
Por Alexandre Galante
Objetivo principal do Programa de Desenvolvimento de Submarinos – PROSUB, realizado com transferência de tecnologia da França, o projeto do primeiro submarino nuclear brasileiro (SN-BR) teve sua concepção geral finalizada em janeiro de 2017.
A fase de projeto foi iniciada em fevereiro de 2019 e deve ser concluída em fevereiro de 2022.
O corpo técnico atual conta com 300 projetistas e deve chegar a 600 projetistas no auge do programa.
O gerencimento do programa é feito pela Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. – AMAZUL.
Pelas imagens divulgadas até agora pela Marinha do Brasil, o SN-BR será um “Scorpenezão”, isto é, uma interpolação dos submarinos Scorpène S-BR (classe “Riachuelo”) que estão sendo construídos no complexo naval de Itaguaí-RJ.
O acordo de parceria estratégica realizado entre o Brasil e a França em 2008 para a cooperação de longo prazo na área de defesa, incluiu o desenvolvimento e produção de submarinos Scorpene modificados (S-BR), a construção de uma base de submarinos e de um estaleiro moderno.
O acordo garantiu o desenvolvimento da parte não-nuclear do projeto submarino nuclear brasileiro, parcerias industriais, transferência de tecnologia e formação de pessoal.
O primeiro submarino de propulsão nuclear brasileiro (SN-BR) empregará muitos sistemas e tecnologias dos S-BR da classe “Riachuelo”, por isso a construção dos submarinos convencionais é importante, para dar experiência e escala de produção de equipamentos que serão comuns aos dois tipos de submarinos.
Muitos dos sistemas e equipamentos dos S-BR e SN-BR estão sendo nacionalizados e produzidos por empresas brasileiras.
Características do SN-BR
O primeiro submarino de propulsão nuclear brasileiro SN-BR terá um diâmetro de 9,8 metros (o S-BR tem 6,2m), para poder acomodar o reator nuclear brasileiro, um reator de água pressurizada, também referido pela sigla PWR (do inglês pressurized water reactor).
O SN-BR terá 100m de comprimento, deslocamento de cerca de 6.000 toneladas e será movido por propulsão turbo-elétrica com 48 MW de potência, equivalentes a 650 carros de 100 HP ou ao fornecimento de energia a uma cidade de 20.000 habitantes.
Neste sistema, o reator nuclear fornece o calor para a geração de vapor, o qual aciona duas turbinas acopladas a dois geradores elétricos, um dos quais dedicado principalmente a gerar eletricidade ao motor elétrico de propulsão, e outro para o fornecimento de eletricidade aos demais sistemas do SN-BR.
O cronograma atualizado abaixo mostra o início da construção do SN-BR em 2023 e o término em 2033.
O Labgene, em Aramar
O submarino nuclear brasileiro SN-BR é um projeto dual. Por um lado, o domínio da tecnologia de construção do reator vai permitir que, no futuro, o Brasil tenha uma plataforma de armas mais ágil na proteção das águas territoriais. Por outro lado, habilitará o País a construir pequenas centrais nucleares de energia elétrica.
O Laboratório de Geração de Energia Nucleoelétrica (LABGENE) do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP) será a primeira planta com um reator nuclear de alta potência totalmente construída no Brasil.
Conceitualmente, é um protótipo com capacidade de geração de 48MW térmicos ou 11 megawatts elétricos (MWe), o que representa menos de 10% da capacidade de Angra 1, o suficiente para movimentar um submarino e alimentar sistemas elétricos, de renovação do ar etc.
O Labgene, além de unidade nuclear de geração de energia elétrica, será utilizado para validar as condições de projeto e ensaiar todas as situações de operações possíveis para uma planta de propulsão nuclear. Por isso mesmo, apesar de ser construído em terra, procura reproduzir em tamanho o reator que equipará o futuro submarino de propulsão nuclear.
Desde o início do programa, há mais de 30 anos, a Marinha tem investido na construção de componentes do projeto em parceria com empresas privadas, como o vaso do reator, condensadores, pressurizadores, turbogeradores de propulsão, entre outros.

Segundo palestra do Almirante Fragelli sobre o Prosub em 2010, as duas atuais usinas civis brasileiras usam urânio enriquecido de 3,2 a 4% e o reator naval do submarino nuclear brasileiro usará urânio enriquecido a 7%. O SN-BR deverá ter a necessidade cíclica operacional de ter seus elementos combustíveis nucleares totalmente substituídos de quatro em quatro anos.
Face ao período muito curto de troca dos elementos combustíveis nucleares nos modelos brasileiros, comparativamente em relação aos modelos americanos, ingleses e franceses, uma boa parte do esforço de engenharia do projeto do reator naval brasileiro está se dando no sentido de permitir a troca dos elementos combustíveis num tempo bem mais curto que o normalmente é conseguido nos modelos de outras origens.
A Base de Submarinos da Ilha da Madeira no Complexo Naval de Itaguaí-RJ terá dois diques totalmente cobertos para atender a dois submarinos nucleares ao mesmo tempo na chamada Ilha Nuclear onde os futuros submarinos nucleares serão construídos, receberão manutenção e onde se processará a troca do elemento combustível do reator quando necessário.
Ela deverá ser construida num recorte da encosta e será instalada sobre leito firme de rocha ao contrário do resto do complexo que foi feito sobre aterro e plataformas sobre o mar.


O Brasil é bom em fazer maquetes, temos muitas, mas nada é real ainda, não acredito no subnuc brasileiro, estamos há mais de 40 anos pesquisando e não temos nada, como disse, só maquetes.
Caro Augusto. A fábrica em Resende de elementos de combustível nuclear é uma realidade. Ela emprega ultracentrífugas desenvolvidas pela MB sob a coordenação do Alm Othon (defendo o indulto presidencial para ele). A UFEM e Itaguaí são reais. Os SBR construídos são reais. O Labgene está quase pronto. Todos as etapas preliminares estão sendo executadas e muitas já foram concluídas.
Caro Camargoer,do que se trata essa fábrica exatamente?Ela é privada ou estatal?
Olá Allan. A MB desenvolveu as ultracentrífugas (com suspensão magnética, evitando atrito) que permite o enriquecimento de urânio. A FCN (fábrica de combustível nuclear) foi construída em Resende, RJ. Também é conhecida com INB Resende. Ela é estatal. Ela tem produzido combustível a 4% para as usinas de Angra I e Angra II. O enriqueciemnto do urânio é feito por meio de linha de ultracentrífugas, chamadas cascatas. A primeira ultracentrífuga enriquece um pouquinho, dai o material passa para a segunda ultracentrífuga, depois para uma terceira, e assim sucessivamente, até que no final o gás fluoreto de urânio tem um teor… Read more »
Obrigado,Camargoer.Não sabia da existência dela.
