora foi apresentado um plano para 2024~2027. O PPA não é orçamento. É um planejamento que orientará os gastos nos próximos anos. Ele indica quais são os programas governamentais que serão desenvolvidos e os recursos necessários para sua execução. O orçamento, propriamente dito, é a lei que autoriza os gastos. Ele é aprovado… Read more »

Joli Le Chat

Naquele filme The Wolf’s Call (Le Chant du Loup), o submarino é um Scorpène?

Dalton

A marinha francesa não opera submarinos convencionais, a indústria francesa conservou a expertise em submarinos convencionais, portanto se não me falha a memória seria um SSN da classe “Rubis” o nome ficcional.

Camargoer.

Acho que não. A marinha francesa usa apenas submarinos nucleares, tanto para o transporte de mísseis balísticos quanto para a missão de ataque.

Eu não lembro qual o modelo do submarino do filme, mas acho que era um submarino de ataque. Então seria um Suffren (mais novos) ou Rubi (mais antigos)

Afonso Bebiano

O filme apresenta um hipotético SSN e outro hipotético SSBN.

Camargoer.

Sim. São todos hipotéticos, mas a pergunta era se seria um hipotético Scorpene…. No contexto da marinha francesa, teria que ser hipoteticamente um Suffren ou um Rubi….porque nem hipoteticamente a Maringá francesa operária um Scorpene

Ricardo

O que a Marinha vai (está a) fazer com os 3 submarinos descomissionados no último ano? E a médio e longo prazo? Serão vendidos? Vendidos como sucata? Afundados?

Camargoer.

Então… a janela de oportunidade para vendê-los já fechou. Ninguém mostrou interesse quando os submarinos estavam operacionais. Será improvável que alguém mostre interesse em submarinos que ficaram encostados por anos.

Tem um submarino que estava em PMG. Talvez se algum país tivesse interesse, seria possível concluir o PMG, mas acho improvável. Poderiam ter conversado com a Argentina no início de 2023.

Vai ser sucata, a não se que um deles seja transformado em museu. Neste caso, meu favorito seria transformar o Tikuna em museu.

RPiletti

Dizer em PMG é elogio, eu diria abandonado…

Camargoer.

Riso. Decadance avec elegance..

Afonso Bebiano

Décadence sans aucune élégance.

BK117

“Tem um submarino que estava em PMG. Talvez se algum país tivesse interesse, seria possível concluir o PMG, mas acho improvável. “

Caro Camargoer, se não me engano o que estava em PMG era o Tamoio, certo? Pelo o que dizem, ele tinha um problema grave que não compensava consertar.

Camargoer.

Então.. não compensava para a MB que tem a perspectiva de incorporar quatro Scorpenes novos. Uma outra marinha que esteja com dificuldades para incorporar um submarino novo possa concluir que seria mais barato concluir o PMG, aproveitando as peças dos outros Tupis…. Eu realmente, não acredito que a MB consiga fazer isso ou qualquer outra venda de submarinos usados. A janela de oportunidade se fechou com o advento da pandemia de Covid. Quem sabe, algum país se interesse por um Scorpene novo… quem sabe (outra viagem) a MB venda um dos submarinos em vias de ser concluído, abrindo a chance… Read more »

Felipe Mendes

Espero que tenha um segundo lote.

Fabio CDC

Não haverá, infelizmente.

Snake

Virou mãe Diná pra prever o futuro agora?

Sd PM Natan

Seria um sonho um segundo lote dos subs e um segundo lote de Tamandarés, ficaríamos relativamente bem na fita

Afonso Bebiano

A realidade orçamentária fica muito longe disso.

Augusto José de Souza

Devem vir em breve,as fragatas Tamandaré tem duas adicionasse previstas e depois deve vir o segundo lote e os submarinos Riachuelo já avançaram para mais lotes e até construir para outros países com Marrocos demonstrando interesse.

Vitor

Fico feliz com a Notícia por estarmos reforçando os meios com alto valor agregado. Mas também não posso deixar passar o comentário de que este programa iniciou em 2008, Tinha previsão de entrega da primeira unidade no fim de 2015, Segunda unidade em 2017 e o quarto Sub Convencional em 2021, mesma data que seria entregue o SN-BR. Pra quem é Jovem, vale lembrar que os Governantes daquela época são os mesmos, que também prometerem super obras da Copa, das Olimpiadas e não entregaram e atrasaram varias frentes. O Prosub, modernização dos AMX, KC-390 entre outros varios programas chaves. Quem… Read more »

Augusto

10 anos e mais 4 meses entre o corte da 1a chapa e o comissionamento é um tempo impressionante, sobretudo para o 2o submarino, que costuma não ser tão demorado como o 1o. Mas, enfim, chegou.

