O processo de transformação do protótipo do Sistema de Guiamento, Navegação e Controle, em produto, atingiu 60%, e mais dois lançamentos estão previstos para 2022

No dia 17 deste mês o blog Poder Naval publicou a matéria “Enquanto isso, em que pé está o MANSUP?”, devido ao renovado interesse dos leitores por informações sobre o desenvolvimento do míssil antinavio brasileiro, após as notícias sobre o afundamento do cruzador russo Moskva, provavelmente atingido por mísseis ucranianos Neptun (Netuno).

Na matéria, relembramos o mais recente acontecimento do programa, no final do ano passado, que foi a assinatura de contrato com a Fundação Ezute (que já vinha trabalhando em etapa anterior do desenvolvimento do MANSUP) para “gerenciamento complementar do desenvolvimento e fabricação do lote piloto”. Trata-se da terceira etapa do programa, voltada aos processos de industrialização/ produtação (transformação de protótipo em produto).


Hoje, 29 de abril, a Marinha do Brasil divulgou nota à imprensa (press release) sobre o andamento desta Etapa 3, com destaque para o atingimento de 60% da transformação em produto do SGNC (Sistema de Guiamento, Navegação e Controle) e de cerca de 90% do sistema de telemetria. Também informou que para este ano estão previstos dois lançamentos de teste, além de abordar uma característica do projeto: o modelo de arquitetura permite que potenciais modernizações sejam realizadas em dois anos.

Mansup no estande da SIATT, em 2017

Para mais detalhes, veja abaixo a nota completa recebida pelo Poder Naval:

DIRETORIA-GERAL DO MATERIAL DA MARINHA

PRESS RELEASE
Projeto MANSUP avança para a terceira etapa

A Marinha do Brasil informa que a terceira etapa do projeto MANSUP — que consiste na produtação (transformação de protótipo em produto) e na qualificação do míssil (conjunto de ensaios para comprovar o cumprimento dos requisitos do projeto), em parceria com as empresas SIATT, OMNISYS, AVIBRAS e a Fundação EZUTE — alcançou 60% de produtação do Sistema de Guiamento, Navegação e Controle (SGNC) e cerca de 90% da telemetria, tecnologia que permite a medição remota e em tempo real dos parâmetros necessários para avaliar o funcionamento e o desempenho do míssil.

O cronograma desta etapa, com previsão de ser concluída em 2025, segue avançando com a necessidade de contratações adicionais. No decorrer deste ano, estão planejados dois lançamentos para teste dos subsistemas já produtados e ensaios de qualificação, nos quais serão monitorados mais de 200 parâmetros do míssil em cada voo.

O MANSUP dispõe de tecnologia totalmente nacional, empregando as soluções encontradas pela indústria de defesa brasileira para o atendimento aos requisitos impostos pelas demandas da Marinha do Brasil. O conhecimento obtido no decorrer do projeto e o modelo de arquitetura adotado preveem que potenciais modernizações possam ser implementadas, com segurança, num período de dois anos.

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Boitatá

Achei que estava praticamente pronto, só faltando mais alguns testes de validação… que tristeza esses projetos nacionais de desenvolvimento de armas.

Roberto B.

Quando eu tinha 13 anos em 72 , fazia uns foguetinhos movidos a água e ar comprimido…
Você sabe fazer hoje ?

Wilson França

Não, porque não tem nenhuma utilidade.

Bosco

rsssssssssss
Sacanagem!!!

Roberto B.

Inútil são comentários cheios de lamúrias de quem acha , mas pensa que sabe….
Já viraram jargões nos sites de defesa .

Last edited 1 ano atrás by Roberto B.
Jadson S. Cabral

Tem vídeo no YouTube ensinando adolescente a fazer muito mais que isso usando não muito mais que açúcar como combustível. Pior, tem estudante universitário fazendo foguete que voa mais alto que os que a AEB costuma lançar.

Last edited 1 ano atrás by Jadson S. Cabral
Ramon

Realmente já vi vídeo assim, não duvido que daqui uns dias apareça algum tutorial deles colocando algum explosivo nesses foguetes feito com coisas que tem na cozinha de qualquer casa e que sejam capazes de fazer um estrago.

Johrdan

Apenas voar não resolve tem que acertar o alvo. Será que esse universitário conseguiu tão feito?

marcus mendes

Quando o ManSup estiver pronto ele já estará SUPerado.

Diogo de Araujo

Sistema de guiamento em 60%… preciso falar mais alguma coisa meu povo? Quem acha que só teremos lançamento em 2030 levanta a mão

Foxtrot

🙌🙌🙌

gordo

Isso ai foi desenvolvido nos anos 60? Entrou em operação nos anos 70?.Sei que a marinha Argentina usou o míssil em 82 nas Malvinas. Se tudo der certo em 2030 estaremos nos anos 70 com algum upgrade e nada mais que isso.

Marcos R

Diogo, pelo que entendi, está em 60% o processo de transformação em produto, ou seja um protótipo produzido artesanalmente está passando por adaptações para produção em série… Para isso, o protótipo em tese está funcional.

Last edited 1 ano atrás by Marcos R
Diogo de Araujo

Tomara mesmo Marcos, mas eu só acredito vendo depois de toda odisséia que acompanhamos aqui no poder naval.

Carlos Campos

o sistema de guiamento ainda precisa de tanto desenvolvimento assim, acreditei que já estava pronto.

Foxtrot

Talvez seja a prova de que realmente o míssil errou o alvo no último teste !

Bosco

Algo preocupante é sequer ter sido citado o seeker radar ativo como fazendo parte do “compartimento de vante”. A impressão que passa é que ainda não existe um.

Bardini

O “Motor-Foguete” é a parte da Avibras.
.
O “Autodiretor”, ou seja, o seeker, é a parte da Omnisys.

