Concepção em 3D da fragata F-110

Concepção em 3D da fragata F-110

A Lockheed Martin Corp, fornecedora de armas nº 1 do Pentágono, anunciou que as futuras fragatas F-110 da Espanha serão equipadas com radar marítimo SPY-7.

A classe F-110, também conhecida como classe Bonifaz, é uma classe multimissão e antissubmarino de fragatas pesadas equipadas com o sistema de combate Aegis em desenvolvimento para a Marinha Espanhola. O projeto está sendo co-desenvolvido pelo Ministério da Defesa espanhol e a estatal Navantia.

No início de dezembro de 2019, a Lockheed Martin assinou um contrato com a Navantia para equipar cinco novas fragatas multimissão F-110 e seu local de teste baseado em terra – com a primeira instalação naval da Lockheed Martin de seu radar SPY-7 de estado sólido de banda S.

Conforme observado pela empresa, o SPY-7 é o radar marítimo mais avançado do mundo, capaz de detectar até mesmo as ameaças mais emergentes – garantindo segurança naval para seus clientes e parceiros.

O SPY-7 usa nitreto de gálio (GaN) como seu bloco de construção de material, o que permite um melhor resfriamento do radar – levando a um desempenho aumentado e sustentado. Em vez de uma varredura de matriz em uma área, o radar é composto por milhares de mini scanners, permitindo a cobertura de estado sólido da área de vigilância. Essa estrutura baseada em subarray torna o radar facilmente atualizável conforme as ameaças evoluem.

Seguindo a designação do governo dos EUA de sua variante como SPY-7(V)1, o governo dos EUA declarou o radar SPY-7 da Espanha como SPY-7(V)2.

“Esta designação é um reflexo direto da maturidade e capacidade da tecnologia de radar digital de estado sólido da Lockheed Martin,” disse Paul Lemmo, vice-presidente e gerente geral da Lockheed Martin.

O radar naval espanhol SPY-7 de classe mundial irá para o mar em 2026 a bordo da primeira fragata F110 para defender os combatentes espanhóis das últimas ameaças de guerra antiaérea.

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WELLINGTON RODRIGO SOARES

Essa fragata tem tudo para fazer muito sucesso, possuem bom deslocamento, armamentos e radares.
Sonho em ver alguns navios desse porte navegando em nossa MB ?

Esteves The Block Man

A Navantia não mandou proposta. Ou…não me recordo de qualquer proposta deles.

A Espanha está (assim como os italianos) bastante afastada de acordos militares conosco. Também não temos histórico com eles.

As notícias de atualizações vão chegando (mísseis hipersônicos, radares de gálio)…isso da a impressão que daqui há 10 anos quando surgirem as Tamandarés, estaremos “frente a frente eu comigo…”

WELLINGTON RODRIGO SOARES

Acredito que a questão de transferencia de tecnologia possa ter pesado na balança, assim como aconteceu no Gripen.
Vamos ver como será a versão final da Tamandaré, pois as tecnologias estão avançando em um ritmo acelerado.

Daniel Silva

Não mandaram proposta mesmo (https://www.naval.com.br/blog/2018/06/18/corvetas-classe-tamandare-empresas-interessadas-entregam-propostas/) e olha que recebemos 9.
Não sei se dispunham de um navio dentro dos parâmetros de proposta, porte e preço do programa Tamandaré.
Lembrando que esta F110 desloca entre 6 e 7mil toneladas, uma “fragata pesada multifuncional” no jargão, muito acima do pretendido pela nossa Marinha na época.

Kemen

Essa é uma das corvetas para a Arabia Saudita, atendendo os requisitos daquela Marinha.

https://www.naval-technology.com/projects/avante-2200-combatant/

Kemen
filipe

A Gente esta com a Alemanha , a França e o Reino Unido.

Kemen

Serão fragatas multimissão, o SPY-7 também é um radar mar-mar, não somente anti aéreo.__ As fragatas F-110 são as que foram projetas tendo como função principal a proteção aérea, continuarão operando, as F-110 substituirão as fragatas F-80.

Carlos Gallani

Só nos resta babar!

guilardo

Carlos, não precisaríamos “babar” se adotássemos nova doutrina de defesa naval. Navios de superfície de países de terceiro mundo são alvos fáceis para qualquer marinha moderna de potências reconhecidas. Seriam varridos em meia hora de combate sem qualquer possibilidade de contra-atacarem. Nem mesmo precisamos de navios de superfície de porte médio, pois nossos vizinhos do Atlântico Sul, tais quais a Argentina e Uruguai, e lá em cima a Venezuela, não detém minimamente poder de combate. Argentina e Venezuela enfrentam uma “guerra” para não morrerem de fome. O Uruguai tem dois ou três navios de enfeite. Ou seja, a nossa precisão… Read more »

Carlos Campos

Se trata de um dos melhores radares do mundo, a LM perdeu a concorrência para Raytheon, Raytheon vai equipar os navios da USNAVY com SPY6, a LM pelo visto já tem um cliente para seu SPY 7. ambos incríveis.

Alexandre

As 05 Fragatas Niterói e as 02 Fragatas Greenhalgh da Marinha do Brasil, que já estão há mais de 40 anos em operação, ainda podem ser modernizadas?

Se não forem modernizadas para perdurarem por mais 20 anos, nós só teremos 04 Fragatas Tamandaré fazendo a defesa da nossa costa marítima…

Last edited 3 anos atrás by Alexandre
Heli

Olha, poder serem modernizadas até que poderiam, mas a que custo? Compensaria? A propulsão das Niterói deve tá no limite, mexer nisso sairia muito muito caro. Há ainda a falta de peças visto que é um sistema antigo, dos anos 70. Mudar o radar para um, por exemplo, Artisan 3D e adicionar misseis Sea Ceptor também seria complexo e caro, ainda mais porque teriam que integra-los ao sistema Siconta. Como esta o casco dessas embarcações? Portanto, teremos apenas as 4 Tamandaré e pronto. A não ser que para não quebrar a secular tradição de compras de oportunidade compremos os usados… Read more »

Alexandre

Entendi, então não compensa modernizar as fragatas que nós já temos, e infelizmente terão que ser as 04 Tamandaré mesmo atuando junto com os 05 submarinos (04 Scorpéne e 01 Tikuna) e o Porta-Helicópteros Atlântico.

Eu acho que o Brasil deveria ter uma Guarda Costeira assim como os outros países possuem, e focar a Marinha só na parte das embarcações de guerra.

Marco

Enquanto isso aFAB briga com o EB pela exclusividade da operação da asa fixa. O problema nosso é… Deixa pra lá…
Desanima

Vitor Bruno Fonseca Rodrigues

O HMS Bristol tá dando sopa. Vamos aproveitar a “oportunidade”.