O Exército de Libertação Popular da China (PLA) lançou no dia 26 de agosto vários mísseis balísticos antinavio no Mar do Sul da China em um exercício militar, informou a mídia estrangeira. Os lançamentos de mísseis, se verdadeiros, demonstraram a capacidade do PLA de atingir alvos marítimos com poderosos mísseis balísticos de várias direções em ataques coordenados e saturados contra os quais não há defesa, disseram analistas na no dia 27 de agosto.

O meio de comunicação americano Bloomberg relatou na quarta-feira, citando um oficial de defesa anônimo dos EUA, que a China lançou quatro mísseis balísticos de médio alcance no Mar do Sul da China.

Como parte de exercícios militares mais amplos, os mísseis caíram no mar em uma área entre as ilhas de Hainan e Xisha, no sul da China, de acordo com a reportagem.

Os exercícios do PLA estão sendo realizados nas águas de segunda a sábado, de acordo com um aviso de restrição à navegação divulgado pela Administração de Segurança Marítima de Hainan nesta sexta-feira, que não deu maiores detalhes sobre os exercícios.

Citando uma fonte anônima “próxima aos militares chineses”, o South China Morning Post com sede em Hong Kong afirmou que a China lançou um míssil DF-26 da província de Qinghai no noroeste da China e um míssil DF-21D da província de Zhejiang no leste da China para o sul da China Mar na quarta-feira de manhã.

O PLA não havia confirmado os lançamentos até o momento.

DF-26
DF-21D

Os chineses DF-26 e DF-21D são os primeiros mísseis balísticos do mundo capazes de atingir navios de grande e médio porte, o que lhes valeu o título de “matadores de porta-aviões”, disseram observadores militares.

Song Zhongping, um especialista militar chinês e comentarista de TV, disse ao Global Times que o uso de diferentes mísseis lançados de diferentes regiões no ataque a alvos na mesma área mostrou a tática do PLA de ataque de saturação.

A China pode usar diferentes maneiras de atacar um ou mais alvos ao mesmo tempo, de modo que o inimigo não será capaz de interceptar esses ataques, disse Song, observando que, apesar da capacidade de defesa aérea dos porta-aviões dos EUA, eles não podem se defender contra mísseis balísticos.

Um especialista militar baseado em Pequim disse ao Global Times, sob condição de anonimato, que o ataque coordenado também mostrou que a China tem um sistema completo para detectar, rastrear e travar em navios inimigos. O sistema, que possivelmente consiste em aeronaves de reconhecimento, radar, satélites e navios de guerra entre outros, pode direcionar e coordenar mísseis para localizar alvos marítimos em movimento, para que possam ajustar suas trajetórias ao iniciar os ataques finais após a reentrada.

Na manhã do dia 26 de agosto, no horário dos lançamentos de mísseis relatados, os EUA enviaram um avião de detecção de mísseis balísticos RC-135S ao Mar da China Meridional. Analistas militares chineses especularam que os EUA acreditavam que o PLA lançaria mísseis balísticos antinavio como o DF-21D ou o DF-26 nos exercícios.

Alcance dos mísseis balísticos antinavio da China

Fu Qianshao, um especialista em aviação militar chinês, disse ao Global Times na época que a China é o único país que possui a tecnologia para desenvolver mísseis balísticos antinavio, e os EUA estão ansiosos para aprender sobre os métodos da China.

Algumas reportagens exageraram na “ameaça da China” no Mar do Sul da China, mas foram os EUA que enviaram porta-aviões e aviões espiões para a região, o que traz instabilidade, observaram analistas.

Em julho, um grupo de ataque duplo de porta-aviões dos EUA, com o USS Ronald Reagan e o USS Nimitz, conduziu exercícios no Mar do Sul da China. O USS Ronald Reagan voltou a entrar no Mar da China Meridional em 14 de agosto, após navegar no Mar da China Oriental, próximo à ilha de Taiwan, de acordo com o monitoramento do think tank baseado em Pequim, o South China Sea Strategic Situation Probing Initiative.