Olá Allan. Legal. Tem uma história engraçada do Alm. Othon. Eles estavam desenvolvendo as ultracentrífugas quando foram informados de uma visita dos técnicos da da AEIA, a agência de energia atõmica da ONU. O Alm.Othon mandou fechar as salas com tapumes e pediu para trazer (acho) três centrífugas feitas pelos nazistas e apreendidas pelos EUA no fim da guerra e que foram doadas ao Brasil. Ele lavou, pintou e colocou os motores para funcionar. Quando os técnicos pediram para ver as centrífugas, o Alm.Othon os levou para a sala com as centrífugas alemães. Os técnicos vistoriaram e aprovaram a visita.… Read more »
Eu também defendo,ele foi importantíssimo para que o Brasil dominasse o cliclo de enriquecimento de urânio.Algum outro país por essas bandas tem a tecnologia para fazer esse tipo de centrífuga?
Olá Allan. São poucos os países que desenvolveram a tecnologia para enriquecimento de urânio. Acho que hoje, a maioria as ultracentrífugas. Além disso, menos países dispões da tecnologia conseguiram montar uma fábrica para produzir urânio enriquecido em escala industrial. Creio que a Argentina tem sua tecnologia de enriquecimento mas apenas em escala experimental. O Brasil seria o único país com uma fábrica de combustível.
2!
Camargoer, vamos separar as coisas. O Alte. Othon tem muito mérito intelectual. Mas, em razão da natureza sigilosa de seus trabalhos, recebeu um cheque em branco e, como se pôde constatar depois, isso comprou seu caráter. Tal como Dr. Fausto e Mefistófeles.
Olá Pangloss. A mídia assumiu esta versão que o Alm.Othon aproveitou dos contatos e de sua posição privilegiada para enriquecer de modo ilícito. Por isso fui ler a documentação do processo (é pública). A sentença não fez sentido para mim e o relatório de apelação da defesa é bem enfático ao apresentar os problemas da sentença. Continuo defendendo o indulto presidencial.
A mídia??? o cara esta preso e condenado, vc acha que e uma conspiração??? Desculpe mais vcs estão chutando a esmo.
Caro Salim. O que eu escrevi foi que meu juízo se baseia em minha leitura da sentença e no relatório de apelação da defesa, não na versão divulgada na mídia. O Alm.Othon está em sua casa por força de um habeas corpus. Ainda não há decisão em segunda instância. Geralmente, quanto expresso uma opinião sem uma base formal, eu informo. No caso do Alm.Othon não é chute, mas minha opinião sobre o que eu li no processo (que é público).
Assino embaixo Camargoer.
Tenho vergonha da sacanagem que fizeram com o Almte. Othon.
Se ele fosse americano seria condecorado pelo presidente de lá por defender a pátria
Mas como estamos no Brasil…
Vale a seguinte máxima para esse almirante corrupto: “rouba mas faz”.
(de novo este comentário?). Que ele fez, tenho certeza. Que ele roubou, tenho dúvidas. Li a sentença e depois li o relatório da apelação (são públicos). “In dubio pro reo”.
Esse é um argumento clássico de todos os gestores públicos quando são pegos, sempre alegam inocência. É possível vermos o Lula, que diz que nunca roubou, livre, leve e solto, tal qual esse almirante.
Caro PACRF. Recomendo a leitura da sentença e do relatório da defesa. Se depois disso tiver certeza da culpa do Alm.Othon, poderemos retomar a discussão. Talvez você me convença que estou errado. Vários colegas já me corrigiram aqui no PN e agradeço a todos eles.
O ônus da prova cabe a quem acusa, ou seja ao Ministério Público. Isto quer dizer que o MP tem a obrigação de provar o que relata na acusação. Mas, na maioria das vezes, não há provas só indícios, portanto, sem provas e mesmo que haja indícios a obrigação do juiz seria rejeitar a denuncia. Porem, no Brasil, por medo da imprensa há juízes que condenam para agradar a mídia. O caso do Lula é um bom exemplo disso, pois o MP não conseguiu provar que o Lula roubou. Não estou defendendo o Lula,, pois acho que ele é culpado,… Read more »
Pois é PACRF;
ultimamente, em Terra Brasilis, parece que roubar pouco é crime! Já, roubar muito, parece que provoca um dó geral.
A meu ver, seja “rachadinha”, sejam milhões, crime é crime e deve ser punido nos rigores da Lei.
A mulher de Cesar, além de honesta, também deve parecer honesta. O “nobre Alte. parece que pecou nos dois quesitos.
Não quer cumprir a pena, não cometa o crime.
“dura ex, sed lex”
Caro Edson. É preciso ler a sentença do juiz e depois o relatório da defesa contestando a sentença. Por outro lado, concordo com você que levaria bastante tempo para queimar 89 mil “gramas de urânio”. Acho que se minha esposa trouxer todo esse “combustível nuclear” para minha casa é porque a família inteira já se contaminou com a radiação
Pois é Camargoer;
sentença de juiz é para ser cumprida! Não é? É um pilar da Democracia. Há, entretanto, outros juízes, em outras esferas que complementarão e/ou suplementarão a sentença original.
Imagina você, se o caso fosse sobre milhões de “gramas de urânio”? Seria então, toda a ascendência e toda a descendência contaminados?
Parece-me que o julgamento continua a cargo dos juízes; conforme as Leis existentes.
Entretanto, o instituto do Habes Corpus está aí, disponível.
Caro Edson. O regime democrático depende do cumprimento da lei, do respeito á soberania popular e da garantia dos direitos humanos. Um regime que tem leis que ferem a soberania popular e os direitos humanos não é democrático. Durante o apartheid na África do Sul, os juízes deram sentenças no escopo de uma lei racista que violava os direitos humanos, portanto eram sentenças anti-democráticas. Outro aspecto que deve ser levado em conta é a existência da segunda e terceira instância como proteção do indivíduo contra erros na primeira instância (coleta de provas ilegais, restrição ao direito da defesa, uso da… Read more »
De acordo com o art. 156 do CPP, cumpre à acusação provar a autoria do fato típico.
Ocorre que, por pressão da mídia e para não se contrapor ao MP há juízes que não encontrando provas da acusação nos autos, preferem exigir que o réu prove a sua inocência. (art 5º, inciso LVII da CF/88).
É chato ver um criminoso se safar, mas é muito pior ver um inocente condenado. Por isso as leis processuais deve ser rigorosamente obedecida pelo juidiciário.
Nesse mundo de tecnologia bélica, ainda mais a nuclear, não existe ninguém “honesto”.
Sempre haverá quem diga “ah mas um erro não justifica o outro”. Pois é. Aí, quem “erra”, tem acesso a todas as tecnologias e desenvolve tudo (Índia, Paquistão, China, Turquia, Coréia do Norte, etc) enquanto os “honestos” ficam chupando o dedo.
A questão não é honestidade X desonestidade, mas sim que quem tem, não quer que o outro tenha. É simples.
O Ministério Público acusa, mas não prova. E, na maioria das vezes, os juízes condenam sem provas para não se contrapor ao MP.
Os advogados de defesa sofrem muito com isso.(na dúvida o juiz condena o réu)
Não trata de rouba mas faz e sim de guerra híbrida.
