Vindhyagiri, a sexta fragata stealth do Projeto 17A sendo construída no GRSE, foi lançada hoje (17/8) no estaleiro pelo Hon’ble Presidente da Índia, Smt Draupadi Murmu. Enquanto a Vindhyagiri descia nas águas do rio Hoogly, uma onda de euforia varreu a reunião.

Dignitários, pessoal da Marinha, construtores navais e espectadores se uniram em seus sinceros aplausos, em admiração à embarcação e à equipe por trás de sua criação. Shri CV Ananda Bose, Hon’ble Governador de Bengala Ocidental, Sra. Mamata Banerjee, Ministro-Chefe de Bengala Ocidental, Shri Ajay Bhatt Raksha Rajya Mantri, Almirante R Hari Kumar, Chefe do Estado-Maior Naval, outros oficiais superiores da Marinha Indiana e MoD, estiveram entre as várias personalidades que estiveram presentes na cerimónia de lançamento.

O M/s GRSE se estabeleceu como um parceiro confiável da Marinha Indiana, com um histórico de vários lançamentos convencionais bem-sucedidos no passado. O lançamento da Vindhyagiri é mais um marco na ilustre jornada do estaleiro, refletindo seu compromisso de entregar navios de guerra de qualidade. Após o lançamento, a Vindhyagiri se juntará a seus dois navios irmãos no Outfitting Jetty no GRSE, para prosseguir com as atividades restantes e testes de equipamentos, antes da entrega e comissionamento.

As Fragatas do Projeto 17A são a classe seguinte das Fragatas do Projeto 17 (Classe “Shivalik”), com recursos furtivos aprimorados, armas e sensores avançados e sistemas de gerenciamento de plataforma. Sete fragatas do Projeto 17A estão em vários estágios de construção no MDL e GRSE.

O design das Advanced Stealth Frigates também mostra as proezas do Warship Design Bureau, em projetar navios de guerra tecnologicamente avançados para a Marinha Indiana. Com o lançamento, o conhecimento local e as capacidades de engenharia da nação recebem um grande impulso, reduzindo a dependência da Índia de fornecedores estrangeiros, promovendo a autossuficiência e fomentando uma robusta base industrial de defesa.

Mais de 75% dos pedidos do Projeto 17A foram feitos a empresas locais, incluindo MPMEs, mantendo-se alinhados com a visão do governo de ‘Aatma Nirbhar Bharat’. O desenvolvimento econômico, a geração de empregos, o crescimento das MPMEs e da indústria auxiliar no país são reflexos positivos do projeto de construção naval.

Durante o evento, a Hon’ble Presidente da Índia transmitiu sua profunda satisfação e sincero apreço pelas realizações notáveis do Warship Design Bureau e outras equipes navais, por cumprir a aspiração da nação de autossuficiência na construção de navios de guerra. Ela também elogiou a GRSE por seu compromisso inabalável e apoio constante à produção de navios de guerra.

O esforço do estaleiro permitiu significativamente que a Marinha Indiana executasse com sucesso seu plano de indução de navios e emergisse como uma força formidável na região do Oceano Índico. Enfatizando o significado da recém-batizada Vindhyagiri, ela esperava que, quando a Vindhyagiri tocasse as águas do poderoso Hooghly pela primeira vez, extraísse força das próprias montanhas que lhe deram o nome, navegando com determinação inabalável, defendendo os queridos valores que defendemos. Que este navio de guerra sirva como um poderoso testemunho de nossa determinação e compromisso com a segurança nacional e nossa visão de um futuro próspero e seguro.

FONTE: Ministério da Defesa da Índia

Subscribe
Notify of
guest

50 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Esteves

“Capacidades para projetar e construir a maioria dos navios de guerra modernos do país. Atualmente, o estaleiro está construindo 03 Fragatas Avançadas P17A, 04 Navios de Pesquisa (Grandes), 08 Anti-Submarine Warfare Shallow Water Crafts, 01 Fast Patrol Vessel, 01 Ocean Going Passenger and Cargo Ferry para a República Cooperativa da Guiana e 06 Barcos de Patrulha para o Governo de Bangladesh. Levando adiante a Iniciativa Make in India do Governo, os ASW Corvettes e LCUs entregues pela GRSE nos últimos anos, tiveram um conteúdo indígena de mais de 90%, um grande passo para alcançar a autoconfiança no design e construção… Read more »

André Macedo

Outro estaleiro deles concorreu ao projeto das Tamandaré, fico imaginando em que foram considerados inferiores em relação aos alemães, lembro de algo ser relacionado a eles terem oferecido basicamente um OPV aumentado.

Esteves
André Macedo

2800t de deslocamento? É literalmente um OPV aumentado kkkkkkkk

André Macedo

Se bem que era pra ser uma corveta né, a Barroso nem tem isso.