Last edited 1 ano atrás by Bardini
Fernando "Nunão" De Martini

Bosco, se está falando da ilustração, ela é da Siatt e se refere unicamente às partes que ela desenvolveu, no compartimento de vante e de ré.

O seeker está marcado na ilustração, sem detalhamento no desenho, como posição do “autodiretor”, que é fornecido pela Omnisys.

Bosco

Valeu Bardine e Nunão.
Retiro o que disse ao Carlos.

Cavalli

Enquanto a “torneira do de$envolvimento” estiver aberta, sem compromisso com o erário público, mantemos desta forma.

Em de$envolvimento…🤡🤡🤡

Alessandro

Aberta? Está em CONTA GOTAS para esse tipo de desenvolvimento no pais, pq o congresso não se interessa no tema defesa para criar SOLUÇÕES como por exemplo, criar um PL que vá obrigatoriamente uma porcentagem do orçamento das FFAA apenas para desenvolvimentos e pesquisas de tecnologia nacional com critérios bem específicos e uma fiscalização rigorosa nos resultados, obrigando as FFAA a ter EQUILÍBRIO em sua folha salarial apresentando a cada trimestre balanços e resultados das melhorias. Aliás deveria ser assim em todos os setores nesse país, mas ninguém liga pra nada aqui no Brasil, então pq seria diferente nesse tipo… Read more »

Last edited 1 ano atrás by Alessandro
Esteves

Como dizia Mestre Professor Camargo que sumiu e não sei se alguém viu… Quem é fraca de lobista é a Defesa. Ficam atrás da política rasa e de trocados dando apoio a bois tatás quando deveriam construir um programa decente para o país que não signifique surtos construtivos e historinhas de TOTs. Orçamento, basicamente, é um balanço. No caso da Defesa não existem receitas. A Defesa não “fatura”. A Defesa recebe a dotação e realiza a despesa. Despesa pública tem gasto obrigatório com folha de pagamento&benefícios dos ativos e dos inativos. Com o que resta…pagam as despesas de manutenção e… Read more »

Last edited 1 ano atrás by Esteves
Alessandro

Esteves eu sou a favor que os investimentos nas FFAA sejam de 3% do PIB, só assim para nós ficarmos o mais perto das principais potências europeias por exemplo. E dividiria em 1% (não pode passar disso) em pagamentos de salários e pensões aos militares, se não se adequarem que façam CORTES e criem sua própria previdência privada. Outros 1% em pesquisas e desenvolvimentos de tecnologia 100% nacional, fazendo parcerias com universidades e faculdades, mas com CRITÉRIOS RIGOROSOS na hora de repassar essas verbas, dando prioridade em desenvolver técnicos que trabalhem aqui no Brasil, especialistas em modernizações, engenharia reversa e… Read more »

Last edited 1 ano atrás by Alessandro
Esteves

2% ou 3%, estruturalmente, não muda. 85% para salários&beneficios assim como fazem nas universidades públicas federais outro exemplo de ineficiência. Não sobra para investir em produtacao. Estatutário é um regime constitucional. Para mudar qualquer uma das 3 previdências…só mudando a CF. Não é esquisito o Presidente da República ser um CLT? Esteves acha estranho. Quem constrói o orçamento é o Congresso. Despesas obrigatórias são as despesas de pessoal…salários, benefícios, pensões, convênios médicos (funcionário público com câncer não paga IR), remoções, atendimentos…a lista é longa. Quanto significa isso? De 80% a 90% da despesa pública…falta acrescentar precatórios na justiça. Tem prefeitura… Read more »

Alessandro

Esteves, tudo que escrevi foi um resumão bem grosseiro e UTOPICO de minha parte, é claro que precisaria de uma nova constituição e uma grande transformação no modelo de gestão do país que infelizmente acredito que nunca verei, mas sonhar ainda não paga nada rsrs…

Allan Lemos

eu sou a favor que os investimentos nas FFAA sejam de 3% do PIB Nem que fosse 90%. Ainda estaríamos na mesma situação. Aumentariam suas benesses e inventariam outras, a preocupação com a capacidade de combate efetiva das forças é inexistente. O problema não é o dinheiro, já que claramente o MD tem um dos maiores orçamentos da União. O problema é a falta de comprometimento dos militares de alta patente e a falta de controle por parte da classe política, os oficiais aqui fazem o que bem entendem com o dinheiro que recebem sem dar satisfação ao Congresso. O… Read more »

Alessandro

Allan concordo com vc, e infelizmente essa prática nefasta não é exclusiva das FFAA, é GERAL nos 3 poderes do país.

Para mudar isso precisaríamos de uma nova constituição e um tratamento de CHOQUE no modelo de gestão do país, mas acredito que isso nunca irá acontecer.

Last edited 1 ano atrás by Alessandro
Inimigo do Estado

Tudo culpa do congresso né? Por que o executivo não aumentou a verba para desenvolvimento, muito pelo contrário, aumentou foi o soldo? Ah claro o capitão bobão vai ter aumento também.

Alessandro

Não falei que é tudo culpa do congresso, mas é lá que tudo COMEÇA, afinal o poder executivo EXECUTA, então vamos aprender como funciona uma administração de um país.

Sobre o soldo dos soldados, vc sabe que para aumentar precisou ser aprovado pelo congresso e senado né? Então….cobre o seu deputado e senador se achou ruim, e aproveita e pede para eles CORTAR os altos salários e privilégios deles tbm, o povo agradece!!

Last edited 1 ano atrás by Alessandro
Edmilson

Isso mesmo

Wellington Góes

É por causa de “pragmáticos” iguais é que estamos importando mísseis ar-ar, ao invés de estarmos produzindo….

Allan Lemos

Pare de se iludir, colega. Ainda não percebeu que é do Brasil que está falando?

Essa coisa de produção autóctone é para países sérios e comprometidos com sua defesa, não para tipos como o Brasil.

