• Um laboratório que trabalha com equipamentos de guerra eletrônica para o Exército de Libertação Popular (PLA) da China mostra como satélites e mísseis podem ser usados para atacar um grupo de porta-aviões.
  • Pesquisadores dizem que ‘a guerra eletrônica no espaço exterior usando constelações de satélites de baixa órbita tornou-se um meio importante de guerra de informação’.

Um grupo de ataque de porta-aviões americanos navega pelo oceano a toda velocidade. Com aviões de combate, seu alcance de combate é de 1.000 km (620 milhas).

De uma distância de 1.200 km (745 milhas), uma salva de mísseis hipersônicos chineses antinavio é lançada para o céu. Eles sobem mais de 200 km (124 milhas) e, em seguida, seguem para os navios de guerra dos EUA, cujos radares não os detectam até 10 minutos após o lançamento. Nesse ponto, os mísseis estão a apenas 50 km (30 milhas) de distância.

É assim que um ataque simulado por computador se desenrolou em um laboratório de pesquisa chinês em Chengdu – um exercício que mostrou como o Exército de Libertação Popular pode usar armas espaciais para atacar um grupo de ataque de porta-aviões americano.

O líder do projeto foi Liu Shichang, um cientista do Laboratório de Controle de Informações Eletrônicas em Ciência e Tecnologia. O laboratório secreto trabalha com equipamentos de guerra eletrônica para o exército chinês, sob a corporação estatal China Electronics Technology Group Corporation.

Liu disse que os mísseis passaram despercebidos porque o sistema de guerra eletrônica baseado no espaço da China estava suprimindo os radares dos navios de escolta de maneira “de cima para baixo”.

“Altura de comando sempre foi uma tática crucial na guerra desde os tempos antigos”, escreveram Liu e a equipe na revista chinesa revisada por pares na revista Contramedidas Eletrônicas a Bordo em dezembro.

“Com a evolução do conceito de guerra e o avanço da tecnologia, o espaço tornou-se uma nova altura de comando ferozmente disputada pelas potências militares do mundo.”

Mísseis balísticos DF-26

Na simulação, os mísseis chineses tinham apoio de vários satélites de guerra eletrônica de baixa órbita que estavam posicionados acima do porta-aviões americano, de acordo com o artigo.

Os satélites encontraram sinais de radar dos navios de guerra dos EUA e então dispararam sinais semelhantes e de alta potência – de modo que, mesmo que as ondas de radar estivessem sendo refletidas pelos mísseis, os ecos não pudessem ser distinguidos do forte ruído de fundo.

A equipe de Liu concluiu que uma constelação de satélites de baixa órbita tinha algumas “vantagens únicas” em uma missão desafiadora como esta.

Plataformas baseadas no espaço – ao contrário de aeronaves de guerra eletrônica, por exemplo – operam além das fronteiras nacionais, então podem ser mobilizadas rapidamente em todo o mundo e cobrir uma gama mais ampla de combate.

E como esses satélites estão em órbita a apenas algumas centenas de quilômetros, os sinais de interferência que eles emitem para baixo “sofrem mínima perda de potência, requerem receptores e potência de transmissor menos sensíveis e são mais viáveis para engenharia”, disse a equipe de pesquisa.

Ela disse que a China está “avançando com pesquisas e aplicações relacionadas” e que “a guerra eletrônica no espaço exterior usando constelações de satélites de baixa órbita tornou-se um meio importante de guerra de informação”.

Com base em seu estudo, os pesquisadores acreditam que dois ou três satélites seriam suficientes para atacar um grupo de porta-aviões, enquanto uma constelação de apenas 28 satélites apoiaria um ataque global.

Mísseis hipersônicos DF-17

A simulação da equipe de Chengdu foi baseada no radar SPY-1D da Marinha dos EUA, usado principalmente pelos destróieres da classe Arleigh Burke para detectar mísseis antinavio de longo alcance.

A Lockheed Martin fabrica o radar e disse à mídia dos EUA no ano passado que ele poderia permanecer em serviço até 2060.

A série SPY-1 está em operação desde a década de 1970, o que significa que o exército chinês está bem familiarizado com suas capacidades, de acordo com os pesquisadores.