Os Estados Unidos também enviaram aviões espiões perto da China para reconhecimento.

O porta-voz do Ministério da Defesa chinês, Wu Qian, disse em uma entrevista coletiva regular na quinta-feira que os recentes exercícios militares chineses são rotineiros e não têm como alvo nenhum país.

Local de queda dos mísseis em vermelho na parte inferior do mapa. Nas imagem de satélite, a fumaça deixada após a queda dos mísseis balísticos no mar

FONTE: Global Times

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ednardo curisco

Todos os porta aviões do mundo devem estar sendo monitorados 24hs/dia pelas principais superpotências.

estariam entre os primeiros alvos.

Assim co0mo também monitora-se todo e qualquer objeto que decole com cara de míssil balístico.

Aí, é força bruta: máximo de ataque com máximo de defesa.

O ataque às refinarias árabes ano passado com drone mostraram como é difícil se livrar de ataques de saturaçã. por outro lado, é mais fácil acertar um alvo parado.

Difícil é monitorar submarinos

Alessandro Vargas

E ainda tem gente que questiona a estratégia brasileira dos Sub nucleares…

Renaldinho

Brazil does not have nuclear weapons. It is a pity not to have a strong army,
Brazil is the United States’ younger brother in military security. Brazil must become an independent nuclear power like India and Pakistan. The 1950s and 1980s in the last century were the best opportunity to develop nuclear weapons. Unfortunately, Brazil does not know the importance of nuclear weapons. Only the nuclear and military powers in this world can gain a higher status.

Luiz Trindade

Mr. Renaldinho,

Brazil not need nuclear weapons. Need more money in education, health and infrastructure. Do not be deceived… USA will not take chances for Brazil.

Paulotd

Contra submarinos não tem o que fazer mesmo.

Eu acho que os porta aviões estão com os dias contados, mesmo se um míssil desse tiver uma margem de erro alta, uma ogiva nuclear ainda faria um tremendo estrago..

Dalton

Aparentemente ainda não estão com os dias contados em vista de
tantos novos que estão surgindo, mas, o NAe não deve ser visto como uma “bala de prata” e sim como uma opção a mais, inclusive em cenários mais amenos e atuando com outros meios.

ednardo curisco

Concordo. Porta aviões é uma arma de projeção de força, coisa que outras ainda não fazem.

E quantas forças armadas estão preparadas para enfrentar um grupo de Porta aviões chinês ou dos EUA? 3? 4?

E qualquer conflito estes players cairá para o campo nuclear, onde a regra não é como as de judô. está mais para massacre da serra elétrica

Jacinto

Mas se começarem a usar ogivas nucleares neste tipo de míssil, também vão começar a usar ogivas nucleares nos misseis anti-misseis (como, aliás, faziam antigamente).

Caio Cipriano

Se estamos considerando uso de armas nucleares, então temos um problema muito maior do que acertar porta aviões, não acham? Estamos falando das grandes cidades sendo destruidas também.

ednardo curisco

qualquer conflito que descambe para uso de armas químicas, biológicas ou nucleates resultaria em destruição total. Não vejo cenários de uma grande guerra convencional entre potências nucleares

Joao Moita Jr

Especialmente o Kilo Class da Rússia. Lembram quando “brotou” um, bem no meio de um exercício da OTAN no Mediterrâneo, e depois sumiu??? Ficaram procurando ele depois por 7 dias, e nada…?

Last edited 3 anos atrás by Joao Moita Jr
Dalton

Apesar do “Kilo” a US Navy e outras marinhas continuaram transitando pelo Mediterrâneo e também indo para ou retornando do Mar Arábico cumprindo suas respectivas missões.