A Arábia Saudita não produz po*** nenhuma e tem forças armadas melhores do que a nossa.

Então o que é melhor, ser forte comprando tudo de prateleira ou ser fraco produzindo produtos de segunda categoria e em pouca quantidade? A resposta é óbvia, é só usar um pouco de bom senso.

Joao Motta

Comentario perfeito, ate voce entrar em uma guerra e precisar repor todo esse material comprado de prateleira e depender da boa vontade do vendedor.

Allan Lemos

Se você estiver bem armado, as chances de alguém começar uma guerra com você serão pequenas.

glasquis 7

As guerras na atualidade geralmente são rápidas, de curta duração. Importa muito mais o que vc tem do que vc pode produzir, além disso, o que o Brasil conseguiria produzir hoje em caso de guerra?

É sim, muito importante o desenvolvimento mas e mesmo assim, para uma força militar é mais importante o que pode usar pra se defender do que o que “algum dia poderá” usar.

Acho que é esse o ponto de vista que o Allan quis colocar.

Fernando Vieira

Por isso que a guerra da Ucrânia foi rapidinha né? Tudo depende…

glasquis 7

A guerra da Ucrânia está sendo, não foi, será. Seja rápida, até uns 12 meses eu acho, ou lenta, mais do que isso.

Mas tem a guerra das Falklands ou a do CENEPA, que foram na região e que acho, seriam o mais lógico pra usar como exemplo.

Em tudo caso, a Guerra da Ucrânia é um ponto fora da curva, se não acredita em mim, pergunte pro Putin, que esperava ter resolvido tudo em no mais do que 15 dias.

Last edited 1 ano atrás by glasquis 7
Fernando Vieira

Uma guerra onde a porção de terra em disputa é pequena como as Falklands tende a ser rápida. No entanto a Ucrânia é um país imenso e somado aos erros estratégicos russos e a diferença de moral entre os lados, acabou prolongando a guerra.

Não tenho dúvidas que se fossem os americanos no lugar dos russos (desprezem aqui qualquer ideologia, comparação puramente de doutrina e equipamentos), Zelensky já estaria morto em um ataque de decapitação e o país tomado em 15 dias. No entanto eles estariam enfrentando agora a guerra assimétrica, tal qual o Iraque e Afeganistão.

glasquis 7

Independente de tudo o que vc queira argumentar, As guerras de hoje são rápidas e at6é agora, a guerra da Ucrânia está na metade do que seria uma guerra curta como a da Falklands mas temos a guerra do CENEPA ou a do Nagorno – Karabakh entre Arménia e o Azerbaijão que durou menos do que dois meses e o que valeu a vitória foi o que ambos tinham pra usar não o que conseguiriam produzir.

André

Caro senhor recomendo estar mais bem informado antes de disparar imprecisões e “achismos”. O seu “país imenso” é pouco maior que Minas Gerais. Deve ser a falta de aulas de geografia.

Last edited 1 ano atrás by André
André

“País imenso” é pouco maior do que Minas Gerais.

Flanker

Em comparação com as Falklands, a Ucrânia é imensa, gigantesca, sim.

Roberto Bozzo

“…com destaque para o atingimento de 60% da transformação em produto do SGNC (Sistema de Guiamento, Navegação e Controle) e de cerca de 90% do sistema de telemetria. ”

Isto quer dizer que o protótipo destes sistemas está em 60% do SGNC transformado em industrialização, de um processo “artesanal” (construído um a um) para algo que pode ser produzido em série; já foi desenvolvido basta iniciar a produção. Estão desenvolvendo a linha de produção propriamente dita.

737-800RJ

“O conhecimento obtido no decorrer do projeto e o modelo de arquitetura adotado preveem que potenciais modernizações possam ser implementadas, com segurança, num período de dois anos.”

Este trecho aqui é o que penso ser o mais positivo na nota. Isso quer dizer que, havendo interesse da MB e verba disponível, o míssil poderá ter, talvez, seu alcance aumentado.
O importante é não parar o projeto no meio do caminho!

Pedro Fullback

Pois é meu caro! O conhecimento nunca pode ser perdido, sempre é bom dar um upgrade nos projetos.

Na minha visão, a MB está observando que 70km não é o suficiente para os dias atuais.
A FAB desenvolvendo um míssil de 300km, o EB também, então, eu acredito que a MB já deve estar pensando em desenvolver um míssil que beira os 180km.

Wilson

Mas, neste caso, tem que pensar na detecção do alvo a esta distancia também. Quem sabe o Link BR possa estar sendo pensado para isso.

MARS

O gente bu**a da “gota serena”… Não sabem interpretar a po**a de um simples texto…
Os sistemas estão prontos “ô Zés”. Uma coisa é um protótipo, outra muito diferente é um produto industrializável desse protótipo.

E é a transformação desse protótipo em algo industrial que está a 60%…

DEU PARA ENTENDER?

Bosco

MARS,
Entendo sua indignação mas a nota da Marinha é, em termos informacionais, fraquíssima (pra dizer o mínimo).

Foxtrot

Sei, faz de conta.
2 lançamentos previstos para 2022 !
Falaram que teria o 4° lançamento no 2° semestre de 2021, e veja o que aconteceu.
Acho que a MB lançou essa nota na data errada, deveria ter lançado em 1° de abril.
Do fundo do coração, realmente espero que aconteçam os lançamentos e com impacto no alvo desta vez.

Bosco

A Marinha é muito engraçada, usar os termos “vante” e “ré” para se referir a um míssil é no mínimo hilário.

Heinz Guderian

Até nisso eles estão defasados, pqp.
Deveriam abrir uma auditoria pra ver em que eles gastam o dinheiro e cortar pelo menos 20 mil de pessoal, pra ver se a coisa anda, jaja não teremos marinha de superfície.