O Almirante tinha que fazer manobras heterodoxas para poder adquirir materiais e maquinas no exterior pois, havia bloqueios, embargos, não havia interesse que o Brasil desenvolvesse esta tecnologia.
descordamos em muita coisa, mas quanto ao indulto eu defendo, o cara já ta velho, e a tacnologia que ele ajudou a desenvolver não tem preço para esse país, além que podemos melhorar ainda mais o que já temos.
A lei proíbe indulto a condenado por corrupção
Que interessante não sabia disso. Parabéns ao Almirante Othon pelo feito. Existem imagens dessas centrífugas germanicas?
Olá Cláudio. Eu não encontrei as imagens das velhas centrífugas da Alemanha. Mas tem uma sensacional da fábrica de Resende.
Também concordo com o indulto. Se os os meliantes do mensalão e do petrolão estão aí, e que não só fraudaram o tesouro como também traíram o país e as gerações futuras de brasileiros, o Almirante defendeu um programa de estado, vital para a soberania do pais.
Em tempo: Nos anos 80, chegamos a enriquecer urânio ao 20%. Obrigado, Collor e FHC!
A construção das ultracentrifugas não para. Nesta fase almejam 40 unidades.
Hoje náo atendemos nem Angra um com combustível nuclear,compramos Canada. Mais sonho, Othon foi comprovada corrupção, ele náo e melhor que nenhum outro Brasileiro. Usinas são importadas, combustível importado. Onde você vê toda esta sapiência. Ira, Paquistão, índia, Israel…. Começaram depois e estão bem na frente. Precisam choque eficiência.
Olá Salim. Segundo a página da INB/Resende, a fábrica de combustível tem capacidade para abastecer 60% de Angra. Para aumentar esta capacidade, basta construir mais centrífugas. O problema é que Angra I logo irá completar seu ciclo de vida, restando apenas Angra II. Só faz sentido ampliar a fábrica de combustível se Angra III for concluída. Atualmente, a fábrica tem 7 cascatas de ultracentrífugas. Seria contraproducente ampliar a capacidade de produção sem ter usinas comerciais para consumir a produção. Sobre o Alm.Othon, recomendo a leitura do relatório da defesa recorrendo da sentença. Os argumentos da defesa me pareceram bem embasados… Read more »
Chegamos a 60% este ano, era menos. Presidente angra 3 era Othon. Nao teremos combustível pra nenhum projeto, parece brincadeira acadêmica. Senhores outros paises começaram bem depois programa nuclear e estão bem na frente. Hoje tecnologia nuclear e baseado em reator pesquisa USP doado década de 60. O que temos hoje de concreto. Combustível insuficiente para atender demanda básica, o mesmo e enriquecido a 4% O sub precisa 7%. Uma maquete de sub nuc desde década 80 e pela noticia acima terá que ser reabastecido a cada 4 anos e teoricamente em 2033. Precisa choque eficiência urgente,
Caro Salim. Angra III parou porque a Odebrecht faliu, não porque o Alm.Othon foi preso (aliás, defendo o indulto presidencial ao Alm.Othon, é bom reforçar). Há uma diferença entre a quantidade de combustível para os reatores de Angra 1 e 2 e a quantidade necessária para o reator naval da MB. Tomando os dados de Angra 1 como referência ( 640 MWe ou 1,8 GWt, 48 ton U ou 38 kWt/kg U, combustível a 4%, dados da Eletronuclear). Considerando que o reator de Angra 1 funciona por 11 meses e que troca 1/3 do combustível para manter uma média de… Read more »
Discordo de sua afirmação com base neste link: http://www.inb.gov.br/Detalhe/Conteudo/inb-entrega-25-recarga-de-angra-1/Origem/395 A produção da 26ª recarga encontra-se em produção. As recargas de varetas metálicas de combustível nuclear das usinas de Angra I / II atualmente são supridas integralmente pela INB, por meio das sete cascatas de ultra-centrífugas da fábrica que foram dimensionadas de acordo com as necessidades atuais. As recargas de ambas usinas estão dissociadas no tempo, inexistindo a recarga simultânea de ambas as usinas, pelo simples motivo de que elas necessitam paralisar suas operações de geração de eletricidade para a realização dos serviços. Sugiro visitar o site da empresa que contém… Read more »
Leia esta noticia da radio agencia nacional nov/2019 e do Ipem ( esta de 2015 )
https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/acervo/pesquisa-e-inovacao/audio/2019-11/brasil-aumenta-capacidade-de-producao-de-uranio-enriquecido/
https://www.ipen.br/portal_por/portal/interna.php?secao_id=39&campo=4856
Entendi agora o que você quis dizer na sua postagem.
Realmente ainda são importadas quantidades de urânio enriquecido (matéria prima beneficiada), que visam complementar a produção da INB, insuficiente por conta da falta de decisão política em dotar a empresa dos recursos necessários para a construção de novas cascatas de enriquecimento de urânio.
A autossuficiência atual da INB está na produção das varetas metálicas de combustível nuclear e até 2023 também no enriquecimento.
Voce entendeu minha posicao, nao sou contra , reclamo da morosidade, gastamos mais importação do que conclusão projeto. Importamos gasolina, aços especiais, etc.., e temos e exportamos matéria prima a preço irrisório e recompramos industrializado. Pagamos tot para multinacional que nao gera independencia tecnologica industrial.
Caro Salim. O Japão importa combustível. A Bolívia exporta gás. Obviamente, o Japão tem uma condição de vida melhor que a Bolívia. Esse não é o problema. Por outro lado, você tem razão sobre a insustentabilidade de exportar matéria prima e importar bens de consumo de alta tecnologia.
Base economia japonesa e indústria, a nossa base e agrícola e extrativismo mineral. Baixíssimo valor agregado.
Olá Salim. Concordo com você. Outro número mágico que sozinho não faz sentido é o deficit fiscal. Por exemplo, os EUA quase sempre fecham o ano com deficit enquanto a Arábia Saudita tem sucessivos superávits. Eu admiro muito a industria extrativista e o setor agropecuário, mas o país precisa ampliar sua base industrial e a produção e exportação de bens duráveis e química fina (principalmente insumos para a saude). Apenas para comparação, um grama de nanopartículas usadas para combate ao câncer custa US$ 10 mil, enquanto que uma tonelada de ferro custa US$ 100 e uma tonelada de suco de… Read more »
Verdade, não sei se falta pouco ou muito, para termos o SNB, mas acredito que já estamos com mais da metade de cominho andado!
Olá Karl. Concordo. O projeto está bastante avançado, isso considerando toda a urubucubaca. O problema do SN10 para muita gente o ano em que a MB assinou o contrato…
Começou há 40 anos. Se passou da metade só agora, fica meio complicado, não é?
Caro Tom. Sua preocupação seria justificada se a velocidade do programa fosse constante, daí seriam necessários outros 40 anos. Contudo, o programa teve momentos em que ficou praticamente parado e outros que foi prioritário.
Justificativa para o indulto ao Almirante Othon: rouba mas faz.
Olá PACRF. Ele fez. A dúvida é se roubou.
