USS Forrestal, em 1962

Washington planejou enviar apoio aéreo e naval aos militares brasileiros. Ao custo de US$ 2,3 milhões, movimentação foi sinal claro do interesse americano em buscar alinhamento do Brasil na Guerra Fria

Por Edison Veiga

Às 11h30 do dia 31 de março de 1964, acontecia na Casa Branca, em Washington, uma reunião tensa. Autoridades americanas discutiam o envio de apoio aéreo e naval àqueles que, no Brasil, conspiravam para a derrubada do governo de João Goulart (1919-1976), o Jango.

O contexto era o da Guerra Fria, em que tanto Estados Unidos quanto União Soviética disputavam zonas de influência pelo mundo. O agravante: apesar de Jango jamais ter se alinhado ao socialismo, havia um receio – em parte provocado por suas reformas de base – de que ele quisesse alinhar o Brasil ao bloco soviético.

Documentos então confidenciais do governo americano – revelados pela primeira vez em pesquisa acadêmica da historiadora americana Phyllis R. Parker e publicados no Brasil apenas em 1977 – mostravam que Washington já monitorava as movimentações políticas brasileiras desde 1961.

Às 13h50 daquele último dia de março, o comando militar dos EUA decidiu enviar ao Brasil um porta-aviões e dois destróieres, além de um grupo de apoio de helicópteros embarcados em outro navio, acompanhado de quatro destróieres. Ficou acertado que a força-tarefa sairia de um porto da Virgínia às 7h do dia seguinte e chegaria ao Brasil – na região do porto de Santos – entre 10 e 14 de abril.

Batizada de Operação Brother Sam, esta foi a estratégia militar oferecida pelos americanos a quem planejava a destituição de Jango e a implementação do golpe de 1964, de fato ocorrido em 31 de março.

“Foi uma operação naval que o governo dos EUA montou para ajudar na derrubada de João Goulart. Montaram uma frota com navios de guerra, porta-aviões, cargueiros trazendo petróleo e munições”, resume o historiador Rodrigo Patto Sá Motta, professor na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “Eram provisões para ajudar o lado dos golpistas. Se ocorresse uma guerra civil no Brasil provavelmente haveria intervenção norte-americana. Eles não estavam mandando uma frota aqui à toa.”

Além de armas, também consta que os navios trariam gás lacrimogêneo, que poderia ser usado para conter multidões em protestos e rebeliões. Na avaliação do pesquisador, “a participação norte-americana no eventual conflito teria um impacto muito grande”.

A ideia da operação era garantir que, em caso de resistência de Jango e seus apoiadores, o golpe tivesse armas para conter revoltosos e, por fim, conseguisse derrubar o governo. As munições se justificavam pelo receio de que a população contrária à intervenção militar, em geral alinhada à esquerda, contasse com treinados guerrilheiros armados prontos para o conflito. Os navios petroleiros também tinham seus motivos: temia-se que o comando da Petrobras, como forma de resistência, cortasse o fornecimento de combustíveis ao país.

Todo o planejamento da Brother Sam ocorreu por meio de telegramas entre o governo americano e a embaixada dos EUA no Brasil. Em 1º de abril, a Casa Branca queria saber se “o impulso continuaria do lado anti-Goulart sem incentivo oculto ou ostensivo de nossa parte”. Então embaixador no Brasil, o diplomata Lincoln Gordon (1913-2009) respondeu que “o impulso claramente pegou”. Horas mais tarde, Gordon acrescentou que a “rebelião democrática” estava “95% vitoriosa”.

Era a senha para o desmonte da operação. Mas autoridades americanas demonstraram cautela, sobretudo receosas de que faltasse petróleo disponível no Brasil. A ordem para dissolver a força-tarefa só foi dada às 20h do dia 2, e os navios então iniciaram um retorno aos EUA. Segundo documentos revelados apenas nos anos 1970, a operação custou 2,3 milhões de dólares aos cofres americanos.

Professor na Universidade Federal Fluminense (UFF) e na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), o historiador Daniel Aarão Reis acrescenta que “eles não vinham propriamente para invadir o Brasil, mas para dar uma cobertura política e diplomática aos golpistas”.

“Tanto os agentes da CIA [o serviço de inteligência americano] quanto os políticos brasileiros conservadores esperavam que haveria muita resistência [ao golpe] e cogitavam a hipótese de uma guerra civil, que não aconteceu”, ressalta Reis.

O contexto da Guerra Fria

“Basicamente foi uma operação de apoio, de sustentação ideológica, política e, principalmente, militar dos EUA ao golpe civil-militar de 1964”, analisa o historiador Victor Missiato, pesquisador do Grupo Intelectuais e Política nas Américas, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), e professor do Colégio Presbiteriano Mackenzie Tamboré. “Ela se configurou, sim, como participação americana no golpe, tendo em vista principalmente o contexto da Guerra Fria que o mundo vivia naquele momento.”

Conforme lembra o historiador Paulo Henrique Martinez, professor na Unesp, “o fantasma do comunismo” assombrava a política americana desde os anos 1950. E isso se agravou após a revolução cubana, em 1959, e a aproximação da ilha à política ideológica soviética.

No governo de John Kennedy (1917-1963), começou-se a alardear “a necessidade de novas estratégias, amparadas em ações coordenadas e informações racionalmente seguras”, para conter o avanço da esquerda no mundo, explica Martinez. “Se as reformas sociais eram o apelo do discurso comunista na América Latina, caberia aos EUA antecipar a realização destas, afastando os perigos da tentação política e ideológica das opções concorrentes e ameaçadoras dos interesses e dos valores norte-americanos”, avalia o professor.

Pelas dimensões continentais, pela localização estratégica e pelo peso econômico e político, o Brasil estava nesse radar. E o resultado, pontua Martinez, “foi a montagem de estruturas, equipes, orçamentos e ações voltadas para prevenção, monitoramento e articulações políticas, econômicas e militares em tempo real ou imediato”.

“Buscava-se antecipar a presença e a participação dos EUA nos momentos vividos e atentamente observados e diante das perspectivas indicadas pela massa de dados, informações, estatísticas, análises, relatos, comparações e projetos em todos os países latino-americanos”, contextualiza.

“Para tanto foram adotadas medidas para expandir e organizar a atuação de assessores, acadêmicos, jornalistas, adidos culturais, econômicos, políticos e militares instalados em consulados, embaixadas, universidades, empresas e a sociedade civil em diferentes países na América Central, do Sul e o Caribe.”

Repercussão do apoio americano

O historiador Motta avalia que o apoio americano teve um papel importante na opinião pública, como se o governo dos EUA estivesse de alguma forma legitimando o golpe.

“As pessoas ficaram sabendo disso, que os Estados Unidos tinham mandado uma frota. E entenderam que isso tinha uma importância tremenda, que quem tinha o apoio americano tinha um trunfo enorme. É possível que isso tenha desanimado o presidente João Goulart a resistir ao golpe, por saber que haveria uma intervenção norte-americana para ajudar os golpistas”, comenta ele.

