INS Kochi

Destróier INS Kochi - D64 lançando o MRSAM
Destróier INS Kochi – D64, lançando o MRSAM

A Marinha Indiana alcançou um marco significativo no aprimoramento de sua capacidade de guerra antiaérea com o primeiro disparo cooperativo do Medium Range Surface to Air Missile – MRSAM (Barak 8).

O teste foi realizado na costa ocidental pelos navios da Marinha Indiana Kochi e Chennai, no qual os mísseis de ambos os navios foram controlados por um navio para interceptar alvos aéreos diferentes em alcances estendidos. O teste de tiro foi realizado pela Marinha Indiana, DRDO e Israel Aerospace Industries.

A realização bem-sucedida do teste foi o resultado de esforços contínuos de todas as partes interessadas ao longo dos anos. O DRDL Hyderabad, um laboratório da DRDO, desenvolveu em conjunto este míssil em colaboração com a Israel Aerospace Industries. O MRSAM é fabricado pela Bharat Dynamics Limited, Índia.

Estes mísseis antiaéreos são instalados a bordo dos destróieres das classes “Kolkata” e também serão instalados em todos os navios de guerra importantes da Marinha Indiana. Com a comprovação desse modo cooperativo de engajamento, a Marinha Indiana tornou-se parte de um seleto grupo de marinhas que possui essa capacidade de nicho. Esta capacidade aumenta significativamente a eficácia de combate da Marinha Indiana, proporcionando assim uma vantagem operacional sobre potenciais adversários.

Destróier INS Kolkata- D63, lançando o MRSAM em outro teste. No alto do mastro fica o radar EL/M-2248 MF-STAR AESA

Barak 8

O Barak 8 tem um comprimento de cerca de 4,5 metros, um diâmetro de 0,225 metros no corpo do míssil e 0,54 metros no booster, uma envergadura de 0,94 metros e pesa 275 kg incluindo uma ogiva de 60 kg com detonação de proximidade.

O míssil tem velocidade máxima de Mach 2 com um alcance operacional máximo de 70 km, que foi posteriormente aumentado para 100 km.

O Barak 8 possui motor de foguete de duplo impulso, bem como controle de vetoração de empuxo, e possui altos graus de manobrabilidade na faixa de interceptação do alvo.

O segundo estágio do motor é disparado durante a fase terminal, em que o buscador de radar ativo é acionado para travar no alvo inimigo. O Barak 8 foi projetado para combater uma ampla variedade de ameaças lançadas do ar, como mísseis anti-navio, aeronaves, drones UAV e mísseis supersônicos. Quando acoplado a um moderno sistema de defesa aérea e a radares multifunção (como o EL/M-2248 MF-STAR AESA a bordo do destróieres da classe Kolkata), o Barak 8 permite a capacidade de engajar simultaneamente múltiplos alvos durante ataques de saturação.

A Israel Aerospace Industries descreve o Barak 8 como “um avançado sistema de defesa aérea e defesa antimísseis de longo alcance”, com suas principais características sendo:

  • Longo alcance
  • Linkde dados em dois sentidos (banda GPS S)
  • Míssil com buscador de Radar Ativo
  • Cobertura de 360 graus
  • Lançamento Vertical
  • Múltiplos Engajamentos Simultâneos
  • Míssil anti-balístico de defesa de ponto
Barak 8
Concepção artística da bolha protetora provida pelo Barak 8

FONTE: Indian Ministry of Defence

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Jagderband#44

Impressionante o perfil desta belonave.

Bardini

Engajamento cooperativo é o futuro…

Bardini

Pra mim, o mais interessante do INS Kolkata é a inscrição na porta do hangar, rsrsrrs…
A MB deveria adotar em alguns navios. “Sustentar o fogo que a vitória é nossa!”, ficaria bacana.comment image:large

Victor Filipe

Essa frase é realmente marcante. uma das mais importantes na historia da nossa marinha

Alexandre Galante

Na verdade a frase é do almirante Nelson que o almirante Barroso pegou emprestada.

roberto simas

Ma verdade, Galante, A frase copiada foi “o Brasil espera que cada um cumpra com o seu dever”.