Kommander

Cara, você tá no Brasil, tudo nesse país é demorado. As vezes eu tenho nojo de morar aqui, pois transformam algo simples em complicado.

Akhinos

Desculpe a sinceridade, mas esse tipo de fala é de uma obtusidade que só revela sua incapacidade de sequer perceber do que se tratava o programa . Se o objetivo fosse meramente construir submarinos já teriamos os 4 scorpenes a uma década. Mas esse nunca foi o objetivo, pois se tratava de um programa de transferência de tecnologias críticas que seriam fundamentais para o SN – BR. Eu acho que o camarada confunde ganhar proeficiência na construção de submarinos, bem como o consequente treinameto de mão de obra qualificada para tal empreitada com o desafio que você enfrentou lendo tutoriais… Read more »

Vitor Botafogo

O Problema foi Dinheiro. As ideias megalomaniacas de sair anunciando projetos e obras bilionárias e inacabadas. E aí vem os Aditivos e cortes de orçamento, porque o Estado Brasileiro não tem capacidade de manter tanto gasto. Tem muita gente pendurada na teta e sobra pouco pras FA (que não da voto).

EduardoSP

Tem muita gente pendurada é nas tetas das FA.

Kommander

Esse sonho megalomaníaco da marinha existe desde os anos 80, quase 50 anos se passaram e o projeto anda a passos de tartaruga. Eu tenho minhas dúvidas que o primeiro sub nuclear vai sair do papel, imagina um segundo. “Ain, nós aprendemos, sabemos fazer sozinhos. Agora vai!”

Aham! Eu já vi esse filme antes.

Matheus

EDITADO
Vamos manter o bom nível, por favor.

Kommander

Tem gente que se esforça pra não entender as coisas.

EduardoSP

Estão aí as três tentativas de construir uma indústria naval para justificar nossa reticência com o PROSUB. Bilhões de transferências dos governos para empresas sem resultado algum. Agora querem tentar pela quarta vez.

Last edited 3 meses atrás by EduardoSP
Gabriel Moreira

Alguém sabe quando os demais serão entregues?

Samuca Cobre

Um ainda neste ano e o último em 2025
Eu ñ acredito muito, mas…

Augusto José de Souza

O toneleiro entra esse ano em testes de mar e o angustura ano que vem,espero que venham mais lotes depois como o projeto está bem avançado.

Franz A. Neeracher

“Tonelero”

Augusto José de Souza

Corretor de celular é fogo

Franz A. Neeracher

Tb conheço esse problema 🙂

Paulo Sollo

Excelente finalmente ver a MB vai saindo da obsolescência para atualidade tecnológica com meios muito capazes e novos em folha entrando em serviço. É uma nova era que está sendo Inaugurada e ao que tudo indica deve alcançar o objetivo final deste projeto que é o Álvaro Alberto. Pode melhorar bastante não apenas almejando aumento no orçamento mas principalmente quando a MB decidir por em prática a tão necessária reforma estrutural para, estancar este ralo sugador de recursos que é este vício em produzir oficiais e principalmente altos oficiais em número exorbitante tanto na ativa quanto consequentemente na reserva. Off… Read more »

Palpiteiro

Parabéns. Muito sucesso para a nova embarcação

Makarov

Espero que todo o conhecimento aprendido não se perda e o Brasil finalmente possa desenvolver e construir submarinos de forma autóctone.

Santamariense

não se perCa*

Leandro Costa

Interessante que eu nunca havia percebido que o nome ‘Scorpéne’ é uma marca registrada.

Fernando "Nunão" De Martini

Com acento e tudo.

Camargoer.

Passou uma reportagem agora há pouco no GNews sobre o S41. Uma curiosidade foi a reportagem mencionar que ele pode ficar 5 dias submerso. Acredito que isso seja a capacidade de bateria. Para mim, é uma informação nova.

Fernando "Nunão" De Martini

Há muitas variáveis para se falar em x dias. Podem ser 5 dias navegando silenciosamente submerso, ou 5 dias parado no leito marinho. Pode ser várias coisas.

Com o uso de snorkel a cada x dias para recarga de baterias esse tempo submerso vai se prolongando. Por exemplo, quando o Riachuelo navegou do Rio para Salvador ida e volta, foi informado pelo comandante que as pernas foram feitas sem subir à superfície.

Orivaldo

Compraram esse Francês só por causa do Sub Nuc ?

JPonte

Parabéns a Marinha do Brasil .
Parabéns a todo sistema nacional industrial envolvido e comprometido .
Desejo que não falte recursos para este importante projeto , que seja dado continuidade com possível expansão da frota de submarinos que é um meio muito eficaz de defesa e de levar preocupação a força atacante .

Camargoer.

