Mísseis de ponta da Marinha Real – recentemente usados para abater vários drones hostis no Mar Vermelho – receberão melhorias significativas através de um programa de atualização que apoia centenas de empregos no Reino Unido, anuncia Secretário de Defesa

Crucial para defender marinheiros, frota de superfície e ameaças aéreas, o sistema de Defesa Aérea Sea Viper será atualizado com mísseis atualizados, apresentando uma nova ogiva e atualização de software que permitirá derrotar ameaças de mísseis balísticos. O sistema protegerá o Grupo de Ataque de Porta-Aviões do Reino Unido e pode rastrear, mirar e destruir uma variedade de ameaças aéreas a mais de 70 milhas de distância.

Com um valor de 405 milhões de libras, os contratos farão do Sea Viper o sistema de defesa aérea naval mais capaz já desenvolvido para a Marinha Real, investindo em uma capacidade vital usada nas últimas semanas para proteger uma das rotas de navegação mais movimentadas do mundo de múltiplos ataques de drones.

As atualizações dos mísseis compreendem três contratos concedidos à MBDA UK, incluindo dois para aprimorar significativamente a capacidade do Sea Viper a bordo dos navios de guerra Type 45, e um terceiro para cobrir o suporte aprimorado em serviço e a disponibilidade do sistema pelos próximos cinco anos.

Ao investir ainda mais em nossa indústria de defesa líder mundial, os contratos também apoiarão a prioridade do Primeiro-Ministro de crescer a economia, sustentando 350 empregos no Reino Unido, incluindo funções de tecnologia altamente qualificadas em Stevenage, Cowes, Bristol e Bolton.

O trabalho incluirá funcionários da MBDA em todo o Reino Unido, França e Itália, trabalhando ao lado de colegas da BAE Systems.

Os destróieres Type 45 da Marinha Real estão entre os mais avançados da frota e realizam uma variedade de atividades, incluindo defesa contra ataques aéreos, operações de combate à pirataria e fornecimento de ajuda humanitária.

O Secretário de Defesa, Grant Shapps, visitou esta semana o HMS Diamond no Mar Vermelho, onde recentemente usou mísseis Sea Viper para abater vários drones de ataque, como parte da força-tarefa internacional liderada pelos EUA, Operação Prosperity Guardian.

Junto com o HMS Diamond, a força-tarefa atualmente inclui três destróieres dos EUA, e um navio de guerra francês também está na região. Todos estão operando atualmente no sul do Mar Vermelho, com a parceria multinacional focada em proteger a liberdade de navegação, o comércio internacional e a vida humana, combatendo atores não estatais ilícitos em águas internacionais.

HMS Diamond – D34, destróier Type 45

As melhorias no Sea Viper visam fornecer Capacidade de Defesa contra Mísseis Balísticos para combater ameaças mais complexas, ao mesmo tempo que oferecem uma oportunidade para mais atualizações e capacidade aumentada a serem incorporadas em sistemas futuros.

A fase inicial do contrato atualizará os mísseis Aster 30 existentes da Marinha Real para o Aster 30 Block 1, que permitirá defesa contra ameaças de mísseis balísticos anti-navio, e verá modificações no Radar Multi-Funções (Sampson), sistema de Comando e Controle e Sistema de Gerenciamento de Combate da frota.

A fase subsequente da evolução do Sea Viper avaliará a introdução do novo míssil Aster 30 Block 1NT. Atualmente em desenvolvimento com França e Itália, ele apresenta um novo buscador que aprimoraria ainda mais as capacidades de defesa contra mísseis balísticos dos destróieres Type 45 do Reino Unido.

As melhorias na frota de destróieres Type 45 devem atingir a capacidade operacional plena até o outono de 2032.

FONTE: des.mod.uk

Subscribe
Notify of
guest

33 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Abner

Uma pergunta a MB escolheu o SEA CEPTOR (CAMM) para as FT.

Numa atualização futura do sistema a MB pode optar por essa atualização?

Ou são categorias diferentes de mísseis?

