Fragata Niterói

Fragata Niterói - F40

A fragata Niterói F40 – Foto: Alexandre Galante

O Jane’s noticiou que a Marinha do Brasil modernizará os sistemas de gerenciamento de combate (CMSs) em apenas três fragatas da classe Niterói, em vez de seis como planejado anteriormente, segundo uma fonte da indústria.

A empresa local privada Consub Defesa e Tecnologia recebeu um contrato para atualizar o sistema SICONTA Mk II para o SICONTA Mk II Mod 1 padrão como parte do Projeto ‘Fênix’ em dezembro de 2013.

Esse contrato deverá ser alterado para atender à mudança . O SICONTA MKII foi desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas da Marinha do Brasil (IPqM).

Um sistema de gerenciamento de combate brasileiro
O primeiro SICONTA foi instalado em outubro de 1993 no Navio-Aeródromo Ligeiro (NAeL) Minas Gerais, durante o PMM – Período de Manutenção e Modernização, que incluiu a instalação do Sistema de Controle de Dados Táticos Navais – SICONTA Mk 1, desenvolvido no Brasil, e com capacidade de enlace de dados com as unidades de escolta. O SICONTA do Minas tinha sete consoles de operações.

O SICONTA Mk II aperfeiçoado foi desenvolvido para substituir o CAAIS 400 das fragatas classe Niterói no programa MODFRAG, o SICONTA Mk III foi instalado na corveta Barroso e o SICONTA Mk IV no Navio-Aeródromo São Paulo.

Displays do SICONTA Mk II no Centro de Operações de Combate (COC) da fragata Niterói
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Fresney

Queria saber como esse Janes sabe tudo antes de todos??

Fabio Souto.

E as outras 3 Niteroi vão dar baixa?

David

Fresney 7 de Fevereiro de 2018 at 17:52

Se o amigo lesse os comentários do Luiz Monteiro e do XO (Dois oficiais de marinha que comentam aqui), você saberia a meses que somente 3 Niteroi seriam modernizadas..

Filipe Prestes

Se vem do Jane’s é tão certo quanto manchete do Bebê Diabo. Melhor esperar a própria MB esclarecer isso aí…

Marcos Gilbert

Será, que o SINCOTA Mk IV do São Paulo não vai acabar parando no Ocean numa futura modernização de meia vida?
Só o tempo dirá ou talvez não alguém já saiba agora!

DinoJr1960

Acho que a informação é incompleta. Serão revitalizadas 03 Fragatas Classe Niterói e 01 Corveta, se não me engano a Barroso. Será uma revitalização de apenas alguns sistemas, visando prolongar a vida destes navios por mais 15 anos.

Burgos

O protótipo era chamado mini siconta e foi desenvolvido a bordo do CT Mariz e Barros D 26/ Ipqm,depois que foi instalado no NAEL Minas Gerais.
Pq falo isso !!!
Em 1996 se não me falha a memória estávamos realizando a Tropicalex I , quando do nada a ANV da F40 sumiu do display (Mini Siconta).
Detalhe: Nenhum outro navio tinha detectado tal perda.
Resultado: Instaurado o SAR e ficamos 8 dias efetuando as buscas no local onde foi detectada a perda sem sucesso nenhum (não achamos nem escombro da ANV , virtude o mar estava muito ruim).

carvalho2008

off topic

Saab responds to India Navy RFP with Sea Gripen
“https://www.flightglobal.com/news/articles/singapore-saab-responds-to-india-navy-rfp-with-sea-445649/”

Luiz Monteiro

Prezados Jodreski e Alisson,

Vocês me fizeram questionamento no outro post, mas vou responder nesse que aborda o assunto, para não ter minha orelha puxada pelo Galante.

Somente 3 navios estão em condições estruturais (obras vivas e mortas) e de sistemas para serem revitalizados e receberão equipamentos desenvolvidos pelo IPqM, para uma sobrevida de até 15 anos.

As outras unidades da FCN que puderem ser mantidas em operação cumprirão missões de PatNav até o final de sua vida útil. Estes 3 navios permanecerão designados como fragatas.

Abraços

Carlos Crispim

Pobre MB, essas fragatas já deviam estar num museu…

Audax

E quais serão as modernizadas? Sds

Helio Eduardo

Cumpriram seu papel e honraram o pavilhão.

DinoJr1960

Não serão apenas do IPqM os sistemas à serem revitalizados nos 04 navios. 03 Fragatas e CV Barroso.

Luiz Monteiro

Prezado Dinojr1960,

Não, o que comentei anteriormente foi que novos sistemas desenvolvidos pelo IPqM substituirão alguns sistemas instalados na FCN.

