vinheta-clipping-navalParis, 13 jul (EFE).- O ministro da Defesa brasileiro, Nelson Jobim, justificou hoje a opção da França para a compra de submarinos convencionais porque o contrato que está terminando de negociar prevê a possibilidade de construir a partir deles, no Brasil, submarinos de propulsão nuclear.

Jobim, que se reuniu em Paris com o ministro da Defesa francês, Hervé Morin, ressaltou, em declarações à imprensa, que os quatro submarinos Scorpène franceses que o Brasil pretende adquirir comportam transferências tecnológicas e uma estrutura que depois permitirão aos brasileiros desenvolver propulsão nuclear.

Os franceses não transferem a tecnologia nuclear, mas a estrutura dos Scorpène permite integrá-la depois, disse Jobim, que insistiu nisso e em outros aspectos que diferenciam a oferta dos estaleiros estatais franceses DCNS da opção por submarinos alemães.

“É a diferença entre um carro e um Fórmula 1”, disse o ministro, em sua argumentação.

Jobim, que disse que a negociação “avança sem problemas”, não quis dar números do contrato dos submarinos, que poderia ser oficializado por ocasião da visita ao Brasil do presidente francês, Nicolas Sarkozy, em 7 de setembro.

Também disse que é uma questão que não está ainda fechada, na qual estão trabalhando técnicos dos dois países e que, mais do que um montante fixo, é um projeto em processo durante muitos anos que inclui transferência de tecnologia e também a construção dos submarinos no Brasil.

Jobim também abordou com Morin outro contrato que está sendo finalizado e que também deve ser assinado por Sarkozy e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em setembro: a aquisição de 50 helicópteros de transporte de tropas Cougar EC-725 da Eurocopter, filial da EADS.

Neste caso também haveria transferência de tecnologia e os helicópteros seriam fabricados no Brasil pela filial local da Eurocopter, a Helibras, em sua unidade de Itajubá (MG), que produzia aparelhos civis.

A França também está interessada em vender ao Brasil seus caças Mirage (sic), mas, neste caso, as autoridades brasileiras não decidiram ainda que avião escolherão, algo que dependerá das ofertas que serão feitas pelo fabricante francês Dassault, mas também pelos outros candidatos, americanos ou europeus.

O ministro brasileiro enfatizou hoje que o processo para a seleção chegará a uma fase importante durante a primeira quinzena de agosto.

Jobim, que permanece na França até a próxima sexta-feira, começou a visita de trabalho esta manhã com um encontro com o presidente da Air France, Pierre Henri Gourgeon, cuja companhia operava o avião que caiu em 1º de junho no Oceano Atlântico quando realizava o voo entre Rio de Janeiro e Paris.

A agenda de Jobim inclui sua presença amanhã ao tradicional desfile militar da Festa Nacional nos Champs-Elysées da capital, assim como reuniões com responsáveis do Exército e das grandes companhias de armamento.

FONTE: EFE

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Douglas

A imposição de construção de um estaleiro, com pgto. à DCNS e sub contratação da Odebrecht é incompreensível. A uma, porque temos tecnologia de engenharia civil para nós mesmos constrírmos o tal estaleiro; A duas porque com esse sistema de sub contratação (a DCNS recebe, tira o dela, e depois sub contrata a Odebrecht que também vai tirar o lucro dela) significa que estamos pagando muito mais pela obra do que se contratássemos uma empreiteira diretamente sem a “intermediação” da DCNS francesa. O Jobim continua sem explicar porque “comprou um pacote” sem ter “nada haver” com a escolha da Odebrecht.… Read more »

Douglas

O impressionante é que muita gente continua pintando os franceses como “Papai Noel”.

[…] determinada escolha dos novos caças da FAB estão acompanhados, agora, da revelação de que o ministro Nelson jobim, na França, inicia a compra de quatro submarinos e um casco por preço dez vezes maior do que outra oferta, de submarinos mais qualificados. E cujo pacote, […]

Giovani

Quase um ano se passou, e esse acordo ainda não foi levado para a apreciação da CDN?

Musashi

Alexandre Marlon, o colega PC fez uma brincadeira, o NA Minas Gerais esta desativado, ou seja, da mesma maneira que não tem mais NA MG, não tem ninguêm mais querendo vender Mirrage. O noticia errou, a França tenta vender o RAFALE.

Gostei do SubNUKE corsário, EHEhEhEhe! Espero que ele não faça nenhum NUKE.

Musashi

Pelo amor de Deus… Nunca ouviu falar do proverbio, em boca fechada não entra mosquito?? Então, se não sabe, não fala… E ainda por cima um post enorme desse…

Desculpa ai o pessoal do Blog, mas tem uns post q tão me dando nos nervos. HEhEhEH Falo mais nada.

Caon

“A França também está interessada em vender ao Brasil seus caças Mirage (sic)” (rsrsrs)
depois dessa eu até desisto de falar alguma coisa

Igo

Matheus,

Scorpene ultrapassado?! Isso é dose pra cavalo. Você pode dizer que ele é inferior, mas ultrapassado não. Os alemães podem ser bons em SSK, mas não tem experiência em subs maiores. Não se esqueça que o acordo tem como objetivo o SSN, o SSK é secundário.