Durante muito tempo, contudo, a participação dos americanos no golpe era desacreditada e tratada como uma espécie de “narrativa conspiratória da esquerda”. Quando esses documentos vieram à pública, portanto, houve um ganho historiográfico importante.

“Revelou-se que os americanos operaram, ajudaram a planejar o golpe no Brasil. O que era ‘ilusão da esquerda’ está documentado. Diante das ameaças de resistência, os Estados Unidos enviaram dois porta-aviões em uma possível invasão ao Brasil”, diz o sociólogo Paulo Niccoli Ramirez, professor da Fundação Escola de Sociologia de São Paulo (FESPSP) e da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

O historiador Reis frisa que o episódio não deve ser entendido com “aquela visão simplista muito comum de que ‘tudo começou em Washington’, como se o golpe de Estado fosse uma expressão brasileira de um golpe arquitetado nos Estados Unidos”. “Nada mais falso do que isso. Evidentemente que os golpistas buscaram apoio do governo norte-americano, mas a ideia partiu daqui”, afirma o historiador.

Mesmo com a operação abortada, ficou o registro. Em 1964, os EUA deixaram de ser Tio Sam e se apresentaram como “brother” do Brasil – tudo em nome de um interesse ideológico comum.

FONTE: Deutsche Welle

NOTA DO PODER NAVAL: Segundo informações disponíveis na Wikipedia, com o início do golpe de Estado, a Operação Brother Sam foi ativada para transferir combustível, como gasolina, por mar para os militares insurgentes. O componente naval consistia no porta-aviões USS Forrestal, um porta-helicópteros e seis destróieres da Segunda Frota, bem como quatro navios-tanque. O porta-aviões partiu da Virgínia, enquanto os naios-tanque deveriam reabastecer no Caribe. O componente aéreo era de sete aviões C-135, oito aviões de suprimentos, um avião de suporte aéreo e resgate, oito caças, um avião de comunicações, um posto de comando aéreo, armas e munições. O general da Força Aérea George S. Brown foi nomeado comandante da missão, que foi coordenada pelo Comando Sul no Panamá.

Enquanto os envios esperavam nas bases aéreas, os navios começaram a deixar seus portos. No entanto, os militares de oposição no Brasil rapidamente derrubaram o governo Goulart, e Castelo Branco relatou que o apoio logístico não seria necessário. Assim, a operação foi desativada antes que tivesse qualquer efeito físico no Brasil, mas demonstrou a disposição intervencionista do governo americano. Isso veio à luz entre 1976 e 1977 com a desclassificação de documentos.

Às 11:30 do dia 31 de março de 1964, uma reunião de alto nível em Washington discutiu as capacidades de apoio aéreo e naval. Em um telegrama enviado à Embaixada, eles definiram o dilema entre “não deixar passar uma oportunidade que pode não se repetir” e “não colocar o governo dos EUA à frente de uma causa perdida”. Além dos navios e do suprimento de combustível proposto pela Embaixada, o envio de armas e munições também foi aprovado.

Às 13:50, o Contra-Almirante John L. Chew ordenou que a força-tarefa com o porta-aviões USS Forrestal e dois destróieres de mísseis guiados fossem enviados para as proximidades de Santos, onde poderiam receber novas ordens. Paralelamente, um grupo de apoio de helicópteros também seria enviado, embarcado em um navio acompanhado por quatro destróieres.

Esses navios pertenciam à Segunda Frota na 4ª Divisão de Porta-Aviões e nas Divisões de Destróieres 162 e 262. A força-tarefa do Forrestal deveria partir de Norfolk, Virgínia, às 07:00 do dia 1º, horário local (09:00 no Rio de Janeiro). Os navios levariam alguns dias para se reunir. A força-tarefa com o porta-aviões era esperada na área por volta de 10 ou 11 de abril, e os helicópteros, no dia 14.

Sob sigilo, os navios-tanque seriam carregados em Aruba a partir das 19h (horário do Rio de Janeiro) do dia 31 e depois enviados em direção ao Brasil. A carga de gasolina comum equivaleria ao consumo de um dia no Brasil nos níveis de 1977. Na manhã do dia 2, um deles, o Santa Ynez, estava pronto para partir. Tinha como destino Montevidéu, Uruguai, mas nos dias 10 ou 11 de abril estaria perto do Rio de Janeiro.Havia a alternativa de transportar combustível por via aérea.

Navios que participaram da Operação Brother Sam

USS Forrestal (CVA-59), em 1964
USS Leahy (DLG-16)
USS Barney (DDG-6)
USS Truckee (AO-147)
USS Charles R. Ware (DD-865)
USS Allen M. Sumner (DD-692)
USS Harwood (DD-861)
USS William C. Lawe(DD-763)
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Ozawa

“(…) Além de armas, também consta que os navios trariam gás lacrimogêneo.”

Não bastasse ler tudo antes, isso dá nojo.

De fato, os pilares das relações internacionais nas ditas potências democráticas nada tem a ver com a defesa de valores humanos naturais consagrados, mas com a fluidez dos interesses e as baixezas humanas …

Felizmente, e recentemente, a política externa americana foi menos fluída e menos baixa no Brasil, mas em Gaza, por exemplo, continua fétida.

GFC_RJ

O bom (ou ruim, depende da perspectiva) e velho Realismo político.
Sistema internacional anárquico, nações vivendo em competição na base da lei da selva.
Quem tem hard power, money and arms, faz valer seus interesses. Quem não tem, chupa o dedo. 

E nesse jogo, as nações periféricas são a bola. Chutadas de um lado para o outro sem nem ter noção para onde vão. 

E as pessoas?! E o povo?!
Justo Veríssimo já tinha o mantra.

Gabriel BR

Democracia é apenas um procedimento , a principio não faz nenhum país melhor que os outros sob nenhum aspecto. Vocês do direito romantizam demais as coisas…

Camargoer.

