Conversas representam mudança de postura de Paris, já que acordo dos países no âmbito do Prosub prevê transferência de tecnologia só para parte não-nuclear da embarcação

Por Ricardo Della Coletta

BRASÍLIA – O Itamaraty afirmou nesta sexta-feira (22) que o governo do Brasil está em conversas com a França para que o país europeu coopere inclusive na parte do combustível nuclear do submarino “Álvaro Alberto”, em desenvolvimento no âmbito do Prosub (o programa brasileiro de submarinos).

“Com relação ao primeiro ponto [da pergunta], do combustível [do submarino] e da cooperação que a França possa ter nessa área, nós acreditamos que sim, que é uma área em que talvez houvesse uma resistência no passado, mas hoje já há conversas sobre essa possibilidade: de que a França coopere conosco inclusive nesse aspecto à luz da energia nuclear, do combustível nuclear”, disse a embaixadora Maria Luisa Escorel de Moraes, Secretária de Europa e América do Norte do Itamaraty.

A declaração foi feita pela embaixadora, em resposta a pergunta da Folha, durante briefing realizado no Ministério das Relações Exteriores, em Brasília, para detalhar aspectos da visita ao Brasil do presidente da França, Emmanuel Macron, na próxima semana.

“Sim, é um assunto estratégico, sensível, delicado, mas sim: os dois países estão conversando sobre isso também”, complementou a diplomata.

O Prosub faz parte de um acordo de parceria estratégica assinado entre França e Brasil em 2008.

Estimado em R$ 40 bilhões em valores atuais, o Prosub prevê a construção de quatro submarinos convencionais (dois dos quais estão prontos) e um submarino convencional movido a propulsão nuclear, batizado de “Álvaro Alberto”.

A informação de que os franceses estão dispostos a cooperar inclusive na parte de combustível nuclear da embarcação “Álvaro Alberto” representa uma mudança na postura de Paris, com possíveis implicações geopolíticas. Isso porque o acordo assinado em 2008 com a França previa “apoio francês, no longo prazo, para a concepção e construção da parte não-nuclear do submarino”.

Na prática, até agora, foi um auxílio para o design do casco do submarino de propulsão nuclear –mas não a tecnologia para acomodar o reator (que o Brasil sabe fabricar) dentro do casco e fazer com que ele conecte e forneça energia até a propulsão.

A negociação sobre o tema é delicada porque os Estados Unidos se opõem à venda dos equipamentos e transferência de know-how que levem a um cenário em que o Brasil alcance a capacidade de operar submarinos de propulsão nuclear.

A principal diferença entre uma embarcação convencional e outra nuclear é a autonomia e o tempo em que ela pode permanecer submersa —o que dificulta sua detecção. Enquanto os convencionais precisam retornar à superfície periodicamente, praticamente não há limite de tempo para os submarinos nucleares (respeitando apenas as necessidades da própria tripulação).

Hoje, só os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU —Estados Unidos, China, Rússia, França e Reino Unido— e a Índia, que não é signatária do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), detêm essa tecnologia. Todos eles têm bombas atômicas.

Apesar de o submarino de propulsão nuclear ser prioridade do governo brasileiro, o projeto avança lentamente, porque o Brasil precisa de mais know-how e equipamentos da França e porque há inconstância orçamentária.

Em outubro do ano passado, a Folha revelou que o chefe do Estado-Maior da França, brigadeiro Fabien Mandon, havia estado em Brasília no mês anterior para participar de uma reunião com o almirante Petrônio Aguiar, diretor-geral de desenvolvimento nuclear da Marinha. O objetivo era discutir os termos de uma complementação do acordo para a construção do submarino de propulsão nuclear.

Nesse acordo complementar, entre outros temas, o Brasil negocia comprar dos franceses equipamentos para a turbina e o gerador, que usariam a energia gerada pelo reator, e não são fabricados no país.

Macron desembarca em Belém (PA) na próxima terça (26) para uma visita de três dias pelo Brasil.

Acompanhado pelo presidente Lula (PT), ele também passa por Itaguaí (RJ), onde participa de cerimônia de lançamento ao mar do submarino convencional Tonelero, também construído no âmbito do Prosub.

A cerimônia deve acompanhar a submersão do submarino. A embarcação, de acordo com a embaixadora Escorel, será inaugurada pela primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja.

A próxima embarcação de propulsão convencional tem entrega prevista para o próximo ano, de acordo dom a diplomata.

FONTE: Folha de São Paulo

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Burgos

Pro EUA o Brasil sempre vai ser o “pato feio” da América do Sul !!!💪👀🇧🇷⚓️

Willber Rodrigues

Sim, mas tem gente que se recusa a entender isso…

Vitor Botafogo

politicamente é a bananolandia de fato

Wilson

Talvez não tanto “patinho feio” mas sim o país a ser “contido”. As relações com o Brasil se movem com duas premissas básicas. 1 – No Soft Power o Brasil não deve se tornar forte o suficiente para ameaçar os interesses dos EUA na América do sul e 2 – No Hard Power o Brasil não deve se tornar forte o suficiente que ameace seus vizinhos.

Rodolfo

O Brasil poderia ser mesmo um rival no continente americano, mas a incompetência da elite política nacional já é suficiente pra impedir que isso se torne realidade. Acho que os americanos tem mais com o que se preocupar no mundo hoje, principalmente o tamanho da sua dívida… o Brasil não precisa de muita atenção.

Nativo

A nata da nossa elite( aqueles que dominam as maiores empresas e riqueza s) ou são gringos ou brasileiros emprestados.
Por isso o Brasil nunca será uma potência para ameaçar os EUA.

Vitor Botafogo

Não existe qualquer ambição politica brasileira, apenas em núcleos militares por saber da nossa importância estrategica.

Machado

Olha rapaz, eu vou ter que discordar. Existem governos mais nacionalistas do que outros e outros mais entreguistas da nossa soberania. Quem foi que criou o Prosub? Concluiu o FX? Criou a CETEC? Quem enterrou nossa bomba atômica? Quem assinou o tratado de não proliferação nuclear e ferrou com a gente? São perguntas importantes.

Machado

Rapaz agora tu me faz pensar a respeito e chego a uma conclusão do porquê as Forças Armadas brasileiras sempre terem o modelo pé de boi de cada equipamento. Nunca conseguimos a versão top completa. E acredito que não seja só pela falta de grana. Com certeza tem ingerência norte americana por aí. É só observar o histórico. Caças, Blindados, Anti Aérea etc. Nunca podemos ser mais fortes que nossos vizinhos e aos potenciais inimigos estrangeiros que podem realmente nos ameaçar (OTAN).

