juan-carlos-i-l61-2.jpg

Nas fotos, o lançamento do BPE (Buque de Proyección Estratégica) Juan Carlos I (L61), da Armada Espanhola, em 10 de março de 2008.
O navio, cujo conceito foi aprovado em 2003 e a construção iniciada em 2005, é similar aos LHD da classe francesa “Mistral”. Ele tem 231m de comprimento e vai deslocar 27.000t carregado.
O BPE Juan Carlos I vai proporcionar um aumento na mobilidade das forças anfíbias, provavelmente substituindo os LST L-41 Hernán Cortés e L-42 Pizarro, da classe Newport(mesma do NDCC Mattoso Maia da MB); sua construção acontece num momento em que a Espanha assume mais responsabilidades no cenário internacional.
O navio poderá transportar uma força de combate de 900 fuzileiros navais e um total de 46 carros de combate. Operando como navio-aeródromo, poderá embarcar até 30 caças AV-8B Harrier II ou F-35B. Uma doca na popa pode transportar até quatro LCM ou um LCAC (Landing Craft Air Cushion).
O BPE Juan Carlos I será o primeiro navio da Armada Espanhola a ser equipado com propulsão diesel-elétrica, simultâneamente conectando motores diesel e turbinas a gás a um par de pods azimutais.
A Austrália vai construir dois navios derivados do mesmo projeto espanhol.

NOTA DO BLOG: Pouco a pouco os navios porta-aeronaves de assalto anfíbio estão se tornando os navios capitais do século XXI. Nada melhor do que colocar no mesmo navio as capacidades de transporte de aeronaves e tropas. Quando é que a Marinha do Brasil vai considerar seriamente o conceito, já que a projeção do País no cenário internacional tende a aumentar?

juan-carlos-i-l61.jpg


Assine a Trilogia Forças de Defesa!

Há mais de 20 anos, os sites Poder Naval, Poder Aéreo e Forças Terrestres proporcionam jornalismo especializado, acessível e independente sobre Indústria de Defesa, Tecnologia, História Militar e Geopolítica, com curadoria de notícias, análises e coberturas especiais. Se você é nosso leitor assíduo, torne-se um Assinante, apoiando os editores e colaboradores a continuarem a produzir conteúdo de qualidade, com total autonomia editorial.

Ou envie pelo WISE


Wise
Subscribe
Notify of
guest

26 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Ozawa

Tal conceito tem sido recorrente e exaustivamente debatido neste blog, com posição majoritária dos que defendem sua implementação na MB, em especial, quando vemos recursos drenados em um conceito convencional de navio-aeródromo, custoso e ineficaz no caso brasileiro, com sua prevalência, apenas, em marinhas de porte, como dos EEUU, conquanto este não dispense navios do gênero debatido neste post. É incompreensível a posição do alto-comando da MB na manutenção de um Nae convencional, ou CTOVL, à exemplo do São Paulo, onde, das duas uma, e ambas depõem sobre a capacidade de gestão da MB: a defesa antolhada do conceito como… Read more »

Ozawa

CORRIGIDO: Tal conceito tem sido recorrente e exaustivamente debatido neste blog, com posição majoritária dos que defendem sua implementação na MB, em especial, quando vemos recursos drenados em um conceito convencional de navio-aeródromo, custoso e ineficaz no caso brasileiro, com sua prevalência, apenas, em marinhas de porte, como dos EEUU, conquanto este não dispense navios do gênero debatido neste post. É incompreensível a posição do alto-comando da MB na manutenção de um Nae convencional, ou CTOVL, a exemplo do São Paulo, onde, das duas uma, e ambas depõem sobre a capacidade de gestão da MB: 1) a defesa antolhada do… Read more »

Bosco

Para um país “pobre” (8° economia) e do 3°mundo como o nosso (e continuará a ser enquanto grassar a corrupção, o desmando e o Brasil for a “República dos Compadres”) não podemos pretender que a nossa esquálida marinha tenha este tipo de navio. É claro que do ponto de vista puramente técnico isto é o que há de melhor. Ainda mais que podem ser configurados para operarem como Navios de Controle Marítimo quando necessário. Um outro desenho interessante é do porta aviões italiano Cavour. Como apenas alguns países centrais possuem condição de terem super porta-aviões o que os menos endinheirados… Read more »

Baschera

Onde se lê “A Australia vai construir dois navios..” , bem que poderia ser “O Brasil vai construir dois navios”.
Infelizmente ainda estamos longe…..
Sds.

Bosco

Com certeza ainda teremos os Cruzadores porta-aeronaves de assalto. Que serão como os Gioseppe Garibaldi, mas com docas para LCAC. Isto diminui a necessidade de escoltas.
E com a “facilidade” de se instalar lançadores verticais estes navios multifunção estarão aptos a proverem apoio de fogo e até defesa aérea de área.

Bosco

Até mesmo o LPD-17 (que é de outra classe de navio, não tendo o convês corrido, portanto não podendo operar os Harriers/F35) inicialmente foi planejado tendo 16 VLS Mk41 (para 32 ESSM e 8 Tomahawks) no convés de proa. Mas pelo jeito não vingou e acabou ficando apenas com os Mk44 e os RAMs.
Sds.

fernando

bom seria muito interesante so os fuzileiros navais brasileiros disposen de pelomenos 2 lhd desenvouvino no brasil ate mesmo por que acho q vamos precisar logo. mais tamben acho necesario criar um esquadrao de helicopteros para os fuzileiros principaumente de ataque e tranporte armado imaginen o super puma verçao armana e montada no brasil e o mangusta nos lhd poderiamos ezercer força en qualquer lugar da america do sul!