Esteves
André Macedo

Sim, tava apressado pra voltar pra casa e não li direito, peço desculpas kkkkk

Fernando "Nunão" De Martini

Se está falando de outro (além do mencionado na matéria) foi o Goa Shipyard Limited – GSL, cuja propoata era a construção do projeto da MB / CPN.

O OPV eles ofereciam como parte de acordos de offset e transferência de tecnologia.

Dragonov

Acho que o estaleiro deles não tinha muito conhecimento para fabricar um navio “pequeno” com tantas acomodações de pessoal e cabine especial para tantos oficiais !

L Grande

É muito interessante a índia investir em poder naval. Desde a batalha naval de Diu, em 1500. Nenhuma potência do oriente conseguiu vencer as forças navais do ocidente em uma batalha naval. Apenas o Japão em 1904 contra a Rússia. Com navios e ensinamentos da Inglaterra. E o Japão na segunda G mundial. Tirando isso desde 1500 nenhuma nação do oriente, China, índia, Java, Malaca, etc. Nunca conseguiram fazer frente as potência ocidental. Vamos aguardar. Muito interessante.

Fernando Vieira

Essa batalha do Japão contra a Rússia em 1904 nem deveria contar. Os russos cometeram tantos erros que os japoneses nem precisaram fazer muita coisa.

Jagdverband#44

Os russos são ocidentais?
Outra coisa…. a Índia não está muito preocupada com nenhuma marinha ocidental ecsim com a chinesa.

Carlos Campos

sim, são europeus, e naquela época mais ainda, eram mais ainda, tinham até boas relações com EUA

Jefferson Ferreira

Na concepção moderna de ocidentais não faz não e a própria Russa fala isso!

Marcos

Ocidental ou não depende de onde colocamos as linhas, como sao orientadas essas linhas e de quanto voltamos no tempo
Se ela passar por aquele famoso bairro ingles nem a França é ocidental…
Se passar por Berlin voltamos a 1988 no minimo…
Talvez a linha mais atual seja bem curva…
Ocidente Livre é o que chamariamos de EUA e seus parceiros mais alinhados.
Deixou de ser um conceito geografico para se tornar um conceito geopolitico: Cultura Eurocentrica, Rico, Desenvolvido, Democratico, Estado de Direito, Liberdades Individuais. Estabilidade politica…
Ainda que muito desejasse o Brasil não se enquadra. Nem a Rússia.

L Grande

O império britânico investiu no poder naval do Japão, para fazer frente primeiro ao império Russo e também ao poder naval americano no pacífico. É lógico que o Japão abraçou a ideia. Na década de 2020 e 30 os EUA lançaram os planos de guerra laranja e vermelho para uma guerra mundial contra o império britânico e o Japão. Esse plano incluía a anexar o Canadá para se transformar em um estado dos EUA. Mas os desdobramentos mundial posterior, impediu os EUA de anexar o Canadá. Muito interessante. AVISO DOS EDITORES: 6 – Mantenha-se o máximo possível no tema da… Read more »

deadeye

Que inveja – boa – da ìndia

Esteves

Lembro das propostas que fizeram para a licitação das Tamandarés. Muitos comentários sobre uma “pequena capacidade” dos estaleiros indianos em ofertar navios modernos e capazes.

Entre os comentários guardei uma opinião contrária a esse senão sobre a competência dos estaleiros indianos. Bardini disse que eram bons.

Ta aí. São capazes.

Jonathan Pôrto

Enquanto isso na MB…

Esteves

Enquanto isso temos nosso cronograma com a ThyssenKrupp Estaleiro Brasil Sul em Itajaí.

Gabriel BR

Os indianos possuem projetos interessantes de navios de patrulha oceânica …

Emmanuel

A Índia está de parabéns e o Brasil que corra atrás. Índia investindo em formação e tecnologia. Esse é só um dos resultados. Porque o Brasil não tem a mesma capacidade tecnológica? Resposta da internet: “O problema – a falta de engenheiros – é notório, por um simples dado: o Brasil forma cerca de 40 mil engenheiros por ano -, um número até certo ponto ridículo, quando comparado aos da Rússia, Índia e China, 190 mil, 220 mil e 650 mil, respectivamente.” Não reclamem da Tamandaré. Deem graças a Deus. Está totalmente dentro da nossa pobre realidade tecnológica de construção naval. Comprar… Read more »

Aéreo

Não adianta formar mais engenheiros por dois motivos.   1- Não haveria emprego para todo mundo nesta economia baseada em comodities e serviço. Somos uma economia que emprega muitos caminhoneiros, caixas de supermercado, atendentes de farmácia, trabalhador rural, pedreiro e proporcionalmente poucos engenheiros e técnicos realmente especializados.   2- Há uma lacuna de qualidade educacional nas séries iniciais, pouca gente realmente sai do ensino médio e tem condições de frequentar cursos de engenharia de universidades de primeira linha. Isto eu conheço bem, porque leciono engenharia em Universidade Federal. Aumentar a oferta de cursos “hard” como engenharia só geraria mais analfabetos… Read more »

Kornet

Sei que fugiria do tema,mas vc sendo um professor de UF poderia falar melhor,pois parece que depois que um certo ParTido chegou ao poder as federais pioraram muito,viraram uma espécie de madrassa pública na função de formar militantes.