Nilson

Concordo, nenhuma arma é imbatível. Mas o segredo é fazer o inimigo se preocupar imensamente com a defesa contra a arma, reduzindo seu potencial ofensivo.

nonato

Trump tem que passar o rodo rápido.
Quem compra guarda chuva ou bugigangas chinesas financia o imperialismo chinês.

Jacinto

Misseis balísticos são mais fáceis de detectar por meio de satélites devido à assinatura IR que eles geram: uma enorme assinatura IR, movendo-se para cima e alta velocidade = míssil balístico.

ednardo curisco

Grato pela explicação.

Acho que o maior risco são mísseis de médio alcance para saturar o alvo

Tutu

O problema é abater….

Jorge

Resposta inteligente. Os porta aviões foram poderosos na década da 2° guerra mundial. Hoje são grandes pesados lentos, exigem uma frota de navios ao redor. São alvos fáceis para os temíveis mísseis DF-21 e DF-26 hipersonicos que os EUA ainda não possuem. Sistema de navegação chinês tem precisão de 10cm e o GPS americano 30cm, Os anti mísseis americanos não vão conseguir abater todos os mísseis hipersonicos chineses por saturação. A esquadra de navios de guerra da China ultrapassou a dos EUA 2019, com mais tecnologia embarcada, com mísseis e sistemas de interferência em comunicações do inimigo. Os EUA terão… Read more »

Jonathan

Os EUA tem meios de interceptar estes misseis? Seria simples assim afundar?

Jacinto

É um míssil balístico, e os EUA, em tese, têm defesas contra misseis balísticos. Ninguém sabe se funciona, nem os misseis balísticos (por funcionar, entenda, acertar um alvo que manobra), nem as defesas contra misseis balísticos.

Joao Moita Jr

When you’re right, you’re right??

ednardo curisco

cada míssil destes pode levar pelo menos 1 dúzia de ogivas

gordo

Os EUA enfrentaram se prepararam para enfrentar o formidável Tu 26 e tudo que ele carregava entre armas e eletrônica, no que seria um ataque de saturação. Felizmente nunca houve um confronto que colocasse a prova a eficiência dos lados envolvidos. Acredito que não será diferente com os Chineses, os EUA desenvolveram uma doutrina em tese adequada para lidar com a arma (se é que ela entrega o que promete). No quesito financeiro a China leva vantagem já que esses mísseis (se funcionarem) a um custo relativamente baixo tiram de operação algo de valor quase inestimável.

Cristiano de Aquino Campos

Pelo que sei os sistemas de misseis anti-balisticos dos destroires foram projetados para interceptar os misseis em quedas de forma perpendicular. Ou seja um missil pessando pelo navio a caminho de uma cidade. Não sei se o desempenho seria o mesmo no caso de misseis indo se encontro aos navios.

PACRF

A “batalha” dos EUA contra a China se desenrola em um ambiente muito mais complexo: a economia.

Last edited 3 anos atrás by PACRF
Joao Moita Jr

Sim há como interceptar. Mas o problema é a mencionada saturação. Mesmo que se abatam 5, 6 ou até 8, em uma salva de 24 mísseis não adiantaria nada.

Last edited 3 anos atrás by Joao Moita Jr
Allan Lemos

Sim,os SM-3 e SM-6 equipados nos cruzadores da Classe Ticonderoga e nos Destroyers da Classe Arleigh Burke.Os SM-6 foram especialmente desenvolvidos para interceptar mísseis balísticos já em sua última fase,quando estão a poucos segundos de atingir os alvos.

Tomcat4,2

Agora sim os PA’s de “adversários” chineses teem que ficar de olho pois uma saturação com mísseis desta forma(sabe se lá quantos lançados ao mesmo tempo) pode detonar não apenas o PA mas as escoltas tbm, uma bela sacada dos chineses.

Jacinto

Mas acerta? Quantas vezes vimos misseis balísticos acertarem alvos manobráveis?

Flanker

Que eu saiba, nenhuma vez….

