Navio-Patrulha Oceânico ‘Apa’ parte para a comissão Obangame Express 2024/Guinex IV
Operações na região beneficiam a estabilidade marítima na África Ocidental e reforçam a cooperação entre o Brasil e outras nações
Neste sábado (20), o Navio-Patrulha Oceânico (NPaOc) “Apa” seguiu para a comissão “OBANGAME EXPRESS 2024/GUINEX IV”, que tem como objetivo fortalecer a cooperação e a capacidade das marinhas e guardas-costeiras africanas no combate a diversas atividades ilícitas, como a pirataria e o tráfico de drogas e de pessoas na região do Golfo da Guiné.
O navio desatracou da Base Naval do Rio de Janeiro (BNRJ), na Ilha de Mocanguê, com parada prevista em Natal (RN), antes de percorrer os seguintes países africanos: Cabo Verde, Gana, Benin, Nigéria, Costa do Marfim, Guiné-Bissau e Senegal.
O retorno ao Brasil está previsto para o mês de julho deste ano. Além de nações da África, países europeus também participarão dos exercícios que, por meio de práticas, treinamentos e trocas de conhecimento, reforçarão a segurança marítima na região, contribuindo para a sua estabilidade e o seu desenvolvimento socioeconômico. “A cooperação nos exercícios fortalece laços diplomáticos, promove a interoperabilidade entre as marinhas participantes e ajuda a enfrentar ameaças transnacionais.
Ao trabalhar em conjunto com outras nações, o Brasil não apenas contribui para a estabilidade marítima na África Ocidental, como reafirma sua posição como líder regional em segurança marítima e cooperação internacional no entorno estratégico brasileiro“ pontuou o Capitão de Fragata Guilherme Santos, Comandante do NPaOc “Apa”.Antes da desatracação do navio, a emoção tomou conta dos militares e suas famílias, como o Marinheiro João Marcos Coimbra Mariano, cuja viagem será uma novidade, tanto na vida pessoal quanto na profissional. “É uma experiência nova, eu nunca saí do Brasil. Então, para mim é muito gratificante e importante. Serão três meses longe da família, dos amigos, de quem nós amamos, mas vamos voltar com a sensação de dever cumprido”, disse o militar.
Já a mãe do Marinheiro, Benedita Coimbra Mariano, embora revele sofrer com a saudade, admite que a satisfação de testemunhar o filho alcançando seus objetivos é ainda maior. “Hoje ele está concretizando o sonho dele. Eu, como mãe, sei que vou sentir saudades, mas estou feliz. Com o filho feliz, a mãe está muito mais feliz”, revelou.Para a Cabo Enfermeira Andrea Ferreira, que faz parte da tripulação do navio, a viagem é motivo de muito orgulho. “É um prazer servir neste navio que me acolheu tão maravilhosamente bem nesses últimos dois anos e meio. É uma missão muito esperada há muito tempo, e hoje é a concretização de um sonho como militar, como enfermeira e como mulher”, afirmou.
Golfo da Guiné
Uma das regiões que compõem o entorno estratégico brasileiro, o Golfo da Guiné é constituído por: Costa do Marfim, Gana, Togo, Benim, Nigéria, Camarões, Guiné Equatorial e Gabão. Também fazem parte desse espaço geográfico as ilhas Bioko e Ano Bom (Guiné Equatorial), além das ilhas de São Tomé e Príncipe. A proximidade com o território nacional e o fato de ser um dos corredores de comércio internacional aumentam a importância dessa área para o Brasil.
A presença da Nigéria nesse contexto confere maior relevância econômica para o Golfo da Guiné, uma vez que o país é detentor da economia mais sólida do continente africano, sendo o maior produtor de petróleo e o que possui a maior densidade populacional da região.Segundo o relatório do “International Maritime Bureau”, da Câmara de Comércio Internacional de 2021, nos últimos anos, o Golfo da Guiné apresenta os maiores índices de pirataria do mundo.
Uma das principais ações praticadas é o roubo de petróleo, quando criminosos utilizam navios sequestrados como “navios-mães” para atacar outras embarcações. O posterior pedido de resgate de navios e de membros da tripulação envolve o pagamento de elevadas quantias em dinheiro. Outros ilícitos que ocorrem com frequência são: tráfico de armas, terrorismo, tráfico de drogas e de pessoas, pesca ilegal e crimes ambientais.A insegurança no mar dificulta, inclusive, ações de fiscalização da pesca e de repressão aos crimes ambientais. A presença da Marinha do Brasil nessa área marítima representa, portanto, uma importante contribuição ao fortalecimento da cooperação regional e ao desenvolvimento de políticas mais eficazes.