Bosco

Heinz,
Pelo menos não utilizaram o termo “proa” e “popa” . rssss

Eduardo Angelo Pasin

Projeto que não acabam nunca, gastos estragarem com projetos que provavelmente não terão continuidade, essa é a nossa MB.

Last edited 1 ano atrás by Eduardo Angelo Pasin
Eduardo Angelo Pasin

Extravagantes

Eduardo

A hora que ficar pronto já estará defasado.

Willber Rodrigues

Ótimo. Bom saber que esse programa não entrou num limbo eterno, e que está caminhando.

Esteves

“O cronograma desta etapa, com previsão de ser concluída em 2025,”

Qual etapa? A produtacao. Não encontrei sinônimo ou significado na língua portuguesa para “produtacao”.

Acho que trocaram seja por seje…ou algo assim.

Sendo o que for…quando Esteves vai ao advogado e tem sido assim nesses últimos anos, ele (o advogado) diz:

— Esteves, falo com você daqui 3 anos.

Produtacao!

Luís Henrique

Que notícia boa.
Da a entender que o MANSUP será melhorado, acredito que aumentarão o alcance do míssil e a previsão é ficar pronto em 2025, a tempo de entrar em operação junto com as Fragatas Tamandare

MMerlin

Já existem rumores que apontam alcance efetivo de pouco mais de 100 Km.

Acredito que a próxima etapa seria integrá-lo a aeronaves de asa rotativa, diga-se, o H225M. Posteriormente, quem sabe asas fixas?

O importante é manter o programa, liberando versões curtas, com poucas melhorias mas sempre de modo contínuo.

Willhorv

Tudo que envolve forças armadas é moroso, vagaroso, natimorto e ultrapassado, com raras exceções…me desculpem…é vergonha nacional isso. Nada funciona direito…tudo no tranco é pra 2, 5 ou 10 anos. E o pior…tem recursos se não fosse o cabidão que é.

Esteves

Aonde é a guerra?

737-800RJ

Esteves, penso que a pergunta correta seja “QUANDO é a guerra?”. Um dia ela vem. Pode ser daqui a 2, 20 ou 200 anos e é isso que intriga: ninguém sabe, mas que ela vem, vem.
Claro que um conflito se escala até o momento da guerra, mas temos que ter operacional pelo menos o básico.
Estamos em tempos de paz, então não precisamos do míssil pra ontem. Mas seria bom se ficasse pronto amanhã.

Esteves

Guerra sabem como começa. Igual bolo. Se vai assar e ficar como pensaram é outra coisa. Esses bolos de pacotinho…Esteves gosta de assar no forno elétrico pra ficar crostinha. Quando? A Europa tem história de guerra. Teve até guerra de 100 anos. Como países podem ter feito guerra por 100 anos? A Europa tem hiato de fronteiras. Essas guerras europeias disputando tronos…levaram até Jerusalém. Vem? Quem vem? Quem vêm pelo mar invadir nossas praias, destruir nossos lares e ocupar nossas terras? Nos anos da guerra fria disseram que seriam os vermelhos. Cuidamos do mar com o que tínhamos e não… Read more »

Inimigo do Estado

Brasileiro desconhece a palavra previsibilidade, por isso está sempre na merda, há 522 anos.

Cristiano GR

Com pouquíssimos 522 anos, os quais a maioria das grandes catedrais e cidades européias são bem mais antigas, e ainda dos quais 300 anos era quando o Brasil pertencia a Portugal, e ficando claro que o Brasil é um país independente há somente 200 anos, portanto, muito mais jovem como país e nação que os representantes do Velho Mundo. Com apenas 200 anos, o Brasil já é uma das 10 maiores economias do mundo, nosso território se tornou gigante através dos esforços do Barão do Rio Branco e outros, nossa população é a 6ª maior e gera muito material cultural… Read more »

glasquis 7

“Com apenas 200 anos, o Brasil já é uma das 10 maiores economias do mundo”… As 10 maiores economias do Mundo: 1 EEUU 2 China 3 Japão 4 Alemanha 5 Reino Unido 6 India 7 França 8 Itália 9 Canada 10 Korea Em PIB USD, o Brasil é a 13a Economia do mundo, já no PIB Nominal cai um pouco mais e no PIB Percapita, não há nenhum país na América Latina que esteja dentro das 20 primeiras posições. “Mesmo em relação à China, civilização com mais de 3.000 anos, que até o início dos 2.000, fora o fato de… Read more »

Willber Rodrigues

Tivemos a Guerra do Paraguai
1° Guerra Mundial
2° Guerra Mundial
“Guerra” da Lagosta

Sabe o que todas elas tem em comum?
Em todas elas, fomos pegos de calças na mão. Em todas elas, nossas FA’s não estavam a altura.
Nossa “sorte” vai durar até quando?

Charle

A Terceira Guerra Mundial infelizmente se aproxima. E começa, em alguns casos, com a desmoralização internacional de certos países periféricos pelos países cêntricos.

E por falar em desmoralização já repararam como consagradas revistas internacionais de ciência ou divulgação científica ou mesmo de História deixaram de ser lançadas em língua portuguesa do Brasil?

É como se fosse uma ação premeditada de forma a isolar e alijar o Brasil de todas as informações mais atualizadas acerca dos acontecimentos científicos planetários.

A guerra hibrida contra o Brasil começou há alguns anos e continuará. O desfecho só Deus dirá qual será.

Last edited 1 ano atrás by Charle
Fernando Vieira

Por que você publicaria um livro ou uma revista num país onde as vendas não irão compensar seu custo com tradução, impressão e distribuição?

Estamos num país em que apenas 9% da população consegue ler e interpretar corretamente um texto e fazer as operações matemáticas básicas.

Estamos num país que não se interessa por ciência ou história. Ninguém quis isolar e alijar o Brasil de nada. Os brasileiros que preferem ficar alijados e isolados.