Democracia é um processo. Significa que ela não está pronta nem que exista um modelo único. A democracia hoje é baseada em quatro pilares, construídos historicamente. 1) Estado de direto, 2) Soberania popular, 3) Direitos humanos e 4) Meio ambiente. Existe uma dicotomia simples.Democracia x ditadura. Mutuamente excludentes. Ou um país é uma democracia (mesmo que imperfeita) ou é uma ditadura (as ditaduras são todas perfeitas). Na democracia, além dos quatro princípios, existe um sistema de freios e contrapesos, como descrito ha 200 anos, no qual a separação dos poderes atua contra o abuso dos demais poderes. Em uma ditadura,… Read more »

Gabriel BR

Os três pilares da REPÚBLICA( coisa pública)! São:1) Isonomia( Igualdade perante a lei) , 2) Isocracia( Igual poder politico) e 3) Isegoria (Liberdade de expressão) . A democracia ainda que sendo uma forma degenerada da República HERDA da primeira esses três pilares , mas isso não quer dizer que um governo democratico seja em regra moral ou eticamente compromissado.( Nenhum de fato o é!) Esses quatro princípios, por ti citados, não são princípios mas ideais que nos tempos atuais estão “na moda”. Filosofia politica e Ciência Politica são conhecimentos distintos. Filosofia politica = debate sobre o dever ser. Ciência Politica… Read more »

Marcelo Baptista

Mas, precisamos lembrar que em uma ditadura nem estes ideais “modinha” temos. E não vejo diferenças entre a nossa ditadura ou a do Stalin, ou a do Hitler, ou a do Idi Amin Dada, ou a do Ceaușescu (tive que pegar o nome do infeliz no google). É apenas um bando de coió (para não falar palavrão) querendo mandar sem dar satisfação a ninguém, e por tabela outro bando de coió puxando o saco para tirar lasquinha do estado e ficar rico ou mais rico. Lembrando também o óbvio, numa democracia, por mais torta que seja, ainda temos a chance… Read more »

Last edited 27 dias atrás by Marcelo Baptista
JS666

Olá Gabriel, não sou da área de teoria, mas algumas afirmações estão equivocadas: 1- A democracia precede a república como forma de governo, não é a degeneração dela. A república passa a ser pensada (no ocidente) como uma forma de combinar os melhores elementos da aristocracia e da democracia, e a democracia representativa moderna é de fato herdeira desse processo. 2- A definição mínima de democracia schumpteriana como uma forma de produção de governo (procedimento), não de governo, apesar de ter sido importante historicamente, não é a “definição mínima” mais aceita atualmente (se era isso que vc se referiu no… Read more »

Gabriel BR

A minha definição é a aristotélica.
República= Forma de Governo.
Democracia = Regime de governo.
Sendo assim eu reafirmo o que eu disse acima…eu sou da área mas sinta-se a vontade.( não me considero melhor do que ninguém em função disso)

Rinaldo Nery

Não entendi o ¨meio ambiente¨.

Camargoer.

OI RInaldo. Durante os regimes absolutistas, os reis tinham total poder. Sua decisão era soberana. O primeiro documento que colocou um limite ao poder dos reis foi a Carta Magna, na Inglaterra, isso lá no Séc. XIII. A República Romana já tinha instituído o Estado de Direito, mas esta ideia acabou se perdendo na Europa Feudal, O Estado de Direito é base da democracia, mas insuficiente. O próximo passo em direção á democracia foi a instituição dos parlamentos eleitos, que demandou um longo período, até chegar no modelo de eleições livres e universais. Por exemplo, o voto feminino só foi… Read more »

Rodrigo LD

Aconteceu apenas o inevitável. Ainda bem que sem a intervenção direta dos EUA.

Zorann

Não adiantou nada. Só postergou a chegada da es.querd.a ao poder.

Fernando

Que aliás está anos-luz melhor que a direita quando estava no poder.

Moriah

Sem surpresas…

Alex Barreto Cypriano

Faltou a foto do porta helicópteros.
O evento de 31/03/1.964 é mal explicado pela deterrencia do comunismo: no imediato e anos posteriores, 6.591 militares contrários ao evento, dentre eles um general e dois brigadeiros (alguns, heróis da II GM e ao menos um desses declaradamente anticomunista), foram perseguidos, torturados e banidos pelos seus colegas de farda do seu ramo das Forças Armadas (ou inclusive de outro ramo das forças). Aqui:
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-46532955
Arantes diz que esse expurgo eliminou os militares de esquerda (progressistas) das forças de uma vez pra sempre. Quais forças internas moveram realmente o evento e por quê?

Last edited 27 dias atrás by Alex Barreto Cypriano
Jagder#44

Não foi para sempre.

Luiz Guilherme

Quando me falam que a ditadura só perseguiu “vagabundo”, eu sempre peço para verem o depoimento do Brigadeiro Rui Moreira perante a Comissão Nacional da Verdade, tem no youtube.

Camargoer.

Desprezo todo ditador ou psicopata que almeja um dia se tornar um ditador.

Ditadores irão perseguir seus opositores.

Talvez os chamem de vagabundos, talvez de corruptos, talvez de vermes, talvez de subumanos, talvez de lixo… ditadores costumam ser contundentes nos adjetivos.

Gabriel BR

Conversa fiada …

Camargoer.

Então.. os ditadores costumam aplicar uma conversa afiada na garganta dos opositores.

Gabriel BR

Nem sempre! o que mais está a solta por ai são “Democratas maquiavélicos sem voto” que usurpam a democracia sob o pretexto de defende-la .

Camargoer.

Uma democracia sem eleições fraudadas para evitar a vitória da oposição é uma ditadura.

Há um caso engraçado em Poços de Caldas. Durante o ditadura, a oposição venceu a eleição para prefeito. Todo mundo foi comemorar. Dai, a PM fechou o ginásio onde era feita a apuração, fez uma contagem de votos, declarando que o candidato do governo ganhou.

“A democracia é o regime onde os partidos perdem eleições”

Santamariense

“Uma democracia sem eleições fraudadas para evitar a vitória da oposição é uma ditadura.”

Ah, então eleições fraudadas valem??

Rinaldo Nery

Nenhum Brigadeiro foi torturado. De onde tirou isso? De algum historiador de alguma federal?

Camargoer.

Comê-mo-los todos.

Rinaldo Nery

O nome do doce foi inspirado no Brig Eduardo Gomes, em sua campanha presidencial. Era solteiro e bonito, as mulheres suspiravam!

Leandro Costa

Mas aí suspiro é outro doce hehehehe

Camargoer.

Olá. Riso.. eu sei que o nome do doce foi em razão do Eduardo Gomes… Pelo menos é a história que se conta…

Mas a Luana no estilo Jânio Quadros foi irresistível.

Camargoer.

Eita corretor… a frase correta é “A PIADA no estilo Jãnio Quadros foi irresistível”

José de Souza

Suspiravam, assim como pelo Cauby, e muitos outros “solteiros” da época…e “solteiro” o Brigadeiro (que perdeu, coitado, os documentos na quartelada de 1922 no Forte Copacabana) morreu. Mas era muito “querido” por subalternos, alguns eram realmente muito queridos.

Aldaz

Golpe? Que golpe?

João

O apoio soviético, chinês, tcheco e cubano aos grupos q impulsionavam Jango a um governo como vimos nesses países nunca é mencionado, mesmo q muito bem documentado. Isso não dá nojo…..

Underground

Dão a impressão que alguém levantou um dia e decidiu dar um golpe. Não foi assim, evidente.
Como não foi de graça os anos subsequentes, de endurecimento.
Lamentavelmente, de um lado e de outro, o Brasil só perdeu.