Eles acreditavam que dois satélites poderiam ser usados para suprimir o mesmo radar de diferentes ângulos, criando “falsos alertas aéreos à frente, ao lado e atrás do inimigo”.

Então, quando os mísseis antinavio chineses estão a 50 km (30 milhas) do alvo, “os satélites completam sua missão de supressão, os jammers a bordo dos mísseis são ativados e os mísseis executam manobras terminais para maior penetração até destruírem o alvo”, disse o artigo.

Um ataque de longo alcance a um grupo de ataque de porta-aviões é considerado difícil de alcançar – satélites, mísseis e navios são todos alvos móveis de alta velocidade. Mas a equipe de Liu afirma que sua simulação – que estabeleceu um cronograma e um alcance espacial para tal ataque – mostra que é possível.

Eles observaram que outros países, como os EUA e a Rússia, também estavam procurando sistemas espaciais para esse cenário.

Bombardeiro chinês H-6K com míssil balístico YJ-21

O míssil hipersônico usado na simulação não foi divulgado, mas o artigo enfatizou que ele diferia de um míssil balístico tradicional em sua capacidade de manobrar durante a fase terminal – o que significa que ele poderia se aproximar de um alvo em uma trajetória imprevisível.

O alcance declarado do míssil é semelhante ao do “matador de porta-aviões” YJ-21 da China. Acredita-se que o míssil hipersônico antinavio seja capaz de alcançar velocidades de até Mach 10, o que deixaria um sistema de defesa aérea inimigo com menos de 20 segundos para reagir.

Especialistas militares acreditam que o YJ-21 foi implantado em navios de guerra como o destróier Type 055. A equipe de Chengdu não divulgou a plataforma para lançamento dos mísseis em sua simulação.

Em outra simulação no ano passado, por pesquisadores da North University of China, mísseis hipersônicos chineses foram lançados de terra em direção a um grupo de ataque de porta-aviões dos EUA.

Pouco mais de 20 mísseis hipersônicos foram desdobrados para atacar a frota naval americana naquele cenário, mas ativos espaciais não foram usados e os mísseis chineses foram detectados desde o lançamento pelos EUA.

Destróier Type 055

FONTE: South China Morning Post

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Bosco

Tenham dó!
Essa eu passo.

No One

Eu lhe entendo. Essa é a mesma China que chora lágrimas de crocodilo quando os EUA derrubam satélites como fossem mangas maduras, acusando os yankees de querer uma “corrida espacial armamentista ” , choram e berram porque é uma corrida que sabem que não podem vencer.

Fazem propostas contra a militarização do espaço para amarrar as mãos dos EUA a um tratado que só um idiota assinaria.

Assinar um eventual tratado agora seria equivalente a doar de mão beijada o tempo necessário que os chineses precisam para cobrir essa lacuna tecnologica.

No One

O autor da matéria deve ter esquecido que a USN tem alguns mísseis ordinários/medíocres (SM-3, SM- 6 …etc), completamente operacionais que já estão aptos a derrubar derrubar esses satélites … Os Aegis da Marinha dos EUA provaram já que poderiam ser rapidamente adaptados para abater satélites… È só querer, já demostram e o recado deve ter chegado lá em Pequim. Sobre “o alcance dos grupos de ataque dos porta-aviões “, lamento informar ao autor, mas a USN já está introduzindo UCAVs de reabastecimento como o Stingray( MQ-25) que ampliam consideravelmente o raio de combate das aeronaves da navy… Tudo isso… Read more »

Last edited 3 meses atrás by No One
Bosco

A simulação peça em levar em consideração dois fatores como sendo primordiais e que não são de fato. Um deles é supor que a defesa de um CSG é baseada só na defesa hard-kill, a outra é supor que a capacidade ofensiva anti A2-AD é concentrada no CSG. Nos dois caso há um completo equívoco. Novos e altamente avançados sistemas de ECM em caças e combatentes de superfície estão sendo implantados com capacidades de bloquear a chain kill em um nível extremente alto e a capacidade ofensiva inicial anti A2-AD se baseia sobretudo na capacidade dos bombardeiros da USAF. https://www.defensenews.com/air/2024/01/18/where-might-the-us-station-its-b-21-bombers-to-deter-china/… Read more »

Ciclope

Derrubada de satélites não é muito fácil em caso de guerra. Um inimigo pode por exemplo, usar a cobertura de satélites civis, assim você seria obrigado a derrubar todos os satélites na órbita baixa, mesmo os seus. Se no caso, ainda for um satélite como esse da matéria, focado em guerra eletrônica para confundir o radar de defesa do grupo tarefa, os próprios missão lançados conta ele, podem sofrer i referência.