Charle

Pelo mesmo motivo que levou, p.ex., uma revista como a National Geographic a ficar mais ou menos vinte anos sendo publicada no Brasil com bons números de venda mas que, de repente, parou de ser publicada.

Público leitor há sim. E pode ser fomentado. Agora, a mentalidade de que ele não existe é opinião de cunho particular. Inclusive as generalizações acerca de qualquer assunto.

Camargoer.

Caro Charlie. Todos os meios de comunicação impresso estão em crise. Os custos de produção foram reduzidos com a informática, mas os custos de impressão e distribuição se tornaram incompatíveis com a distribuição digital. Jornais e revistas dificilmente sobreviverão. Ao que parece, estes veículos estão migrando para uma plataforma digital no formato de grandes portais, de tal modo que o leitor terá a opção de escolher os temas que tem interesse. Quem tinha o hábito de ler revistas apenas migrou para uma nova plataforma. Por outro lado, quem nunca teve o hábito de ler não irá desenvolve-lo agora só porque… Read more »

Flanker

Cara, a maioria das publicações está migrando da versão impressa para a digital e, sendo assim, fica disponível para todo mundo da mesma maneira.

MMerlin

Boa parte de nossa população é analfabeta funcional.

E pode piorar.

Boa parte dos jovens da geração Z, não tiveram tempo para solidificar o gosto pela leitura e, com a disseminação da Internet, querem informação pronta e de fácil absorção que, respectivamente representam títulos de notícias e vídeos do YouTube. Basta ver alguns comentários neste mesmo espaço. Alguns postam sem ao menos ler o conteúdo. Imagine então o esforço para ler um livro físico.

Cientistas já estão apontando a queda de QI, com a geração Alfa, pela primeira vez desde o início das medições.

Camargoer.

Caro MMerlin. Discordo de algumas coisas que você escreveu. Primeiro, o teste de QI é irrelevante. Seu resultado depende do contexto cultural das perguntas e de treinamento de quem o faz. O melhor será abandonar o QI. O hábito de leitura não é inerente de uma pessoa, mas resulta do contexto familiar. Um criança que nasce em um familia na qual os pais têm o hábito de leitura e acesso a uma biblioteca, irá adquiris o hábito de letura. Uma criança que cresce em uma família na qual os pais preferem ler whatasap vai adquirir o mesmo hábito.

MMerlin

Camargoer. Não questiono o uso do QI como base justamente porque é o meio acadêmico e científico que ainda o usam como referência. Sobre o hábito de leitura, e não apenas este, concordo que boa parte vêm da influência familiar. Mas sem dúvida existem questões externas inúmeras que influenciam no comportamento. Uma empresa de software que presto consultoria fez um trabalho com outras cinco, todas em SC, para avaliação do nível de interpretação dos colaboradores. A ideia era avaliar a dificuldade de entendimento que desenvolvedores tinham com especificações passadas pela equipe de negócios. A classificação (resultado) foi de acordo com… Read more »

Camargoer.

Olá MMerlin. O teste de QI é algo superado tanto em psicologia quanto em neurociẽncia. O cérebro é um órgão extremamente plástico que pode ser reprogramado com treino. Mesmo nos casos extremos de danos físicos, resultado de acidentes ou trauma, existem uma enorme capacidade de readaptação. Inclusive, crianças possuem diferentes taxas de maturação, o que resulta em diferenças nas capacidades cognitivas que são superadas com o tempo. Sobre o hábito de leitura, o problema nunca foi a quantidade de leitura mas a qualidade do texto. Nos anos Jk, metade da população brasileira era analfabeta e apenas uma fração conseguia cursar… Read more »

MMerlin

“…o analfabetismo é menos que 6% na população adulta…”

O comentário deixou claro que estava falando de analfabetismo funcional Camagoer.

“…problema nunca foi a quantidade de leitura mas a qualidade do texto.”

Como também comentei, foi o apontamento de uma especialista. E, se não existe (ou existe pouca) leitura, como adquirir a capacidade de análise e discernir sobre a qualidade de textos? Fica difícil.

Flanker

Tu generaliza demais e faz afirmações e conclusões definitivas demais para um professor.

Camargoer.

Caro Flanker. Vocẽ discorda de qual afirmação minha?

Flanker

Teste de QI é irrelevante” – para alguns estudiosos e especialistas, sim. Para outros, não. “ O hábito de leitura não é inerente de uma pessoa, mas resulta do contexto familiar.” – conheço muita gente de origem humilde, de famílias com pouquíssimo nível de estudo, em que pais não tem o mínimo contato ou costume da leitura, que gostam de ler e cultivam o hábito. Só nos dois exemplos acima, você fez duas colocações taxativas, deixando de lado termos como “para muitos”, antes da primeira afirmação e “Via de regra”, antes da segunda afirmativa. As coisas não são pretas ou… Read more »

Jadson S. Cabral

A MB e seus projetos intermináveis… O MANSUP, que já não é hoje o estado da arte, ainda vai demorar uns 10 anos para estar operacional

Esteves

Supondo que o míssil Estivesse disponível no inventário da MB. Hoje. É só requisitar e instalar.

Aonde? Qual navio receberia o míssil? Faz sentido instalar o míssil novinho no navio novinho quando esse último Estiver incorporado…2027/2028?

Acho que faz.

Nick

Qualquer navio equipado com o Exocet 1/2/3 pode receber o MANSUP. A questão é que já vai nascer defasado em 3 gerações de mísseis antinavio. E os CIWS atuais já estão evoluindo para armas de energia dirigida.

Luís Henrique

Então qual a sugestão? Pedir ajuda aos marcianos e desenvolver o melhor missil antinavio do mundo em tempo recorde?
Ou abandonar tudo e continuar eternamente dependente de armamentos estrangeiros?