Alex Rocha

Errado. O Brasil já é potência só não se deu conta disso aínda. É um elefante amarrado em toco de madeira em que se não conhece seu potencial. E isso não é culpa dos EUA, China ou qualquer outro. E culpa do Brasil mesmo. Por preguiça e falta de disciplina da grande maioria que quer as coisas de graça. Não existe caminho fácil, ou se percorre todo o caminho no desenvolvimento de suas próprias tecnologias ou vai ficar a mercê de outros países pra sempre. Cabeças pensantes por cá tem, criatividade têm, inteligência de fazer muito com pouco têm. O… Read more »

Izidoro

Até porque a economia da Índia e menor que a do Brasil , e eles estão anos luz a nossa frente no desenvolvimento militar desenvolveram desde porta aviões a submarinos nucleares

francisco

A culpa é da indolência dos nossos políticos e militares. Para que mais boicotados do que o Irã e Coreia do Norte? e os dois hoje são potencias atomicas e não tem medo de propagar isso. O Milei, chegou ontem e a Argentina já está comprando F-16, enquanto o Brasil começou o programa F-X no governo FHC, no início dos anos 90. De lá para cá, compraram mirragem tampões, o FX virou FX2, o Lula escolheu o Rafalle que não vingou, a Dilma escolheu o Grippen, em 212. Já fazem mais de 1 anos e aind não recebemos todos os… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

“ O Milei, chegou ontem e a Argentina já está comprando F-16” Francisco, as negociações para compra do F-16 para a FAA vêm de muito antes do governo Milei. Já estavam bem adiantadas. A compra de caças supersônicos pela Argentina é uma novela que se arrasta há cerca de 15 anos, sendo que em 2025 (quando imagino que iniciarão a operação dos primeiros F-16 argentinos) vai fazer 10 anos que a FAA desativou seus Mirage III sem qualquer reposição. Dez anos de lacuna em sua defesa aérea, que ficou a cargo de A-4AR subsônicos, a cada ano em menor número.… Read more »

oswaldo

Imagina a Venezuela, Argentina, Peru…

francisco

É mais fácil culpar os malvadões do norte, do que admitir a própria incompetência e negligência com a coisa publica.
Assim como ditadores daquela ilha culpam o “embargo” por sua desgraça econômica, tudo que dá errado no Brasil, em termos de defesa, é culpa dos USA. Enquanto isso vários países que, em tese, também são boicotados há muito que nos deixaram para traz. A paupérrima Coreia do Norte desenvolve misseis continentais e nucleares, enquanto o gigante adormecido gasta bilhões em um submarino que não consegue sair do papel.

Fernando

Kkkkkkkkk quer dizer que o “embargo” não mantem a desgraça economica “daquela ilha”? Alias a mesma “aquela ilha” que o grande irmão do Norte tentou invadir? Quanto aos varios paises boicotados há muito tempo e que se desenvolve militarmente em niveis acelerados… Fale-nos um pouco dos investimentos sociais para o povo, adotados por estes paises.

Dalton

Apesar do embargo o governo americano permite que cubanos vivendo nos EUA especialmente na Florida enviem dinheiro a parentes em Cuba e não é pouca coisa pelo que soube, constituindo uma importante fonte de recursos já que o governo cubano se apropria de parte dessa ajuda. . Os EUA invadiriam Cuba caso ela se tornasse uma ameaça como parecia ser em 1962 mas se encontrou uma solução com a URSS, no mais se tentou derrubar o governo comunista com dissidentes o que fracassou, seja como for há uma Base Naval dos EUA em Cuba desde o início do século passado… Read more »

dretor

A França precisa de um fornecedor de urânio para seus mais de 50 reatores, e nós precisamos de um fornecedor de conhecimento (professor). Acredito que esse acordo pode beneficiar ambos os lados.

Paulo Sollo

Outro detalhe é que a França vai se constituir como um alicerce de peso contra a sabotagem dos eua para com o desenvolvimento do subnuc.
E algo mais pode surgir disto aí.

LeoRezende

E franceses são “garantia” contra sabotagens? Quando da explosão do VLS em Alcântara,as bóias com equipamento de telemetria “que teriam a capacidade de interferir com o VLS”,segundo militares brasileiros em matérias divulgadas a época,eram francesas…
Não acredito que eles tenham causado a explosão do lançador,mas equipamentos de telemetria sugerem espionagem.
Coisa que aliás,toda potência faz quando seus interesses estão em jogo,e Kourou e logo ali…

Last edited 1 mês atrás by LeoRezende
Paulo Sollo

Não estou me referindo a este tipo de coisa.
Por sabotagem refiro-me ao lobby dos eua para que ninguém colaboradore com o Brasil neste projeto. É o que estão fazendo. Pressionando a outros.

Neste contexto a parceria com a França constitui-se num forte alicerce para a continuidade deste projeto.

Jordan Silva

Eu particularmente acredito que o principal responsável pela mudança de paradigma da França quanto a isso, e a decisão de ajudar mais ainda no subnuc brasileiro tem haver diretamente com o AUKUS! Eles não vão perder a oportunidade de se vingar dos EUA… e sabendo que eles não querem um Brasil com submarino nuclear, agora a França tem o pretexto certo pra ajudar a desestabilizar a balança de poder nas Américas, em desfavor dos EUA.

Guacamole

Que coisa, saber fazer o reator mas não as turbinas.
Eu pensaria que as turbinas deveriam ser mais simples que um reator nuclear.

Camargoer.

Olá Guaca. A Astom francesa fabrica as melhores turbinas a vapor do mundo, chamadas Arabelle. Apos a assinatura do ProSub, a GE dos EUA comprou a divisão de turbinas a vapor da Alstom, o que causou um problema para o projeto brasileiro, porque a GE não fornecerias estas turbinas. A MB passou a buscar uma alternativa, que provavelmente seria uma turbina russa.

Há poucos anos, a Alstom recomprou o setor de turbinas da GE, viabilizando o uso de uma turbina do tipo Arabelle no SN10

Wellington Mello

E vou te falar uma coisa, Eu tinha 8 anos de idade quando meu pai Fuzileiro Naval, já falecido em 2017, falou a respeito do Brasil construir /fabricar futuramente um submarino nuclear. Hoje eu estou com 43 anos e até agora essa novela, quando eu completar 50 anos, voltarei aqui nesse post e direi que ainda não foi construído o submarino de propulsão nuclear. E digo que vou parar de acompanhar os assuntos das Forças Armadas e suas tecnologias devido a minha ansiedade de querer ver o meu país entre as melhores Forças do mundo. Eu sei que não sou… Read more »

rommelqe

Prezado, apesar de toda complexidade do reator – que certamente é um item cuja manufatura não é para leigos amadores – a sua fabricação é menos complexa do que das turbinas a vapor. Lá na década de 80 a mesma fabrica que hoje produz o casco resistente do SBR e SNBR (NUCLEP/NUCLEM) ja produzia o tampo forjado do reator de projeto alemão para a UN Angra dos Reis.

dretor

Obrigado, Camargoer e Rommelqe, por trazerem essa visão. Acredito que os comentários têm como objetivo exatamente isso que vocês fizeram: trazer profundidade ao tema em forma de conhecimento e não de “especulação”. Agradeço pela informação, pois mudou minha compreensão sobre este assunto, o peso da negociação e os motivos que a levaram.

É nosso primeiro SN, e é melhor comprarmos produtos de qualidade e aprendermos com a experiência do que tentar reinventar a roda e acabar com resultados pouco satisfatórios.

FERNANDO

Hum, deixa ver se eu entendi.
Ele estão a quanto tempo desenvolvendo isso?
50 anos!
E não sabemos como processar matéria prima em combustivel?
Ou, não deixam eles fazerem?
Olha, sinceridade, não valeu a pena a construção deste sub nuclear.
Gastamos os tubos, e não conseguimos produzir a parte mais
importante.
Brasileiro ser tão bonzinhooooooo

Fernando "Nunão" De Martini

Fernando,
Combustível nuclear já é fabricado no Brasil há décadas.

Camargoer.

