Juan Carlos I - foto Marinha Espanhola

Vencedora foi a empresa local SEDEF Gemi Insaati AS, em parceria com a espanhola Navantia. Além de contar com doca, hangar e garagens, a classe ‘Juan Carlos I’ possui convoo capaz de operar helicópteros e  jatos de decolagem curta e pouso vertical

Em 26 de dezembro, o Governo Turco informou sua decisão sobre a competição lançada em 2010 para construir um LPD (landing platform dock, ou navio de desembarque dotado de doca e convoo), destinado a aprimorar a capacidade anfíbia da marinha do país.

As negociações serão iniciadas com a SEDEF Gemi Insaati AS, que tem como parceira internacional a espanhola Navantia. A oferta é de um navio que segue o projeto da classe espanhola “Juan Carlos I”, que na Espanha é chamada de BPE – Buque de Proyección Estratégica (navio de projeção estratégica).

A classe, que tem deslocamento superior a 27.500 toneladas, também é chamada de LHD (landing helicopter dock), mas pode operar jatos de decolagem curta e pouso vertical no seu convoo, sendo dotada de uma rampa do tipo “ski jump” à proa. Atualmente, podem ser operados jatos AV-8 Harrier II, e espera-se para o futuro a operação do F-35B Lightning II.

Caso as negociações sejam bem-sucedidas e a encomenda do navio realizada, a Turquia dará um salto em sua capacidade anfíbia, hoje baseada em pequenos navios de desembarque. Isso poderia levar a preocupações da Grécia, Chipre e Israel.

Os navios do tipo “Juan Carlos I” podem transportar até 1.000 soldados e 150 veículos, incluindo carros de combate. Quanto a aviões a jato, vale lembrar que a Turquia é um parceiro “Tier 3” (grosso modo, de terceira categoria) do programa do F-35, porém, é possível que venha a comprar até 100 aeronaves do tipo (a princípio, apenas se especula sobre encomendas do F-35A, para uso em bases terrestres, mas a aquisição do LPD/ LHD com rampa ski-jump pode alterar esse quadro).

Juan Carlos I - foto 3 Marinha Espanhola

Caso a encomenda se concretize, a Turquia será o terceiro operador da classe, após a Espanha e a Austrália (onde é chamada de classe “Canberra”). Apesar do custo do programa não ter sido revelado, vale lembrar que a Austrália está investindo 3 bilhões de dólares australianos (cerca de 2,6 bilhões de dólares americanos ou 6,2 bilhões de reais) na aquisição de 2 navios desta classe.

Se as negociações falharem, será chamada a segunda colocada na competição, a DESAN Deniz Insaat Sanayi AS, cujo parceiro internacional inicialmente era a China Shipbuilding Industry Corporation (com o LPD Type 071 de 28.000 toneladas) e que, segundo notícias posteriores, fez nova parceria com estaleiros sul-coreanos (para oferecer o LPD da classe “Dokdo”, de 18.000 toneladas). O estaleiro turco RMK Marine, que concorreu com um projeto próprio, foi tirado da disputa por ser uma oferta de alto risco. A competição também despertou interesse da francesa DCNS (classe “Mistral”) e da alemã TKMS (com um projeto ainda não construído).

Espera-se que o navio seja construído na Turquia, embora cerca de 878.000 horas-homem fiquem alocadas à Espanha (pré-fabricação, itens auxiliares como as seis embarcações de desembarque, motores, sistemas de propulsão e sistemas de controle integrados), a maior parte nos estaleiros de Fene-Ferrol e San Fernando-Puerto Real, e uma menor parte nas próprias instalações da Navantia (integração de sistemas) e de sua Fábrica de Motores.