Carlos Campos

Será que é tão bom quanto a última versão do SM2 ou SM6? nunca li nada tão aprofundado sobre o Barak8

Bardini

Sem muito tempo… Talvez alguém explique melhor isso. SM-2 e SM-6 são de classes diferentes. O SM-6 então, é coisa beeeem maior e mais capaz. É um monstro feito pra triturar qualquer Marinha. . Pra mim, o Barak-8 é um pouco (mas isso depende da ameaça) mais performante que um ASTER 15, vamos dizer assim… Mas isso falando de algo com peso “próximo”. O que manda é a motorização que é diferente. Não lembro de cabeça um outro bom comparativo para o Barak 8 nessa faixa de peso. ESSM Block 2 talvez seja uma melhor comparação, mas tem diferenças também…… Read more »

Carlos Campos

obrigado Bardini

Ricardo Mendes

Boa noite senhores sm 2 tem alcance de 160 kilometros e altitude de 30 kilometros e sm 6 tem alcance de cerca de dependendo da versão 240 ou 370 ou 460 kilometros. E ate 40 kilometros de altitude. Portanto o barak tem alcance do sm 1 perto de 100 kilometros. Mas os sm 2 e 6 atingem mach 3,5 são mais rápidos. E mais avançados tem a orientação do missil amram 120.

Carlos Gallani

Essa concepção artística não poderia ter sido feita por outro país! hahahahahahahaha

Jagderband#44

Olha… a Rússia não fica atrás não…

Ricardo Mendes

Bem o gmd tem alcance de mais de 5000 kms e altitude de 2500 kms e velocidade entre mach 20 mach 30 e o sm 3 block 2 b são 2500 kms de alcance 1500 kms de altitude e velocidades de mach 15 a mach 20 abate satélites e alguns mísseis balisticos icbms. O maximo que a russia tem é s 500 e nudol 135 e 235 alcance 200 kilometros de altitude e velocidades comparáveis ao thaad que defende de scuds portanto não a russia nao tem nada comparavel ao sm 3 e gmd dos estados unidos.agora o s 200… Read more »

Victor Filipe

pra quem entende melhor, o qual capaz ele é se comparado a outros sistemas?

Bosco

Victor, Os modernos sistemas sup-ar naval de defesa de área no Ocidente são apenas três: 1- Aegis; 2- PAAMS; 3-Barak 8. – Uma maneira de comparar é através dos desempenhos e características divulgadas (que alguns chamam de “super trunfo”). Levando-se em conta os somente os mísseis, fica assim: Aegis: SM-2 Block IIIA: inercial + orientação por radar semi-ativo terminal + up-link, 170 km de alcance, 24 km de altitude, ogiva de 65 kg, Mach 3.5, função antiaérea e antimíssil. SM-2 Block IIIB: inercial + orientação por radar semi-ativo terminal combinado + IR + up-link, 170 km de alcance, 24 km… Read more »

Victor Filipe

Vlw bosco muito obrigado

Esteves

Não entendi uma coisa. Se for possível explicar, agradeço.

“A unidade de lançamento possui oito mísseis e o sistema de radar pode engajar oito alvos simultaneamente.”
O Aegis pode engajar múltiplos alvos?

Bosco

Esteves, Como disse acima o Aegis é composto de diversos mísseis. Os misseis SM-2 (Block III A/B e Block IV) são guiados por sistema de radar semi-ativo terminal. Cada destróier tem 3 antenas iluminadoras e cada cruzador tem 4 antenas iluminadora. Ou seja, até 3 e 4 ameaças respectivamente podem ser engajadas simultaneamente, mas até 32 mísseis podem ser controlados ao mesmo tempo via data-link, se dirigindo a alvos diversos. Ou seja, até 32 mísseis SM-2 podem ser lançados e ficarem “na fila” aguardando que seus alvos sejam designados pelos radares iluminadores. Vale salientar que o míssil SM-2 MR Block… Read more »

Esteves

Grato.