Tomcat4,2

Não vimos mas, saturação significa vários misseis ou foguetes ao mesmo tempo e nisso haja defesa pra interceptar todos, entre tantos sempre passam alguns.

Jacinto

A questão não é esta Tomcat. Todo míssil apto a atingir um alvo manobrável e em movimento precisa de guiagem terminal. Isso porque um navio navegando a 40km por hora, em 15 minutos (tempo de duração de voo de um míssil balítisco) pode estar em qualquer lugar em um círculo com área de 314 km2 (pi* R2). Ou seja, tomando a praça da Sé como origem, em 15 minutos um navio pode estar em São Caetano do Sul em Osasco ou em Guarulhos. O problema é que um míssil balístico tem velocidade terminal de 5km/s e nesta velocidade forma-se o… Read more »

Carvalho2008

Osasco não heim!!!?? Deixa a cidade linda quieta

Jacinto

Frequentei muito a Cidade de Deus!

Daniel

Há um erro de raciocínio em seu comentário o blecaute causado pelo plasma só acontece por alguns segundos durante a reentrada das ogivas durante todo o vôo do míssil ele é perfeitamente manobravel e pode receber atualizações do alvo, os poucos segundos que ele fica sem contato com vetores externos ou sem o uso de seus sensores pode ser compensada com inteligência artificial que calcularia o quanto o alvo se deslocou nos segundos de blecaute e onde o alvo estaria no momento do impacto das ogivas.

Jacinto

O blecaute ocorre em virtude do atrito. Depende, portanto, de velocidade e densidade. A maioria dos veículos de reentrada, especialmente os nao militares, realiza manobras durante a reentrada para desacelerar, seja acionando seus motores, seja expondo o seu angulo menos eficiente aerodinamicamente, ou os dois, entao a duração do blecaute tambem depende da forma. Mas nas espaçonaves Geminis, por exemplo, o blecaute durava em torno de 4 minutos; nas Apolos entre 3 e 6 minutos a depender do angulo de reentrada.

Daniel

Outro erro de conceito. Os motores das Apolos ou das Gemini eram usados para sair de órbita, para cada altitude que se queira colocar um objeto no espaço é necessário uma velocidade orbital específica, quanto mais alto o objeto maior a sua velocidade orbital, reduzir essa velocidade até o abaixo do nível de escape da gravidade terrestre era trabalho dos motores mas a maior parte ficava com o atrito com a atmosfera por isso naves como a Apolo que vinham de lugares distantes como a Lua tinham velocidades de reentrada absurdas obrigando a angulos de reentrada quase horizontais, algumas técnicas… Read more »

FABIO GUILHERME LOUZADA MARTINELLI

Perfeita explanação

Cristiano de Aquino Campos

Por isso que tal guerra nunca irá acontecer entre as grandes potências. Chuva qurbmolha chico, molha francisco, vem ne mim que vou em você.
Tudo os que os EUA podem fazer aos Chineses e Russos eles podem fazer aos EUA. foi disso dai que saiu a guerra fria que basicamente foi travada em 2 frentes:
1-guerra econômica.
2-guerra de procuração, ( terceiros países lutavam com incentivo e apoio de um ou outro).
Sendo que econômicamente falando, a China esta muito mais forte e difundida que a união soviética jamais foi.

Cristiano de Aquino Campos

Se bem que um PA não e a coisa mais manobravel do mundo. Lembrando que esses misseis tambem são manobraveis e devem ter algum sistema de orientação terminal, tipo radar ou são guiados via rádio por avião, satelite e etc.

Antoniokings

A morte vem do espaço.
Muito difícil, quiçá impossível se defender de um ataque desse tipo.

Heinz Guderian

Realmente é uma carta na manga que os chineses possuem, não dúvido que os americanos possam abater alguns, entretanto num ataque de saturação sempre passa alguns mísseis o que pode ser falta para os PA. E segue o jogo de xadrez militar..