Juan Carlos I - foto 2 Marinha Espanhola

Características principais da classe “Juan Carlos I”

  • Deslocamento: 26.000 t (27.560 t a plena carga*)
  • Comprimento: 231 m
  • Boca: 32 m
  • Calado: 7,1m*
  • Propulsão: 1 turbina a gás  + 2 geradores diesel e dois propulsores azimutais (POD) de 11 MW cada
  • Dois propulsores de proa (bow thruster) 1.500 KW para manobras*
  • Velocidade máxima: 21 nós*
  • Autonomia: 9.000 milhas náuticas a 15 nós
  • Aeronaves: até 30 helicópteros médios e pesados em perfil para operações anfíbias ou 10 a 12 jatos F-35B ou AV-8B combinados com um igual número de helicópteros médios, em perfil para missão de porta-aviões.
  • Hangar: 985 m2*
  • Convoo: 5.440 m2*
  • Garagem para veículos leves: 1.880 m2*
  • Garagem para veículos pesados: 1.480 m2*
  • Doca: 1.165 m2*
  • Tripulação: 261 pessoas
  • Capacidade total de acomodação: 1443*
  • Armamento: 4 canhões de 20 mm e 4 metralhadoras de 12,7mm, havendo previsão (no navio da Marinha Espanhola) de receber um sistema antimíssil de defesa de ponto do tipo ESSM ou RAM

*Dados marcados com (*) são de material de divulgação da Navantia, já os demais foram traduzidos do site da Marinha Espanhola.

FONTES: DID, Marinha Espanhola e Navantia (compilação, tradução e edição do Poder Naval a partir de originais em inglês e espanhol)

FOTOS: Marinha Espanhola

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Marcos

Alguns países estão se equipando muito bem sem quererem inventar a roda.

Almeida

Dois desses ao invés do PRONAE e do PROANF ficariam muito melhor dentro no orçamento e missão da MB. Mas vai convencer o Almirantado caviar…

Mauricio R.

É uma questão de coerência, quem vai usar F-35, não tem como encomendar “Mistral”.

Marcos

Aqui no Brasil querem inventar a roda quadrada. E com a ajuda dos franceses.

Joker

Fecha dois LHD/LPD, quatro escoltas AAW e dois NApLog, pronto!

Faz seis Barrosos Improved e compra de oportunidade duas escoltas.

Carlos Alberto Soares

Navantia ? Não seria muito mais econômico adquirir(0800?) e rápido os turcos terem ficado com o PDA e pago uma bela modernização ? Creio em mais 25 anos de uso!

Almeida

Tô com o Joker. E nem precisava de duas escoltas usadas de oporunidade não, bastava acelerar a entrega das Barroso batch II.

Vassili

Almeida,

Acelerar a entrega????? mas cuma isso, se a Engepron ainda está em fase de definição de como ficará o projeto. Isso sem falar que falta definir todos os sensores que serão incorporados……………

Imagino eu que antes de 8 anos não tenhamos ainda a primeira Barroso batch II em fase de testes, quiçá tendo ultrapassado um IOC…

Abraços.

Vassili

No mais, acho que o conceito LPD/LHD “Juan Carlos” muito bom para uma marinha como a nossa, que insiste em ter NAe incorporado, mas não consegue um fluxo de verba suficiente para manter ele operacional.
Sabendo que os navios modernos são desenvolvidos no conceito de construção modular (ou seja, LEGO), fico imaginando que seja possível ampliar o tamanho/deslocamento até uns 270metros/40.000tons.

E mesmo assim imagino que ficaria menos caro de manter e operar que nosso A-12.

Mas é apenas a opinião de um leigo.

Abraços.

daltonl

Carlos… o “PDA” não possui doca alagável que é um dos requisitos da marinha turca. Pode até ser melhor porta-harriers, com mais espaço devotado a uma ala aérea e mais veloz, mas não funciona tão bem como um navio de assalto anfibio. Também por enquanto, a Turquia está comprometida apenas com o F-35A , assim como os australianos que tem 2 navios semelhantes em construção e mesmo já declararam que não pretendem adquirir o F-35B apenas a versão “A”. Curioso que o titulo mesmo no original em inglês fala em “LPD” o que é incorreto, pois um navio com convoo… Read more »

daltonl

Vassili… na minha opinião de leigo também, não é tão fácil assim, apenas incorporar modulos um atrás do outro, acaba-se com um navio totalmente diferente. A chamada construção modular agiliza e barateia a construção mas o resultado final é o mesmo navio. Quanto a Barroso Melhorada, esperemos que nunca mais aconteça o fiasco da construção da Barroso, pouco menos de 14 anos até a incorporação com um custo de cerca de 260 milhões de dólares. As Inhaumas levaram cerca de 6 anos desde o batimento da quilha até a incorporação, acho que não dará para fazer uma Barroso Melhorada em… Read more »

Vassili

Dalton,

Realmente não me expliquei claramente sobre o sistema de construção por módulos………..