Oscar

“It’s the end” da supremacia naval dos EUA; que já não dá conta nem do Ansar Allah do Iêmen.

Esta semana, inclusive, as companhias de seguro sobretaxaram mercantes dos EUA; já que não há mais garantia por parte da US Navy…

Já no ocidente resta…

Gustavo

Poderia militar da China e algo que impressiona, mais uma base boa para o Brasil que investimento em satélite, mísseis.

Bruno Vinícius

Parafraseando algo que disse em uma matéria anterior: “South China Morning Post” é tudo o que eu preciso saber sobre essa matéria.

Esteves

Bem…

No One

Uma coisa é certa… A cooperação entre o Brasil e o Grupo de Mídia da China (CMG…) está a todo vapor…

Marcelo

Esses chineses tem uma tara em afundar porta-aviões dos Estados Unidos. Acho que o problema para a China não nem tanto afundar o porta-aviões e sim o quê vem depois.

adriano Madureira

Os porta – aviões americanos, além de serem poderosos e serem uma ferramenta de grande projeção de poder, onde Washington policia o mundo e a galáxia, são a joia da coroa yankee…

Perder alguns deles teria o mesmo impacto ou maior do que aconteceu em Pearl Harbour, onde foram humilhados pelos japoneses.

Afundá-los primeiro seria algo prioritário, e certamente não desceria bem pela goela dos arrogantes americanos.

Yuri

Sim, os americanos foram humilhados pelos japoneses. O que veio depois mesmo?

Akah-130

Naquele momento, foram humilhados mesmo. Ninguém falou do que veio depois, esquizo

Rogerio Loureiro Dhierio

Acho que tem um pouco de ufanismo aí.
Querem amedrontar na retórica de um exercício simulado!!!

Se fosse de fato algo crível de usarem em um confito, duvido muito que os chineses abririam as táticas para atacar o arco inimigo chinês.

Outro detalhe.

Tem que multiplicar por 11 essa saraivada aí.

Allan Lemos

Tem que multiplicar por 11 essa saraivada aí.

Negativo, os EUA não iriam jamais concentrar os 11 porta-aviões em um único local, isso comprometeria a projeção de poder e segurança de tropas americanas em outros cantos do globo.

Mas não tem essa de abrir as táticas, usar os satélites e os mísseis balísticos para neutralizar os EUA não é novidade, é a estratégia óbvia.

Rogerio Loureiro Dhierio

“Negativo, os EUA não iriam jamais concentrar os 11 porta-aviões em um único local,…..”

Allan com todo respeito.
Parei de ler seu comentário ali na palavra local.
Nem sei o que vc falou depois.

ABS.

Esteves

As imagens do missil DF-17 estão tão porcamente manipuladas digitalmente que parecem tortos.

RPiletti

Esteves, simplificando, o DF-17 é um propulsor com um planador na ponta. Ele tem essa aparência quando está sobre o veículo lançador.

Bosco

Os mísseis podem ser classificados em 2 grandes grupos, os que percorrem toda a trajetória sob força propulsiva e os que percorrem apenas parte da trajetória sob força propulsiva sendo o restante por inércia ou/e planando. O primeiro grupo é formado pelos mísseis de cruzeiro, que podem ser subsônicos, supersônicos e hipersônicos. O segundo grupo é formados por 2 subgrupos: balísticos e semibalísticos. Os balísticos não voam. Ou estão subindo ou descendo, seja por força do empuxo do motor seja pela inércia, seja pela gravidade. Podem ser manobráveis durante toda a trajetória ou só parte dela. Podem ou não sair… Read more »

Last edited 3 meses atrás by joseboscojr
Nonato

Trump tem de passar o rodo na China

Bruno Vinícius

O único lugar que o Trump vai passar o rodo é no presídio

Allan Lemos

Já ganhou Iowa. Já ganhou o apoio e DeSantis e Vivek.