Heinz Guderian

fatal*

Flanker

Na outra matéria, e nessa mesma, divulgam que foram 2 mísseis…..e nessa, no começo, falam que foram 4……em todo caso, ataque se saturação subentende vários e vários mísseis, não 2, 3 ou 4. E ainda fica a questão da precisão desse tipo de míssil. É válido? Pode ser……mas, parece muito mais uma peça se propaganda com termos superlativos, tipo matador , assassino ou qualquer coisa do tipo. E o engraçado da midia estatal chinesa (aliás o único tipo de mídia da china) é que eles sempre usam “analistas”, “observadores”, etc….mas, nunca citam os nomes. Mídia controlada pelo Estado é tão… Read more »

Last edited 3 anos atrás by Flanker
Defensor da liberdade

Ah tah, por que a China fritaria tantos mísseis, se os 4 que ela lançou já deixaram os EUA de cabelo em pé?

Flanker

Quem disse? Você viu eles de cabelo em pé ou foi o global times que te contou…..quanta bobagem vcs engolem….

leonardo

Ficaram com tanto cabelo em pé que mandaram um avião espião que sabia que ia ser detectado de proposito no meio do exercício dos china ?

Topol

A meu ver a maior dificuldade é conseguir comunicar com a ogiva em fase de reentrada a mach 10, pois como já é de conhecimento de todos em altas velocidades hipersônicas, as moléculas se separam produzindo um plasma eletricamente carregado ao redor do objeto e grandes variações na densidade e pressão do ar ocorrem por causa das ondas de choque e expansões criando uma “camada’ elétrica que distorce e impede a comunicação para correção de trajetória em fase terminal, ou seja, ou os chinas dominam um método de contornar este fenômeno ou seus petardos balísticos anti navios só são eficazes de verdade com cargas… Read more »

Matheus S

O Iskander tem uma velocidade terminal de cerca de mach 6 e é capaz de usar a orientação terminal de maneira adequada assim como o Pershing II, mach 8, tecnologia dos anos 70. Os ICBMs e IRBMs modernos são guiados por GPS (é assim que o DF-21 obterá a orientação no meio do percurso), como Iskander e Pershing II funcionam com sua orientação em números mach altos na fase terminal – a diferença é que o DF-21 irá funcionar na velocidade terminal de mach 10. Os desafios que você delineou claramente já foram resolvidos décadas atrás pelos sistemas de armas existentes.  No voo… Read more »

Jacinto

EU tenho a impressao de que Pershing II não tinha velocidade terminal de mach 8. Esta era a velocidade maxima, que é alcançada quando o veiculo de reentrada esta no midcourse. Quando o veiculo de reentrada do pershing ii atingia determinada altura (que e informação classificada) ele iniciava manobras para reduzir sua velocidade (pull up) e o radar era ativado depois das manobras, quando o veiculo de reentrada ja estava em velocidade bem menor. Mas quando se diz que o Pershing ii era manobrável, nao se quer dizer que ele se comportava como um míssil de cruzeiro fazendo curvas e… Read more »

Matheus S

Foi feito um teste em um Pershing II carregando uma ogiva de 880 lb, onde a velocidade chegou a Mach 9. O atual LGM 30G Minuteman III tem uma velocidade de aproximadamente Mach 23, ou seja, 28176 km/h ou 7 km/s) na fase terminal. As ogivas reentram na atmosfera a altíssimas velocidades(hipersônicas), onde no estágio intermediário foi necessário atingir tais velocidades. A menção ao Pershing II e ao Iskander é em função de que não existe um sistema semelhante ao DF-21D operacional no momento, tenho que usar exemplos com mais semelhanças possíveis para afirmar que o problema de orientação já foi… Read more »

Matheus S

pois o alcance do DF-21 é intermediário”

Correção, de médio alcance – MRBM.