Sds,

Matheus

O Ministro da Defesa com todo respeito pirou de vez, pois no dia que os Skorpène forem esse “formula 1” nós estaremos feitos, pois pelo que sei não passam de submarinos ultrapassados, o que não podemos dizer o mesmo dos alemães, mas na época da suposta concorrência se eu não me engano os favoritos eram: franceses, russos e alemães, mas os dois primeiro eram mais cotados, pois produziam tanto submarinos nucleares quanto convencionais. Será que os submarinos russos são piores que o Skorpène? Ou foi a proposta que não foi boa? Eu no lugar do Ministro abriria nova concorrência. E… Read more »

sandro

Conforme o amigo colocou assima “Uma opção ainda aberta é de o Brasil adquirir um SNA Suffren pronto.” Esse e o detale, se existe a opção de adquirir-mos subs nucleares prontos, vamos comprar ums 3 e barganhar a transferencia de tecnologia, nos mesmos moldes do FX da FAB. fazendo um trocadilho, imaginem agora a FAB comprar 36 Miragem 2000 C novos, para ganhar a tecnologia de fabricação do Rafaele, e exatamente isso que o Jobim ta fazendo… Porras, vamos comprar ja subs no estado da arte, pagar caro e verdade devido a transferencia de tecnologia algo normal mas vamos adquirir… Read more »

konner

” Há mais entre o céu e a terra do que pode imaginar nossa vã filosofia. ” william shakespeare Senhores, Os projetos dos SBR e do SNBR serão totalmente acompanhado pelos técnicos brasileiros desde o inicio, passando pelas etapas de projeto, construção, teste e aprovação. As especificções serão fornecidas pela MB. Com tal processo, a MB não estará adquirindo 4 + 1 submarinos, estará pagando para aprender a especificar, projetar e construir os submarinos brasileiros com seus mais de 36.000 itens, espalhando benefícios econômicos e sociais por toda nossa indústria a longo prazo. Nelson Jobim disse que o contrato seria… Read more »

eagle

Colocar um político para reequipar as forças, vou ficar sempre achando que fizemos um péssimo negócio.
Sei lá……

Storm

Então se entendi bem vamos construir 4 Scorpene, depois vamos tentar adpatar o reator nuclear brasileiro no casco tipo Scorpene e vamos ficar (se isso for conseguido) com um ssuper Scorpene? ou vamos construir 4 Scorpenes e depois vamos construir um Barracuda com o reator brasieleiro, ou seja 1º vamos ter que aprender a constuir o “Scorpene” e depois aprender a construir o “Barracuda” Quer dizer que mão de obra !!!, O ideal seria mesmo construir o Barracuda já de uma vez, já que nosso objetivo é o casco para o SubNUKE O que to vendo é que os Franceses… Read more »

Sandro

Pior que vamos levar 20 anos pra receber todo esse material e no final ainda nao vamos ter o submarino nuclear, negocio da China esse da i rsrsrssr, alias se fosse um negocio com a China acho que teriamos melhores resultados.

Alexandre Galante

Konner, não é possível alongar o Scorpène e colocar o reator brasileiro. Isso não existe. O problema não é comprimento, é boca!

konner

Certamente caro Galante. Mas apenas se posto desta forma como ô fez ! [Alexandre Galante em 14 Jul, 2009 às 15:25] […] O problema não é o comprimento, — é a boca! Porém vejamos: […] Os projetos dos SBR e do SNBR serão totalmente acompanhado pelos técnicos brasileir desde o inicio, passando pelas — etapas de ‘projeto’ —, construção, teste e aprovação. — As especificções serão fornecidas pela MB. […] […] Com tal processo, a MB não estará ‘adquirindo’ 4 + 1 submarinos, estará pagando para — ‘aprender a *especificar, *projetar e construir os submarinos brasileiros’ […] […] Todos os… Read more »

konner

… só mais um detalhe, o alongamento se dará apenas devido a inserção de uma nova seção, claro a que irá conter o reator.

Marcelo Bahia

As notícias pagas continuam fazendo seus fiéis. 😉

Um abraço.

Cantarelli1

Quem tem experiencia em subs gigantes sao os russos diga-se de passagen sao gigantes aquelas coisas.

Corsario 01

Alguém tinha que mostrar a diferença, mas parece que nem assim meu amigo, nem assim……!

de qualquer forma para mim de hoje em diante será SubNuke, ou Nuke para os mais intimos. rsrsrsrsrsrs

Baschera

“A França também está interessada em vender ao Brasil seus caças Mirage”

Foi verdade….. lá no FX-1.
Putz, sem mais comentários.

Sds.

PC

Com certeza os Mirage qua a França quer vender são para uso no Minas Gerais…
Sds

Alexandre Marlon

PC, tu quis dizer no Opalão(São Paulo), não no falecido MG. Não?

Corsario 01

Da um desconto ao NJ. O cara da entrevista o dia todo, e chega uma hora que ele tropeça.

E antes que alguem se indigne pela comparação, o que ele quis dizer foi:

Carro = 214

SubNuke = Fórmula 1