Aéreo

Não diria que foi depois que o PT chegou ao poder. Na verdade a esquerda sempre foi atuante dentro das universidades, isto desde o período militar. Também é necessário separar o que é chope e o que é espuma. Nos cursos de humanas há de fato uma predominância de professores e alunos que possuem identificação com a esquerda. Não são todos, mas eu diria que é uma maioria. Ocorre que as universidades são amplas e complexas. Por exemplo nos cursos nas áreas de saúde, exatas e tecnologia, que somamos são maiores que os de humanas, não há nem de longe… Read more »

Kornet

Obrigado pela resposta,mas, infelizmente,não dá para debater aqui um assunto tão complexo como a falência e fábrica de doutrinação que viraram as UF e institutos técnicos federais.

Esteves

Debate político…isso não é bom aqui.

Aéreo

Eu respondi a sua questão, de forma a não cair em nenhum debate ideológico, mas o texto foi para a moderação. Então se o texto não aparecer, não é porque deixei de responder rs

Esteves

O varejo vem em crise desde o seu apogeu ainda nos anos 2010 com maior impacto em 2012 ano da crise fiscal que não acaba. Caixas de supermercados estão em regime de substituição por operações automáticas dentro das lojas, aplicativos, redes de autoatendimento, entregadores e…sumidouro de grandes lojas como hipermercados. Outras operações seguem crescendo 10% ao ano…farmácias e drogarias que atravessaram muito bem a pandemia transformando-se de conveniência para pegue&pague. Nessa semana precisei de farmacêutico para aplicar uma receita. Não havia, não houve e não há. Foi necessário visitar 10 para encontrar 1. É um festival de vitaminas, imunidades, dermocosméticos… Read more »

Aéreo

59% dos engenheiros estão nos bancos”

Isto é verdade. Tem uma colega que faz doutorado no ITA, ai ela me disse que nas semanas acadêmicas os bancos colocam suas “barraquinhas” e começam a recrutar, e que hoje saem mais engenheiros do ITA para banco que para a Embraer.

Ai perguntei pra ela: “Nossa, as pessoas trocam a Embraer pelo Itaú?” E ela sorridente me disse;

“Pelo inicial próximo aos 20 mil você também não trocaria?”

Esteves

Consequência da concentração da demanda no sistema financeiro…mais exatamente em fintechs, aplicativos e mobilidades, investimentos on line, bancos digitais e moedas virtuais.

O Real digital irá reduzir as transações com moeda em papel…que tende a desaparecer juntamente com a Casa da Moeda.

Mais empregos perdidos em uma ponta…outros empregos em outra ponta.

Carlos Crispim

Faz um concurso público de 3 grau, estabilidade, gratificações, encargos especiais, várias férias no ano, viagens, congressos, tudo pago pelos pagadores de DARF.

AVISO DOS EDITORES:
LEIA AS REGRAS DO BLOG.
https://www.naval.com.br/blog/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Carlos Crispim

Tudo isso culpa da desastrosa educação paulo freiriana, as universidades públicas com orçamentos bilionários, resultados pífios, formando militantes prioritariamente em ciências humanas, e continua cada vez pior, conheço uma pública estadual que só está preocupada em promover eventos trans, ideologia de gênero e defesa de cotas, só pensam nisso. Recentemente surgiu a idéia luminar de colocar educação sexual nas escolas, Enquanto isso do outro lado do mundo os governos sérios estão diminuindo as faculdades de humanas e aumentando as cargas tecnológicas priorizando matemática, física , quantica, robótica, IA e etc. China super na frente, baixou até uma lei proibindo a… Read more »

Esteves

Debate ideológico…isso não é bom aqui.

Joaquim Marques Lisboa

Alô Crispim, a tal da “educação paulo freiriana” se concentra na alfabeitzação… Melhor buscar mais informação do que repetir o que ouviu por aí.

E pelo jeito você conhece pouco ou nada sobre as universidades públicas. Já entrou em uma?

Franz A. Neeracher

Concordo com você.