Olá Nunão. Creio que o foco seja o fornecimento das turbinas Arabelle para equipar o SN’10. Não vejo problemas na produção do combutível nuclear para o reator naval. Ou, por outro lado, a MB decida comprar combustivel com um enriquecimento maior que 4% diretametne da França, o que contoranria a necessidade de construir uma nova cascata de combustível núclear para o reator naval. Essa discussão do teor do combustível do reator naval ainda é incerta. Já li 7%. já li 12% e já li 20%. De qualquer modo, para produzir um combustivel com mais de 4% será preciso uma nova… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Camargo, São cascatas diferentes. Em Resende é só para uso civil. Em Aramar é para o uso no submarino nuclear e para o futuro RMB. https://www.ipen.br/portal_por/portal/interna.php?secao_id=40&campo=7900 “14/12/2016 Na última quinta-feira, dia 8, foi inaugurada, em Iperó-SP, uma cascata de enriquecimento isotópico para a produção do combustível nuclear do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), com capacidade de enriquecer até 19,95%. Essa cascata de ultracentrífugas foi fabricada e montada em Aramar com tecnologia inteiramente nacional desenvolvida pela Marinha do Brasil. Feito em conjunto pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP) e Fundação Parque de Alta… Read more »

Dudu

Sabemos fazer o combustível nuclear, mas ele precisa da certificação internacional da AIEA – que o EUA paralelamente controlam – para ser usado. Por isso mesmo ja tendo desenvolvido e produzido o combustível, não podemos usar sem a certificação, caso o usemos, seremos sancionados.

FERNANDO

Eu até entendo.
Mas, pensa comigo meu amigo, vamos construir um subnuclear, mas, precisamos de permissão para produzir o combustível.
Enquanto França, Inglaterra, Estados Unidos, Rússia, China, então quase começando uma Guerra Nuclear.
Eles, é que determinam isso ou aquilo.
Que moral eles tem?
Não vem dizer que a AIEA é um organismo independente!
E me perdoe, não é justo!
Se eu pudesse, simplesmente mudava de planeta e deixava está merda para os yanques e sua corja.
Do que jeito que vai, logo teremos que pedir permissão para transar!

Allan Lemos

Eles nāo têm moral nenhuma, é o Brasil que escolhe se submeter aos organismos internacionais em detrimento dos próprios interesses e soberania.

Por isso acabaram com o nosso programa nuclear paralelo, assinaram o TNP e limitaram as atividades nucleares, tudo isso a troco de nada.

Já disse isso várias vezes, um dia vamos pagar o preço.

Vitor Botafogo

quer pagar pra ver só pra mostrar que “pode”? e se um acidente acontecer? E o impacto economico? Melhor dançar conforme a musica do que ser disruptivo e dançar sozinho sem musica.

Bruno

Ohhhh, amigo, vc olha pro céu, vê nuvens carregadas e consegue determinar que irá chover; olha pro céu vê o Sol sem nuvens e consegue determinar que é bom dia de praia, mas não consegue ler os “sinais dos tempos”? O tempo deles acabou!!! Quando os eventos iniciados na Europa com a Russia e no Pacífico com a China forem finalizados, a Cosmovisão Anglo-Saxã e Européia será enterrada. Os Sulamericanos e Asiáticos remodelarão o novo mundo.

Sensato

Não tem relação nenhuma com moral ou justiça. É tudo sobre quem pode mais e quem pode menos.

Wilson

Alguém sabe dizer se já conseguimos produzir o hexafluoreto de urânio em escala industrial internamente ou ainda enviamos  yellowcake para outros países fazerem a conversão?

Fernando "Nunão" De Martini

Em menor escala (para o submarino) sim, pois há usina de hexafluoreto de urânio em Aramar inaugurada há mais de 10 anos.
Em grande escala (para as usinas de Angra) ainda não.

https://www.portosenavios.com.br/noticias/ind-naval-e-offshore/marinha-do-brasil-usexa-e-ciana-sao-inauguradas

Wilson

Obrigado pela informação.

Fernando "Nunão" De Martini

Disponha.
Só aproveito para complementar que a implantação da usina de conversão em hexafluoreto de urânio, em Aramar, obedece a diversas fases.

Pelo que olhei, ainda precisa viabilizar mais fases para expandir a produção na escala necessária às demandas futuras do Labgene, submarino nuclear e do Reator Multipropósito Brasileiro conforme os três forem ficando prontos.

Last edited 1 mês atrás by Fernando "Nunão" De Martini
Rodolfo

Temos que agradecer ao governo FHC que colocou o Brasil nessa situação. Acho que ter assinado os tratados da AIEA nao trouxeram nenhum benefício, o país já nao iria desenvolver uma ogiva de acordo com a constituicao de 1988, nao desenvolveu energia nuclear por conta dos atrasos de Angra e agora depende de aprovaçao dessa agencia pra poder operar um submarino movido por energia nuclear. Também nao conseguiu nenhum beneficio dos americanos. Parece que foi um tiro no proprio pé.

Camargoer.

de novo.. outra vez. Apos a crise dos mísseis de Cuba, os países entenderam o risco que era a proliferação de armas nucleares. Foram apresentadas duas propostas, uma defendida pelo Brasil que era pela TOTAL eliminação de armas nucleares. A outra, defendida pelos EUA, era a manutenção dos arsenais das potẽncias nucleares e o compromisso dos demais países de não construírem armas Alguns países, como a Ìndia e o Paquistão, não assinaram porque tinham plano de construir armas nucleares. O Brasil não assinou porque defendia o total banimento das armas nucleares. Então, a adesão do Brasil ao TNP por FHC… Read more »

Rodolfo

Uma pergunta, caso nao tivesse assinado o TNP, o Brasil também precisaria de autorização da AIEA pra operar um SSN? Esse foi o meu ponto. Caso a resposta seja não, acho que sim ter assinado o TNP nos anos 90 nao teria mudado muita coisa naqueles anos, mas agora sim. Nada impede que a AIEA arraste esse processo por anos.

Camargoer.

Não sei. O Brasil e a Argentina possuem uma agẽncia binacional que é muito mais rigorosa que a AIEA. O maior obstáculo para a proliferação de armas nucleares é a construção de uma unidade de enriquecimento de urânio ou uma unidade de produção de plutônio. A fiscalização da ABACC faz uma rigorosa contabilidade de material nuclear no Brasil e na Argentina. Todo material nuclear que entra e sai de uma instalação nuclear nos dois países e monitorado e contabilizado. No caso do Brasil e da Argentina, não há como ser produzido material nuclear para a construção de bombas ou de… Read more »

Marcos

Qualquer tratado assinado pode ser denunciado, não? Caso houvesse o interesse em desenvolver qualquer arma ou tecnologia nuclear fora do controle da agencia seria possível. Toda a questão é sobre o custo politico e econômico advindo dessa decisão . Imagino que qualquer pais, quer seja membro ou não da AIEA ou do TNP sofreria as mesmas consequências caso optasse por desenvolver essas armas.. Imagino que as consequências seriam equivalentes as que a Coreia do Norte e Irã enfrentam a tempos e a Rússia no momento: sanções e embargos. Então poderíamos presumir que o que determina se um pais vai ter… Read more »

Leandro Costa

Marcos, sim, qualquer tratado pode sim ser denunciado, e como você colocou, tem que se pesar muito bem os custos vs benefícios de se fazer algo assim. Certamente sofreríamos embargos, e certamente perderíamos parceiros internacionais e por aí vai. Temos que ter um motivo extremamente bom para desenvolvermos o armamento nuclear e os custos envolvidos não apenas no seu desenvolvimento, mas também em sua operação, e isso é um desenvolvimento multi-espectro, até para que a força nuclear seja crível e atinja seu objetivo de disuassão. Também precisamos supor que isso pode muito bem desencadear uma corrida de armamento nuclear na… Read more »

Rodolfo

Valeu pela explicação.