Fernando "Nunão" De Martini

Sea Viper não tem parentesco próximo com o Sea Ceptor. Sistemas diferentes, mísseis diferentes. O sistema Sea Viper é de mísseis para defesa de área (família Aster), com longo alcance para defender o próprio navio e toda uma força-tarefa. Esses mísseis são dependentes de silos lançadores de maior profundidade, além de radares maiores, mais pesados e mais potentes nos navios. Tudo isso também exige que os navios tenham maior porte para utilizar esse sistema e manter a capacidade oceânica conforme o volume e o peso de todos esses sistemas. Já o Sea Ceptor é um sistema com mísseis (CAMM) de… Read more »

Dalton

Nunão, complementando e nada que você também não saiba a “família Aster” tem dois tipos de mísseis o Aster 30 de longo alcance, mais de 120 km e também o Aster 15 com cerca de 30 km de alcance e performance muito similar a do Sea Ceptor.

Fernando "Nunão" De Martini

Obrigado pelo complemento, Dalton.

Carlos Crispim

Para as nossas fraguetas o sea ceptor está de muito bom tamanho,mas bem que podiam ter escolhido o aster 30, assim,num futuro, quando a MB comprasse navios maiores e mais capzes, partir para o viper.

Dalton

Nada impede que futuramente se tenha o Aster 30 independente de se ter preferido agora o Sea Ceptor ao Aster 15.

No One

Impede sim , mestre Dalton . As nossas Tamandaré não possuem vls aptos a abrigar os ASTER 15 ou 30 que são mísseis maiores, com desempenho superior ( que não é definido apenas pelo alcance) e muitos mais caros. Pode ser feito ? Pode, mas não foram pensadas desde o começo para utilizar esses mísseis de alto desempenho que muito provavelmente irão exigir inúmeras modificações. Tanto no hardware como no software do navio. O Camm é um ótimo míssil, mas pensado desde do começo para ser econômico. Não existe mágica. É um míssil muito mais leve, econômico e com capacidade… Read more »

Dalton

Me parece que o Carlos mencionou o “Aster 30” para futuros navios
maiores que a Tamandaré então é coisa para a década seguinte mas é bom agilizar isso porque eu não estou ficando mais jovem ! 🙂

No One

Sim, lhe entendo… Só peguei a liberdade para especificar que embora Aster 15 e CAMM possuam alcances quase similares, são mísseis de conceito e desempenho diferentes.

Eu particularmente não acredito que as nossas corvetas receberão essas modificações. Talvez futuras fragatas.

Dalton

Li que o Sea Ceptor apesar de menor que o Aster 15 oferece capacidade similar por conta de avanços tecnológicos que permitiram
avanços na guiagem e propulsão, tipo, fazer mais em um espaço menor, seja como for, é o que se terá por um bom tempo !

Fernando "Nunão" De Martini

Além disso, uma das vantagens do Sea Ceptor / CAMM para navios menores é o lançamento a frio.

No One

Como defesa de ponto o CAMM é superior e preferível, por n motivos, um deles foi citado pelo Nunao, que é lançamento a frio. Os custos, as dimensões, o peso, permitindo embarcar um maior número de mísseis. Os custos são inferiores tanto na aquisição quanto na manutenção. O lançamento a frio causa um menor desgaste. Sempre o lançamento a frio permite que o míssil saia do lançador com menor potência e aceleração, portanto quase de imediato sai apontando para o alvo. Para a defesa de ponto é otimo. ASTER 15 ou 30, são pensados para alvos de alto valor, no… Read more »

Hcosta

Se não me engano, vão instalar vls do Sea ceptor, descartarem os Aster 15 e transportarem mais Aster 30 no SYLVER

Dalton

É isso mesmo, mais espaço para o “Aster 30” e segundo li se perderá uma
sala de ginástica com esteiras e bicicletas ergométricas situada bem no local onde os futuros mísseis serão instalados !

Fernando "Nunão" De Martini

Na verdade a academia de ginástica é que ocupou, improvisadamente, o local reservado para a expansão dos silos verticais rsrsrs

Em navios, qualquer espaço vazio é sempre ocupado de uma forma ou de outra…

Dalton

Tomara encontrem outro local para ela – não muito fácil – ou distribuam o equipamento de ginástica para outros locais pois trata-se de coisa importante para o moral ainda mais quando se tem desdobramentos durando muitos meses.
.
Em NAes da US Navy adicionaram equipamento de ginástica até nos hangares aproveitando um pouco a redução da Ala Aérea conforme uma foto que vi tempos atrás.

Fernando "Nunão" De Martini

Sempre se acha espaço para uma bicicleta ou esteira ergométrica.