Os demais sistemas precisarão ser revitalizados. Tudo que não estiver funcionando satisfatoriamente precisará ser revitalizado.

Assim, teremos sistemas modernizados (poucos, é verdade) e outros revitalizadas.

Abraços

Emmanuel

Pode me chamar de louco, mas tô sentindo “cheirinho” de navio novo.
Acredito que esse é o primeiro passo para a concretização das Tamandarés.
Não se vai levar 14 anos para termos a primeira. Será muito antes.
O tempo dirá.
Abraço.

DinoJr1960

Prezado Luiz Monteiro,

Agora que reli seu post, vi que o que vc tem razão na sua colocação. mas reintero, a CV Barroso também será revitalizada.

DarKnightBR

Boa noite galera…

Desculpe o off-topic, mas tenho uma dúvida de cunho técnico:

Por que a maior parte dos grandes navios tem uma velocidade máxima situada em torno de 30 Kn ? É uma limitação técnica (curiosamente comum à navios com tecnologias e origens diferentes)? É um limitador operacional (deslocamento em velocidades superiores à essa seriam desastrosas ao navio) ?

Grato

Fernando "Nunão" De Martini

DarknightBR, não tem nada a ver com desastre, é simplesmente o problema da curva de potência ter que subir enormemente para cada nó a mais a partir de certa velocidade, inpactando no consumo

José Luiz

Fico feliz pela notícia Luiz Monteiro, mais vida para as Niterói que vão continuar fazendo história no Brasil, sendo uma das classes mais belas entre os modernos navios de guerra do século XX. O que mostra a excelência do desenho da Vosper, pois seus navios continuam vivos e entrarão na segunda década deste século, com exemplares das corvetas Mark 5 navegando com a bandeira do Irã e as Type 21 britânicas operacionais no Paquistão.

Nunes-Neto

Luiz Monteiro, a MB não está de olho nas class River que vão dar baixa?

Carlos Alberto Soares

Lembro a uma parte dos foristas que o Sr Luiz Monteiro é Oficial General da MB,
mais especificamente Contra Almirante ** .

Os comentários do CA Luiz Monteiro já haviam sido feitos no PN, pelo XO e pelos Editores.

A lupinha no canto superior direito continua ativa.

Fabio Souto,

???? de novo ?

Fernando "Nunão" De Martini

Precisei entrar no elevador e deixei o comentário acima incompleto. Esqueci de escrever que sim, é necessário ter reforço estrutural (com consequente aumento de peso) e formato de casco adequado para velocidades elevadas, mas esse não é ponto principal. Mencionei o aumento do consumo, mas não estou falando de economia de combustível por razões puramente de custo, e sim de autonomia. Quanto maior a potência, maior o consumo, mais espaço para combustível é necessário para um mesmo alcance a velocidades maiores. Máquinas mais potentes também são, em geral, mais pesadas / volumosas / complexas / caras, impactando no equilíbrio de… Read more »

Alisson Mariano

Luiz Monteiro,
Muito obg pelos esclarecimentos.

Saudações.

Alexandre Galante

Acessem o link da corveta Barroso colocado na matéria e vejam o que discutíamos nos comentários em 2008:

http://www.naval.com.br/blog/2008/08/19/finalmente-a-barroso/

Nonato

Bem lembrado, Carlos Alberto.
É uma honra termos no PN o comandante Luiz Monteiro.
Falo isso tanto pelas informações que nos traz, quanto pela educação e também pelo cargo que ocupa.
Não é todos os dias que podemos contar com autoridades conversando conosco de forma humilde, sem jamais sequer chamar atenção para o cargo que ocupa.
O mesmo se aplica a Rinaldo Neri que também ocupou posição de destaque na FAB, mas fala conosco como entre iguais, inclusive tirando dúvidas acerca de alguns assuntos.
Talvez haja outros que agora não recordo.

Nonato

IPqM.
Então, temos desenvolvimento de sistemas e armas de origem estatal, sem depender de empresas privadas… Nacionais ou estrangeiras.
É disso que falei em outro post.
Não podemos ficar dependendo de empresas privadas cobrando valores elevados por equipamentos nem sempre condizentes com os preços. Vide F35…

Alexandre Galante

Nonato, o desenvolvimento foi estatal, mas a produção é por empresa privada.