A manobra dos democratas de tentar ganhar no tapetão tirando ele dos ballots fracassou e lá não podem contar com o “apito amigo” porque são um país com instituições republicanas.

O desespero está grande do outro lado. Por que será? Rsrs

AVISO DOS EDITORES: A DISCUSSÃO DESVIOU TOTALMENTE PARA A DISPUTA POLÍTICA ENTRE OS COMENTARISTAS. VOLTEM AO TEMA DA MATÉRIA.

LEIAM AS REGRAS DO BLOG:
https://www.aereo.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Yuri

Deus te ouça.

Bispo

Em teoria o mundo chegou a ser plano … bem…ainda… para muitos continua ..rs

Precisamos de satélites “próprios” … urgentemente.

Claudio

O que tem de brasileirinhos (americanos) de baixo QI subestimando ou julgando a China nos seus avanços tecnológicos e militares, não são poucos. Tudo isso, demonstra que essas pessoas não tem o mínimo conhecimento e a inteligência que possuem os Chineses.Sao pessoas que vivem presas em uma bolha e que não tem nada a oferecer para crescimento intelectual.

Bruno Vinícius

Não é questão de subestimar o avanço chinês (que é sim impressionante), mas sim de não engolir qualquer declaração absurda sem base na realidade que sai da mídia chinesa. Satélites são inerentemente limitados em sua capacidade de produzir energia e dissipar calor, duas características importantes para qualquer equipamento OECM. Acreditar que estes, voando a pelo menos duas centenas de km de distância dos navios americanos, seriam capazes de degradar os radares de maneira tão significativa quanto alegado demanda – no mínimo – algo mais cível do que uma mera declaração de um laboratório que tem interesse em exagerar as capacidades… Read more »

Last edited 3 meses atrás by Bruno Vinícius
Fernando

Engraçado afirmar que tudo que não venha dos EUA, a gente tem que engolir. Muita gente acredita em top gun

Yuri

Favor, não comparar algo que é feito pra ser ficção com uma informação real, vinda de um governo que espera que você acredite no que está sendo dito.
Ou você realmente acha que o governo americano quer que você ache que filmes de ação são 100% fidedignos com a realidade?

Miguel

Usa ferramentas chinesas na obra i vais ver o que é qualidade e avanço técnico

Sergio Machado

E escrevem essas baboseiras com seus equipamentos eletrônicos fabricados….. na China kkkkk
Que ladaia

No One

Mas só podem escrever baboseiras porque utilizam softwares e sistemas operacionais americanos, sem estes, as carcaças economicas ( xingling) nem existiriam. Ainda bem que esse pioneirismo americano garante ( a nós e aos editores) essa liberdade.

Imagina ter que esperar a RPC desenvolver algo sem ter quem copiar? Rsrs

Tiago

Interessante, se for possível de fato por em pratica pode realmente ajudar em um cenário de combate real, mas certamente os EUA devem ter algumas contramedidas.

Paulo Sollo

A China está inaugurando um novo capítulo no confronto de capacidades com o emprego destes satélites de guerra eletrônica de baixa órbita. Algo absolutamente crível e previsível porque não se trata de nenhuma tecnologia alienígena, apenas sistemas de guerra eletrônica instalados em pequenos satélites. E as vantagens são óbvias em relação a sistemas embarcados em aeronaves. Além do custo menor, pode-se lançar milhares destes satélites, tornando a tarefa de destruir a todos impossível, pois inclusive novos poderão ser lançados rapidamente. Inclusive não só da China, mas qualquer país que domine tecnologias de lançamento de foguetes, de construção de satélites e… Read more »

Bruno Vinícius

“A partir do momento que até o Irã está demonstrando que é capaz de causar danos severos a um grupo de ataque dos eua” Acredito que eu não deva estar acompanhando as notícias muito bem, qual foi o vaso militar do grupo do Eisenhower que o Irã ou seus proxies atingiram mesmo? Afinal, certamente você não chegou a essa conclusão radical baseado apenas no fato dos Houthis serem capazes de atingir navios mercantes, lentos, desarmados, navegando a 20 km da costa, em uma rota previsível, com capacidade extremamente limitada de coordenação e sem integração com os sistemas de vigilância da… Read more »