Nick

Caro Luis Henrique, Se a preocupação for realmente menos dependência externa. Necessariamente seria um projeto de anos e anos de investimentos em todas as áreas chaves. Com prioridade, com garantia que não ficaria sem recursos no desenvolvimento, e com garantias que não seriam compradas apenas algumas unidades. Ou seja custa CARO. MUITO mais caro que compra de prateleira. Até que ponto vale a pena?? Por exemplo o MANSUP: Qualquer projeto que tenha um plano de implantação definido já deveria contemplar o cenário em que ele vai atuar, e o MANSUP vai atuar em um cenário onde os sistemas de detecção… Read more »

Wellington Góes

Outro “pragmático FABiano”… Rsrs

Wellington Góes

Parabéns à MB que não desiste de conseguir a independência no desenvolvimento e produção de artefatos tecno-militares de ponta, para ser um mero importador/cliente de empresas estrangeiras.

Flanker

Isso…claro…e assim vai desaparecendo, se esvaindo, virando sucata….com a desculpa de que o dinheiro vai para esses “desenvolvimentos”. No final, ficam sem os meios, que viraram ferro-velho, e sem os “artefatos”, que nunca ficam prontos. Realmente, a MB está de parabéns…hehehehe

Wellington Góes

Ah claro, a sequência é essa mesma….
Não, espera… 🤔
Ah é a FAB quem faz isso… Rsrs

Last edited 1 ano atrás by Wellington Góes
Flanker

Ah, é? Compara os meios da FAB com os da MB. E não adianta ser irônico. A MB está desenvolvendo um míssil que não se sabe quando ficará pronto…e quando ficar, será igual à um míssil com mais de 50 anos! Quanto ao ferro-velho, quantos navios de escolta a MB tem hoje? Quantos anos tem esses navios? Eles tem todos seus sistemas operativos? E seus armamentos? A MB acaba de comprar um sistema UAV dos EUA. Se ela investe tanto assim em sistemas nacionais, por que não comprou um feito aqui? Mas, tu sabe disso…só não quer dar o braço… Read more »

Wellington Góes

Quais meios?! Os que ela AINDA TERÁ?! Rsrs A pouco dias atrás, por causa das arengas na fronteira venezuelana, a primeira força que peidaria na farofa, justamente, por não ter meios foi a?!… rsrsrs No mais, teu raciocínio o mesmo do que vemos a décadas…. E ele nunca trouxe nada de avanço, só de dependência… Tem que aprende com os erros, mas tem aqueles que preferem repetí-los… Como por exemplo, entender que o problema não está nos objetivos, mas a forma de como as coisas são estruturadas. Não adianta esperar avanças, mantendo as coisas como estão. Einstein já dizia, não… Read more »

Flanker

A FAB peidaria na farofa? Por que? Opinião tua…e isso, apenas. Nada mais. Os meios que a FAB está recebendo são, no mínimo, 40 caças novos de 4,5 geração, 22 cargueiros novos e mais capazes que os atuais, já recebeu 15 transportes/SAR médios, novos, há não muitos anos, tem uma frota consolidada de treinamento avançado e de caça, e que realizam ataque leve e COIN, uma frota de helicópteros pequena, mas nova e moderna (apesar do H225M), uma aviação de combate atual modernizada dentro daquilo que as capacidades das aeronaves permitem, etc. E a MB. Tirando 4 fragatas que “ela… Read more »

Luís Henrique

Flanker, se não me engano o MANSUP é um projeto de U$ 75 mi. A MB não vai falir por causa disso. Um único missil antinavio moderno custa cerca de U$ 4 mi ou até mais. Se a MB comprasse 20 mísseis já gastaria cerca de U$ 80 mi. E provavelmente os mísseis não seriam usados, pois graças à Deus não estamos em guerra, e após alguns anos os mísseis também ficariam obsoletos e seriam descartados. E algum país do mundo teria ganhado um dinheiro nosso, gerado emprego lá para eles e nós continuaríamos dependentes. Temos que aplaudir os desenvolvimentos… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Luís Henrique, apenas para complementar os números, já que a essência do seu raciocínio está correta: num relatório divulgado há pouco mais de dois anos constava o valor total (entre o que foi investido e o que ainda era previsto) estava em cerca de 750 milhões de reais, o que daria ao câmbio atual aproximadamente 150 milhões de dólares (o dobro do que você mencionou).

A transferência de tecnologia por parte da MBDA (fabricante do Exocet) para algumas das etapas, também por esse relatório, vem de créditos de offset da aquisição dos helicópteros H225M.

Segue o link:

https://amp.naval.com.br/blog/2020/01/11/programas-da-mb-em-2019-mansup/

Luís Henrique

Nunão, obrigado pela atualização.

Flanker

Eu não disse que o míssil é inútil…mas, se e quando ficar pronto, será igual à algo que já existe há 50 anos. E, se o valor de desenvolvimento, seja de 75 ou 150 milhões de dólares, não vai quebrar a MB, por que mesmo assim, ele ainda falta? E vão gastar 2 bilhões de dólares para construir 4 fragatas e armar elas com mísseis antinavio de 70 km de alcance? Vocês pensam que sou contra o desenvolvimento de armas nacionais? Se pensam, estão muito enganados! Mas, isso precisa de grana! E muita! E de forma constante! Investir pouco e… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

“ Eu não disse que o míssil é inútil…mas, se e quando ficar pronto, será igual à algo que já existe há 50 anos. ” Só um aparte, não é “igual a algo que já existe há 50 anos”. É defasado em relação ao que se vende hoje, mas não em 50 anos. Nem o Exocet MM38 original, com 40km de alcance e que nem dobrava as asas para ficar mais compacto já chegou a 50 anos de serviço (está perto, mas não chegou). Os “bemchmark” do Mansup são as versões MM40 mk1 e 2, de maior alcance e melhor… Read more »

Flanker

Nunão, eu entendo o que você escreveu. Mas, se as versões do Exocet que são base para o MANSUP, começaram a ser vendidas em meados dos anos 80, já temos no mínimo 35 anos. Então, sua tecnologia e desenvolvimento começaram alguns anos antes, e assim, já se tem quase 40 anos. E até o MANSUP ficar pronto e operacional, se não chegar nos 50 anos, vai estar bem perto. Foi neste sentido que me referi.