Como já comentei algumas vezes, na Barroso “acharam” espaço pra elas bem no fundo do hangar, numa área pequena sob curvas da tubulação de exaustão, que passa pelas laterais desse fundo do hangar, rumo à chaminé.

Abner

Entendi Nunão, pensei que fossem da mesma família de mísseis e por isso poderia receber essa atualização. Obrigado pela resposta.

Fernando "Nunão" De Martini

De nada.

Sistemas de mísseis antiaéreos britânicos para emprego naval tradicionalmente são “sea alguma coisa”, mas são de vários tipos (e épocas) e em geral um não tem nada a ver com o outro.

Sea Slug, Sea Cat, Sea Dart, Sea Wolf, Sea Viper, Sea Ceptor.

Abner

Nunão quais se tiver são os armamentos da FT para ataque ao solo/terra ?

Ex: Os Tomahawk.

Bosco

Abner,
Sem querer me meter na conversa, mas a única arma da futura Tamandaré com capacidade de ataque a terra será o canhão de 76 mm.
Muito provavelmente o CAMM possui alguma capacidade residual de ataque a alvos na superfície (embarcações, etc.).
O Mansup não tem um canal GPS e portanto não é habilitado a atacar alvos fixos em terra como alguns mísseis antinavios mais avançados.

Fernando "Nunão" De Martini

Abner,
Não foram especificados mísseis para ataque a alvos terrestres.

Veja as especificações aqui:

https://www.naval.com.br/blog/2021/06/10/fragatas-classe-tamandare-estao-em-fase-avancada-de-configuracao/

Rui Mendes

Os lançadores verticais dos aster 15, aster 30 ou mdcn, que são os silver 43, silver 50 e 70, cada célula pode levar 4 mísseis camm.
Com estes lançadores verticais Silver ou o Mk41, pode-se levar 1 por célula dos mísseis Áster ou Standard, mas também podem levar 4 mísseis por célula, de mísseis mais pequenos, como o Camm, essm, mica VL por exemplo.

Wagner Figueiredo

Fora de contexto…masssss.
Queria saber o que o cara sente ao negativar uma simples pergunta?
Pior, a resposta tbm!!! De boa Fernando …deixa só os likes

Fernando "Nunão" De Martini

Eu não mando nisso não.

Paulo Sollo

Lamentável é terem escolhido a versão mais perna curta entre os mísseis do sistema Sea Ceptor, a CAMM de 25 km de alcance. Sendo que existem a CAMM-ER de 45 km de alcance e a CAMM-MR de 100 km de alcance. E considerando que serão apenas 12 células VLS, o custo a mais nem seria tão relevante. Considerando o nível de  armamentos padrão das Fragatas de outros países e até mesmo de Corvetas mais bem armadas em relação ao alcance e quantidade, asTamandarés com estes mísseis e o MAN-1 com seus 70 Km de alcance não tem capacidade de enfrentar nenhum navio moderno… Read more »

Last edited 3 meses atrás by Paulo Sollo
Mercenário

O CAMM é 25KM+. Dizem que em testes já foi demonstrado alcance consideravelmente superior.

E o CAMM MR é um projeto entre Polônia e Reino Unido, ainda não disponível.

Bosco

Vale salientar que esses mísseis ainda serão do tipo “interceptador endoatmosférico” , ou seja, são utilizados na fase terminal.
Ao que tudo indica apenas a versão Block 2 BMD (não citada no artigo) é que terá capacidade “exoatmosférica” e poderá ser utilizada contra mísseis balísticos de alcance intermediário (IRBMs).

Esteves

Míssil tem que ser pontudo. Os ingleses devem aprimorar isso.

Leonardo

Quais mísseis podem ser lançados do VLS escolhido pela MB para as fragatas classe Tamandaré?

Fernando "Nunão" De Martini

Só CAMM (Sea Ceptor). Pelas ilustrações divulgadas, trata-se dos lançadores dedicados do sistema Sea Ceptor, que são silos bem mais simples porque não são preparados para lançamentos “a quente” (motor foguete acionado dentro do silo) nem têm interfaces para diversos mísseis.

Davi P.

Será que esses silos são capazes de receber as versões de alcance extendido do próprio Sea Ceptor?

Fernando "Nunão" De Martini

Não sei.