No Brasil, acha-se com facilidade muitos engenheiros bons e qualificados (apesar de existir muitos diplomados incopetentes), mas é difícil se encontrar um bom eletricista, pintor, encanador, carpinteiro ou pedreiro.

O governo deveria investir mais no ensino técnico de qualidade……hoje existe muita faculdade de baixa qualidade….

Joaquim Marques Lisboa

Não se faz um país com técnicos, ainda mais mal pagos. Ou querem engenheiro com salário de técnico?

Franz A. Neeracher

Você não entendeu o que eu escreví.

Mas resumindo, um país precisa das duas coisas.

Emmanuel

Não é…claro.
Só porque sobram vagas em todas áreas, pelo fato de não termos engenheiros suficientes, que precisamos de engenheiros.

Aéreo

Oque já deu certo no Brasil em termos de indústria de defesa? Embraer, Engesa e Avibras. Oque elas tinham em comum? 1-     Domínio do ciclo de projeto, desenvolvimento e comercialização 2-     Busca por mercados externos Industria de defesa é isto, projetar, produzir e disputar mercado. Esta conversa de sustentar subsidiaria da Elbit, Airbus Helicopters, Thales, SAAB, IVECO é muito bom pra estas empresas em suas matrizes que tem aqui mais um mercado a ser explorado. Isto não é indústria de defesa, é compra de propriedade intelectual externa com montagem final nacional. Produzir submarinos sob licença é algo que já temos mais de… Read more »

Esteves

Antes da Embraer virar o que é e vamos recordar que ela quase foi sucateada para a Boeing, foi uma estatal. Hoje a empresa ataca margens para mostrar-se competitiva. Estamos aprendendo a montar aviões de combate com os suecos que não são lá grandes produtores.

A Engesa fabricou veículos confiando nos preços reduzidos das manutenções provenientes de motores diesel alemães. Natividade nenhuma.

A Avibras esta falida.

O modelo de matrizes lá e montagens aqui é o mesmo desde os anos 1950. Transferimos royalties e direitos até para produção de pneus.

O Osório…Tava sumido esse menino…nunca passou de um protótipo.

Oséias

A unica coisa que não entendo porque a relação comercial do Brasil com a India é tão pequeno. A India deveria ser um dos nossos maiores parceiros comerciais. Mesmo com o Brics esse comercio é muito pequeno perto do potencial de cada pais. Acorda Itamaraty.

Esteves

Barreiras culturais, geográficas, geopolíticas.

Poucas afinidades. O Brasil é um país agrário. A Índia ruma para a modernização e a industrialização.

Dragonov

Parabéns Índia.
Que sirva de lição para o Brasil.

Edu

Por falar em construção naval como vai a Tamandaré ? Depois do batimento de quilha em março não saiu mais nenhuma notícia ou alguma foto de alguma seção construída… não tem mais nada ?

Esteves

Em breve.

Fernando "Nunão" De Martini

O estaleiro não é muito dado a divulgar fotos. Volta e meia aparece uma imagem de um dos blocos construídos, quando da visita de alguma comitiva, mas não dá pra saber exatamente se é um bloco que já foi fotografado ou um novo. Não divulgam fotos em ângulos mais panorâmicos – pelo menos eu nunca vi. Porém, sobre informações da construção, em abril a Emgepron informou em suas redes sociais que havia cerca de 30 blocos em construção e que, em maio, 50% das unidades estavam em construção. Também informou que em junho estavam preparando a instalação dos 4 motores,… Read more »

Esteves

“O Exército Indiano é responsável por mais da metade do orçamento total de defesa da Índia, com a maior parte das despesas indo para a manutenção de acantonamentos, salários e pensões…” A maior parte. Mas não 88% como no nosso caso. A Marinha da Índia fica com 15%, o Exército com 56%, a Força Aérea com o restante do orçamento de Defesa. Quem imaginou que os resultados na construção naval viessem de privilégios no quinhão das verbas orçamentárias…errou. O orçamento da Marinha é o menor. Bem…bom…se eles picam a maior parte da grana com salários e pensões (ok, não 88%)… Read more »

Bruno Vinícius

A Índia é uma potência regional e global em criação. Muito provavelmente irá, até o final do século, alçar ao título de maior economia do planeta.

carvalho2008

No quesito aeronautico, não era favoravel a qualquer aventura de ffornecimento indiano ao Brasil, o Tejas por exemplo, era um projeto de tecnologia e não necessariamente comercial, o que lhe deixava caro para o tipo.

Ja no segmento de misseis e navios, acho uma boa do ponto de vista estrategico.

Isto porque a India baseia sua independencia tecnologica como ponto central e seria um fornecedor com maior imunidade a embargos, eles consideram isto um ponto de honra em sua cadeia…e isto pode ser uma segurança ao Brasil em alguns pontos…