Olá JP. Entre 2009 e 2014, o ProSub recebeu em média R$ 1,5 bilhão. Ocorreu uma redução entre 2015 e 2018, recebendo cerca de R$ 600 milhões. De 2019 e 2022 foram apenas R$ 300 milhões. Este ano retornou a cerca de R$ 1 bilhão e a precisão é receber R$ 1,3 bilhão entre 2024 e 2026, quando será concluído os Scorpenes. Em 2027 há previsão de R$ 1,5 bilhão para o SBN.

Machado

Informações interessantes. Onde se conclui que após o impeachment da presidente o Brasil sofreu atrasos em tudo. Os governantes posteriores _______ pra defesa nacional.

EDITADO. MANTENHA O BLOG LIMPO.
LEIA AS REGRAS DO BLOG:
https://www.naval.com.br/blog/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Camargoer.

Sai dados disponíveis no relatório da MB.

Rinaldo Nery

Não há qualquer relação entre os fatos. Não defenda o indefensável.

Afonso Bebiano

Essa governante produziu considerável crise econômica, que se prolongou após seu afastamento.
Entre outras consequências, houve diminuição nos repasses ao ProSub.

Alex Barreto Cypriano

Off Topic: as Constellation vão atrasar um ano. Além da falta e evasão de mão de obra (estão dando prêmios pro trabalhador ficar até o fim da construção) o design das Connies (baseado no parent design da FrEMM) não passou nos testes do Naval Surface Warfare Center, Carderock, ficando abaixo dos padrões pra operar em mar grosso e demandou modificações demoradas. Aqui:
https://news.usni.org/2024/01/11/first-constellation-frigate-delayed-at-least-a-year-schedule-assessment-ongoing
Todo programa naval, aqui e lá, sofre das desilusões sobre ilusões iniciais então tidas como justificativas vantajosas. Aprenderemos algo ou cinicamente aceitaremos tudo como imprevisível acaso?

Paulo Sollo

Neste caso parece que há algo mais complexo que ilusões iniciais sendo desfeitas. A USNavy apelou para um projeto europeu após experiências com projeto muito mal sucedidos que sugaram rios de investimentos para basicamente entregarem problemas crônicos e custos de manutenção exorbitantes. Não se viram capazes de criar algo novo realmente eficiente e confiável e sem custos astronômicos, como se tornou corriqueiro a tempos nos projetos militares dos eua, e tiveram a humildade de descer de seu pedestal e recorrer aos italianos. Mas agora até projeto consagrado das FREEM não é capaz de suportar mar grosso?! Não teriam sido as… Read more »

Kommander

Incrível que as FREEM nunca apresentaram problemas, estão operando e só recebem elogios.

Os EUA tem um histórico de esnobar tudo que vem de fora no meio militar, um exemplo disso foi a maracutaia que fizeram para o Super Tucano não ganhar da concorrência lá, pois o lobby é muito grande…

Outra coisa, nos últimos anos, em especial, a corrupção está ficando escancarada em alguns projetos militares, preços acima da média, produtos superfaturados…

Alex Barreto Cypriano

Caro Paulo Sollo, a matéria diz que o problema com mar grosso foi detectado no teste do modelo do casco da FFG-62 (de fato, as FrEMM não apresentam tal problema; problema criado na ‘americanização’ – daí que eu desconfie muito de alterações aparentemente inócuas como estica e puxa, torce e alarga de casco). Penso que a estratégia do parent design falhou em confiar demais em Ctrl C + Ctrl V pra ganhar tempo e legar teste em modelo pra uma fase em que o design já estaria muito avançado. Já sobre os LCSs, muita água rolou sobre a ponte e… Read more »

Last edited 3 meses atrás by Alex Barreto Cypriano
Dalton

Essa “americanização” é necessária para atender especificações da US Navy que segundo informado a maioria irá operar no Pacífico baseadas em Everett no Estado de Washington quando então os Arleigh Burkes baseados lá irão para outras bases. . Nunca foi intenção simplesmente construir uma FREMM e sim usar uma como base e adicionar o que fosse necessário tornando-a mais capaz de operar com os demais meios navais e aéreos e preencher requisitos dos EUA e isso não tem nada a ver com “esnobar” como escrito acima e sim que a US Navy está em um patamar muito mais elevado e… Read more »

Alex Barreto Cypriano

Sim, mestre Dalton, não uma FrEMM mas uma variação americana da FrEMM. Variação que demandou logo de início, além de alargar o casco, substituir componentes e sistemas de fornecedores estrangeiros por outros de fornecedores nacionais além dos GFEs. Dizem que existem riscos técnicos consideráveis nesse recheio sem testes adequados, daí que alguém lembrasse da necessidade de LBETS (land based engineering and test sites, que também não foram usados nos LCSs mas o foram nos Spruances, nas OHPs, nos Ticonderogas, nos Burkes e Zumwalts; parece que a China os usa em abundância…). Aí é que surge o paradoxo: o parent design… Read more »

Last edited 3 meses atrás by Alex Barreto Cypriano
Dalton

Usar a fragata italiana como base ainda assim será vantajoso por mais problemas que surjam diante das modificações necessárias
não dá para se querer perfeição no planejamento ainda mais quando se tem pressa e mesmo os tipos de navios que você citou como os
“Ticonderogas” também se teve percalços.
.

