China anuncia laser naval LY-1 de 180–250 kW, afirmando superioridade sobre o HELIOS dos EUA

Laser LY-1 instalado em um Type 071
A China divulgou recentemente detalhes sobre seu novo sistema de laser de alta energia LY-1 (Liaoyuan-1), anunciado como capaz de gerar entre 180 e 250 quilowatts (kW), superando, segundo analistas chineses, o desempenho dos sistemas americanos HELIOS e LWSD. As informações aparecem na revista técnica militar chinesa Ordnance Industry Science Technology e foram repercutidas pela mídia especializada internacional.
O sistema foi exibido publicamente durante o desfile militar em 3 de setembro de 2025, em Pequim, como parte das comemorações do Dia da Vitória, com apresentação de seu módulo óptico e estrutura de torre. Segundo a publicação chinesa, o LY-1 foi projetado como camada final de defesa naval contra mísseis e drones — operando como uma arma de interdição de curto alcance em sistemas escalonados de defesa.
Comparativo com os sistemas dos EUA
A revista afirma que o LY-1 possui abertura óptica maior do que os sistemas HELIOS instalados pela Marinha dos EUA, o que poderia melhorar a qualidade do feixe e o alcance efetivo. Também sugere que a estrutura do LY-1 comporta espaço para módulos de potência adicionais e futuros upgrades. Em contraste, os sistemas norte-americanos HELIOS e LWSD fazem parte de projetos testados publicamente e com dados de desempenho divulgados, embora com níveis de potência oficialmente bem menores.
No entanto, especialistas externos advertiram que essas reivindicações chinesas ainda carecem de evidências robustas — até agora não foram divulgados resultados confirmados de disparos controlados no mar, nem dados sobre controle de feixe, resfriamento em ambiente marítimo ou estabilidade do sistema sob condições reais.
Desafios técnicos e limitações esperadas
Armamentos a laser de alta potência enfrentam desafios técnicos significativos, especialmente em ambiente naval: dispersão do feixe por umidade, poluição e spray marítimo; calibração precisa de óptica; exigências de resfriamento e geração de energia. Mesmo tendo alto poder no papel, a eficácia real depende da manutenção da integridade óptica e do feixe em condições adversas.
Além disso, a justaposição de armas tradicionais (mísseis interceptadores) com lasers exige integração de sistemas de controle de tiro, sensores, energia e rede de defesa naval — algo que raros países já conseguiram com sucesso operacional.
Implicações estratégicas
Se o LY-1 puder cumprir seu desempenho reivindicado em operações navais reais, ele representaria um avanço significativo para a China em defesa próxima de navios, reduzindo o custo por interceptação e liberando células de mísseis para outras ameaças. A instalação desse sistema em plataformas como o navio anfíbio Type 071 já foi relatada como observada, sugerindo testes ou integração naval preliminar.
Para os EUA e seus aliados, a ascensão de lasers chineses potentes adiciona pressão para acelerar seus próprios programas de energia dirigida — como HELIOS e sistemas de laser embarcados — para manter vantagem tecnológica em cenários marítimos.■
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China sempre que pode da uma provocada kkkk