Tem que ler a entrevista do Alm. Othon, segundo ele, cobrou pelo serviço especializado prestado. E diante da prisão pensou em suicídio. Afirma que o Brasil tem a tecnologia da bomba e se preciso, em 4 meses tem um artefato pronto.
Olá Ted. De fato. Ha um artigo colocado por um colega em outra postagem sobre submarinos de um professor da UFSCar sobre a história do programa nuclear. Ele ajuda muito a compreender o contexto do programa e de sua evolução. Além destes documentos, tem que ler a sentença do juíz e o relatório de apelação da defesa. Muitos colegas gostam de metáforas futebolísticas. Eu não. Contudo, eu lembro sempre que se o juiz aparecer mais que os jogadores, há algo errado. Acho que quase ninguém sabe o nome do juiz que ficou no lugar do Moro. Quando a LavaJato ficou… Read more »
Acredito que a notoriedade do caso esta ligado ao renome do acusado. Se for um ladrão de galinhas cai no trivial.
Olá Ted. Outro “notáveis” foram processados antes por outros juízes que continuam desconhecidos (como deve ser). Juízes famosos eram o Lalau e o Rocha Mattos, ambos ficaram famosos porque eram criminosos. Aliás, qual foi o juíz que condenou o Lalau? Qual foi o juíz que condenou a Suzane Richthofen? Marcola? Beira-mar? Champinha? Qual foi o juiz que condenou o ex-governador Arruda (DF) em 2009? Qual foi o juiz que condenou o ex-deputado Hildebrando (que cortava as vítimas com motosserra)? Há uma lista enorme de “criminosos famosos” condenados em primeira instância (e que cumprem pena até agora) mas que desconhecemos o… Read more »
É vero!
Moro foi primeiro juiz que deu golpe roubalheira Brasil. A canalha reagiu e iremos retornar ao nosso atraso habitual.
Caro Salim. Há um óbvio problema com o ex-juiz Moro (aliás, qual o nome do juiz que o substituiu?). Juiz celebridade é uma distorção da conduta.
Pela sua lógica Einstein teria desvio de conduta pois ficou famoso. Precisamos desesperadoramente de um presidente que tente mudar o atual paradigma da lei de Gerson para outro, da lei e da ordem, doa a quem doer.
Ele era funcionário governo, como cobrar do que ele deveria fazer e ja recebendo muito bem por isto???? Grande patriota.
To com você, vejo esta maquete deste fim anos 80. Em termos velocidade e equivalente ao tupi e sbr, alem de ter parar cada 4 anos troca combustível. Com esta grana daria para reequipar forca superfície e fazer mais 4 tikunas atualizados.
Mas em 2008 foi assinado um Contrato e neste contrato está escrito 4 submarinos convencionais e 1 Nuclear.
A parte nuclear não terá ajuda francesa, mas a MB está muito avançada nesta área.
Agora vai, com certeza. Temos que ter um pouco de esperança e confiar na MB.
Previsão 2033, olha desempenho anunciado. Acompanho esta maquete desde 1980. Espero estar errado sobre prazo e que marinha esta escondendo dados, porem os dados mostrados são pífios, AIP entrega mais, com muito menos gasto.
Caro Salim. A MB já domina a produção de combustível nuclear e a construção/operação de reatores PWR. Por outro lado, o Brasil não tem domínio de células combustível. Nenhuma empresa no Brasil sabe fabricar estes sistemas em escala necessária para equipar um submarino. Teria que começar do zero. Provavelmente será mais caro iniciar um programa de tecnologia AIP do zero, como o Brasil teria que fazer, do que concluir a homologação do Labgene e construir um segundo reator para o SN10 (considerando que os demais custos relacionados á base, ao estaleiro já foram feitos). Seria necessário construir um protótipo da… Read more »
Camargoer, podíamos comprar tecnologia sueca que e bem avançada . Os subs deles são menores, se fizemos acordo para submarinos maiores com AIP, ai sim teríamos acesso a tecnologia neste projeto conjunto. Hoje compramos direito fabricar scorpene sob licença, o sub nuc sim, terá relevância porem náo param protelar inicio projeto. Veja programa gripem o biposto sera feito aqui Embraer e com prazo razoável.
Calma , tínhamos planos a 40 anos , agora temos um contrato assinado com os franceses , agora tem um calendário que está sendo seguido , só espero que a China não pulverize mais outros tipos de vírus pra ferrar com as outras economias.
O contrato Franca e para 4 subs convencionais. França não usa scorpene e subs franceses tem outra tecnologia.
Assim vc me deixa chateado , há sim o contrato para a produção do subnucle , a França vendeu o expertise , inclusive há soldadores passando por treinamento na França . Vc está errado .
Contrato e para construção casco e boa parte eletrônica. Terá que ser projetado e produzido aqui a geração energia/vapor nuclear, bem como todo sistema gerenciamento eletrônico. Você citou treinamento soldadores que onde teremos assistência ( triste pois fabricamos Tupi e tínhamos esta tecnologia e foi perdida). O desafio ainda e bem grande.
2033 pronto ? Nao era 2028 ? Brasil e f…
A questão da COVID-19 ferrou com vários planos militares ao redor do mundo. Temos que agradecer ainda por eles terem nos dado uma luz no fim do túnel.
So espero q ate la : 2033 ja venha armado com misseis Balisticos ou de cruzeiro , porq teremos tempo suficiente para desenvolvermos tais armas .
Olá Cleber. Os submarinos nucleares da MB serão equipados com torpedos e misseis antinavio disparados pelos tubos de torpedo. Acho improvável que a MB queira desenvolver misseis balísticos com cargas convencionais para serem lançados de submarinos. Este tipo de míssil balístico só faz sentido se equipado com ogivas nucleares, coisa que o Brasil não fará por força dos tratados assinados.
E, infelizmente, iremos precisar. Isto graças a maus brasileiros que impuseram amarras ao Estado brasileiro ao assinar o TNP e atrasar o desenvolvimento nuclear.
Alguém sabe qual é essa classe de submarinos americanos de 6072 t ?
Dei uma pesquisada e parece que se trata da classe Los Angeles
los angeles.
Deve ser a Virgínia, a mais próxima hoje operacional
Trata-se do primeiro grupo de submarinos classe Los Angeles construídos ainda na década de 1970; os 2 grupos seguintes apresentaram melhorias que elevaram o deslocamento e introduziram 12 silos verticais para mísseis.
Grande, contamos com seu conhecimento.
Alguém saberia informar se a MB seguirá o padrão internacional de nomear a primeira embarcação com o nome da classe?Ou “Álvaro Alberto” será o nome apenas do primeiro submarino?Nesse caso como a classe será chamada?
Olá Allan. Acho cedo para a gente saber isso. O que sabemos é que o numero será SN10 e o nome Álvaro Alberto
“O nome da classe”
Primeiro a gente realmente faz uma classe de Sub-nuc’s, e depois a gente pensa nisso….
Olá Wilber. O USS Interprise foi o único da classe. A Barroso também foi única na classe. O Nautilus também foi único na classe.
E, caso não tenhamos cuidado e não tomemos certas precauções, o Alvaro Alberto vai ser filho único tambem…
Olá Wilber. Isso vai depender mais da MB do que dos próximos presidentes eleitos.