Camargoer.

O golpe de 64 tem suas bases na tentativa de submeter Vargas a um processo, algo que foi interrompido com o seu suicídio. Depois, teve a tentativa de impedir a posse de JK. Dai, teve a tentativa de autogolpe de Janio. Depois o golpe parlamentar imponto do parlamentarismo….

Depois de 64, teve o autogolpe com o AI5 e o endurecimento do regime…

Rafael Oliveira

Penso que dá para voltar até ao Tenentismo como início do golpe de 64. Isso em termos de participantes.
Se for pensar na índole golpista dos militares dá para voltar até 1870, quando, após a Guerra do Paraguai, muitos militares começaram a se meter em assuntos políticos e a desobedecer a Monarquia até a sua queda.

Underground

Talvez possamos voltar até Nabudonosor.

F-5

Ganhou um fã!

José de Souza

Como vimos, não terminou ainda, mesmo em 2008. Vivemos um golpe contínuo, desde 1954, quiçá 1922, ou ainda 1889. Tomara que a prisão e a punição dos atuais apoiadores enterre e esconjure essa praga.

Camargoer.

Caro. Só é mencionado o que aconteceu…. Recomendo o documentário o dia que durou 21 anos.

Não há registro de uma frota soviética no Atlântico sul, não há registo de tropas chinesas mobilizadas para serem enviadas ao Brasil, náo há registro de soldados cubanos desembarcando nas praias brasileiras…

ninguém menciona porque nadas disso aconteceu.

Fernando Vieira

O máximo que aconteceu foram alguns militantes de esquerda terem ido para Cuba ou para URSS onde receberam treinamento. Mas esses eram poucos e seu treinamento não ajudou muito pois as tentativas de guerrilha foram rapidamente anuladas.

Os comunistas brasileiros eram desorganizados e jamais conseguiriam dar um golpe em 64, uma das razões que os militares alegaram para dar um golpe.

Esteves

Cuba sim. Para treinamento.

José de Souza

Já esteve melhor… Meia dúzia de quatro ou cinco.

ODST

A questão não é essa. A questão é que houve uma tentativa de um golpe comunista e com base nisso houve uma reação

Fernando Vieira

Não houve. O presidente era João Goulart que não era comunista. Se tivesse uma tentativa de golpe comunista, essa deveria ter sido rechaçada e o poder mantido com ele que era o governante legítimo. Os comunistas podiam até sonhar com golpe (sonhavam) mas eles eram incapazes de se organizar e ter meios para tal. Qualquer tentativa de golpe deles durante o governo Jango beirava ao ridículo e ninguém levava a sério.

Mas serviu de belo pretexto para o golpe dos militares. Esse sim golpe mesmo.

Rinaldo Nery

A visita dele à China comunista não ajudou…

Esteves

Jango tinha esterco na cabeça. Hoje…hoje uma visita à China precisa ser muito bem pautada. Incluir 100 empresários na comitiva.

Imagina nos anos 1960.

José de Souza

_____

COMENTÁRIO APAGADO POR REPETIÇÃO. MANTENHA O BLOG LIMPO.

LEIA AS REGRAS DO BLOG:
https://www.naval.com.br/blog/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Camargoer.

Então… Jânio enviou Jango para a China e enquanto ele estava lá, tentou o autogolpe. Renunciou e achou que pediram para ele ficar… Com Jango fora do paus, a sucesso estaca incerta.

A crise foi tão estranha que tiveram que inventar um parlamentarismo para autorizar o retorno de Jango, essencialmente um golpe parlamentar.

Essa história da China tem CPF…

Last edited 27 dias atrás by Camargoer.
Fernando "Nunão" De Martini

Com Jango fora do paus, a sucesso estaca incerta.”

Camargo, o teu corretor tá te zoando forte hoje rsrsrs
Vai ter que dar um corretivo nele e mostrar com quantos paus se faz uma estaca incerta!

Camargoer.

O corretor é um fanfarrão.. ou tem um hacker por ai que gosta de pregar peças nos meus cometários….

Bento Perrone

Não tem sentido achar que a vista implicaria o Jango em alguma trama comunista ou de golpe…..ele foi enviado pela própria presidência da República, oficialmente e com o objetivo de expandir relações comerciais. É o tipo de interação legítima entre nações…….o Jânio é que armou uma arapuca muito da chinfrim como desculpa pra dar um golpe, e até hoje tem gente intelectualmente míope que compra essa história da carochinha de ameaça comunista. O Jango era trabalhista, social democrata e só.

Camargoer.

Exato. Nixon visitou a China em 72, retomando as relações diplomáticas e comercais. Nixon não se tornou comunista por isso.

Rinaldo Nery

À época tinha. Não raciocine com a cabeça de 2024.

Fernando Vieira

Com certeza. Acho que ele não era muito bom em fazer cálculos políticos.

José de Souza

Nixon (e Kissinger!) foi a China, e vocês adoram os Republicanos.

Yuri

Se o jango não era comunista, então papai Noel existe.

Last edited 27 dias atrás by Yuri
Camargoer.

Caro. Jango não era comunista. Era milionário e era proprietário de duas enormes fazendas próximas á fronteira com o Uruguaia, usadas tanto para agricultura quando para a pecuária. As fazendas foram avaliadas recentemente em cerca de R$ 250 milhões.

Ho Ho Ho…

Santamariense

Fronteira com o Uruguai?? Tuas noções de geografia são bem sofríveis. Uma das fazendas fica em Itaqui, município às margens do rio Uruguai, fronteira com a Argentina, e a outra fazenda situa-se no município de Itacurubi, região centro-oeste do RS, distante uns 90 km da cidade de São Borja, esta também na fronteira com a Argentina e terra Natal de Getúlio e do próprio Jango. Ambas, Itaqui e Itacurubi, ficam ao redor de 300 km de distância do Uruguai.

Yuri

Como se isso impedisse alguém de ser comunista…

Camargoer.

Pois é. O que torna uma pessoa comunista é a sua convicção política, suas filiação partidária, seus escritos, livros, discursos. Nada do que Jango escreveu ou falou o caracteriza como comunista.

De esquerda sim, mas comunista não.

Assim como nem toda pessoa de direita é fascista (mas todo fascista é de direita), nem toda pessoa de esquerda é comunista (mas todo comunista é de esquerda).

Tem um livrinho da coleção “Primeiros Passos” “O que é comunismo” que pode ser útil.

NOTA DOS EDITORES – Texto corrigido a pedido do comentarista, em caráter excepcional

Last edited 26 dias atrás by Fernando "Nunão" De Martini
Yuri

Esqueceu um: suas alianças políticas em epocas específicas. Jango era comunista, só era velado.

Camargoer.

Riso… se fosse um comunista camuflado seria uma melancia.

A esposa de um comunista velado é uma viúva… riso.