Nonato

Pois é. Muita gente diz que o que custa caro é a tecnologia (desenvolvimento, pesquisa, conhecimento). Interessante que não está claro do que se trata esse Siconta. É um software? Se for, não necessita “produzir”. Se a Marinha desenvolveu, por que pagar para uma empresa privada produzir? Ou no que consiste tal produção? Já imaginaram quanto uma empresa privada cobraria para desenvolver o sistema? 100 milhões? 200 milhões? Afinal de contas, se fôssemos levar em consideração os argumentos normalmente usados seria algo complexo e de alta tecnologia é, como dizem tecnologia custa caro (eu discordo desse “ditado”. Não tem que… Read more »

XO

Nonato, o Siconta é o sistema de combate efetivamente… sobre produção, embora nossa demanda não seja grande, o IPqM tem perna curta para “produzir”… a vocação da OM é estudar e desenvolver, o que, diga-se de passagem, faz muito bem… abraço….

Tomcat3.7

Nonato 7 de Fevereiro de 2018 at 23:04

Também tem o Piloto de Combate(aviador da AvEx), o Agnelo(Major do EB) o XO(MB) e se não me engano o Justin Case é piloto tbm, mas com certeza devem haver mais colaboradores como eles.
Juarez, Bosco e outros que compartilham suas experiências .
É muito gratificante e enriquecedor aos debates principalmente para entusiastas como eu.

Sobre o tópico, creio que a MB já tenha em mente algo para suprir as 3 FCN que ficarão de PatNav.

TeoB

Olá, amigos, Um software de combate em um navio de guerra não é igual baixar um app no smarphone, existe toda uma arquitetura de sistema a ser elaborada para integrar os diferentes sensores que podem e geralmente variam de classe para classe de navio, sem contar que cada meio pode ter particularidades que também deverão ser considerados para que todos os sistemas funcionem! não da de fazer coias pela metade, uma ´´tela azul´´ no momento de travar um míssil inimigo pode custar a vida de todos, e depois de passada a fase de fazer rodar o sistema o mesmo deve… Read more »

Flanker

Nonato 8 de Fevereiro de 2018 at 5:18

https://www.marinha.mil.br/emgepron/pt-br/sistema-de-controle-tatico-siconta

Não é só o software. É o hardware também. É um sistema modular.

Parabellum

Ao que tudo indica, o tempo é o senhor da razão: Na época da contratação das FCN foi muito acertada a opção CODOG. Hoje poderemos utilizá-las como NaPOc, depois de aliviadas dos armamentos e outros sistemas desnecessários à nova missão. Já não poderíamos fazê-lo se tivéssemos somente turbinas. Tempos difíceis para todas as marinhas do planeta. Capacidade de adaptação resolve muitos problemas.

Art

Minha Pergunta é os sistemas da Barroso não iriam nesse pacote de modernização?

Antonio Renato Arantes Cançado

Desculpem, mas faz sentido modernizar navios obsoletos?

Antonio Renato Arantes Cançado

Tá peguei pesado…obsoletos não, obsolescentes…

Antonio, O escopo da modernização está mais para troca de alguns sistemas que não atendem mais às necessidades, ou que apresentam muitas falhas e necessidade de manutenção mais cara, por outros mais modernos, e revitalização (troca de peças, retífica etc) dos que atendem. Não é um novo Modfrag, ou algo extenso, e sim um trabalho suficiente para manter as capacidades atuais de combate desses navios por mais 15 anos, por um custo que seria uma fração da obtenção de um novo ou mesmo de um usado (o qual impactaria em custos e nova logística também). Pra operar por mais 10… Read more »

Dalton

“Cruzadores também chegavam a uns 32 nós.”
.
Nunão , não pude deixar de lembrar o que você certamente também sabe, sobre os cruzadores italianos das décadas de 1920/1930, alguns dos quais atingiram mais de 40 nós…só que sob condições irreais.
.
Ocorre que para cada nó a mais pagava-se um “extra” para o construtor e assim os navios
eram testados sem parte do equipamento/armamento e a enorme velocidade era mantida apenas por poucos minutos forçando-se em demasias as máquinas.
.
Também eram considerados navios pouco “protegidos” e assim mais frágeis, os italianos mesmo costumavam zoar seus navios de “papelão”.

Fernando "Nunão" De Martini

Exato, Dalton, esses cruzadores italianos só atingiam esse desempenho nas provas de mar em condições ideais e com carga leve. O equilíbrio mínimo entre blindagem, robustez e armamento era deixado de lado, e a capacidade de sobrevivência em combate era do mesmo nível, praticamente, de contratorpedeiros – só que em navios que eram alvos muito maiores e fáceis de serem atingidos por projéteis e torpedos pela área maior, com raio de curva maior e que não deveriam ser tão “sacrificáveis” na batalha como os contratorpedeiros. Impressionante como insistiram no erro por anos e anos a fio.