Sim, esses cuidados e precauções que eu me referí são EXCLUSIVAMENTE da MB, essa Força inchada e que gasta 80% do que recebe com pessoas, coisa que já foi extensamente discutido e comentado por essas bandas da Trilogia ( mas não pela própria MB, ao que parece )
Olá Wilber. Concordo com você. A gente já fez diversas comparações, estimativas. Parece que há um consenso entre os colegas que a MB pode reduzir o seu efetivo para aumentar os investimentos em tecnologia. Eu só que reforçar que o maior problema esta no EXÉRCITO, que corresponde a 2/3 do pessoal militar. sendo que os jovens que prestam serviço obrigatório correspondem a cerca de 1% do orçamento. Portanto é necessário reduzir o PESSOAL DE CARREIRA DO EXÉRCITO. Outra coisa, é preciso COORDENAR OS ESFORÇOS, colocando as instituições de pesquisa, educação e saúde na alçada do MINISTÉRIO DA DEFESA. Também são… Read more »
Que as 3 Forças são exemplos do que NÃO fazer com o dinheiro público, isso é fato. Pode vir milico querendo dar carteirada, mas isso não muda a realidade. Mas tambem é fato que é o programa nuclear da MB o mais ambicioso, caro e complexo programa já feito no Brasilistão. Arrisco dizer que esse programa nuclear é o nosso Projeto Apollo. E é justamente por isso que deveria ser a MB a que melhor gerisse seus recursos. Porque, pelo andar da carruagem, e se nada for feito, fica difícil acreditar que o Alvaro Alberto realmente fique pronto lá em… Read more »
Olá Wilber. Também acredito que o ProSub é o maior, mais complexo e mais caro programa militar brasileiro (talvez da América Latina). Ele inclui a fabrica de combustível nuclear, o Labgene, a BSIM, o estaleiro e os submarinos. Sou um entusiasta e admirador do programa. O PMG dos Tupi é outro problema. É preciso lembrar que que a recessão que começou em 2014 (típica do capitalismo) foi ampliada pela crise política, levando a uma queda enorme queda do PIB em 2015 que foi seguida de um período de estagnação e desvalorização do real. Isso afetou a arrecadação e prejudicou o… Read more »
é provável já que os navios feitos pela MB seguem esse padrão
Imagino que sim, já que o Riachuelo é conhecido como classe Riachuelo e não Scorpene
Me chamou a atenção na última tabela as velocidades. A do SN-Br é menor que a dos IKl e do S-Br? Mas o nuclear não deveria ter uma velocidade maior e sustentada para acompanhar um provável grupo tarefa de superfície? Saudações a todos do grupo.
Boa pergunta da qual a resposta tbm me interessa.
Mestre Tomcat,
Com certeza é uma tabela apenas de publico geral. As informações estão censuradas e sigilosas. Veja que até o comparativo expões um “tupi”, sendo que na realidade deveria ser um “Tikuna” que foi o ultimo construído e possui alterações razoaveis sobre o modelo IKL normal…então sequer informações do Tikuna a MB publica…quanto mais sobre o subnuke…o negocio é apenas inferir sobre a potencia instalada…
Esse assunto já foi abordado, pode conferir aqui a matéria assim como os ótimos comentários: https://www.naval.com.br/blog/2018/06/20/prosub-comparativo-tupi-s-br-e-sn-br/
Grupo tarefa PA em combate/ataque tem velocidade de 30 nos em media. ( são Paulo tinha vmax 32 nos ) Com esta velocidade e possível catapultar jatos sem depender da situação vento. Em manobra evasiva esta velocidade e aplicada para evitar ataque sub inclusive.
Talvez seja pq nosso reator será apenas de 48MW. Um classe Rubis francês de apenas 2.600T usa um reator parecido. O Barracuda francês está usando um de 150MW. Nós com 6.000T usaremos apenas um de 48MW. Me corrijam se eu estiver errado.
Mas a tecnologia dos reactores são diferentes os Rubis são reactores com uma tecnologia um pouco atrasada em relação ao PWR do SNBR, os motores eléctricos são diferentes também, se calhar hoje consegues impulsionar um navio de 6000 T com um reactor de 48 MW e 1 MEP de 7MW, o projecto Brasileiro é um pouco mais simples e atende as necessidades da MB.
Prezado, 48MW é a potência obtida no ciclo térmico, grande parte da qual é destinada a suprir a energia necessária para vários sistemas a bordo (inclusive, por exemplo, a propria circulação de fluidos no reator). Deste valor total o disponível para propulsão será, (conforme até hoje divulgado…) 11MW. O Barracuda acredito que disponha , no seu sistema propulsor, algo da ordem de 30 a 40 MW. São dois cascos muito diferentes para funções distintas.
Olá Rommelqe. O reator terá este limite de operação. Provavelmente, ele poderá se deslocar a velocidades menores, demandando menor quantidade de energia. O excedente poderá ser armazenado em um conjunto de baterias (que é preciso ter até para uma situação de emergência em caso de pane do reator). Esta energia armazenada poderá ser empregada junto com o reator para acelerações. A operação conjunta do reator com as baterias poderá disponibilizar uma potência superior ao limite do reator. Aliás, uma observação, “CALOR” é o processo de transferência de energia de um corpo quente para um corpo frio. O reator libera ENERGIA,… Read more »
Desculpe, potencia e o que tira reator, não tem magica . Pelas necessidades de componentes atuais consome boa parte desta energia. O que resulta nas estimativas velocidade para sub, veja também que pelo ciclo de reposição combustível de 4 anos o mesmo não e muito eficiente visto ciclo reabastecimento de outros subs nuc.
Caro Salim. Potência é a quantidade de energia fornecida por unidade de tempo. Esta energia pode ser retirada do reator, das baterias ou de qualquer outro fonte. Esta energia disponível pode ser usada para realizar trabalho em diferentes componentes simultaneamente, desde que não ultrapasse o limite da potência disponível (Primeira Lei da Termodinâmica, ou “conservação da energia”). Trabalho é a transferência de energia por meio de uma força. Calor é a transferência de energia por meio da diferença de temperatura. A direção do fluxo de energia ocorre pelo aumento da entropia total (Segunda Lei da Termodinâmica). Processos irreversíveis ocorrem com… Read more »
Desculpe 48 MW e 11mw eixo e o que existe, se motor elétrico entrega isto só superaquecendo o mesmo para tirar mais potencia eixo. Superando capacidade nominal você diminue substancialmente vida conjunto. Sem baterias e com reator superaquecido teria subir a tona. Lembre velocidade Alta em sub resulta em identificação rápida pelo oponenente.
Olá Salim. Eu não sei qual será a potência do motor de propulsão. O que a gente sabe é que o reator disponibilizará 11 MWe para o submarino, que será dividido entre os sistemas e a propulsão. A maior demanda de energia é na aceleração. É possível usar as baterias e o reator com um sistema híbrido. O reator abastecendo as baterias durante os períodos de baixa demanda (baixa velocidade para reduzir o arrasto e velocidade constante sem acelerações). E nos momentos de maior demanda (principalmente de aceleração) é possível resgatar a energia estocada nas baterias.