Yuri

E é o que ele era. Em um mundo bipolarizado, ou você é um ou você é outro, não existe neutralidade. E sabemos muito bem qual lado jango iria tomar se fosse forçado.

Fernando

Camargoer, Fascista de esqureda??

Fernando "Nunão" De Martini

Provavelmente o corretor ou a pressa em escrever pregaram uma peça.

Pelo que conheço dos textos do Camargo, ele queria escrever exatamente o contrário.

Camargoer.

Olá Nunão.
Obrigado pelo alerta. Como editor, acha que consegue corrigir o texto?

Fernando "Nunão" De Martini

Corrigi, mas em caráter muito excepcional. Não é praxe.

Camargoer.

Obrigado.

Camargoer.

Olá Fernando. Obrigado pelo alerta. Um erro…. meu corretor do celular anda arrisco. Assim como nem toda pessoa de direita é fascista (mas todo fascista é de direita), nem toda pessoa de esquerda é comunista (mas todo comunista é de esquerda). La em cima tem outro erro….. acho que o corretor cortou uma palavra… acho que vou parar de colocar comentários pelo celular. Uma democracia sem eleições ou com eleições fraudadas para evitar a vitória da oposição é uma ditadura. ou é o corretor ou algum hacker em Araraquara brincando comigo. O pessoal de Araraquara tem um senso de humor… Read more »

Last edited 26 dias atrás by Camargoer.
José de Souza

Geeeeeeeeeeeeeeente! Ahahahahahah!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Fernando

Ho Ho Ho

Camargoer.

Tem gente que não vai ganhar presente este ano…

Ho ho ho.

Marcelo Baptista

Oia, Papai Noel existe!!!

ODST

Tanto houve que hoje os comunistas daquela época admitem que o objetivo era implantar a ditadura do proletariado

Bruno Moura

______ ______ O objetivo , era apenas criar um subterfugio, para se dar o golpe, e a partir dele , se obter o poder … Criar o velha mantra de “comunista rouba propriedade privada” foi com um, tiro certeiro , para amedrontar a classe media e faze-la acreditar e aceitar, que um golpe militar era ” o menos pior das escolhas” algo como, a versão do século 20 do famoso ” o importante é que não é vermelho ” muito dita e repetida, ao se colocar o desprezível Temer no poder, provamos que a lição continua sem ser aprendida, e… Read more »

Esteves

Isso não existiu.

ODST

Google é seu amigo. Ali você vai encontrar os próprios comunas daquela época admitindo que o objetivo final era a ditadura do proletariado

Fernando

Pode compartilhar conosco que tentativa foi esta?

Esteves

Nunca é mencionado porque não existiu.

Jagder#44

Excelentes fotos!!

Mac

Bem, os americanos tinham razão de sobra para não confiar nas intenções do governo João Goulart. O sinal de alerta “vermelho” (será só uma cor ?) foi dado apenas três anos antes quando Jânio Quadros condecorou o guerrilheiro da “ternura” Ernesto Che Guevara com a ordem do Cruzeiro do Sul enquanto seu vice (João Goulart) visitava a China. Lembrando também que a crise dos mísseis de Cuba (que quase levou a uma guerra nuclear) foi em 1962 e os americanos já estavam lutando no Vietnam contra os vietcongues apoiados pela China/União Soviética. Com estes antecedentes, a última coisa que Washington… Read more »

Samuel Asafe

meu Deus me fala que você não citou Vietnam como se fosse uma luta justa dos americanos kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.

Mac

Não, foi só para colocar o contexto da época (Guerra fria que podia se tornar quente rapidamente) e na disposição dos americanos para bancar intervenções

Fernando

Ora que interessante mencionar a crise dos misseis…. Interessante que hoje se critica abertamente a Russia por usar de força militar para negar a Ucrania as condiçoes de ameaçar a propria Russia com a OTAN, mas se aceita pacificamente o bloqueio dos americanos à Cuba sob a mesma alegação!! Interessante!

Yuri

Talvez a diferença está no fato do che ter dito abertamente que eles iriam atacar os EUA, só talvez.

Fernando

Talvez. Ou talvez nas declarações do Zelensky de que iria “esmagar” os russos que vivem no Donbass?

Yuri

*espiões russos.
E o donbass é da Ucrânia.

Fernando

Não mais.

Yuri

É da Ucrânia, assim como a Crimeia também. Anexação ilegal não vale de nada.

Fernando Rodrigues Martins

Tipo a Cisjordânia? E as colinas de Golã?

Paulo Sollo

A ameaça de estabelecimento do comunismo foi uma ficção criada para camuflar os verdadeiros motivos do golpe. Havia uma oposição entre o projeto nacional-desenvolvimentista de Jango e o desenvolvimentismo associado dependente, que colocava nas mãos do capital estrangeiro a construção do capitalismo no Brasil. O projeto econômico e social de Jango visava substituir as importações de bens intermediários e de capital e fazer reformas estruturais, com o fortalecimento do papel do estado e redistribuição de renda. Com esta busca pelo nacionalismo desenvolvimentista e maior independência do capital estrangeiro, Jango passou a ser acusado de ser comunista. E na articulação que levou… Read more »

Marcelo Baptista

O pior do que o envolvimento dos EUA é que todos os políticos que apoiaram o Golpe o fizeram pensando que logo depois haveria uma eleição e eles (Magalhães Pinto, Lacerda e outros) seriam os candidatos naturais a presidente.
Se ferram e nos ferraram.

Esteves

Magalhães Pinto era um financeiro financista financiando a própria mãe. Lacerda, um canalha.

Marcelo Baptista

Concordo. Lembrando que ainda tinha o Ademar de Barros. Não valia nada também.

Carvalho2008

N

Last edited 27 dias atrás by carvalho2008
Allan Lemos

Salvar o Brasil daquele pessoal foi a última coisa boa que os militares fizeram pela naçāo.

Esteves

Pessoal?

Caio

Com certeza você escreve isso porque ficou satisfeito de entregaram o país a: Sarney, Maluf, Antônio Carlos Magalhães, família Civita, família marinho , família Collor de Mello não é.

Franz A. Neeracher

Tive a oportunidade de visitar um dos navios acima fotografados!

O USS Barney DDG 6 quando veio ao Brasil para uma UNITAS.

Burgos

Ali nas fotos são 3 Gearing e um Allan T. Summer, tivemos essa classes na MB e mais as Flecher 👍
Eu servi no D 26 ⚓️
O “Bruxo”

Franz A. Neeracher

Exatamente…

O USS Barney DDG 6 é da Classe Charles F. Adams.

O USS Leahy DLG 16 era um cruzador que no inicio era classificado como destróier….mais tarde mudou para CG 16 e era o líder da Classe Leahy.