Bosco

Vale salientar que o sistema Aegis incorporou também o míssil ESSM.

Ricardo Mendes

Estados unidos e Israel têm a melhor defesa anti missil do mundo.
E a russia e china têm a melhor defesa anti aeronaves o que é muito diferente. Ambos têm os seus benefícios. Cada país segue diferentes opções. A questão é o que é que o cliente precisa defender de misseis ou de aeronaves.

joseano

Velocidade máxima de mach 2 não é pouco para um míssil que vai interceptar um caça ou um míssil de cruzeiro ou antinavio? Digo isso principalmente pelo que entendi ele é um míssil de defesa de área em não de defesa de ponto. Para os experts estaria ele no mesmo patamar do Aster-30 que equipa as Horizons francesas e italianas?

Bosco

Joseano, Para aviões é pouco já que o alvo pode se evadir. Principalmente se o alvo estiver se afastando ou cruzando a linha de tiro. Isso reduz muito o alcance útil do míssil. Para a defesa contra mísseis é suficiente já que o míssil vem em direção ao alvo e desde que seja “descoberto” a tempo de interceptar a ameaça a distância que permita um segundo tiro no caso do primeiro errar. Ou seja, fica evidente que o foco do sistema é a defesa antimíssil, isso permite uma velocidade menor e com isso se conseguiu um míssil de dimensões (e… Read more »

Nostra

Actually there is lot of misinformation and confusion regarding the nomenclature , range , speed etc. It seems to be deliberate. The Indian Navy nomenclature for the missile is LRSAM , while the Indian army and airforce nomenclature is MRSAM which is basically another variant. Why the navy version is called MRSAM here , baffles me. Coming to velocity , from what I know , mach 2 is the average velocity of LRSAM/MRSAM , since the missile has a dual pulse motor , after the coasting phase the 2nd pulse is fired for end game maneuvering with LRSAM/MRSAM achieving terminal… Read more »

Nostra

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Nostra

Generally it is implied ” speed ” = ” average speed ” , if no other information is given .

Thats what I remember from my physics class in school lol which I was not busy sleeping , good old days.

Nostra

Schematic of the DRDO developed dual pulse motor for LRSAM/MRSAM The pulse I motor burns to accelerate the missile to the designated velocity and continues to burn till burnout as the missile is propelled and then coasts towards the target interception point. At engagement range ie terminal stage the pulse motor II is fired to provide the necessary velocity to intercept the manuvering target and compensate the energy bleed while pulling high G’s , this allows the missile to enforce a tight NEZ and increase the kill probability against high speed manuvering targets trying to evade the missile. LRSAM/MRSAM is… Read more »

RENAN

Tenho uma dúvida
Nós sistema de lançamento na horizontal ocorre problema de “sombra” como no caso da guerra das Malvinas que o navio tem que manobra para ter ângulo de ataque.

Hoje com o sistema de lançamento vertical este problema está definitivamente resolvido?

Não tem mais o problema de “sombra” o navio pode dispara um míssel para 360°?

Bosco

Renan,
Combinando o lamento vertical com mísseis com orientação autônoma (radar ativo ou IIR) e pode-se dizer que sim , o problema foi resolvido. Mísseis com orientação autônoma não são escravos de canais de tiro (sistemas de controle de tiro radar/EO) que possam ter seu campo de observação obliterado pela estrutura do navio.

Bosco

E claro, o mesmo pode-se dizer de mísseis lançados verticalmente. Eles são guiados por uma unidade inercial até se porem em direção da ameaça e daí em diante são controlados pelo radar de busca 3D até as proximidades do alvo, onde ativam seus seekers.

RENAN

Obrigado pela atenção