Fernando Garcia, a velocidade de SSNs são sigilosas. Colocam velocidades menores que as reais para disfarçar, pelo que me lembro de alguém explicando aqui no blog ano passado. Em outra matéria, não me lembro qual, havia com uma tabela que informava que era maior que 25 nós, eu acho.
Exatamente Tomcat, tratam-se de informações sigilosas a velocidade máxima, profundidade de mergulho máximo, níveis de ruídos e seus sistemas de amortecimento, alcance dos sensores, sistemas de combate, dentre outros.
A divulgação pública destes dados reais não é feita por nenhuma marinha, por motivos óbvios.
Veja potencia reator de sub nuc equivalentes e vera que numero e condizente. Um Los Angeles teria no eixo algo como 26 mw e o nosso em torno 11mw , conforme informado comentário Rommelqe acima. Números serão melhores que 20 nos porem não muito mais.
A velocidade máxima na tabela está “>20Nt”. O quão maior é um segredo. Já vi estimativas que o SNBR fará 24Kt, mas esse é o famoso “quem sabe”.
A questão da velocidade do convencional é que ele atinge tais velocidades com as baterias no talo. Em um par de horas a carga delas voa e o submarino é obrigado a emergir para recarregá-la. Já no nuclear a sustentabilidade de velocidades altas é constante. Já ouvi almirante dizendo que o convencional faz Rio-Recife em 7 dias. No nuclear faria na metade do tempo.
Algumas correcções… A velocidade estimada para o SNBR é de entre 24 e 26 nós, algo que aparenta ser realizável. A velocidade anunciada é de 19/20 nós. Estas discrepâncias existem, seja por “secretismos”; seja por diferentes interpretações das capacidades, assim como da forma como se as tem em consideração, de certo e determinado meio. A sustentabilidade das velocidades num submarino nuclear, em especial o brasileiro, NÃO é de todo constante. São sim melhor sustentadas, durante mais tempo. Isto assim o é, entre outros eventuais motivos, por conta do facto de que não existe exclusividade energética, existe sim a capacidade de… Read more »
Em deslocamento longo você pode navegar superfície ou cota snorkel e mantem esta velocidade. Nosso sub e de ataque não balístico .
Não percebi o que está a tentar dizer.
Submarino convencional so tem desvantagem no quesito abastecimento combustível. Subs convencionais e AIP tem desempenho próximo a nuclear em questão silêncio operacional são até superiores. Como você mesmo exemplificou em outros comentários.
Será um salto e tanto na capacidade defensiva/ofensiva da MB !!!
Estamos avançando, fazer um submarino já não é uma coisa fácil e isso podemos dizer que estamos dominando afinal já produzimos dois tipos de submarinos aqui no Brasil, mas fazer um nuclear a coisa é exponencialmente mais complicada por isso parece esta indo devagar mas o importante é que está andando!
A parte mais complicada que é o know how para desenvolver reatores, bem como o laboratório de transformação de energia já estão bem avançados, quase uma cidade foi construída para o laboratório mas, fica sempre adiando e jogando décadas para frente. Um projeto com 600 projetistas para desenhar peças e pecinhas que são similares aos Subs convencionais e sem uso de pranchetas e tinta nanquin e sim softwares autocads, catías, impressora 3d ou seja, equipamentos de última geração. O projeto que se pode considerar recente que é o motor de dobra juntamente com a nave Chinesa que vai viajar 60… Read more »
O submarino nuclear é uma das coisas mais sofisticadas que a engenharia humana já construiu , esse é sem duvidas o maior projeto de engenharia da história da América latina.
Amigos, nós temos que nos orgulhar disso!
Habilitará, será, deverá, fará, permitirá, está sendo, vai…vai.
Leio isso desde os anos 1980.
Se não me engano, quando assinaram o contrato com a França a previsão de ter o núcleo pronto era 2021…
Esse tempo e dinheiro todo pra fazer um SSN que precisa reabastecer em cada copa do mundo? E que atinge velocidade menor que um diesel-eletrico? Que vergonha!
Não acredito que esse projeto de reator PWR de alta pressão se mantenha. O tempo e a evolução técnica conspiram contra ele. Essa tecnologia nos deu o Naaautilus, decdas atras. Ainda temos o agravante de que esse reator produz uranio, grau bomba, se devidamente concentrado. Ou Plutonio, idem. Isso nos indispõe, criando barreiras e sanções perante os organismos de não proliferação nuclear. A diponoibilidade de compra de tecnologia de reator de quarta geração possibilita redução de custos muito significativos. Além de permitir as operação de um sistema de motorização muito silencioso, que é a varacterística de ouro de um submersível.… Read more »
Mais essa.
Quando concluírem concluirão que o reator não presta.
Ótimo.
Caro Luiz. A fissão do U235 produz o plutônio. Isso ocorre dentro dos reatores de Angra I e II. Todo o combustível nuclear brasileiro é monitorado pela AEIA e pela ABACC. A produção de plutônio não foi problema e não será problema. A aquisição de uma tecnologia nuclear não pode ser empregada para uso militar. O combustível nuclear para o SN10 é produzido usando tecnologia da MB. O reator foi projetado pela MB. Uma tecnologia adquirida possui limitação. Por exemplo, o Brasil tem um laboratório de supercomputação (o Santos Dummont) no qual é vetado o uso para simular qualquer problema… Read more »
Olá Almeida. Segundo os tratados internacionais, o limite de enriquecimento para uso civil é 20% de U235. Produzir combustível acima de 20% requer uma complexa homologação. A MB poderia ter escolhido empregar 19,9%. Por alguma razão técnica, escolheram 7%. O casco do submarino terá uma abertura para o reabastecimento. As usinas de Angra I e II operam durante 11 meses que é seguido de uma parada de 30 dias para reabastecer 1/3 dos combustível e fazer uma ampla manutenção no sistema de geração de vapor e de resfriamento. Nesta parada para reabastecer o reator do SN10, apenas uma parte do… Read more »
Muito bonito no papel, Camargoer. Agora me diga a utilidade militar e a prontidão operacional de uma marinha com um submarino nuclear lento, que de 4 em 4 anos precisa ser docado, com nenhuma escolta?
Caro Almeida. Todos sabemos que UM submarino nuclear é pouco, por isso a BSIM terá condições de ter dois submarinos nucleares em manutenção simultânea, o que mostra claramente que a MB tem a intenção de seguir a produção de submarinos nucleares após o SN10. Há um erro no argumento ao assumir que o SN10 será o único submarino nuclear. Ele será o primeiro. Os submarinos nucleares da MB poderão atuar defensivamente contra uma força-tarefa agressora ou ofensivamente. No cenário defensivo, a força-tarefa agressora pode ter um poder naval menor que a MB, similar á MB, superior á MB ou muito… Read more »
Mestre,
Calma lá, 2.