Burgos

Essa classe Charles F. Adams foi muito cobiçada pela MB nos idos dos anos 80/90, mas o flerte durou pouco parece que a Austrália arrematou um lote dessa classe. Ai com a MB esfriou a negociação, na época era uma boa classe de navio também👍

Last edited 27 dias atrás by Burgos
Franz A. Neeracher

Na realidade a Austrália só pegou um navio para servir como doador de peças e a Grécia pegou 5.

Os 3 da Austrália eram navios novos assim como os 3 para a Alemanha Ocidental….mas possuiam algumas diferenças.

O interessante é que um dos Charles F. Adams terminou os seus dias em Manaus/AM servindo como gerador de energia….não deu muito certo e o navio acabou indo para um desmanche em Manaus.

Last edited 27 dias atrás by Franz A. Neeracher
Fernando Vieira

Nesses últimos dias saiu muita coisa sobre a operação Brother Sam na mídia e essa matéria do PN veio satisfazer minha maior curiosidade a respeito: Quais eram os navios que os americanos enviaram para a operação.

ODST

Um grande VIVA aos heróis de 64 que impediram o país de se tornar uma Cuba tamanho família

Neto

Sem anistia. O país sofre pela passada de pano aos golpistas. Que os que de fato tramaram contra nosso estado sejam presos, depois do devido processo legal.
.
Golpe nunca mais.

Rinaldo Nery

Golpe sem armas e sem o apoio das FFAA não existe. Em lugar nenhum do mundo. Anda assistindo muito Globo News, Estúdio I…

Marcelo Baptista

Nisso eu concordo, hehehe.

Camargoer.

Olá Rinaldo. Depende do tipo de golpe. Um golpe militar demanda envolvimento das forças armadas, ou pelo menos parte delas. Ás vezes, há um racha nas forças armadas, resultando até em combates. TAlvez uma guerra civil. Em outros, as forças legalistas podem vencer. Quando os golpistas perde, sobra uma tentativa de golpe. Na Espanha, aconteceu algo assim. Uma guarnição se rebelou e invadiu o parlamento espanhol para evitar a indicaçao de um primero ministro, eu acho, contudo forças legalistas se organizaram e sufocaram a tentativa de golpe. Acho que na Argentina também ocorreu uma tentativa de golpe assim após a… Read more »

Camargoer.

Caro Golpe é sempre golpe. Não existe golpe bom, assim como não existe ditadura boa..

Não existe golpe constitucional assim como não existe ditabranda.

ODST

Golpe é golpe, intervenção é intervenção. A população foi às ruas pedir ajuda dos militares e a imprensa apoiou.

Fernando

População? Ou uma pequena parte da população (coincidentemente a parte mais privilegiada da população)? Foi feito algum plesbicito para se decidir isso?

Camargoer.

Caro. Uma intervenção nos poderes constituídos é um golpe. Uma tentativa de golpe é crime. Não existia nenhuma artigo na Constituição de 46 , assim como não existe na CF88, que mencione algum tipo de intervenção militar ou civil para a derrubada de governo. Derrubar um governo é golpe. Tentar derrubar um governo é tentativa de golpe. A imprensa pode apoiar ou ser contra. Se a imprensa apoia uma intervenção então ela participa do golpe. O Rinaldo mencionou os livros do Gaspari. Aproveite para rever. No primeiro capítulo do primeiro livro há menção a uma declaração do Geisel admitindo que… Read more »

José de Souza

Que “população”? Meia dúzia de viúvas da ditadura, e seguidores fanáticos de um asno. Vergonha de ler isso aqui…

Esteves

Nunca houve apoio popular para isso.

F-5

Aos seus heróis, anistia jamais!

Bruno Moura

Agradecemos aos heróis de 64 , pelo privilegio de nos proporcionar ,a maior divida externa do mundo , juntamente com a maior inflação do planeta , a perda da soberania nacional, perante ao FMI ,a desvalorização da moeda, a criação de mega favelas , e do crime organizado , assim como a destruição da cultura , do ensino e da saúde publica , obrigando a classe media a gastar recursos que não possui ,para pagar algo, que antes era gratuito…. Citação especial, para o fato, de conseguirmos praticamente dobrar a população em apenas 20 anos ,sem para tanto, dar-lhes ,… Read more »

Rinaldo Nery

Recomendo os livros de Elio Gaspari sobre o regime. Neles tem essa história toda documentada.

Last edited 27 dias atrás by Rinaldo Nery
Moises

Carlos fico, Marcos Napolitano também são referências nessa área. E em todos eles o consenso é que foi golpe, etc.

MarcosT

Uma obra de respeito. Li todos os livros e estao em pe de igualdade de outros livros de Historia, tal como o Shattered Sword.

Fernando Vieira

De fato, uma excelente coletânea mesmo.

Camargoer.

Também acho. Tem muito livro ruim sobre o golpe de 64. A gente precisa algum cuidado. Tem um outro livro, fininho, que é muito importante chamado “Quem dará o golpe no Brasil?” do Wanderley Guilherme. Está disponível na internet.

A gente precisa debater mais o golpe de 64.. com a vantagem que nenhum de nós fez parte daquela confusão, sem precisar defender o indefensável. È muito difícil debater no calor das coisas… 2016, 2022, 2023… isso vai ser debatido pelos nossos filhos. 64, 68, 85, 88… isso a gente já deveria ter alguma maturidade para discutir.

Esteves

Eu quero debater aquela mulher.

Camargoer.

Uma mulher não se debate nem com uma flor

Esteves

Mamãe dizia isso. Mas eu quero 1 hora com aquela mulher.

Camargoer.

Olé RInaldo. Concordo. Os livros do Gaspari são muito bons. Tenho o “box” com os cinco livros.
Talvez, quem não consiga ler todos, deixo um link de uma coluna do Gaspari sobre o assunto

https://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc151014.htm

Marcelo Baptista

Concordo, é ótimo, eu tenho o “Box” no kindle, li os cinco direto. O legal é que no ebook tem os links para os arquivos de referencia, inclusive a Biblioteca do Congresso americano.

Sequim

Elio Gaspari é um puxa-saco. Sempre foi. Fez carreira com base no puxa-saquismo, seja dos patrões civis, seja dos patrões fardados. É um pena de aluguél.

Rinaldo Nery

Sequim, sobre isso não tenho conhecimento para opinar. Os livros foram baseados em farta documentação. Apesar de ele ser de esquerda, não percebi qualquer viés nos livros.

Moisés

Não existe neutralidade nas ciências humanas. Como tal a história não utiliza como base a objetividade ou neutralidade simplesmente e muito menos “viés” durante a investigação de um fato histórico. Só quem não conhece historiografia repete essa afirmação por aí..

Rinaldo Nery

Desculpe, não entendi muito bem.

Camargoer.

Olá RInaldo. Além das documentações, o Gaspari era muito próximo do Geisel, se tornando, tendo acesso ilimitado aos documentos do acervo do Geisel. Os livros dele são importantes para entender o golpe. È uma tijolada, mas dá para ler devagar.