Leandro Costa

O Brasil não precisa de ‘autorização’ da AIEA para desenvolver e operar um submarino nuclear. A preocupação da agência é se o Brasil de repente desenvolver um submarino lançador de mísseis balísticos que certamente teriam capacidade nuclear, fazendo com que houvesse uma quebra do TNP de nossa parte.

Como isso não está ocorrendo, as conversas irão adiante e esse temor vai se desfazer. Não há controvérsias nesse sentido, apenas manchetes sensacionalistas.

Rodolfo

Obrigado pela explicação.

Rodolfo

Outro ponto, se nao mudou nada, só assinou provavelmente por pressao da administração Clinton, caso contrario nao teria logica ter assinado.

Camargoer.

Sim. O Itamaraty era contra a adesão ao TNP porque a posição diplomática do Brasil sempre foi pela total eliminação das armas atômicas.

Tanto que a única região livre de armas nucleares é o Atlântico Sul e a América do Sul e Caribe, muito por iniciativa do governo brasileiro.

Com ou sem TNP, o Brasil fez mais pelo desarmamento nuclear que a maioria dos países do mundo.

EParro

E a África? Tem algum país, lá, com armas nucleares?

Willber Rodrigues

“Com relação ao primeiro ponto [da pergunta], do combustível [do submarino] e da cooperação que a França possa ter nessa área, nós acreditamos que sim, que é uma área em que talvez houvesse uma resistência no passado, mas hoje já há conversas sobre essa possibilidade (…)” Duas coisas: 1- depois que os EUA e Inglaterra “passaram a perna” na França na questão do AUKUS, a França vai querer novos acordos pra estancar o prejuízo bilionário disso, além de “alfinetar” os EUA por causa disso. Uma boa hora pra gente se aproveitar disso; “A negociação sobre o tema é delicada porque… Read more »

Akhinos

Matou a pau camarada, a França é conhecida por ser um país altamente rancoroso. Ela com certeza não perderia essa oportunidade de dar o troco nos EUA, e quem ganharia somos nós. Tomará que venha mais uns 2 riachuelo junto na conta e quem sabe algumas fragatas, para adocicar o paladar francês e forçar o acordo.

Willber Rodrigues

Então, hora de aproveitar que a França está “rancorosa” peo lado do Tio Sam, e vamos nos aptoveitar disso.
Como disse, se a Inglaterra/EUA podem fazer isso com a Austrália, a França pode fazer isso conosco, da mesma maneira que a China pode fazer isso pra algum país de sua escolha.

Eu não era a favor do subnuc BR, mas agora chegamos longe demais pra “dar pra trás” agora.
E se os EUA acham isso ruim, é porque é bom pra gente.

Rodolfo

Sim, mas o problema é nao so depender de transferência de tecnologia mas também depender do fornecimento de certas partes que o país nao domina ou nao tem capacidade industrial de produzi-las. O ideal seria que houvesse transferência de tecnologia e o país as produzisse, o que requer investimento, e nao conta gotas como anda esse programa desde oncomeço.

Eu me recordo que nos anos 90 os franceses passaram tecnologia de motores de foguete de combustível liquido… que nao deu em nada.

Marcus Pedrinha Pádua

Não que eu ame a França – também não “desamo”. Mas queria muito saber em que a França é “traiçoeira”, ao menos em um nível que a destaque de outros países imperialistas/colonialistas. Como, por exemplo, a “Pérfida Albion”…

Mig25

Meu caro, basta ver o Tratado de Versalhes ao final da 1 Guerra Mundial. A França castrou a Alemanha, em boa parte por rancor msm. Dos países aliados, foi o que mais forçou a barra para colocar a Alemanha de joelhos.
Sei que são épocas e situações diferentes, mas creio que o colega acima deva ter se referido a esse fato.

J L

Falou muito bem. Essa é a hora de aproveitar a brecha. Desativamos quase todos os classes Tupis que possuíamos e com esses 4 novos scorpene não estamos nem no número que tínhamos anteriormente. Em pensar que já chegamos a ter um flotilha de subs razoável na época dos Oberon e dos classe BAHIA

Moriah

Pode ser que a condição seja acordada mediante a compensação para os franceses de pelo menos mais 2 subs Riachuelo, o que não seria nada ruim. Caso isso ainda seja pouco, quem sabe 4 fragatas FDI. Talvez só assim a governo libere fundos extras para uma segunda classe com capacidade AAW de longo alcance, o que os houthis estão ensinando as marinhas atuais de que elas precisam disso.

Filipe Prestes

Preferiria que fossem 6 Riachuelos e 2 SN para ter sempre um nuclear navegando, que devido a exaustão da tripulação e quantidade de víveres tem que parar também.

JapaSp Jantador

França tem de ceder na entrada do Mercosul na UE, aí quem sabe cedemos urânio a eles ou apoio em munição para guerra na europa

Vitor Botafogo

concordo. O Macron nos sabotou com ajuda e apoio de Lula que tagarelou a todos os cantos do planeta sobre o “desmatamento da amazonia” e que em 2023 e 2024 ja foi maior que nos anos anteriores, mas infelizmente temos pouca barganha no momento…

Essa hipocrisia atrasou o Brasil e continuará a atrasar. Macron apesar de ter defendido seus interesses internos, passou por uma crise no inicio do ano com o seu agro

Last edited 1 mês atrás by Vitor Botafogo
Rodolfo

A questao da Amazonia foi um pretexto usado pelo Macron para negar o avanço das negociacoes. A questão principal desde os anos 90 sempre foi a questão agricola, e agora com fazendeiros nao so na França mas em toda Europa reclamando dos custos de produçao, o acordo com a UE tem zero chances de ser aprovado. Como disse o Presidente do Paraguai em 2023, melhor desistir de tentar convencer os europeus e focar em outros países. O Lula pode continuar presidente mais uns 3 mandatos que esse acordo nao sai, e a razao vai ser a crescente resistência do setor… Read more »

Rinaldo Nery

Se a França ceder nas negociações sobre tecnologia do SubNuc, esse acordo com o Mercosul jamais será assinado. Por contrapartida.

Carlos Crispim

50 anos de pesquisa na independència do ciclo de enriquecimento de urânio, bilhões e bilhões investidos e desviados, para no final termos que comprar combustível dos corsários, não dá pra levar nada do Brasil a sério. 🤡

Camargoer.

Crispim. A tecnologia para produzir combustivel com 4%, 20% ou 90% é praticamente a mesma. A diferença é o número de centrífugas usadas. Uma cascata para produzir combustível com 4% é menor que uma cascata para produzir combustível a 20%. Há uma fábrica em Resende que produz combustível nuclear com 4% para ser usado nas usinas nucleares de Angra 1 e 2. A MB pretende usar um reator que opere com combusível mais rico. Para isso, teria que construir uma nova cascata de enriqueciemnto Neste momento, pode ser mais barato comprar o combustível da Franaça do que construir uma nova… Read more »

Helio Eduardo

Mestre, pode ser que sim, mas não seria o mais interessante. Preferiria partir para a outra cascata, ou outras, coisa que precisa ser feita e custa caro, e buscar as tais turbinas na França. Olhando de uma perspectiva pessoal, lembrei que lá atrás, quando um professor surpreendeu todo mundo pedindo uma apresentação de 10 minutos sobre qualquer assunto que não fosse relacionado à matéria, eu falei sobre o Submarino Nuclear Brasileiro. Já era fã de assuntos militares. Coisa simples que explicava a diferença entre um nuclear e um convencional (não havia o politicamente correto do “convencionalmente armado de propulsão nuclear”).… Read more »

Makarov

Camargoer e qual é a explicação para até hoje o Brasil ter que mandar combustível pra fora para conversão ? por que não fazem uma usexa de escala industrial para a INB? isso tudo gera desconfiança sobre as reais capacidades nucleares do país.