Dalton

Provavelmente pelo que soube do pessoal da marinha, as 2 fragatas em melhores condições
são justamente as mais novas, “Independência” e “União” que deverão ser revitalizadas
junto a uma terceira, “Liberal” ou “Constituição”.
.
Junto com a “Defensora” que mesmo podendo sofrer mais atrasos no término do seu longo “PMG”
ainda se terá durante toda a próxima década 4 classe “Niterói” e talvez mesmo até meados da década seguinte.

Mahan

O que são esses consoles em primeiro plano? E aqueles pontos luminosos nas telas? Porque os consoles parecem ter 2 de cada tipo (dobrados)? Têm a mesma função??

Jacubão

Infelizmente a “PIONEIRA” já é apenas um casco não oficialmente.
Entretanto é um caminho natural para equipamentos que tem sua vida útil alcançada;
Isso ainda é um Tabu na “Briosa” .
Falar de navio que vai dar baixa do serviço ativo parece um assunto proibido;
Juro que não entendo isso!

Zeabelardo

Tenho cada vez mais admiração pelo atual CM. Em um dos momentos mais difíceis de sua história, não se furta em momento algum a dar a cara a tapa. Uma série de decisões difíceis em prol do futuro da Marinha.

Felipe Maia

Se apenas 3 FN serão modernizadas, uma coisa é certa: 2 OHP australianas e 4 Type 23 britânicas estão por vir.

Zeabelardo

Um casco bem manutenido chega e passa dos 30 anos. A eletrônica e o software devem ser constantemente atualizados para evitar a obsolescência. Sempre fui de opinião que os esforços de nacionalização deveriam se concentrar em sistemas, eletrônica e armas. Os estaleiros nacionais são pré-históricos. Poderíamos comprar o casco pronto da Coreia e finalizá-lo no Brasil.

_RR_

Felipe Maia ( 8 de Fevereiro de 2018 at 9:50 ),

Eu não esperaria por isso… Oxalá se até 2025 tivermos as quatro ‘Tamandaré’ e mais três ‘Niterói’, além da ‘Barroso’. E solte rojões se até 2030 iniciarmos a construção de mais umas quatro escoltas…

A próxima década vai ser pesada… Tem a classe ‘Riachuelo’ a ser concluída e mais o ‘Alvaro Alberto’, cuja a construção será iniciada então. E há ainda os investimentos necessários na FAB ( recebimento do F-39 em particular ) e ao EB ( programa Guarani, mais carros de combate, etc. ).

Dalton

Felipe…
.
não há nada garantido que a Royal Navy irá descomissionar algumas de suas preciosas T-23s
precocemente.
.
O próprio HMS Albion que também especulou-se que daria baixa, acaba de retornar ao serviço ativo já que ele e o “Bulwark” operam em sistema de rodízio…enquanto um passa pelo menos 6 anos indisponível em uma espécie de reserva o outro permanece ativo, passando por manutenções de rotina nesse meio tempo.

Ronaldo de souza gonçalves

O Brasil deve está de olho nas type -23, e deve manter as outras não revitalizadas como patrulha,até o final das suas vidas uteis,ou quando as tamandares o outra fragata começar a entrar em operação.Poderiamos vender essas fragatas a países africanos só para adquirirem doutrina ,claro quem não tem nada estaria bom,e com esse dinheiro compraríamos as tpye 23 ou reformaríamos nossastype-22.estou falando em recheios eletrônicos e armamentos e não uma reforma profunda.Já penso que o Brasil já ir transferindo algumas fragatas mais velhas pro nordeste para formando ali uma segunda frota,Por exemplo 2 submarinos diesel tamoisos e timbira,as fragatas… Read more »

Fabio Souto.

XO as fragatas classe Greenhalgh vão dar baixa em 2024?

Zeabelardo

O primeiro corte de chapa da futura Glasgow foi em julho. Ela está prevista para 2020. De onde vem essa insistência de que o reino unido vai dar baixa nas type 23? A Royal Navy acabou?

Zeabelardo

A previsão de baixa da Argyll é 2023. O navio terá 32 anos.

Luiz Floriano Alves

Modernizar barcos antigos é como colocar dinheiro bom em cima do que não tem muita serventia.Quem sabe aproveitamos a ideia e modernizamos as fuselagens de Gloster Meteor que sobram por aí. Colocamos duas turbinas GE 85 nas naceles dos motores e um radar AESA no nariz postiço que se colocará. Um painel digital da Elbit completa o trabalho. Um comando fly by wire completa o pacote.