Rinaldo Nery

Teve total acesso à biblioteca do congresso norte americano.

Camargoer.

Sim. Pelo que lembro, o Gaspari teve uma bolsa nos EUA para escrever um artigo e acabou optando por escrever o livro… que virou cinco.. riso.

Marcelo Baptista

Não existe isenção, cabe a nós lermos e filtrarmos o que é interpretação do que é fato.
Para qualquer leitura. É como ler “O Capital”, tem que filtrar o contexto, texto e subtexto e tirar o que tem de util. E olha que ainda tem bastante coisa util.

Gabriel BR

Foi apenas mais um Regime autoritário no mundo em Guerra Fria, coisa de republiqueta cucaracha como o Brasil. Aliás , golpe de Estado na história do Brasil tem aos montes…

Bruno Vinícius

Um capítulo muito triste na história das relações entre Brasil e EUA. A ciência econômica já mostrou que mesmo com a alternância entre governos bons e ruins, a democracia – no longo prazo – tende a ser mais próspera do que suas contrapartes mais autoritárias. Os americanos – infelizmente – auxiliaram nossos militares a nos privar desta por mais de 20 anos. Um Brasil sem a Ditadura Militar, certamente, seria um Brasil melhor e mais próspero.

Last edited 27 dias atrás by Bruno Vinícius
Esteves

Há controvérsias. Os militares investiram pesadamente em infraestrutura. Usinas, rodovias, obras de engenharia, hidroelétricas, construção civil. O problema foi que o país era dependente de financiamentos externos. A crise do petróleo nos anos 1970, o aumento dos juros, a fraca pauta de exportações, o baixo consumo interno, o atraso tecnológico, a ausência de financiamentos…a lista é longa…minaram o país.

Sem o nacionalismo dos militares talvez…talvez o Brasil Tivesse virado um imenso canavial.

Sequim

Com os militares, o Brasil virou um país falido, endividado até o pescoço graças ao “milagre brasileiro ” financiado a altas doses de empréstimos externos. Quando Reagan assumiu e mandou os juros pra estratosfera, o Brasil faliu.

Esteves

Não havia outra opção. O país não tinha reservas. O Caixa Único do Tesouro foi criado em 1967.

A crise no OM e a consequente crise do petróleo nos anos 1970 pegaram o mundo.

Santamariense

Grande parte da culpa pelo endividamento externo brasileiro foi a crise do petróleo. Sem ela, a dívida externa brasileira da época não seria tudo que foi.

Marcelo Baptista

Será?
Como podemos saber se seriamos um imenso fazendão se não tivemos o direito de palpitar?
Será que nos anos subsequentes, caso mantivéssemos a democracia não teríamos alguns governos modernizantes?
Será que não teríamos passado pela hiperinflação?
Será que não teríamos uma economia mais liberal?
Será que eu seria magro?

E se…..?

Fernando Vieira

Mas mataram as ferrovias e fizeram a famigerada reserva de mercado da informática que colocou o país num atraso nessa área que perdura até hoje.

E também foram eles que fizeram essa indústria automobilística horrenda que temos hoje: Eles trazem os carros de uma geração anterior da Europa / EUA, depenam o carro e vendem pra gente mais caro que a geração mais nova é vendida na Europa. E ainda chora dia sim, dia também por subsídios ao governo.

Santamariense

Os carros brasileiros tinham um abismo tecnológico para o primeiro mundo até o Collor abrir o mercado às importações. Hoje, esse abismo foi aterrado e se tornou uma valeta. Mas, os Aero-Willis, Simcas, DKW’s, Fuscas, Kombis, Opalas, Mavericks, Corcéis, etc, dos anos 60, 70 e 80 ao menos puderam desfrutar dos 100.000 km de rodovias afaltadas construídas pelos militares.

Fernando Vieira

Sei bem como é esse asfalto. A Transamazônica era um tapete. Você ia de Cabedelo a Miritituba sem um solavanco.

Santamariense

Aqui no RS, para ilustrar, cito a BR-392, feita naquela época, com um asfalto avermelhado que durou décadas e só foi substituído anos atrás. Durante décadas se manteve em perfeitas condições. AS BR’s 158, 290, 285 e 472, todas também aqui no RS, são outros exemplos. A Transamazônica, projetada para ter mais de 4 mil km, possui muitos trechos que até hoje nunca viram asfalto. Mas, de qualquer maneira, e sem diminuir os erros em outros pontos, a construção de rodovias asfaltadas foi muito grande na época dos governos militares.

Last edited 26 dias atrás by Santamariense
Esteves

Uma Ponte Longe Demais. De um lado poucas dúzias de entusiastas, estudantes, militares, operários, sem representação e sem legitimidade popular, empolgados com Fidel e Che, indo à Cuba estudar Mao para levantar. Do outro lado golpistas dos anos 1950. Ponto 1. Em 1961 Oppenheimer veio aqui constatar nossa dedicação e nosso empenho atômico que obviamente terminaria na bomba. Teria sido muito conveniente aos norte-americanos alimentar poucas dúzias de guerrilheiros babentos para intervir no nosso desenvolvimento tecnológico, depois. Ponto 2. Vamos lembrar que os cabeças pensantes do IEA, hoje IPEN, vieram importados de países do Leste Europeu. Os norte-americanos permitiram? A… Read more »

Rinaldo Nery

Gostei do comentário. Equilibrado. Castelo Branco queria as eleições. Mas a “tigrada” (ala dura do EB) não permitiu.

Esteves

Em 1965 ainda houve eleições. Acho que no Rio. Os quartéis…quantos e quais não sei, Estavam contaminados. Anselmo contou que os sindicatos tornaram-se chororo dos marinheiros tratados na chibata e os do exército revoltados com o rancho.

Um país atrasadissimo. Talvez Geisel pudesse ter existido antes.

Dureza ou moleza…aqui nunca foi Terra de Gigantes.

Rinaldo Nery

A quebra da hierarquia nas FFAA não ajudou. O “almirante do povo” (acho que chamava-se Aragão, fuzileiro naval), carregado pelos marinheiros foi um dos inúmeros estopins da contrarrevolução.

Esteves

Lamarca abandonou mulher e filha por rabo de saia. Hoje, teria caído no golpe do Tinder. Esteves enviaria 1 ucraniana. Não 2 mil.

Esses “líderes revolucionários” quando chegavam um algum lugar eram denunciados por populares.

Não pode quebrar. Se tiverem construído.