Last edited 1 mês atrás by Makarov
Fernando "Nunão" De Martini

Me intrometendo na conversa: custo. Para a escala industrial de produção de elementos combustíveis pela INB, a prioridade foi dada a outras etapas e à expansão das cascatas de enriquecimento. A usina de gaseificação em Resende ficou para o final dessa lista. Já em Aramar uma usina de gaseificação foi instalada em 2012 para as necessidades específicas de produção de combustível nuclear para o submarino e futuramente do RMB, sem depender de alguma etapa feita fora do Brasil. Voltando à INB, a prioridade até onde sei continua sendo ampliar o número de cascatas de enriquecimento. A primeira foi instalada em… Read more »

Wilson

União de Interesses.
A França quer se redimir da “bola nas costas” que levou no caso AUKUS e se colocar como um fornecedor importante neste setor.
Brasil precisa “driblar” as desconfianças da AIEA e conseguir combustível nuclear para seu submarino e, comprando da França, fica mais difícil para a Agência colocar obstáculos.

Allan Lemos

O Brasil nāo precisa de nada, é um país independente, na teoria.

Qualquer país minimamente sério daria o dedo do meio para qualquer agência internacional.

Infelizmente, nossos governantes sem coragem sempre colocaram o Brasil de joelhos para a ONU, TI, AIEA e afins.

Vê se alguma alguma agência dessas incomoda a Índia ou Israel.

Leonardo Cardeal

Qualquer país sério com PODER DE DISSUASÃO poderia dar com dedo. Nós não. Mal temos marinha.

Felipe Augusto Batista

Não acho que o que nos falta neste caso seja poder de dissuasão e sim poder econômico mesmo.

Não acredito que as potências iriam atacar o Brasil por causa do combustível nuclear (tentar fazer uma bomba seria outra história) mas iriam tentar sanções e nem nossa economia é forte e blindada o suficiente para se sustentar sozinha nem nosso governo é como na Rússia ou Coreia do Norte que consegue se manter no poder aconteça o que for, se nos sancionassem a economia iria ruir e rapidamente o governo do momento iria cair e nenhum político brasileiro quer arriscar isto.

Vitor Botafogo

a realidade é outra desta utopia.

Sequim

Deveria haver uma revisão dos termos do PROSUB para colocar a França e suas empresas como consultores/ fornecedores do SN/BR. Se há disposição dos franceses quanto a parte nuclear do PROSUB, devemos ser pragmáticos e aproveitar.

Esteves

Quem financia?

Alex Barreto Cypriano

Quem sustenta o Estado e suas empresas e corporações.

Marcus Pedrinha Pádua

Por óbvio. Como são igualmente financiadas todas as ações de Estado.

Tutor

Negocia com eles, mas, por favor, façam algo no sentido de tornar o suprimento desse material o mais nacional possível e o mais rápido possível.
Não se deve confiar e nem depender de ninguém. A própria França mesmo, foi só o Bolsonaro chamar a esposa do Macron, que é feia, de feia, que já azedou o caldo na ocasião. Aliáz, ele nem chamou de feia, só concordou com algum internauta que a chamou assim.

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https://www.naval.com.br/blog/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Vitor Botafogo

Depois do Macron sabotar o Brasil e o Mercosul no acordo com a UE, com apoio da oposição em nome do “desmatamento” que continua alto, não tinhamos pra onde correr…

Esteves

Macron é pressionado pelos produtores franceses.

Rodolfo

O acordo com a UE nunca iria sair. E agora toda o setor agricola esta protestando pelos autos custos de produçao depois de COVID e guerra na Ucrania. Qualquer politico europeu a favor desse acordo perderá as próximas eleições, por isso o tempo desse acordo passou.

Adriano madureira

E a frança tem combustível nuclear para vender?

Piassarollo

E o que realmente a França vai querer em troca?

Rodolfo

Acesso a Uranio pras suas usinas eletricas. Eles tao caindo fora do Sael depois dos golpes recentes no Mali, Niger. Aquela regiao é rica em uranio. Precisam de um fornecedor mais confiavel.

Gerson Carvalho

O que é “submarino convencional movido a propulsão nuclear” eu achava que o Brasil estava construindo um sbmarino nuclear.

Fernando "Nunão" De Martini

Atualmente é chamado Submarino convencionalmente armado com propulsão nuclear.

C G

Toda vez que eu leio esse nome me sinto mais idiota do que o normal!

Fernando "Nunão" De Martini

Muito sobrenome para um nome só.

C G

Parece um negócio saído de uma esquete do Caceta e Planeta!

Rodolfo

Alvaro Alberto vai ser um SSN – nuclear powered strike submarine. Ira operar torpedos e misseis cruzeiro.
Diferente de um SSBN – nuclear powered ballistic missile submarine. Esses carregam misseis balisticos com ogivas nucleares. A constituiçao de 1988 proibe ogivas nucleares, mas permite reatores para geracao de energia.

Esteves

Misseis lançados pelo tubo de torpedo. Misseis anti-navio.

Marcos

Essa constituição foi e é rasgada de tantas formas e vezes que bem podíamos ter uma ideia: rasgar mais essa pagina…

Alex Barreto Cypriano

Eu não faço mais piadas com a precaução nominativa da MB, por mais esdrúxula que ela resulte pra alguém minimamente informado no assunto. Veja que mesmo um submarino diesel elétrico portando um míssil de cruzeiro que venha armado com ogiva nuclear é chamado por gente bem pensante (Wolfgang Streeck) de submarino nuclear. Salvo engano, um classe Dolphin II, da marinha de Israel, é um submarino diesel elétrico (com AIP), construído pela HDW alemã em Kiel, que além dos tubos de 21″ tem tubos de 26″ pra lançar o Popeye Turbo SLCM (cujo alcance é 1.500 km), que é creditado portador… Read more »

Last edited 1 mês atrás by Alex Barreto Cypriano
Esteves

Mas é o que temem que um dia faremos. Depois que a Terra acabar.

mauricio pacheco

a única coisa que eu pensava que o Brasil dominava, era o ciclo do combustível nuclear!

Fernando "Nunão" De Martini

Você pensava corretamente. O ciclo é dominado e já faz vários anos.

BK117

Bem, quando assisti a palestra do Alte. Olsen, uma coisa que ele disse foi bem reveladora pra mim. Ele diz: “Nós já gastamos no PROSUB 28 bilhões. O objeto é a obtenção do submarino de propulsão nuclear. É certo? Não! Pode ser frustrada a obtenção do submarino? Pode! A França construiu 4 ‘Labgenes’ antes do primeiro dar certo.” Então ele fala sobre questões orçamentárias, jurídicas e de aversão ao risco. Não sei se minha análise do comentário do comandante está certa, mas eu nunca tinha pensado no “e se não der certo?”. A gente as vezes esquece do quão difícil… Read more »

Willber Rodrigues

As pessoas se esquecem que o Álvaro Alberto será um protótipo. Provavelmente, será tão ruidoso quato o USS Nautilus.
E tudo bem. Como disse, é um protótipo, será o 1° subnuc que faremos, então ele, obviamente, não será nenhum Ohio ou Borei. Provavelmente seria preciso mais 2 ou 3 “Álvaros Albertos” pra termos um subnuc realmente moderno e uma verdadeira máquina de combate.
O problema é a quantidade de gente que simplesmente se esque isso.

Esteves

E contra quem combateriamos?

Machado

Contra quem nos sabota

Bruno Vinícius

Então usaremos o subnuc contra nós mesmos?