Tentei dizer que desta forma fica mais fácil fazer um trabalho de engenharia no sentido mudar as características gerais de uma embarcação, e assim atender as necessidades/desejos do comprador.

Ao meu ver, o sistema de construção naval por módulos não apenas agiliza o trabalho em si economizando muitas horas-homem de trabalho e grana. Outro provável benefício latente é a real possibilidade de serem feitas as devidas mudanças que compradores estrangeiros venham à requerer.

Abraços.

daltonl

” Sabendo que os navios modernos são desenvolvidos no conceito de construção modular (ou seja, LEGO), fico imaginando que seja possível ampliar o tamanho/deslocamento até uns 270metros/40.000tons.”

Foi o que vc escreveu anteriormente, então deu a impressão de que basta esticar o casco e ter algo do tamanho do USS Wasp por exemplo.

abraços

Iväny Junior

Caros

Este navio serve como base/Nae apenas para aeronaves VSTOL?

MO
daltonl

Sim Ivany, apenas Harriers e futuramente F-35Bs, já que não há os tradicionais cabos de parada, “arresting gear” de NAes, como os da US Navy, França, India, Russia e agora China e claro no NAeSP também.

MO

Ih Olha la uma EDVM … e ai sapiencia que fica orrorizada com qqr coisa num eh que um LPD/G/H/I/F… nao abica … ele precisa tbm de EDVM´s …. uia !!!!!

Carlos Alberto Soares

“daltonl
2 de janeiro de 2014 at 8:21 #”

Caro colega valeu e obrigado.

Control

Srs Como LHDs/LPDs são ferramentas de projeção de poder não há sentido algum em propor tal tipo de navio para a MB em substituição aos NAes, fundamentando tal proposição com o argumento de que não tem sentido a MB ter recursos de projeção de poder com NAes visto que sua ação deve ser defensiva e focada no máximo na ZEE. Aliás, se o objetivo é dotar a MB com um pequeno porta aviões, seria mais lógico propor a compra do PDA e seus meios aéreos (Helis AEW e AV8B), que seria mais barato e atenderia em parte os anseios da… Read more »

daltonl

Control…

um dos problemas da sua idéia de adquirir o PDA e seus meios aéreos, como o AV-8B é justamente onde encontrar o AV-8B.

Os poucos AV-8Bs espanhóis estão sendo usados no
JC I e assim permanecerão por muitos anos ainda até que a Espanha resolva substitui-los pelo F-35B algo que ainda espera confirmação oficial.

Na próxima década, todos os Harriers existentes estarão em péssimas condições e sendo já devidamente substituídos, portanto o Harrier está com seus dias contados.

abs

Almeida

Realmente a situação das escoltas da MB está tão ruim que não tem mesmo como esperar 6 a 8 anos (meu projeto “acelerado” já que a Barroso levou 14).

Mas aí aonde iríamos arrumar as sucatas tampões de oportunidade? As que tinham pra vender no mercado já foram vendidas e as em operação serão usadas por suas marinhas até o osso. Complicou.

Control

Srs

Jovem Almirante

Parece que faltou clareza em meu post.
O que sugeri foi a compra de um pacote fechado, o PDA e seus meios aereos, AV8B inclusos.
Observe que tanto a Espanha como a Italia estão mal de suas finanças, momento em que uma boa proposta para aquisição de alguns navios e outros equipamentos pode ter resultado.
Por exemplo, no caso da Italia, uma proposta de aquisição das sonhadas FREMM pode ser casada com a aquisição de algumas Maestrale baratinhas ou Durand de la Penne ou mesmo do Garibaldi.

Sds

juarezmartinez

Control, o que o Daltol está querendo te explicar e tu conseguiu entender é que a Armada Espanhola vai manter seus Av 8B atualialiados até poder contar com seus futuros F 35 B , e isto, pelo tamanho do problema de $$$ da Espanha vai demorar para acontecer. O Espanhóis querem se livrar do PDA, pois vão ter gastar para desmantelar ou ainda, para mante-lo em condições operacionais teriam que meter a mão no bolso em uns U$ 300.000.000,00. Falaste em Maestrale, pelo que se houve falar estão na capa da gaita. Merd por merd.. ficamos com as nossas que… Read more »

joseboscojr

Me desculpem pela “ingnorância”, mas o que é PDA?