Last edited 27 dias atrás by Esteves
Esteves

Che já havia desistido do Brasil pela extensão territorial, pela língua, pela urbanização crescente e pela influência europeia. Não teria sido problema. O foco maior foi dentro das universidades tomadas pela mini saia, pela revolução cultural e pop dos anos 1960, pelo LSD. As universidades públicas fervilhando em pensamentos arrastaram também as PUCs. Também nos sindicatos alimentados por acadêmicos. A adesão dos militares deu-se por maltratarem as tropas. Os de baixo. Fome. A decisão de entrar nas Faculdades foi tomada pelo Erasmo Dias e…contaminou depois generais como o Newton Cruz. Adesão popular não existiu nem de um nem de outro… Read more »

Rinaldo Nery

Esteves, em 64 a população brasileira era muito mais conservadora que hoje. Creio, sim, que a população (mais analfabeta à época) não aceitava o socialismo. Foi influenciada, não sei por quem, vide a Marcha pela Família ocorrida no Rio. Lembrando que a Globo apoiou os militares. Quanto às universidades, no governo Geisel, o Golbery, com sua Teoria da Panela de Pressão, permitiu a influência da esquerda nelas, na imprensa e no show business. Flávio Gordon escreveu um bom livro sobre isso: A corrupção da Inteligência.

Sequim

Foi influenciada pelo padre americano Peyton, que era bancado pelos donos da Catterpillar, sob a supervisão do Departamento de Estado americano.

Rinaldo Nery

Grato pela informação.

Santamariense

Che era um criminoso assassino…nada além disso. E hoje ainda tem acéfalos que o idolatram.

Esteves

E a grana? Quem financiou?

Golbery disse que os militares tinham orçamento secreto. Não acredito. Paulo Egídio silenciou-se. Disse que os militares foram ao Magalhães pedir dinheiro. Algum veio via embaixada norte-americana? Pode ser.

Incrível terem acreditado em guerra no AS contra os soviéticos. Teria servido como pretexto após a crise dos mísseis. Se sim, Cuba e Brasil não existiriam hoje.

Fato é. Quem puxa as cordas nesse país parece vesgo. O Golpe deveria ter acabado rapidamente. Esticaram demais. Ficou um cenário ótimo para os sindicalistas.

Camargoer.

Sim. Os EUA financiaram parte do golpe, por meio do IPÊS e do IBAD. Uma parte dos grandes empresários também financiaram o golpe.

Sobre a participação de alguns empresários, existem relatos de que alguns deles acompanhavam as sessões de tortura conduzidas pelo delegado Fleury.

Um golpe precisa de apoio político interno e externo, de dinheiro, apoio de parte da burguesia, apoio de empresas de comunicação e também de parte das forças armadas. Ainda assim, pode dar errado.

moll

Ouvidos somente “istoriadores” de esquerda. Tudo muito imparcial.

Esteves

Esquerda, direita, direita, esquerda, esquerda, direita…

A zumbilandia em polvorosa.

Jonathan Pôrto

É piada de primeiro de abril?

GuiBeck

Isso aí é que é golpe, e não uma invasão inócua de baderneiros desarmados a prédios públicos. Mas não sabia desta história.

Camargoer.

Existem tentativas de golpe que dão certo, Tem tentativas de golpe que dão errado. Ambas são tentativas de golpe. Na Venezuela, tentaram um golpe, inclusive prendendo Chaves. Deu errado. Na URSS, tentaram um golpe contra Gobachev, que deu errado, mas levou ao colapso da URSS. Quando JK venceu a eleição para presidente, tentaram um golpe para evitar a posse, que deu errado. No Chile, Pinochet tentou um golpe que resultou na morde de Allende e resultou em uma ditadura. Na Argentina também tentaram um golpe que deu certo. No Brasil, tentaram um golpe em 64 que deu certo. Em 68… Read more »

Santamariense

“Na Venezuela, tentaram um golpe, inclusive prendendo Chaves.”

Ah, é?? E a Chiquinha e o Kiko? Também foram presos?

Tu esquece, talvez seletivamente, que Hugo ChaveZ foi quem tentou esse golpe (fracassado) em 1992, contra o presidente Carlos Pérez.

Dalton

Se estava em plena Guerra Fria e tanto EUA como URSS fizeram o que lhes parecia conveniente para sobreviver. . No mais o USS Forrestal foi o primeiro dos chamados extra oficialmente “Super Carriers” comissionado em 1955, teve os 4 canhões dianteiros e os enormes suportes abaixo deles removidos durante um período de manutenção em 1960 já que prejudicavam a navegabilidade durante transito em “mar grosso” a foto de 1962 já o mostra sem eles. . O USS Forrestal foi uma das baixas precoces resultantes do fim da Guerra Fria, durando “apenas” 38 anos e a ideia de usa-lo como… Read more »

Fernando Vieira

O Forrestal também foi o primeiro Porta-Aviões a operar os F-14.

Dalton

Foi um dos últimos na verdade, vários anos depois do “Nimitz” por exemplo que no filme de 1980 “Nimitz de volta ao inferno” já ostentava o F-14A.

Fernando Vieira

Nossa, eu tinha lido que as primeiras operações embarcadas do F-14 foram no Forrestal.
Li fake news nos anos 90.

soldado imperial

Senhores moderadores,
Sugiro desativar os comentários deste tópico. Foi parcialmente elucidativo com alguns trechos e fotos etc…..
Já deu aqui de política tanto de um lado como de outro. Há cada abobrinha sendo dita nos comentários aqui que Deus nos livre. Teve um canhoteiro aqui que se superou ……. Chega.
Vamos falar de armas!!

Fernando Vieira

Engraçado que em todos os comentários dessa matéria não há nenhuma intervenção da moderação. E quando eu li a matéria imaginei que o que mais ia ler nos comentários seriam as maiúsculas dos editores. As pessoas estão debatendo expondo argumentos que você pode concordar ou não mas ninguém está ofendendo ninguém e nem fazendo proselitismo político. Está na verdade um debate bem legal por esses motivos. Se o assunto não lhe interessa, faça como eu: Vá para outras matérias, há diversas aqui na trilogia que eu deixo passar ou faço leitura dinâmica ou não vou aos comentários. Naturalmente o assunto… Read more »

Camargoer.

Ola Fernando. Concordo com você. O debate está sendo de alto nívei, com a maioria das pessoas respeitando os colegas, mesmo quando discordam… como diria o Mandoloriano “Como tem que ser”.

Sergio da Motta e Albuquerque

Parabéns aos editores pela matéria. Não sou nenhum “isentão” neste tema. Perdi meu pai, graças àquela “quartelada” em 1964. A história dele é longa e muito triste. Em outra ocasião, se a oportunidade vier, eu conto tudo. Por outro lado – vamos falar a verdade, e fazer justiça ao texto em tela – uma professora que eu tive enquanto fazia Mestrado (UFRJ, turma de 1992), me contou que grande parte da esquerda marxista estava pronta a derrubar um governo legítimo, que se ocupava, nas palavras de meu pai, dos “esquecidos e espezinhados”. Hoje, eu me afastei dos marxistas (a maioria… Read more »