Last edited 3 meses atrás by Bruno Vinícius
No One

partir do momento que até o Irã está demonstrando que é capaz de causar danos severos a um grupo de ataque dos eua” Só ele viu esses danos rsrs. O que poderia causar é um choque na economia global, mas isso implicaria mais prejuízos para a Europa e a RPC( além dos países limítrofes, óbvio) , os EUA sobrevivem tranquilamente sem essas rotas… Pode prejudicar a imagem e ordem estabelicida pela USN, mas nada além disso. O mesmo não vale para RPC, caso algo similar aconteça no mar meridional ou oriental da china. Se algo similar acontecer no estreito de… Read more »

No One

O dia que a RPC tentar estrangular Taiwan por meio de um bloqueio naval , ou subjugar a sua vizinhança através da força militar, terá que provar do próprio remédio, a consequência será o retrocesso de duas ou 3 décadas de conquistas econômicas .

A dependência da RPC do comércio marítimo impede um potencial bloqueio naval de Taiwan. Acções análogas, por parte das forças dos EUA e dos seus aliados contra a China serão a lógica consequência. Não entrará e nem sairá nada daquelas águas. Sofrerão na pele um outro grande, enorme, “Salto Adiante”, como na época de Mao .

Victor Carvalho

Você esquece que um bloqueio marítimo contra a China não é só maléfico para a economia chinesa mas também para a americana. O mundo inteiro sofreria. Wall Street seria o primeiro lugar a implodir.

Paulo Sollo

Talvez você deva estar acompanhando as notícias muito bem porém interpretou meu comentário por um viés equivocado.

Refiro-me ao fato do Irã ter efetuado um ataque de precisão com mísseis contra um alvo a 1.200 km. É a demonstração de capacidade a qual me refiro. Inclusive antes mesmo disto ocorrer os eua optaram por deixar seu grupo de ataque na região próxima de Israel longe o suficiente do alcance dos mísseis iranianos.
Portanto a própria USNavy sabe que há uma diferença de capacidades enorme entre o Irã e os Houthis.

Dalton

A US Navy sabe, mas, o Irã também sabe que se atacar um navio dela significará uma guerra que nenhum lado deseja, mas, que o Irã terá mais a perder.
.
Pouco tempo atrás havia aqui uma ladainha de que os EUA se acovardaram diante do Irã evitando enviar NAes para o mar Arábico/Golfo Pérsico nos últimos dois anos – o real motivo era outro – só que mês passado o “Eisenhower” esteve justamente no Golfo Pérsico !

Paulo Sollo

Sem dúvidas. Também não acho que se trata de covardia dos eua, mas de evitar um confronto que certamente será mais devastador para o Irã mas que também resultará em grandes prejuízos para os eua a nível de perdas militares mas principalmente uma crise econômica mundial. Vemos que estes ataques em pequena escala dos Houthis já afeta o comércio maritimo negativamente e no momento não há nenhuma necessidade extrema dos eua empreenderem uma guerra contra o Irã. Portanto há um cuidado se manter uma certa distância de algo maior enquanto se concentram em atacar alvos iranianos em outros países.

Bosco

Paulo, Ataques convencionais de longo alcance de precisão contra alvos fixos com mísseis se mostrou factível desde a década de 80 com a introdução do LACM Tomahawk e que se comprovou na prática na Guerra do Golfo em 91. Também na década de 80 o MRBM americano Pershing II entrou em operação inaugurando a capacidade de mísseis balísticos dotados de veículos de reentrada manobráveis (MaRV) de alta precisão. Após cerca de 50 anos é previsível que outros atores consigam atingir essas marcas americanas haja vista mais de 30 anos de imobilidade devido ao tratado INF e à ingenuidade dos EUA… Read more »

Last edited 3 meses atrás by joseboscojr
Paulo Sollo

Sem dúvidas que qualquer ação mais contundente do Irã contra os eua resultará em uma retaliação arrasadora. O Irã sabe que pode causar danos severos mas no fim será devastado. Creio que a destruição de um grupo de ataque dos eua, principalmente de um porta aviões, será considerado por eles como uma tragédia semelhante a Pearl Harbour e a vingança será na mesma proporção do que aconteceu no passado. Como eu disse na resposta ao Dalton, creio que ambos tentam evitar ao máximo uma guerra aberta porque terá consequências devastadoras não apenas em perda humanas e materiais, mas tem potencial… Read more »

Bruno Vinícius

Ser capaz de atingir alvos fixos a 1200 km de distância é muito, mas MUITO diferente de localizar, rastrear e atingir vasos de guerra navegando a centenas de km da costa. O fato do Irã conseguir o primeiro em nada garante que consiga o segundo.