Jacino

Matheus, vc esta com o que chama de wishful thinking. A trajetoria dos misseis balisticos e dividida em tres fases. A ascenção, o midcourse a fase terminal. As velocidades máximas – que sao as que voce cita – ocorrem no midcourse. Mas o midcourse acontece no espaço, onde nao há atmosfera e onde não há atmosfera não há plasma sheath, que ocorre em virtude do atrito do veiculo de reentrada com os gases que formam a nossa atmosfera. A velocidade que importa para verificar existência de plasma sheath nao e aquela midcourse, e a velocidade da fase terminal do voo… Read more »

Matheus S

Você está enganado. Primeiro – Quando se fala em “velocidade máxima” de um ICBM, é quando o mesmo atinge a máxima velocidade em qualquer fase, e essa velocidade máxima só é atingida na fase terminal de voo. Portanto, essa informação não é classificada. Ela é amplamente disponível. A velocidade do início da reentrada é basicamente a velocidade máxima de voo. Segundo – A midcourse termina quando o veículo começa a reentrada na atmosfera, e no início da reentrada já começa a fase terminal de voo para ICBMs e é nessa fase que o míssil atinge as velocidades máximas conforme o… Read more »

Daniel

Gastei meus dedos atoa refutando o cara la em cima e vc já tinha feito isso brilhantemente aqui em baixo.

Matheus S

Pois é. Fazendo um adendo ao seu comentário lá em cima, um bom modo de observar esse apagão é nas missões espaciais dos EUA. Para os programas espaciais Mercury, Gemini e Apollo, esses blecautes de comunicação duraram vários minutos. Gemini II, por exemplo, suportou esse blecaute por quatro minutos, começando aos 9 minutos e 5 segundos de voo. Para se fazer uma análise primária, deve-se observar esses programas espaciais. O blecaute de comunicação realmente ocorre apenas em certos segmentos e fases de reentrada e a geometria do veículo também desempenha um grande papel. Um conceito que algumas pessoas examinaram para vencer o… Read more »

ITALO JORGE DE SOUZA

uma piada chinesa: mísseis “balísticos” contra navios???Se ao menos fosse um míssel inteligente, mas um míisseil balístico?? Tô doido pra ver a marinha chinesa x marinha americana…Seria brincadeira…kkkkk

Gabriel BR

Fantástico! Cada vez mais as forças estratégicas de misseis mostram seu valor.

Foxtrot

Vi uma reportagem explicando como o DF-21 atinge velocidade hipertônica, e achei muito interessante a solução adotada pelos chineses. Ao ser disparado, o DF-21 boa para estratosfera atingindo o espaço sideral, depois ele se inclina e faz uma reentrada da atmosfera já com velocidade hipertônica. Para atingir o navio ele usa coordenadas geo referenciadas (se não me engano). Ou seja, com o projeto SARA orbital e seu escudo de calor (para reentrada na atmosfera), o Brasil teria todos os conhecimentos para transformar o VSB-30 ou Sonda V por exemplo em um “DF-21” tupiniquim. Porém os “gênios” de plantão comandados pelo… Read more »

Marcelo

Pergunta: os mísseis standard SM-6, que possuem capacidade de interceptação balística, e que estão sendo instalados nos destróieres Arleigh Burke, teriam condições de abater esses mísseis chineses ?

Jacinto

Em tese sim porque o SM-6 é para a fase terminal de misseis balísticos, mas se vai funcionar… so Deus sabe.

Victor Filipe

Se a China usar armas nucleares para destruir uma esquadra americana, ela vai abrir a caixa de pandora e dar precedente para os EUA responder com armas nucleares também.

ou vocês esperam que os EUA vejam a morte de mais de 6 mil homens de uma esquadra e fique por assim mesmo?