Intenção de seguir produzindo submarinos nucleares não sei. Não li lacuna ou previsão orçamentária para renovar esse contrato com os franceses.
Submarino defensivo também não sei. Furtivo sim. Arma de guerra sim. Em missão de patrulha sim já que patrulha é o nome da missão.
Frota de submarinos nucleares…o Mestre tá ótimo.
Todo esses cenário 3 hipotético que o Mestre ensina…há capacidade logística para sustentar? Nem orçamentária.
Disse o Esteves.
Olá Esteves. Uma vez conversei com um “ajudante de Papai Noel” sobre a logística. Ele disse que é preciso planejar a cada ano, porque as coisas vão mudando. Perguntei como eles lidam com tanta criança, daí ele disse que no passado era mais difícil porque era tudo na mão (mesmo tendo menos criança) mas depois de quase dois mil anos eles acumularam muitos dados e experiência e desenvolveram um excelente modelo matemático para ajustar o planejamento com os dados que são coletados ao longo do ano. Ele disse que a pior fase foi quando a “Mamãe Noel” inventou de colocar… Read more »
Camargoer,para interceptar uma força agressora vinda do Atlântico Norte,o ideal seria a criação de uma base aeronaval em Fernando de Noronha,semelhante à Pearl Harbor,para que pudesse dar apoio ao submarino nuclear.Caso contrário as operações ficariam muito limitadas se ele precisasse descer toda a costa brasileira para ir à base de Itajaí.
Caro Allan. Uma pequena frota de submarinos nucleares pode atuar em todo o Atlântico sul. Eles têm mobilidade e autonomia. Uma base militar em Noronha é um alvo fixo. Além disso, o arquipélago é mais importante como reserva ecológica do que como base militar. Um submarino nuclear uma vez que sai em missão, pode ficar seis meses submerso (ou mais se for necessário). O limitante é a saúde da tripulação e sua alimentação.
“O limitante é a saúde da tripulação e sua alimentação.” . Cerca de 90 dias em média é que se diz que um submarino seja de propulsão nuclear com tripulação maior ou um menor convencional pode permanecer em patrulha, tendo então que retornar a base ou utilizando uma base no exterior para reabastecer-se de provisões e efetuar uma pequena manutenção ou pequenos reparos se necessário. . E depende de quantas unidades terá essa “pequena frota” para “atuar em todo o Atlântico Sul”. Manutenções de curto ou longo prazo, reabastecimento do reator, treinamento inclusive por conta de tripulantes novos e mesmo… Read more »
Olá Dalton. Obrigado pela correção. Não consigo imaginar o esforço mental e físico de permanecer tanto tempo confinado em um submarino, o que deve ser agravado se estiver envolvido em um conflito. Assim como a maioria, eu não tenho dados suficientes para fazer qualquer estimativa precisa, mas posso assumir que a MB empregou por anos 5 submarinos Tupi, que tem um desempenho limitado em comparação ao submarino nuclear. Além disso, a França emprega 5 submarinos nucleares de ataque classe Rubi, a Inglaterra operava 7 Trafalgar e planeja operar 7 Astute. Parece que o que eu chamo de “pequena frota” de… Read more »
não existemnenhu projeto de submarino de propulsão nuclear não tripulado?
Olá Bueno. Desconheço.
A França tem requerimento para 6 “SSNs” mas os submarinos tem duas tripulações, não exatamente duas para todos os 6, de qualquer forma ajuda a aumentar a disponibilidade e a “Inglaterra” tem requerimento para 7 “SSNs” maiores e com maior tripulação, uma para cada um. . Os EUA tem 50 SSNs e 4 SSGNs e o número irá diminuir significativamente nessa década para recuperar-se na década de 2030 e a Rússia tem cerca de 23 SSNs/SSGNs com uma disponibilidade considerada menor que a da US Navy. . Os “SSBNs” apenas servem para dissuasão nuclear não contribuindo com mais nada então… Read more »
Olá Dalton. Concordo com muita coisas que você escreveu. Discordo apenas da ideia de uma frota mista de submarinos nucleares e convencionais. Defendo que os SBR sejam os últimos submarinos convencionais da MB. Defendo que após o SN10, a MB construa apenas submarinos nucleares para substituir primeiro os Tupi remanescentes e depois os SBR, de tal modo que a partir de 2045~2055 a MB tenha apenas submarinos nucleares, mesmo que seja uma “pequena frota”.
Camargoer,bases navais em ilhas servem como porta-aviões gigantes.Guam,Pear Harbor e Ascensão são exemplos.Uma base naval ali criaria uma camada de defesa extra para o Nordeste.Causa-me surpresa o fato dos militares ignorarem a importância estratégica da ilha,que foi demonstrada inclusive na Segunda Guerra.No mais,o Brasil não precisa de tanta reserva ecológica,se dependesse da minha vontade,Fernando de Noronha seria transformada em um porta-aviões gigante e as demais ilhas do Brasil usadas para testes de armas atômicas,assim como fizeram com o Atol de Bikini.
Allan Lemos, você está sugerindo uma detonação nuclear numa ilha, na costa do Brasil?
Aliás, sobre “ilhas porta-aviões”, Mussolini acreditava que a Itália seria um imenso “porta-aviões”. O ataque a base naval de Taranto, parece que levou ao fundo do mar essa premissa de titio Benito
Meu caro,os EUA têm bases navais no Havaí e em Guam,o RU tem base em Ascensão e em Diego Garcia.Até a China está investindo nesse tipo de base militar ao construir ilhas artificiais.São territórios estratégicos e como eu falei,na prática são grandes porta-aviões.Então deveria sim haver uma base aeronaval em Fernando de Noronha,assim como houve na Segunda Guerra Mundial já que poderia criar uma camada de defesa extra para o Nordeste.
Quanto as demais ilhas,como eu disse,se dependesse de mim elas seriam usadas como campo de testes para detonações nucleares.
O mundo não gira apenas movido por guerras. Fazer testes nucleares em nossas ilhas, desencadearia uma reação internacional que resultariam em sanções e retração de todo investimento estrangeiro. Inclusive da própria China.
Em média prazo, ou seja, rápido, ficaríamos numa situação econômica pior que nosso país vizinho Argentina. País este que você torce que continue falido para que possamos dizer que estamos por cima.
Sim,MMerlin.O que eu propus teria que ser feito no passado,quando o controle sobre armas nucleares não era tão rígido.Mas algum infeliz achou que seria uma boa ideia fazer um acordo estúpido com a Argentina e depois esquerdistas antipatriotas decidiram colocar na CF que o Brasil estava proibido de fabricar armas atômicas e destruiram o nosso programa nuclear secreto.Agora a nossa única chance seria começar outro programa secreto,o que também seria feito no que dependesse de mim.
Os motivos do cancelamento do programa nuclear foram diversos e muitos simplificam o assunto. O que mais influenciou foi nossa situação econômica após término do regime militar. Assim como hoje, a máquina pública tinha custo enorme que a indústria e comércio nacional não conseguiam sustentar sozinhos baseados apenas em consumo interno, dependendo muito de investimento e consumo estrangeiro. Esta situação pode deixar o país vulnerável a pressões políticas e econômicas. E na época, devido ao tamanho de nossa dívida, não estávamos apenas vulneráveis, mas dependentes do mercado externo. Bastaria uma decisão conjunta que veriamos todo tipo de investimento estrangeiro e… Read more »
Uma economia já cambalida… Cambista é coisa foge do contexto, rs.