Last edited 3 meses atrás by Bruno Vinícius
Andromeda1016

Tive acesso a notícias na internet de que soldados chineses trocavam o combustível dos mísseis por água, pois precisavam do combustível para cozinhar comida, uma vez que o governo não fornecia comida de forma adequada aos soldados. Dizem que cabeças de generais rolaram por causa disso. Se tal notícia for verdadeira parece que vão ficar nas simulações por muito tempo.

Alexandre Galante

Claro, e você acreditou que é possível usar combustível de mísseis para esquentar marmita? 🙂

Brandão

😂😂😂😂😂😂

No One

https://asia.nikkei.com/Politics/China-s-military-purge-highlights-persistence-of-corruption

Se usaram para esquentar as marmitinhas ou faturar fortunas no mercado negro, não sei.

Porém soa estranho que a trilogia tão atenta nos acontecimentos do império de meio, não tenha pelo menos divulgado uma notinha no rodapé sobre esse expurgo .

Talvez tivesse mais appeal um oficial da Royal Navy ou USN declarando a própria homossexualidade. Certamente o expurgo de
uma parte da cúpula militar chinesa é uma notícia irrelevante. Sem maldade… é só a minha percepção.

Last edited 3 meses atrás by No One
Paulo Sollo

Amigo, você não tem noção do processo necessário para extrair o combustível de um míssil e da logística de transporte.

Seria simplesmente impossível levar a cabo um roubo deste tipo de material sem que ninguém notasse, principalmente em se tratando de vários mísseis, e contrabandear para fora de um país extremamente vigiado.

E se fosse o caso de esquentar marmitas, seria obviamente muito mais simples tirar gasolina dos inúmeros veículos que eles usam, não é mesmo?

Esta notícia aí pode ser colocada no mesmo livro de piadas no qual figura aquela sobre russos sem armamentos lutando com pás…

No One

Paulinho, o combustível foi uma especulação dos blogueiros tentando buscar uma motivação para o expurgo. Entendeu?

Andromeda1016

Se pega fogo, o que impede de ser utilizado para cozinhar? Se existem peculiaridades quanto ao seu uso, acredito que os soldados sabiam como lidar com isso se de fato conseguiram cozinhar. De qualquer forma, o foco não está no fato de que alguém cozinhava com isso, mas que os mísseis chineses estavam defeituosos e isso representa uma grande problema para a defesa desse país.

Alexandre Galante

Andromeda, existe uma guerra informacional entre o Ocidente e a China. No ano passado, nós divulgamos uma notícia claramente falsa de um submarino nuclear chinês que teria afundado, esclarecendo que era inverossímil. Essa noticia do combustível de foguetes para esquentar marmita foi o cúmulo de absurdo e sem provas, por isso não passou no nosso critério de noticiabilidade.

No One

Sim existe uma guerra informacional e a trilogia escolheu tomar partido. O expurgo de fato aconteceu, se houveram furtos de combustível foi uma especulação… Mas vocês divulgaram o expurgo de parte da cúpula militar ( independente do motivo) ou não? Essa também faz parte da narrativa, esse expurgo nunca aconteceu?

Last edited 3 meses atrás by No One
Bosco

Nitidamente a Trilogia está comprometida com a formação de um mundo mais justo e na ótica dela passa por não ter um EUA hegemônico que é tido como opressor pela dialética marxista. Daí a torcidinha pela China. rsss
Tese: EUA opressor
antítese: China benevolente
síntese: dividir a hegemonia mundial entre os EUA e a China (ou só com a China) fará do mundo um lugar mais justo.
Estamos realmente naquela situação onde se escapulir do espeto cairemos na brasa.

Ricardo Torres

Amigo, vá por mim:

Sua especialidade é radar e mísseis; quando vc entra em outros temas é um desastre completo.

Tome o seu remédio pontualmente (ou aumente a dose) e coloque as pernas para cima por cerca de meia hora…..deve ajudar!!