Fabio ASC

Bosco, acho que o PDA = Principe de Astúrias.

MO

ahhh nao eh poora do aviaozinhum … powtiz que pena 🙁

MO

Em tempo – novinho, novissimo saido do estaleiro =
http://santosshiplovers.blogspot.com.br/2014/01/mv-hyundai-platinum-d5ec4-completando.html

14 Photos

joseboscojr

Fabão,
Valeu!
Tem uma hora que eu tô procurando que p—-a de navio é esse e não acho.
Se não bastasse o CDG agora tem o PDA. PQP!

Fabio ASC

Eu sou a favor de 02 JC I (Juan Carlos Primeiro Bosco kkk) para a MB, com sua ala aérea de F 35B, além de: 30 Escoltas sendo 12 na faixa de 2.800 t, 10 na faixa entre 4.500 e 4.800 t e 8 na faixa de 6.000 t. 12 Subs convencionais e 03 Nucleares Acrescentem 48 SU 34 da Fab, 12 Poseidon´s (ou 06 Poseidons e 06 similares Russos) e é claro 120 Gripens NG. Feito, quero ver quem entra. Ah, para o EB não ficar com ciuminho, criemos 12 Baterias de Artilharia Costeira com o que há de… Read more »

joseboscojr

Eu só tenho a acrescentar no seu modesto plano de rearmamento a instalação de 50 Topol M comprado dos russos e instalados em lançadores móveis, claro que com as respectivas ogivas nucleares de 550 Kt.
Aí sim quero ver quem entra.

Vassili

E onde ficam as 10 centenas de ZSU-57-2 que pretendo colocar nesta conta para proteger nossas colunas blindadas quando em deslocamento?

Vai que os 37 Gepard não conseguem dar conta do recado né……………………..

Aí sim quero ver quem entra Bosco rsrsrsrsrsss………..

Control

Srs Jovem Almirante Entendo perfeitamente que o PDA sem os Harrier é inútil e que estes são escassos, tanto que frisei que o PDA só devia ser adquirido, por quem quer que seja, em um pacote que incluísse os Harrier, com a Espanha tendo que abrir mão destes, ficando com o Juan Carlos apenas como porta helicópteros. Jovem Juarez Citei as Maestrale e as Durand de la Penne como possibilidades de escoltas passiveis de serem disponibilizadas dentro de um exemplo onde o foco era explicitar que países em dificuldade financeira como a Espanha e a Itália seriam flexíveis em negociações… Read more »

AlexJ

Prezados Control e Dalton,

E os Harrier GR9?

Sds

daltonl

Alex… todos os Harriers remanescentes , cerca de 70 foram vendidos pelo Reino Unido aos EUA para uso pelos Fuzileiros Navais, o US Marine Corps. O Reino Unido o fez para cortar gastos e os EUA que compraram por um ótimo preço nunca pensaram em utiliza-los operacionalmente, são um pouco diferentes dos AV-8Bs e sim usa-los como fonte de peças necessárias para manter os AV-8Bs operando até que finalmente o F-35B, muito atrasado entre em serviço. Os “Marines” não apenas utilizam seus AV-8Bs a partir de seus navios de assalto anfibio, mas, principalmente baseados em terra, inclusive esquadrões expedicionários que… Read more »

daltonl

E falando em PdA, Bosco, tem também o HST, como chamam o USS Harry S. Truman, então é uma verdadeira sopa de letras e o PdA irá completar mês que vem um ano desde que foi descomissionado. Cada ano que passa para um navio descomissionado mais dificil e caro torna-se reativa-lo para uma possível venda e o PdA tem um agravante, precisaria passar por uma boa manutenção/modernização. A comparação entre o Nimitz e o PdA no tocante a idade é interessante. O USS Nimitz foi comissionado em 1975, ou seja, 13 anos mais “velho”, porém já passou por sua modernização… Read more »