Sensato

Espero que contra ninguém, nunca, mas por falta de necessidade, não por falta de meios.

Mig25

Si vis pacem, para bellum…

rommelqe

Caro Wilber, um dos pontos que mais tem consumido os neurônios dos projetistas do SNBR é essa questão da assinatura sonora de todo o conjunto, inclusive do sistema da propulsão em si, bombas hidráulicas, fluxo desenvolvido ao longo do casco, etc. Acho que este talvez seja o ponto mais desenvolvido aqui (notar que o sub mais proximo frances seria o Barracuda cujo casco hidrodinâmicamente falando, é bem diferente em relaçao ao do Alvaro Alberto).

BK117

Caro Willber, concordo. Mas o que mais me preocupa agora é o caminho até ter o “Betão”. Temos ferramentas e tecnologias de projeto que outros países, como a França, não dispunham quando desenvolveram seus primeiros submarinos nucleares. Mesmo assim é um caminho tortuoso.

Esteves

“O Programa Nuclear Da Marinha teve início em 1979, devido à necessidade estratégica do Brasil de possuir submarinos com propulsão nuclear. Concebido para utilizar a tecnologia nuclear totalmente brasileira e independente, o Programa foi dividido em duas vertentes: o domínio do ciclo do combustível nuclear e o desenvolvimento de uma planta nuclear embarcada atualmente, graças ao PNM, o Brasil domina o ciclo completo do enriquecimento do combustível e está construindo no Centro Industrial Nuclear de Aramar, no município de Iperó (SP).” São 100 bilhões de reais somando os 57 do IPEN com os 40 do Prosub. Bastante para fazer 1… Read more »

Last edited 1 mês atrás by Esteves
BK117

Bom ponto, caro Esteves. Incrível a prioridade do PNM, quase 100 bi não é pra qualquer um.

Esteves

Quase 100 bi e apenas 1 protótipo em terra. Fosse a FAB…

Vamos reconhecer que todos têm parcimônia com a MB.

MMerlin

Pois é…
E se não der certo…
Enquanto isso, o que farão os profissionais do ICN após a conclusão do Angostura?
Vão ser todos alocados na construção com produção reduzida do Álvaro Alberto?
Aquela estrutura não se mantém (nem financeiramente nem profissionalmente) com a construção de uma única embarcação sem previsão de contratos.
A partir de 2026 provavelmente a empresa entre no quase limbo. A MB e o MD precisam corrigir isso urgentemente.

comment image

Last edited 1 mês atrás by MMerlin
ChinEs

Depois da facada que os franceses receberam dos Americanos e Britanicos na Austrália, nada mais natural do que eles ajudarem o Brasil… Naturalmente a França vai ajudar o Brasil no desenvolvimento da Propulsão Nuclear…

Dalton

“Americanos” e “Britânicos” não obrigaram à Austrália à nada, simplesmente ela viu finalmente a oportunidade de obter submarinos nucleares, algo que tem sido debatido por lá já a muito tempo e que poderão ser muito mais relevantes do que submarinos convencionais, não agora, mas 20 anos no futuro para o Teatro de Operações a que se destinarão. . E o “AUKUS” não se resume a submarinos, mas, também outras plataformas e armas e os 3 países estão muito mais alinhados quando se trata de China do que a França ou seja, eles poderão contar melhor uns com os outros enquanto… Read more »

Last edited 1 mês atrás by daltonl
Dalton

Apenas complementando, acabo de ler que um P-8 australiano pousou na Ilha Réunion, território francês, para atividades com as forças armadas francesas de lá então é mais um sinal que as relações entre as duas nações continuam boas apesar da indignação inicial com o “AUKUS”.

Esteves

Dalton, The Flash.

Alex Barreto Cypriano

Sem o turbogerador (e seus condensadores e bombas associados) o charuto atômico não existe. Turbogerador faz tecnicamente parte da “planta nuclear’? Se não, então nada mudou em relação ao acordo anterior e, como o motor elétrico, o turbogerador pode ser comprado dos franceses sem nenhum embargo de terceiro. Era de se esperar que esse equipamento ordinário embora essencial já tivesse sido equacionado (quantos outros equipamentos e sistemas ordinários mas essenciais estariam na mesma conspicua ausência e incompletude?…). A matéria não esclarece qual a colaboração eventual que seria fornecida pelos franceses no combustível nuclear (sobre o qual supostamente já éramos autosuficientes… Read more »

Esteves

Esteves é criança.

Alex Barreto Cypriano

Matéria antiga, de quase década atrás versando sobre teste bem sucedido de turbinas e lubrificantes pro charuto atômico tupiniquim:
https://www.infodefensa.com/texto-diario/mostrar/3132969/turbina-do-primeiro-submarino-nuclear-do-brasil-bate-testes-stress
O quê aconteceu com esse sucesso? Desapareceu sem deixar rastros na areia do tempo?

Esteves

A matéria é de 2015. A LGS Química (Lubrotec) é um negócio recente e no portfólio deles não aparece a MB.

Esteves

Parece a história das baterias do Prosub. Quando chegou a hora de montar tinha que ser francês.

Lembra?

Alex Barreto Cypriano

Tem um link pra refrescar-me a memória? Lendo no banco de matérias do PN, fica-se sabendo que era objetivo do ProSub nacionalizar ao máximo os componentes dos SBr, inclusive as baterias. Haveria transferência de tecnologia, mas não de um componente que fosse propriedade de empresa estrangeira, como no caso das baterias. Ao que parece houveram opções nacionais a esse entrave. É uma história complicada nos seus reveses… Por fim, não sei sequer quais componentes dos SBrs são fabricados aqui. Uma das matérias que li:
https://www.naval.com.br/blog/2018/06/07/nacionalizacao-no-prosub-o-desafio-das-baterias/

MMerlin

A última vez que ouvi comentarem a respeito das baterias dos submarinos, foi que a MB estava enfrentando problemas de qualidade das produzidas pela Newpower.

Roberto Santos

Quantos bilhões ainda precisa ? Fazem mais de 30 anos que se gasta com esses projeto sem fim….
Ué Temos o gerador mas não temos o combustível ? Quer dizer q a França vendeu o projeto de uma Fiat Uno, mas sem o motor ? Ah…nós temos o motor mas não temos o combustível ?
Sangria de dinheiro do pobre pagador de impostos brasileiro, que infelizmente pela sua ignorância nem sabe o que tá se passando.
Infelizmente essa história vai se arrastar por mais anos a fim.
Almirantes brasileiros Eka !!!

J.Neto

Tenho 45 anos, ou seja já ouço sobre o sub nuclear faz tempo, e uma da coisas que sempre são ditas é que a tecnologia levaria a produção de mini usinas para cidades isoladas da amazônia, demorou tanto esse submarino, que hoje temos a energia solar para essas pequenas comunidades,kkkkkk

ChinEs

Segundo uma revista americana, o grande objetivo do Brasil com esse programa é o desenvolvimento de armas nucleares, esse programa esta camufulado nesse PROSUB… uma vez dominado todo o ciclo nada mais natural do que o Brasil ter bombas atômicas.

Esteves

O que o Brasil faria com uma bomba atômica?

MMerlin

Os Almirantes responsáveis fariam uma aparição e seriam paparicados em um famoso canal especializado do YouTube.
Enquanto nosso país provavelmente sofreria sanções econômicas por ter aderido ao TNP.