AVISO DOS EDITORES A TODOS NESTA SEQUÊNCIA DE COMENTÁRIOS: VOLTEM AO TEMA DA MATÉRIA, SEM DESVIAR PARA DISCUSSÕES QUE DESCAMBAM EM ATAQUES A OUTROS COMENTARISTAS OU A ESTE SITE.

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Bosco

____

COMENTÁRIO APAGADO. OS EDITORES AVISARAM.

Renato B.

Veja pelo lado bom. Se você concorda que há uma guerra informacional e é acusado de estar pendendo para um lado, provavelmente desagradou quem gostaria que você tomasse partido para o outro. Sei que imparcialidade é mais uma guia do que resultado, mas os sinais são favoráveis.

No One

Só um tolo exige imparcialidade de um ser humano. O máximo que se pode pedir é transparência e honestidade intelectual .
Imparcialidade não existe. Todos carregamos uma bagagem cultural e de experiências que nós faz ter simpatia, empatia ou tolerância com determinados fatos e sujeitos.

Alex Barreto Cypriano

DF17, 21, 26, e os futuros DF31 e 41 são de combustível sólido, o que faz desses mísseis armas de emprego imediato. DF4, 5, ICBMs, são de combustível líquido, que não é estocado no míssil, levando de meia a uma hora pra abastecer. Não se estoca o combustível líquido no míssil por motivos técnicos, como a corrosão causada pelo líquido. Mais sobre o caso, considerado improvável e não relacionado com a purga de oficiais da força de foguetes, aqui:
https://weapons.substack.com/p/water-in-chinese-missiles-unlikely

Andromeda1016

É como eu disse: foi o que eu li. De qualquer forma repito que o foco não é se havia combustível liquido ou sólido nos mísseis e se isso se presta a cozinhar, mas o problema de corrupção identificado com o fornecimento e manutenção dos mísseis chineses e o perigo que isso representa à defesa do país e à credibilidade de suas forças armadas no mundo.

Bispo

imaginando a cena do china néscio virando um sol… 😂😂

adriano Madureira

Com base em seu estudo, os pesquisadores acreditam que dois ou três satélites seriam suficientes para atacar um grupo de porta-aviões, enquanto uma constelação de apenas 28 satélites apoiaria um ataque global”.

Nossa, plano ambicioso mesmo !

IvanF

Papel aceita tudo.
Daqui a pouco os EUA fazem uma simulação onde destroem os satélites chineses e abatem/desabilitam todos os mísseis ultrassônicos, hipersônicos, gigassônicos… e por aí vai.

Só espero que essa catástrofe toda não saia do papel.

Renato B.

Sim, por enquanto é só uma simulação/jogo de guerra que hoje em dia é feita como pesquisa, mas serve até como entreterimento. No caso dessa matéria com um título sensacionalista. Se continuar nisso está ótimo.

Guizmo

Só esqueceram de simular a resposta: um ataque nuclear coordenado com B-2 de Guam e salva de mísseis Trident das classes Ohio e Virgínia. Se esquecem que cada B-52 carrega até 26 mísseis antinavio, ou ainda que um Strike Group tem centenas de SM6 e Tomahawks à disposição. Não se enganem! Se a China destruir um Nae Norte-Americano, vai voltar pra idade do bronze

Machado

Se o EUA entrar em guerra com a China todos nós voltaremos para idade do bronze. Uma guerra entre 2 potências nucleares é o fim da humanidade como conhecemos

adriano Madureira

Se se destruíssem sozinhas, poderiam virar churrasco de boi ou cachorro, pena que nada é fácil assim…

Victor Carvalho

Independente dos chineses estarem vencendo (ou não) um CSG em simulação, achei muito interessante eles considerarem que os americanos seriam capazes de detectar os mísseis balísticos chineses desde o lançamento através do sistema AEGIS. Portanto, os chineses devem estar trabalhando em várias formas complementares de um ataque contra um CSG americano. Até então, ok, eles estão considerando uma guerra eletrônica direcionada à principal ferramenta do sistema AEGIS, o radar AN/SPY-1. Porém um CSG não conta apenas com esse sensor. Sem falar que a US Navy está cada vez mais incorporando novas capacidades de defesa através de suas aeronaves. A guerra… Read more »