Control

Srs Considerando que, na prática, Japão, Coréia, Turquia, Índia e Austrália estão construindo pequenos/médios porta aviões, isto sem considerar os europeus, há um mercado potencial relativamente grande para aviões de decolagem curta (num chute aproximado devem chegar a perto de 20 navios). É claro que existe o F35B, porém ele é bem complexo, o que significa, além de um preço muito caro de aquisição, um custo salgado de operação. Um avião menos caro de operar seria uma opção válida, pois tirando as missões onde as características stealth são realmente necessárias, os F35B sobram e tem um custo benefício desfavorável. Neste… Read more »

daltonl

Control…

com exceção da India, os demais paises que vc mencionou
estão construindo navios anfibios, sem convoo em angulo e sem espaço para os “cabos de parada”, aliás, uma tecnologia complexa e que necessita espaço abaixo do convoo e tais navios não foram projetados para isso assim
nem mesmo um Seagripen serviria.

Não vejo portanto nada próximo de 20 navios e um AV-8B
“revitalizado” não está nos planos de ninguém e sairia uma fabula.

abs

Control

Srs Jovem Almirante • Conforme uma citação sua, nem os espanhóis e nem os italianos abrem mão de equipar seus LHDs com os Harrier e depois com F35B. É improvável que os outros países que adotaram solução igual, fiquem nos helicópteros; • A Coréia já declarou a intenção de dispor de porta aviões na próxima década (parece que a idéia são 4), o que significa que vai, ou construir uma versão maior do Dodko e adotar uma solução F35B ou partir para uma solução sky jump e cabos de parada ou puro catobar. Observar que os coreanos e os japoneses… Read more »

daltonl

Control… não dá para operar um caça a jato leve, sugestão sua, de um navio sem convoo em angulo – convoo estreito na altura da superestrutura e falta de espaço para estacionamento entre outras causas – e sem cabos de parada e não é possível adaptar essas caracteristicas aos Dokdos, Canberras, Juan Carlos I, Izumos e no Cavour italiano. Simplesmente não há opção ao F-35B para eles se de fato todos adotarem o F-35B pois a Australia por exemplo não planeja adquiri-lo. O segundo Dokdo poderá vir com uma rampa o que o fará mais semelhante ao Juan Carlos I… Read more »

Control

Srs Jovem Almirante Não querendo ser chato e já sendo: Quanto a jatos operarem em um navio sem convoo em ângulo: os Essex operaram jatos nestas condições na Guerra da Coréia. E os Essex operavam bem mais aviões do que o Cavour e o Juan Carlos. Quanto a instalação de cabos de parada: novamente, os NAe que operaram jatos no Guerra da Coréia receberam esta adaptação rapidamente. Quanto ao convoo estreito: o Cavour, o Hyuga, o Izumo, por exemplo são mais largos que os Essex daquele tempo. Quanto a não haver opção: este é o ponto. Não há opção porque… Read more »

Iväny Junior

Caro daltonl

Então vai-se embora minha esperança de um Porta Aviões fornecido/fabricado nacionalmente com transferência de tecnologia. A não ser que o Sea Gripen venha com VSTOL, o que acho difícil.

daltonl

Control… o chato aqui sou eu e ninguém irá me tirar o título tão fácil, mas já que voce mencionou os ESSEX da Coréia, veja que mesmo esses tiveram que sofrer uma primeira adaptação de outras que viriam, para operar jatos que incluia fortalecimento do convoo ,dos elevadores e dos cabos de parada, que já existiam, inclusive o maquinário abaixo do convoo, então foi fácil. Note que os ESSEX não apenas eram mais compridos que os navios que vc mencionou mas possuiam uma superestrutura mais estreita e curta que ocupava menos espaço no convoo, aliviando no inicio a falta de… Read more »

joseboscojr

Daltão,
Se os navios de assalto navegam sem escoltas o que os impedem de serem interceptados já que todos contam só com defesa de ponto.

joseboscojr

Faltou um (?) no final.