Renaldinho

Os mísseis DF-21d e DF-26 não precisam carregar ogivas nucleares. Eles têm a capacidade de afundar porta-aviões americanos. A China afundou o porta-aviões americano. Os Estados Unidos usarão armas nucleares contra a China? A China tem 2.000 ogivas nucleares. A China também pode destruir os Estados Unidos. A China é uma potência nuclear legal. A China tem uma área territorial de 9,6 milhões de quilômetros quadrados. Possui uma grande quantidade de recursos de urânio. Se confrontado com a ameaça de guerra nuclear. A China pode aumentar suas ogivas nucleares para mais de 6.000 a qualquer momento. As guerras nucleares entre… Read more »

Jacinto

Certamente. A questão e apenas saber se o uso de armas nucleares pararia nas ogivas táticas ou se elas acabariam descambando para o uso das ogivas estratégicas.

leonardo

Não vai ter uso de arma nuclear de nenhum dos 2 lados os cara sabe que isso só vai mata td mundo e ngm vai ganhar nada com isso

Renaldinho

Os exercícios militares do porta-aviões dos EUA no Mar da China Meridional pioraram a situação. O espião dos EUA não deve realizar reconhecimento na China. Suponha que um porta-aviões chinês vá ao Havaí para exercícios militares, Suponha que um avião espião chinês voe para os EUA Pearl Harbor para patrulhar os militares americanos. Como os militares americanos se sentirão? O hegemonismo americano é a causa da turbulência no mundo. O ato imperialista dos Estados Unidos é mau.

Last edited 3 anos atrás by Renaldinho
horatio nelson

esse missil “ASSASSINO” é inocente até q se prove o contrário !

Fabio Araujo

Esses mísseis tem algum sistema de orientação final para correção da rota para que possa atingir um alvo móvel?

Matheus S

Na fase terminal de reentrada, o DF-26 tem apenas o sistema de orientação inercial. Com o desenvolvimento da variante ASBM, contará também com a orientação terminal, o que aumentará ainda mais a precisão do míssil.

O DF-21D como é um autêntico ASBM, conta com um sistema de orientação terminal, e assim como o DF-26, o DF-21D contará com uma gama de sensores externos que informará a localização do alvo(móvel ou fixo) antes da reentrada na atmosfera.

Fabio Araujo

Então essa primeira versão não é tão mortal assim pois você calcula uma previsão de onde o alvo vai estar, mas se esse alvo mudar de rota e/ou de velocidade ele vai errar! Mas se conseguirem desenvolver esse sistema de orientação a coisa muda de figura e ele será mais preciso!

Matheus S

O DF-26 não precisa tanto assim de calcular a localização do alvo, pois esse míssil atende a uma demanda em atacar alvos fixos, mais precisamente bases militares dos EUA no Pacífico, o que inclui Guam. Antes da reentrada, o DF-26 estará recebendo informações da posição do alvo dos satélites de retransmissão, assim como outros sensores externos e na reentrada usará o sistema de orientação inercial, nesse caso não tem razão de errar o alvo, pois estará acompanhando a velocidade da superfície da Terra, é um sistema semelhante aos ICBMs modernos. A versão ASBM do DF-26 está em desenvolvimento, pois eles… Read more »

Lucas

Sensacional.
Obrigado pelo seu comentário. Muito esclarecedor.

Matheus S

Grato por colaborar. Mas eu preciso fazer uma correção no comentário.

O DF-21A, por ser de uso estratégico, é aquele que conta com apenas orientação inercial para atacar atacar alvos estratégicos como bunkers e silos(precisão de 50-100 metros).”

O DF-21A é mais antigo, os sistemas mais modernos de mísseis balísticos é que contam com o sistema guiado por GPS.

Renaldinho

Os aviões espiões dos EUA deveriam parar de provocar a China. Os mísseis de defesa aérea chineses podem derrubar aviões espiões a qualquer momento. A China abateu 5 aviões espiões americanos U2 entre 1960-1970 (na época, os pilotos taiwaneses realizavam o reconhecimento norte-americano de instalações nucleares chinesas). Estes são os destroços do avião espião U2 exposto no Museu Militar Chinês.