Alex Barreto Cypriano

Bomba atômica de fissão com urânio precisa de urânio enriquecido acima de 90%. Enriquecer urânio a esta taxa demanda grandes recursos muito além de majoradas cascatas (não confundir com gordas patranhas). Reator nuclear, mesmo comercial, com combustível de baixo enriquecimento, produz (mas demora) plutônio já em grau adequado pra fitura de bombas de fissão. Bomba de fissão é velharia, apenas espoleta de bomba termonuclear, só rogue state subsidiado ostenta essas velharias. O submarino tupiniquim vai de urânio com menos de 8% de isótopo fissil.

Esteves

O que o Brasil faria com uma bomba atômica?

Felipe Augusto Batista

Esteves, excluindo os EUA em 1945, o que algum país fez com bombas atômicas nestes últimos quase 80 anos além de testá-las?
Nada, só deixaram elas guardadas esperando…

Esteves

Esses países tinham como transportá-las.

Carvalho2008

O Brasil o teria, pelo projeto do VLS que explodiu…

Esteves

O que faríamos com um VLS levando uma bomba?

Carvalho2008

O VLS era extremamente mal visto internacionalmente, pois era um lançador com combustivel sólido, tal como um míssil interno continental….bastaria programar sua plataforma inercial. Eu particularmente, sou desfavorável a posse de armas nucleares pelo Brasil, pois na prática, qualquer um que desejar ter uma hoje em dia a terá…e assim, o Brasil a tendo ocasionaria a Argentina e Venezuela e outras também a terem e no final, todos teriam…igualando todos….e eliminando a vantagem industrial Brasileira na corrida entre os países…no final, a vantagem resultaria em desvantagem

Esteves

Pois é.

Leandro Costa

Interessante. Qual revista?

Esteves

Mad.

Leandro Costa

Booooooa Esteves! Falando nisso tenho que organizar minha coleção delas aqui.

Esteves

O tempo levou a minha.

Wellington Mello

O que adianta o Brasil ter bombas atômicas agora e não utiliza-las, porque requer manutenção dessas bombas , não acha? Tudo tem manutenção! Então ficaria em depósitos guardados pegando poeira ou em lugares que requer cuidado, refrigerado gastando dinheiro para mante-las, se está em ambiente quente ou frio etc…
É MELHOR O BRASIL SABER FAZER , TER O KNOW HOW. E quando precisar fazer tem a tecnologia. O Brasil não tem nem mísseis e tecnologia para um míssel balístico ou de cruzeiro ?

Antes da bomba, devemos ter capacidade de construir mísseis balísticos .

Alex Barreto Cypriano

Qualquer arma precisa ser testada. Arma nuclear, também. Onde o Brasil testaria seus traques nucleares?

Franz A. Neeracher

O Brasil tinha um local planejado para esses testes.

Serra do Cachimbo/PA.

Esteves

Olá,

Franz. Como vai? Como está tudo?

Franz A. Neeracher

Tudo bem, obrigado.
Espero que tudo esteja bem com vc tb!!

Esteves

Umarmungen an alle in der Nachrichtenredaktion.

Franz A. Neeracher

Vielen Dank 😊👍

Alex Barreto Cypriano

Teste subterrâneo não é suficiente (e vai saber se havia a infraestrutura de sensores pra mensurar os testes), precisa de teste atmosférico, também. O buraco escavado pode ter sido uma afirmação retórica e o buraco concretado pode ter sido igualmente apenas uma outra afirmação retórica.

Rinaldo Nery

Um poço em Cachimbo, PA, que o Collor mandou tapar. Conheci o local.

Rodolfo

De acordo com o site globalsecurity.org, o Instituto de Estudos Avançados ja tinha 2 prototipos de artefatos de fissao projetados (nao construidos) que seriam testados nos anos 90 na Serra do Cachimbo. O mais potente entre 20-30 Kilotons. O cientista Dalton Barroso do exercito publicou há uma decada talvez o melhor livro sobre a fisica de artefatos nucleares incluindo de fusao baseado em dados da w87 americana que foram liberadas ao publico acidentalmente durante um inquerito sobre espionagem nos anos 90 em Los Alamos. Entao tecnologia pra desenvolver já teria. Mas a constituicao de 1988 é clara e esse tipo… Read more »

David Soares

Lembro desse livro. Na época os EUA queriam a proibição da publicação alegando que poderia servir a nações inimigas a desenvolverem seus programas nucleares, um disparate. Também ficaram com a pulga atrás da orelha achando que o exercito, se não me falha a memória o físico era do IME e o livro era a tese de doutorado dele, estava estudando o desenvolvimento de armas nucleares. Eles não entendiam como cálculos complexos poderiam ter sido feitos sem auxilio de grandes equipes e como foi obtido o conhecimento para fazer esse cálculos. Na época o ministro da Defesa, Nelson Jobin, bateu o… Read more »

Alex Barreto Cypriano

Falam tão mal da influência imperialista dos EUA mas se esquecem da influência colonial da França. O Brasil é quase um departamento ultramarino francês…

Esteves

Ainda reúnem-se no CCC. Guardam fardas, capacetes, espadas, táticas e licores.

Bruno Vinícius

Prefiro ver a França como um parceiro estratégico e – em menor grau – um potencial aliado (há muitas oportunidades para estreitarmos relações no futuro). Acho errôneo – para dizer o mínimo – atribuir relação de vassalidade/colonialismo por conta de parcerias/alianças.

Last edited 1 mês atrás by Bruno Vinícius
Orivaldo

Os Franceses costumam Honrar os Acordos ?

Dalton

Os franceses tecnicamente estão em segundo lugar empatados com a Rússia como
exportadores de armas então credibilidade é importante a menos que tal acordo venha
a comprometer interesses franceses como por exemplo o acordo dos navios classe Mistral para a Rússia, apesar de alguma preocupação inicial dos EUA o acordo foi em frente até
à anexação da Criméia pela Rússia em 2014 ,resultando no cancelamento.

Orivaldo

Mas a questão da França é que eles não se davam bem com o Governo anterior. Troca de farpas atrás de troca de farpas. Espero que com mudanças de Governantes eles não tentem nos ferrar só por não concordarem com que está na poder aqui.

MMerlin

O governante atual se dava muito bem com o Sarkozy, este último condenado por corrupção e tráfico de influência. Tanto é que tentou atropelar o processo de escolha, por parte da FAB, do caça do programa FX-2, em prol do Rafale. Importante: em pleno dia da independência e ao lado do presidente francês. Mas a FAB foi profissional. Soube controlar a empolgação do rapaz, rs.

Last edited 1 mês atrás by MMerlin
Camargoer.

Sim.

Alexandre Esteves

Cest la question à un million dEuros!

Durante as décadas de 70 a 90, o então Ministério da Aeronáutica se estressava com a contrapartida francesa da manutenção dos radares do CINDACTA I. Simplesmente eles não cumpriam o que estava escrito e queriam cobrar a mais por uma assistência ou fornecimentos a que estavam forçados a prestar ou fornecer em decorrência do contrato.

rommelqe

Uma questão é produzir o urânio enriquecido a 8%~16% (vai saber qual foi a escolha final.., vide Propulsão nuclear PDF (repositorio.ipea.gov.br)). Outra questão é fabricar o conjunto de pastilhas empilhadas e montadas dentro do reator, como fazer a recarga de novas células e o armazenamento das células exauridas, etc. etc.etc. Mal e grotescamente comparando, conseguimos extrair petroleo la no présal, mas ainda temos que refina-lo, armazena-lo, distribui-lo, abastecer nos postos, proteger o tanque no automóvel, controlar seu consumo, etc Assim me parece que há inúmeros pontos, relacionados ao uso da fonte de energia baseada em urânio, a serem devidamente detalhados. Só… Read more »

J.Neto

O que o Brasil faria com armas nucleares? Nada, pasta os outros saberem que temos só isso….será que se a Ucránia ainda tivesse o arsenal nuclear que devolveu para a Russia , ela teria sido invadida? Vira e mexe algum país vêm dizer que a Amazônia brasileira não é do Brasil…entendedorem entenderão3

Bruno Vinícius

Ter armas nucleares sem os meios críveis de entregá-las ao alvo, uma robusta capacidade de alerta antecipado e comando e controle capazes de sobreviver a um First Strike de nada adianta. E – para ter tudo isso – o orçamento disponível para a defesa precisaria ser MUITO maior.