FONTE: Agência Marinha de Notícias
20/04/2024 – domingo, btarde, que seja uma viagem tranquila, que saibam se portar deacordo com os ditames da nossa gloriosa MB, tenham em junho/julho um bom regresso.
Vamos discutir os napaocs da MB? Eu gosto desse projeto, só falta um helicóptero embarcado. Bom domingo a todos.
Um helicóptero e Hangar em uma versão mais anabolizada com algumas atualizações. Por que não ?!😏
Boa noite a MB tem que começar a construir os patrulha oceânicos porém nem Npa BR 500 começa a construção do primeiro
https://en.wikipedia.org/wiki/Khareef-class_corvette
e sem ser preciso começar do zero…
Costa esses navios estão a venda?
Estes, em específico, duvido muito. São os mais recentes e melhor equipados da Marinha de Omã.
Ele tem convoo para operação de helicópteros e drones, apenas não tem hangar.
Cara que navio legal esse, mais 9 desses cairia bem heim?
Lembrei-me do Martins, da minha turma, Adido Militar em Madrid, que teve que ir à Barcelona, às pressas, pra tirar um Guarda Marinha da cadeia, acusado de assédio sexual, por ocasião da Viagem de Ouro.
Enviaram um napaoc, não deveria ser uma corveta pelo menos?
Para pirataria e tráfico de drogas é o suficiente e quanto à corvetas a “Barroso” ainda não retornou ao serviço e o pequeno número de escoltas requer que a “Júlio de Noronha” – caso não esteja passando por manutenção de rotina – fique por aqui.
A Júlio de Noronha é uma boa ser convertida em patrulha depois de aposentados da esquerda,no Sul ela seria excelente,provavelmente deve sair da esquadra com a chegada das Tamandaré.
As outras 3 da classe não foram convertidas, então acho pouco provável que
se invista na conversão e revitalização para faze-la durar outros 10 anos após
sua retirada de serviço.
Esses navios de patrulha é mais do que suficiente pra esse tipo de comissão. Tinha era que ter mais deles.
O APA não foi repassado para o 8DN e estava na GLO em Santos? Achei que agora ficasse por lá e Paranaguá.
Pergunta de leigo, não daria pra aproveitar esse projeto e construir umas corvetinhas com base nessa classe?
A Barroso é quase 15 metros maior e tem maior tonelagem. Eu acho que não deveria, mas se alguém quiser, melhor usar a Barroso. Repetindo, antes que me batam, é melhor não fazer.
Tem o modelo da Damen com vários tamanhos diferentes.
Só uma correção: o deslocamento da corveta Barroso é semelhante ao da classe Amazonas.
Apesar dos 13 metros a mais no comprimento, a boca da Barroso é 2 metros mais estreita, o que leva a um deslocamento semelhante (ambas na faixa de aproximadamente 1800t de deslocamento leve e 2.400t a plena carga).
As escoltas da MB serão da classe Tamandaré pra cima, conforme decisões anteriores. O que acho mais provável é a construção de um projeto de NPaOc baseado no casco da Barroso, conforme já foi apresentado cerca de 10 anos atrás.
Tipo esse?
https://www.naval.com.br/blog/2014/10/29/euronaval-2014-caracteristicas-das-corvetas-tamandare-e-do-npaoc-br/
Sim, esse.
Sr. Fernando, não seria melhor aproveitar o estaleiro que estão construindo as Tamandaré para fazer os NPaOc baseados na A100? Assim não aproveitaríamos todo o ToT e maõ de obra do estaleiro para construir mais navios?
Por enquanto eu prefiro que construam em Itajaí um novo lote de fragatas, antes de se voltarem à construção de NpaOc. A prioridade deve ser reequipar os dois esquadrões da Força de Superfície com pelo menos 8 fragatas. No mínimo. Apesar da quantidade pequena, nossos três NPaOc são novos e existe a possibilidade de quebrar o galho com mais embarcações tipo AHTS, usadas ou até mesmo novas, para complementar na função de NApOc (navios de apoio oceânico) o trabalho dos NPaOc (navios-patrulha oceânicos). Já a força de escoltas está envelhecida e necessita de continuidade na substituição, com muito mais prioridade… Read more »
Muito obrigado pela explicação. Não achava q uma NPaOc baseada na barroso poderia ser mais barata.
No caso estou falando mais do formato do casco, de desempenho já comprovado, e aprimoramento de alguns sistemas básicos. A própria propulsão seria bem mais simples e barata.
Aaahhh entendi, obrigado novamente.
Se a próprio Comandante da Marinha comenta que não tem navio e dinheiro para manter, porque enviar os navios em missões no exterior? Não seria melhor realizar exercícios e patrulhas em território nacional e deixar as comissões no exterior quando tiver recursos?