Renaldinho

Os aviões espiões dos EUA devem parar de fazer reconhecimento na China. É fácil para a China abater espiões. Estes são os destroços do avião espião U2 de Taiwan exposto no Museu Militar Chinês.

leonardo

As coisas mudam eu duvido que a China tem coragem de abater algum avião dos Eua seja espião ou não na atual situação que ela se encontra Arrumando briga com td mundo que ta ali proximo

Zorann

Na minha opinião: a China deve sim possuir está capacidade que alegam ter. É o pensar fora da caixinha.

Isto tudo é o que vem a público. Muitas coisas que desenvolvem, não devemos nem ficar sabendo.

Tomcat

O que me chamou a atenção foi que um deles foi lançado lá do interiorzão da China. Eles podem lançar esses mísseis de qualquer parte do país, tornando quase impossível monitorar a movimentação e posição deles.

Allan Lemos

Um strike group típico tem entre 6 e 10 destroyers mais 1 ou 2 cruzadores.Um Arleigh Burke tem um VLS Mk 41 de 90 células,um Ticonderoga tem dois VLS Mk 41 de 60 células.Isso faz com que um strike group tenha teoricamente a capacidade de interceptar entre 660 e 1140 alvos.Em outras palavras,uma salva de somente algumas dezenas de mísseis não iria chegar nem perto de atingir um Nimitz,a menos que os chineses tivesse a mesma sorte de um ganhador da Mega Sena. Mas em termos práticos,os chineses precisariam lançar uma salva de centenas de mísseis para saturar o Aegis… Read more »

Daniel

Nenhum dos mísseis citados seriam capazes de interceptar esses mísseis pois são antiaereos projetados para engajar alvos supersônicos mas não alvos hipersonicos, para isso é preciso mísseis ABM baseados em algumas bases e em alguns Cruzadores americanos o que reduz drasticamente o número de mísseis disponíveis para missão em um grupo de batalha, além disso um DF 21 pode carregar de 6 a 10 ogivas, esses dois misseis que foram lançados por exemplo teriam capacidade de lançar até 20 ogivas sobre um único alvo.

Allan Lemos

Meu amigo,nenhum país possui mísseis hipersônicos em operação. Dê uma pesquisada e veja que os mísseis SM-6 e SM-3 dos EUA foram feitos justamente para interceptar mísseis balísticos como os DF-21 e DF-26 na fase final de seu voo.(Acho que não é permitido colocar links nos comentários,por isso não os colocarei.) Você é ingênuo se acha que os EUA permitiriam que China e Rússia fabricassem uma arma da qual eles não teriam chances de se defender. A China precisaria de uma saraivada de milhares de mísseis para fazer com que apenas 1,furasse o escudo Aegis e atingisse um Nimitz americano,e… Read more »

LUIS NATAL

Minha opinião é que, após guerra declarada entre 2 ou mais superpotências, em algumas horas os satélites mais importantes serão destruídos. Misseis anti satélite estão sendo testados desde a década de 90. Em 2007 a china destruiu um antigo satélite meteorológico para testar sua capacidade. Acho que somente EUA, Russia e China detêm esta tecnologia.

Italo Souza

O Mar está difícil de se navegar.

Kemen

Misseis balisticos não tem uma precisão acurada para atingir alvos pequenos visam povoações ou cidades, lançar ataque de saturação poderia ser uma alternativa para ver se algum acerta o “pequeno alvo” isso sim. Uma alternativa chinesa poderia ser arma-los com carga nuclear limitada para atingir uma área de uns 3 km², isso provocaria uma reação contraria equivalente. Nada que um Rgm/Ugm 109 B embarcado não faça, e com grande precisão. Seria bom para a China trocar alguns de seus militares do alto escalão, pois esses que ai estão, dão a impressão que querem por a China num confronto suicida. A… Read more »

Last edited 3 anos atrás by Kemen