Mestre, esquece este negocio de arma nuclear. A ciencia já avançou tanto, que qualquer pé rapado pode te-la. E o problema é este…justamente todo mundo pode te-la mas poucos tem juízo em não usá-las. Anos atras, um fisico do IME teve de fazer um almoço junto com o ministro da defesa , um adido americano e embaixador deles, pois eles acreditavam que estávamos voltando a fazer a bomba. Tudo começou por conta dos Estudos deste fisico que descreveu detalhadamente a ogiva de um artefato estratégico americano. A precisão era enorme e somente podia resultar ou de espionagem ou redundâncias de… Read more »
Hoje 5 Tupis , dois pmg sem definição prazo entrega e dois na reserva pois não tem verba para pmg. Teoricamente um operacional. Você acredita em 3 Tupis , 4 scorpene long neck e 2 sub nucs. Nao sejamos ingenuo. Ate hoje Atlântico não tem helis ataque nem sistema de defesa de ponto atual e eficiente. Mandamos OPV exterior sem radar defesa.
Caro Salim. Já discutimos bastante essa questão dos Tupi, mas é sempre importante retoma-la. È um fato que em 2014/2015 a economia brasileira entrou em um processo de recessão que foi ampliado pela crise política. A expectativa de retomada da atividade econômica foi frustrada e o após o ciclo de recessão, o Brasil passou por um processo de estagnação (crescimentos trimestrais sucessivos do PIB em torno de 1%). Isso refletiu na arrecadação. Os pagamentos dos financiamentos externos foram ainda mais prejudicados pela desvalorização do real. Neste contexto, a prioridade da MB foi concluir os quatro SBR (decisão acertada). Concluir os… Read more »
Sob estes pontos, é mais ou menos isto mesmo. Não seria um sonho tão grande ter 4 a 5 Tupis navegando uns 10- 15 anos junto com os scorpene.
Ter 9 subs e um Subnuke em construção seria excelente
A maioria dos submarinos são docados de meses em meses, que dirá anos.
Se o trabalho da troca do combustível for mais rápido do que ocorre com SNs de outros países, qual o problema?
Velocidade é informação sigilosa.
> 19 knots. Pode ser 20, pode ser 30, pode ser 40…
Como trocar pneu de F1. Nos anos 2010 faziam em 5, 7 segundos. Em 2020 fazem em 1, 2 segundos.
Nunca fizemos. Pagaremos o tempo do aprendizado.
Ninguém ensina ou vende tecnologia de propulsão nuclear.
Sim, coube aos cientistas e engenheiros brasileiros vencer as diversas curvas de aprendizado, que propiciaram o domínio das tecnologias necessárias.
Não existe almoço grátis.
Luís, é exatamente isto >19 e…
Como já dito por alguém acima, essa e outras informações são sigilosas.
Ainda, a velocidade do submarino é fortemente afetada por dois fatores:
Correntes marítimas a favor ou contra;
Necessidade de não produzir nenhum ruido estando próximo ao inimigo.
–
Declarar que um submarino pode alcançar grandes velocidades não significa nada.
–
Declarar que um submarino pode ser extremamente silencioso significa tudo…
…SILÊNCIO é esta característica que pode fazer nossos subs convencionais ou nucleares serem muito melhores que os adversários e não a inconstante e incerta velocidade para submarinos.
Srs
Jovem Almeida
Considerando o fato de ser o primeiro subnuc e o primeiro reator aqui desenvolvido, o SNBR será mais uma ferramenta de desenvolvimento que um equipamento plenamente capaz para ações militares. Será uma versão tupiniquim do Nautilus. Portanto, é mais lógico tratar o SNBR como um protótipo que resultará, após um período experimental, num projeto de um subnuc que tenha, realmente, utilidade militar.
Assim, a questão da recarga a cada 4 anos não é um grande problema, pois provavelmente o sub terá muitas paradas para avaliação e testes.
Sds
Se ele trabalhar 4 anos e passar seis Meses na recarga está ótimo
Aprendizado.
Mestre,
Calma lá. Sendo impossível prever sua posição em velocidade de cruzeiro…cruzeiro…uns 15 nós?
O submarino é barulhento, emite calor.
Os debates concluíram que o submarino nuclear foge mais rápido. Pode ser 4 ou 5 vezes mais rápido que o convencional?
E que leva vantagem no tempo de espera…quando está quietinho.
Tá ok?
Moveu, morreu,
Camargoer Um submarino convencional precisa de ser reabastecido após 30 dias? Não, não precisa. Um U-214 pode permanecer no mar por até 84 dias, com tripulação mínima e correcto racionamento das suas necessidades. Só pode é ficar imerso por um máximo de 3 semanas. Ao contrário dos virtuais e potenciais meses de um nuclear, o que normalmente, no entanto, não o fará, a menos que em caso de absoluta necessidade. Um submarino nuclear não é necessariamente assim tão mais rápido que um convencional como um U214, a diferença está na capacidade de sustentar essa mesma velocidade. Teoricamente um U214 atinge… Read more »
Olá P99. De fato, todos os veículos demandam muita energia nos processos de aceleração (aumentar a velocidade, diminuir a velocidade e mudar de direção). Para manter uma velocidade constante, é preciso energia para vencer o arrasto. Você tem razão sobre a autonomia dos submarinos convencionais, que pode ser maior que 30 dias dependendo das condições de operação. Talvez o maior limitação dos submarinos convencionais seja a autonomia submerso sem o uso de snorkel, algo entre 3 e 4 dias. Considerando tudo, as vantagens operacionais do submarino nuclear são muitas sobre o convencional. O seu problema é o preço de construir… Read more »
Um convencional com AIP, como o 214, permanece imerso por até três potenciais semanas a uma velocidade comum tanto para nucleares como convencionais quando pretendem permanecer furtivos, entre 5 e 7 nós, pouco mais. Não faço comparações com o Riachuelo, em parte porque já o fiz em recente matéria, por outro por conta do facto de que este não conta com AIP. Um U214 também navega a maiores profundidades tanto em relação ao nuclear brasileiro, como também por exemplo que o Los Angeles. O que se conclui é que existem vantagens no nuclear, mas nem tudo o são, nem todas… Read more »
Caro P99. Concordo com quase tudo o que você escreveu. Há um outro contexto que merece ser mencionado no caso do SN10. O Brasil domina a tecnologia de fabricação do combustível e do reator, mas não domina a tecnologia de células combustível. Não faz sentido para o Brasil hoje abandonar a tecnologia nuclear para recomeçar do zero a tecnologia AIP. Talvez para um país que esteja considerando subir um patamar acima do convencional, seja o caso de investir no AIP. Para o Brasil, o mais adequado é concluir o SN10 e prosseguir com o SN11, SN12…