Wellington Góes

A tua fala não visa corrigir problemas, mas manter as coisas como estão, ou seja, papo de conformista… Prefere deixar o cachimbo, para manter a boca torta.
Não busca entender a situação para daí corrigir as falhas nos processos de desenvolvimento de artefatos tecno-militar, mas dizer “esquece isso, melhor comprar de prateleira”, tudo com a falsa justificativa de pragmático. No fim é o comportamento leniente de sempre.

Flanker

Então, tu mostra de onde sai o dinheiro para projetar, desenvolver e construir algo minimamente parecido com os mísseis que está sendo adquiridos de fora. Alem disso, o dinheiro para manter a empresa que vai fazer tudo isso, em funcionamento após a entrega das nossas encomendas. Se tu mostrar como se faz, então eu acredito. Só não adianta falar em picanha, leite condensado,etc, ou nas filhas solteiras….isso tudo está errado, concordo plenamente, mas mostre como tu mudaria isso na prática, de forma real. Se tu tiver a receita, mas que seja factível e, em especial, levando em conta que estamos… Read more »

Foxtrot

Concordo com você Wellington.
Não importa se quando ficar pronto será um pouco desatualizado, o que importa é saber fazer e ter domínio do processo produtivo.
Porque sabendo fazer fica bem mais fácil evoluir.
Diferente da FAB que só sabe importar e pintar bandeirinha nacional nos produtos.
Pior que em menor proporção o EB está indo pelo mesmo caminho.

Edmilson

Até lá estará ultrapassado como todos outros, projetos de mísseis no Brasil é dinheiro “jogado fora”

Edmilson

Será que vai se juntar ao MAA-1A, MAA-1B
A-Darter, MAR-1, MSS1.2, “”estranho”” o que acontece…..

Nick

O A-Darter para mim foi aquele projeto que poderia ter sido um divisor de águas na independência de misseis. Um projeto moderno, que poderia ser o nascedouro para toda uma família de mísseis, tanto ar-ar como superfície-ar. Esse fracasso dá para lamentar realmente.

Flanker

Alguém sabe o que são todos aqueles fios, ou cabos, que aparecem na vertical, ao redor do mastro do navio, na primeira foto?

Fernando "Nunão" De Martini

São cabos para içar e arriar as bandeiras de sinalização que ficam nos paióis de bandeiras, as duas “caixas” que se vê na altura do final da escada.

Flanker

Valeu, Nunão. Obrigado!

Jorge Bezerra

Quando este míssel estiver pronto, irão fazer da mesma forma o que fizeram com o A-darter.

MMerlin

São programas, projetos, envolvidos e história totalmente incomparável.

Adilson Moreno

30 anos para “desenvolver” um produto, a maioria da massa crítica que participou já vai para aposentadoria. Ou seja produtividade zero, já que o produto vai nascer morto.

Fernando "Nunão" De Martini

Adilson,
O desenvolvimento está de fato lento, mas não são 30 anos. Há informe da Marinha de uma primeira alocação de recursos para iniciar os estudos em 2008, mas segundo empresas envolvidas o desenvolvimento pra valer começou em 2011.

Então se não houver mais atrasos, o total pra desenvolver desde a concepção até o primeiro lote industrializado deverá ser de cerca de 15 anos – bem mais do que o previsto, sem dúvida, mas não 30.

Henrique

O que eu vou dizer aqui vai ser muito negativado mas tem que ser dito:
A indústria de defesa no Brasil não tem viabilidade.
Com umas duas décadas perdidas, uma produtividade que não cresce há uns 40 anos, um sistema político disfuncional e um sistema educacional péssimo, não tem jeito, não adiante querer ter projeto de defesa.

Last edited 1 ano atrás by Henrique
Nick

“previsão de ser concluída em 2025” Em 2025. Fala sério o MANSUP é basicamente um clone do Exocet 2, ao menos já deveriam ter atualizado o projeto com um alcance mínimo de 200KM (seja com motor turbojato/turbo fan) ou um motor foguete de 2 estágios).
Além do que para aumentar a capacidade de SOBREVIVER aos CIWS atuais e futuros, seu RCS e assinatura térmica já deveriam fazer parte do projeto. Enfim aqui é Brasil. É rezar que se houver um novo conflito mundial não respingue nada por aqui.

Bosco

O RCS de míssil guiado por radar não tem como ser reduzido substancialmente por conta do radome do míssil ser “transparente” ao radar do navio. Para que isso ocorra há de se ter um seeker passivo. De quebra um seeker passivo não faz soar os alarmes do CIC referente ao sistema de apoio eletrônico que detecta a emissão de RF. Esse é um dos grandes problemas dos mísseis supersônicos e hipersônicos antinavio que geralmente têm que adotar seeker radar já que a alta temperatura gerada pelo atrito em alta velocidade no nariz do míssil “ofusca” um seeker de imagem térmica.… Read more »

Nick

Caro Bosco,

O NSM que pode ser considerao o estado-de-arte dos misseis antinavio tem o nariz com sensor passivo? Ele parece ser facetado(para diminuir o rcs) e não sei se ele possui algum sensor ótico para a fase final.