daltonl

Bosco… a realidade é que a US Navy é muito pequena para as funções que executa, seus navios tem passado mais tempo longe da base, gerando mais manutenção e estressando suas tripulaçoes e familiares. Não há como “amarrar” 3 combatentes de superficie e um submarino aos grupos anfibios, aliás, o submarino deixou de pertencer a escolta até mesmo de NAes. Optou-se por combatentes de superficie e submarinos operarem independentes e assim alcançarem maior flexibilidade e quando possivel ficarem de olho nos anfibios. Há uma percepção que países “maiores” não irão atacar seja pela globalização ou retaliação nuclear e países “menores”… Read more »

joseboscojr

Pelo menos os LPD e LSD estão sempre ao lado dos LHD e LHA que operam mísseis Sea Sparrow/ESSM.
Uma pena os LPD San Antonio não instalarem os Mk-41 e a capacidade de operarem ESSM. Daria uma proteção extra.
Nesta década já devem estar em operação sistemas “hard kill” antitorpedos que prometem ser tão eficazes como os antimísseis.

Daltão,
Nem um MH-60 é embarcado nesses navios de assalto para dar alguma proteção AS?
Há capacidade de gerenciamento de guerra ASW a partir do CIC desses navios (LHA, LHD, LPD, LSD) ?

Um abraço.

Fabio ASC

Senhores, seria possível a operação do F 35 C em um navio com Ski Jump e aparelhos de parada? Ou a catapulta é obrigatória para este avião?

MO
joseboscojr

Curiosidade:
A defesa “soft kill” da USN basicamente é composta de:
+AN/SLQ-32: detector passivo de emissões de radar de mísseis e aeronaves e com capacidade ativa de interferência
+Mk-36 SRBOC: lançador de chaffs e flares, capaz de se contrapor a mísseis guiados por radar e por IR
+Mk-53 Nulka: despistador ativo de mísseis guiados por radar
+AN/SLQ-25 Nixie: despistador rebocado de torpedo

joseboscojr

O SRBOC é capaz de lançar outros tipos de “decoys” além dos tradicionais chaffs e flares, inclusive antitorpedos, mas até onde se sabe não são usados pela USN.

Control

Srs Jovem Almirante Voltando a ser chato: Os DDH tem apenas de 9 metros de comprimento dos Essex mais curtos e 14 dos mais longos e o Cavour tem apenas 4 metros a menos que os DDH. A diferença não é tão grande assim. Do ponto de vista da engenharia, a dificuldade para a adaptação de um DDH ou um Cavour para uso de aviões de decolagem curta (com sky jump) e pouso com cabo de parada não seria o fim do mundo. No que tange aos NAes Catobar cabe observar que as catapultas eletromagnéticas representam uma solução mais econômica… Read more »

daltonl

Control… cabos de parada não consistem apenas em cabos esticados no convoo, exigem um maquinário pesado e complexo abaixo do convoo, o arresting gear room e se um navio não foi projetado desde o inicio para ter esse espaço não há como simplesmente colocar tudo aquilo lá. Operações aéreas seguras pedem um convoo em angulo, esqueça os Essex de 1950, sem falar em outras feições como convoo reforçado e mesmo os defletores para os motores de jatos. Quanto a catapulta magnética, apenas os EUA tem condições de bancar tal coisa e muitos anos se passarão ainda até que estejam certificadas… Read more »

daltonl

Bosco…

apenas um destacamento de 2 MH-60 Sierras tem sido transportados, mas, há possibilidade de serem equipados
com os Romeos, mas aí seria uma ocasião especial da mesma forma se fossem transportar um número maior de Harriers para controle maritimo.

O embarque normal de 6 Romeos por exemplo significaria menos helicopteros para assalto anfibio além de armas e treinamento diferenciado.

abraços

Control

Srs Jovem Almirante 1. Sei perfeitamente que os cabos de parada estão associados a mecanismos de amortecimento que ficam abaixo do convôo, e o espaço necessário não é tão grande assim, tanto que foram implantados tanto nos Essex como nos NAes britânicos daquela época. Como engenheiro, tenho a leve impressão que os profissionais atuais da engenharia não são menos competentes que os daquela época. 2. A adoção do convôo, em princípio, não foi adotada por questão de segurança, mas sim, para permitir o pouso de uma aeronave enquanto outra estava sendo preparada para decolar. O objetivo era obter mais eficiência… Read more »