J.Neto

#basta

Andrei

Eu como leigo não compreendo: este acordo não deveria estar incluso já na aquisição do projeto?

Jorge Augusto

Na época a França disse que não passaria know how sobre a parte nuclear do sub e só ajudaria com o casco. Parte nuclear o Brasil faria sozinho e por isso não teve esse acordo.

Desde aquele dia rolou AUKUS, a França foi passada pra trás e agora ela mudou sua posição.

E como ela mudou de posição e disse que AGORA aceita em ajudar, agora estão negociando o acordo.

Wellington Mello

O submarino convencional S40 Riachuelo a parte interna o recheio é todo de tecnologia brasileira ou tem componentes franceses ?

Esteves

Componentes….

As partes vitais, baterias, motor elétrico principal, sistemas, armas, aço, periscópio, alças, propulsão, tinta…tudo alienígena.

Brasileiro tem o marinheiro.

Alex Barreto Cypriano

Até a base de submarinos tem DNA estrangeiro. SPE ICN é Odebrecht e DCNS…

Esteves

Tem o sotaque.

Zenótico

Com o recente rompimento entre o Niger a França, esta parece ter perdido uma fonte importante de urânio. Talvez isso seja um fato que ajude a explicar essa mudança de atitude.

Esteves

Vamos recuperar a história. As 3 Armas tinham projeto nuclear. O da Marinha como mostrado na matéria com Oppenheimer em 1961 era o mais robusto e avançado. Impulsionados pela Guerra Fria quando sonhamos confrontar os soviéticos no Atlântico e pela Guerra das Malvinas onde o imaginario ainda hoje conta que 1 submarino nuclear britânico deu conta de tudo, impulsionamos e arrastamos esforços desde os anos 1960/70. Tivéssemos mantido as inteligências do Leste no IPEN, talvez essa história pudesse ser contada diferente. Aqui, entendemos a intervenção norte-americana na década de 1960 e…quando doaram o reator de pesquisa em 1959 como e… Read more »

Wellington Mello

Mas o submarino nuclear britânico foi real, tanto relatado pelos britânicos quanto cientes os argentinos.

Esteves

Os. Eram 5.

Carvalho2008

Sim, foram 5 subnukes Britânicos, adicionados a mais 01 diesel nas Falklands…

Snake

Sinceramente é muito triste ver o nível de certos comentários aqui, leitores mais sérios explicam a mesma coisa 100 vezes, e ainda assim continuam comentários como” meu Deus tenha 102 anos e o Brasil ainda não domina o ciclo do combustível nuclear, nossa que absurdo o que o Brasil vai fazer com isso, nossa tem de comprar da França logo eles que malditos’ lamentável ver o nível de certos comentários, que só sabem criticar e fazer chacota do que é feito no Brasil, mais é como eu disse em outro post, certas pessoa s aqui se aparecer um norte americano… Read more »

Esteves

Sinceramente.

Alex Barreto Cypriano

EDITADO

Diego Tarses Cardoso

Ué, mas o combustível não seremos nós que iremos fazer ?

Esteves

Recomendo que você acompanhe as matérias do PN sobre nosso esforço em Resende e Aramar/Ipero.

O Prosub tem uma série fantástica produzida pelo Poder Naval. É só acionar o buscador.

David Soares

Quem acompanha a mais tempo o PROSUB e as discussões nesse site lembrará que a MB divulgou na época os motivos que a fizeram optar pela parceria com a França e não com a Alemanha e o mais importante: do porquê a MB não fazer ela mesma o projeto e construção sozinha desse submarino. Lembro que a força divulgou uma tabela na qual, entre as várias fases de pesquisa e desenvolvimento, o sub de propulsão nuclear só seria finalizado em 2030! A parceria está ai, e o sub de propulsão nuclear só sai, na melhor da hipóteses, em 2033 a… Read more »

Camargoer.

Olá Davi. O ProSub custará até o final, cerca de Eur$ 6,5 bilhões (ou em torno de R$ 35 bilhões, ou R$ 40 bilhões se preferir), o que inclui os 4 Scorpenes, a base de submarinos e o estaleiro. Então, é um equívoco dizer que o SBN custou R$ 40 bilhões. Os relatórios da MB tem os valores corretos. Já os publiquei pelo menos uma dezena de vezes. Tem um bom relatório do Congresso sobre o programa nuclear da MB, com um excelente depoimento do Alm. Othon. Tem uma publicação muito boa também com os gastos do programa nuclear da… Read more »

David Soares

Perdão pelo erro, você está certo. Na minha escrita apressada e desatenta acabei me expressando mau. Sim, sei que o custo do PROSUB é o anunciado e contempla os diesel elétricos, o design do casco do nuclear, mais toda a parte não nuclear e a construção do estaleiro. Ainda sim, chamo atenção para o gráfico lançado na época pela MB das fases de P&D e testes do subnuc caso ela própria, sozinha, decidisse partir do zero para a construção do sub nuclear. Segundo aquele gráfico, estaria sendo lançado em 2030 o sub nuclear. Evidente que sairia mais caro e seria… Read more »

Cipinha

Não sejamos tolos, os EUA devem estar fazendo uma pressão gigantesca sobre o franceses para que não saia nada e se sair que seja algo nada promissor. Assim como fizeram com a Alemanha e o acordo nuclear.
Mas tbm não achemos que a França nos fornecerá isso pq é boazinha, são tão potência e tem as mesmas pretensões hegemônicas dos EUA, eles apenas ganharão muito com o acordo.
Em um livro que eu lia, lá pelas tantas falava do acordo nuclear Brasil Alemanha e como até o embaixador soviético alertou o Kissinger sobre os riscos de um Brasil nuclear

francisco

Esse projeto do subnuc começou em 1978. Em 45 anos não aprenderam nem a fazer um casco? quantos bilhões já foram e ainda serão gastos?

Eu comparo os eternos projetos da marinha com esta piada de advogado.

O filho, advogado recém-formado, chega todo sorridente para contar a novidade para o pai, advogado titular do escritório:
– Papai! Papai! Em um dia, resolvi aquele processo em que você esteve
trabalhando por dez anos!
O pai aplica um safanão na orelha do filho e berra:
– Idiota! Este processo é que nos sustentou nos últimos dez anos!

Tuxedo

Triste pela nossa Marinha…

Bispo

Qual a razão do combustível não ser produzido pelo BR , já que dominamos o processo de enriquecimento do urânio.

Do que adianta fabricar o motor se ha dependência de terceiros para seu funcionamento …estrategicamente é preocupante.

Fagundes

Em divagações às vezes penso que se um cara quisesse montar no Brasil uma empresa privada de reatores nucleares, a única licença política seria se fossem base de Tório, por terem finalidades pacíficas. Parabéns pela matéria.

Fabio Araujo

Parece que uma das contrapartes será a compra do Rafale, se for verdade vale a pena, mas primeiro repassem as tecnologias depois compramos os Rafale!