Alex Barreto Cypriano

Sim, caro Dalton. Puxando pela memória, o casco dos Ticos é o dos Spruance com pequena modificação na amurada da proa…

Fabio Araujo

Excelente notícia!

Fabio Araujo

OFF – Ontem um helicóptero UH-12 do HU-91 caiu em Manaus
Segundo nota do 9º Distrito Naval: “A Marinha do Brasil informa que a aeronave 7055 do 1° Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Noroeste (EsqdHU-91) sofreu um acidente, na manhã de hoje (12), durante um voo de adestramento, na Base Aérea de Manaus. Os tripulantes da aeronave foram atendidos no Hospital de Aeronáutica de Manaus e passam bem. As causas e circunstâncias do acidente estão sendo apuradas”

Nativo

Uma alento a defesa nacional.
Que prossiga com sucesso.

Corsario137

Saudadez das revistas impressas

Felipe

Torço para adicionarem um quinto submarino classe Riachuelo pelo menos , bem como pelo segundo lote de 4 Tamandare.

Augusto José de Souza

Tem duas Tamandaré adicionais previstas no atual contrato e os submarinos avançaram conversas para mais lotes para a MB e construir para vender para outros países e Marrocos demonstrou interesse.

Santamariense

Não, não tem. Eu já te expliquei em outro tópico tempos atrás. Segundo a própria MB, esse contrato atual NÃO prevê unidade adicionais. Para uma 5ª, 6ª ou mais unidades das Tamandaré será necessário negociar um novo contrato.

Machado

Poderia adicionar mais 02 unidades. Considero 06 um número aceitável para o orçamento militar brasileiro. Quanto às Tamandaré, número aceitável seriam 12 unidades.

Augusto José de Souza

Vai que depois dessas duas unidades adicionais construam outras ou até embarcações maiores baseados na MEKO A-300.

Santamariense

Te respondi acima. Unidades extras das Tamandaré, precisa de novo contrato. O atual não prevê aditivos.

Renan

Nunão

Isso significa que hoje se o Brasil entrar em guerra naval os dois submarinos classe Riachuelo está em condições de combate?
Já temos como armar eles?
As tripulações já está treinada?

Fernando "Nunão" De Martini

O Riachuelo está num nível de adestramento acima do Humaitá, que inicia agora, dentro do setor operativo, a avaliação de sua tripulação em nível operativo, voltado a doutriba / combate, e não mais apenas de aceitação do produto do estaleiro. É a chamada CIASA. Todo navio passa por isso quando é recebido, ou depois de passar certo tempo em manutenção.

Ambos os submarinos podem levar os armamentos especificados para a classe.

FELIPE

resumindo se fosse necessário ambos submarinos seriam utilizados em combate hoje

Souto

Boa tarde amigo Nunao existe verba para construir o primeiro o primeiro Npa BR 500?esse ano?

Augusto José de Souza

Praticamente sim,agora é saber quando começam as obras,o estaleiro e o nome da classe e de cada um dos navios.

Souto

Obrigado amigo Augusto.

Santamariense

De cada 10 posts seus, 9 são sobre os navios de 500 ton, sempre perguntando a mesma coisa! Calma, espera! Quando houver algo novo sobre o tema, será publicado.

Patta

Vejo que o futuro da nossa esquadra seja:
4 fragatas Tamandaré
4 submarinos classe Riachuelo
1 submarino nuclear
1 Nae classe Ocean “Atlântico”

Camargoer.

Oĺa Patta. Acho que para os próximos 15 anos será mais ou menos isso. Talvez o número de FCT fique entre 6~8. Também é preciso incluir o G40 Bahia nos meios da esquadra. Considerando a cadência de uma FCT por ano. a MB tem até 2025 para assinar um novo contrato para FCT adicionais, que seriam entregues a partir de 2029, portanto antes do SN10 (previso para 2034, mas esta data é apenas aproximada por enquanto. Depende da homologação do reator do Labgene) Outro ponto é que o A140 e o G40 têm mais uns 15~20 anos de operação cada.… Read more »

Patta

 G40 Bahia  foi erro meu por que acabei esquecendo dele hahaha
acho que é bem mais provável a aquisição, do que um novo navio do tipo.

Santamariense

Inclua o Bahia nessa lista. Quanto ao 3º item…não há certeza de nada sobre ele.