Bosco

Nick, Sim! O NSM tem um sensor de imagem térmica, com a vantagem de ter capacidade ATR (reconhecimento autônomo do alvo). Ou seja, ele consegue discernir um alvo “válido” de um navio civil. Daí nem colocaram um data-link nele por conta de não ser necessário a atualização de meio curso. Interessante é que conseguem fazer uma janela transparente ao IV mas opaca para o radar. Só de curiosidade, uma forma de reduzir o RCS de mísseis guiados por radar é utilizando um radar de varredura eletrônica (PESA/AESA) que pode se montado inclinado no nariz do míssil de modo a refletir… Read more »

Bosco

Em termos de estado da arte sem dúvida o NSM é um digno representante do estado da arte em mísseis antinavios subsônicos (ficando um pouco atrás do LRASM) que tendem a ser “stealth” e que novamente se mostram capazes de penetrar as defesas de um navio bem protegido com um único tiro. Mísseis subsônicos não furtivos em tese exige um ataque de saturação para ser bem sucedido contra um oponente bem preparado. Em relação aos mísseis de alta velocidade (não subsônico) , que não têm como serem stealth, basicamente há dois tipos, os semibalísticos (motor foguete) e os de cruzeiro… Read more »

Bosco

Claro, não esquecendo uma terceira classe de mísseis antinavios de alta velocidade que é a dos “balísticos” como por exemplo o DF-21D.

Nick

Caro Bosco,
Grato pelo Feedback. Sobre o DF-21D uma ogiva “caindo” à 11.000km/h nem precisa de carga explosiva. Será que daria para interceptar na fase terminal, digamos à uns 4/5km de altitude praticamente na vertical? Sei não hem….hehehe

Abraços

Bosco

Nick, Não se pode esquecer que para um DF-21D ser útil há de se completar uma complexa cadeia de eventos que é passível de ser percebida e de ser bloqueada, principalmente levando-se em conta a capacidade de um CSG nucleada em um PA. Além disso e além da interceptação física do míssil, há a soft kill, que busca interferir no seeker do dito cujo e sabemos duas coisas: muito provavelmente o seeker do DF-21D é radar ativo; um míssil veloz é mais sensível à ECM que um míssil menos veloz. Outro fator é que a interceptação de um míssil balístico… Read more »

Bosco

Quem foi esse filho de santa que me deu um dislike. Se eu descubro eu juro que vou fazer uma oração pro infeliz.

Bosco

Só uma correçaõ, o CIC de um PA é denominado de CDC (Centro de Direção de Combate).

Henrique

Qual o ganho de torrar uma montanha de dinheiro em algo que já na prancheta é obsoleto?

glasquis 7

Experiência e expertise.

Se conhecem os processos do desenvolvimento e isto deve gerar as capacidades pra, num futuro, desenvolver um produto de boas capacidades como já ocorreu com o A 29 mas, lamentavelmente a continuidade joga um papel primordial nesta equação e tem se mostrado um fator decisivo e no caso do Brasil, ausente. O que tem acarretado a perda destas capacidades. Mas, de qualquer forma, o desenvolvimento de armamento desta magnitude representa um avanço gigantesco. Rezo par ter continuidade.

Fernando "Nunão" De Martini

Há dezenas de matérias sobre o MANSUP aqui, seria legal a maioria dar uma pesquisada antes de comentar, pois muitas criticas estão baseadas em premissas erradas em relação ao programa, suas motivações originais etc. Concorde-se ou não com essas premissas que nortearam o início do programa há cerca de 10 anos (e elas podem e devem ser avaliadas e criticadas se os planejadores estavam corretos ou não ) é preciso saber as mais importantes para entender o projeto e o que ele buscou / busca: – Exocet é o míssil antinavio padrão da MB há décadas, com infraestrutura de apoio,… Read more »

Last edited 1 ano atrás by Fernando "Nunão" De Martini
João Adaime

“é obsoleto e tem que partir do zero”
Caro Nunão, aqui vou discordar de você.
Qualquer projeto, seja de vida ou tecnológico, recomeçar não é partir do zero. Mesmo falhando, você já terá experiência acumulada.
Quanto ao resto, parabéns pelo artigo.
Abraço

Fernando "Nunão" De Martini

De fato. Abraços

IBZ

Uma dúvida que tenho, se alguém puder me responder: por que os mísseis anti navio ainda são lançados de uma posição diagonal? O método de lançamento vertical desses mísseis não é melhor? É alguma limitação técnica desse tipo de arma ou é uma questão mais de custos?

Fernando "Nunão" De Martini

Em geral, esse tipo de lançador nessa posição se mostrou mais adequado ao perfil de lançamento de um míssil que depois vai assumir trajetória rente ao mar. Nasceu assim e se consolidou, numa época em que não havia ainda os lançadores verticais disseminados como hoje. Há casos que fogem à regra, como mísseis Harpoon armazenados em magazines para uso em lançadores conteiráveis de mísseis antiaéreos, ou em células de lançador conteirável de Asroc (antissubmarino). E há o outro lado da moeda, como o Tomahawk que todo mundo é acostumado a ver em silos verticais, instalado em alguns navios em lançadores… Read more »

Bosco

IBZ,
Complementando o Nunão, há o aspecto de que mísseis antinavios médios devem poder “caber” em pequenas embarcações de ataque (FAC) tão pequenas quanto 200 toneladas e que não dispõem de sistemas de lançamento vertical.

Ander

Isso me cheira daqui a uns 02 anos recebermos a notícia que foi cancelado como Ardater, Piranha, Missil anti radiação etc etc etc.

Control

Srs Bons projetos e seus consequentes produtos são o resultado do trabalho de equipes coesas e motivadas com coordenação empenhada em resultados reais capazes de atender as necessidades que induziram a criação do projeto. Naturalmente há a necessidade de dinheiro, mas seu volume tende a ser menor do que o dispendido em projetos envolvendo N grupos/entidades/empresas que, em geral, produzem infinitas reuniões, N relatórios e lindas apresentações por longos anos, acabando, no final por chegar a resultados pífios. Aliás, projetos lançados com pompa e circunstância, envolvendo N interessados podem ser considerados como fracassos anunciados, pois visam a promoção de alguns… Read more »

Grifon Eagle

Excelente!!!