Farragut

Irretocável o comentário do Ozawa.

Fica o convite para discussões semelhantes em
http://tinta-sobre-ferrugem.blogspot.com/

Paulo Costa

As escoltas ,e patrulhas estão com a silhueta mais baixa,ao
contrário os mistos transportes e etc,estão aumentando os
conveses ao invés do comprimento.Vai entender…

Robson Br

Meu amigo Ozawa
Realmente este seria o navio ideal da MB para projeção de força. Como navio misto ele pode operar apenas como porta aviões ou como transporte de tropas e equipamentos. Mas no momento a MB necessita de formular uma doutrina de operações com aeronaves de combate de asa fixa. Concordo que os A4 não são~lá essas coisas, mas mdernizados poderia ser um grande avanço nesta área.

marujo

Em entrevista à revista Tecnologia&Defesa, o ministro Mangabeira Unger afirmou que o próximo porta-aviões brasileiro tanto pode ser um modelo convencional ou um BPE do tipo Mistral ou Príncipe das Astúrias, dependendo da MB. O que mostra que o assunto está sendo disuctido no âmbito do Programa Estratégico de Defesa.

Mahan

sonhaarr não custa naaadaa (samba enredo)… que beleza de navio!! Precisamos de um deste, novinho em folha, para o Fuzileiros Navais, e claro, com F 35 B!!

Tito

È só jogarmos Dangerous Waters que conseguimos equipar bem a MB

Bosco

Senhores, quem tudo deseja dorme chupando o dedo. Na atual fase da política nacional e da crônica falta de verbas para defesa e o pouco caso que o tema é tratado deveríamos ficar satisfeitos se conseguíssemos uma marinha costeira minimamente eficiente. Esta marinha não precisa de um navio de assalto anfíbio e nem tem condições de tê-lo. É melhor sermos realistas e ficarmos apreciando o navio dos outros. Além do mais não temos doutrina e nem necessidade de tal navio. O máximo que se espera dos fuzileiros navais na atual conjuntura são operações de paz em apoio à ONU. Nestas… Read more »

Robson Br

Meu amigo Bosco,
É bem sonhar. Este espaço é para dar sugestões. Os políticos sempre passam e as FFAA sempre continua. Apesar disso ou aquilo, temos evoluindo e muito.

konner

[“Bosco em 04 Ago, 2008 às 14:33″]

[” (…) É melhor sermos realistas e ficarmos apreciando o navio dos outros.
Além do mais não temos doutrina e nem necessidade de tal navio.(…) “]

Cuidado; foi raciocinado assim que chegamos ao estado lamentável em que estamos.

AJS

Caro Paulo Costa
Li em alguma publicação, que até a década de 70, a largura do convéz representava 1/10 do comprimento, e que a partir da década de 80, passou a representar 1/7 do comprimento.

Marinheiro Popeye

Qual seria a aeronave V/STOL que equiparia o navio brasileiro, caso o construíssemos ou o adquiríssimos?
No momento só tem uma o AV8B Harrier II ou os Sea Harrier estocados na Royal Navy. Pergunto, já sabendo a resposta negativa: os EUA nos venderiam tal equipamento, mesmo usado? A Grã-Bretanha, aliada fiel do Tio Sam, faria o mesmo?
O F35? Nem pensar!!! Ainda é MUITO AVANÇADO para nós, cucarachas!! Veto na certa do Congresso yankee!!!!!

Marinheiro Popeye

Outra alternativa: YAK-38??
KKKKKKKKK!!
YAK-141? Só se retomássemos seu desenvolvimento. A que custo?
Os russos se interssariam?
A versão STOL do F-35 baseou-se muito nele.

paulo costa

Ok,AJS,em 82 o Exocet atingiu o Atlantic Conveyor,que era maior que
as duas escoltas.Um alvo maior será melhor,deve ser uma rotina no
software do computador do Exocet,e do radar embarcado de busca.
Algumas marinhas aumentaram o costado das embarcações.Com certeza
estas não são linha de frente,mas continuam alvos maiores.

konner

Qual seria a aeronave V/STOL que equiparia o navio brasileiro?

Aí está a grande situação difícil de resolver.

AV-8B Harrier II — Inviável, idade/custo/manutenção

F35-B ————– Inviável, custo/embargo de armas e transferência/tecnologia

[“Marinheiro Popeye em 04 Ago, 2008 às 22:18”]

[“YAK-141? Só se retomássemos seu desenvolvimento.”]

Creio ser uma opção a ser estudada.

A Yakovlev tem tentado gerar interesse em reavivar o programa, incluindo uma versão avançada conhecido como Yak-43, uma evolução do Yak-41M ou 141M, mas ainda tem de encontrar interessados.

Rodrigo

Por favor, tenho uma grande duvida: no caso de nosso NA Sao Paulo, a aeronave AMXnão poderia ser usada…..
É apenas uma pergunta de um leigo!

konner

O AMX é essencialmente um avião de ataque ao solo, em condições de boa e média visibilidade.

Hà muitos anos,a FAB solicitou a EMBRAER um estudo sobre a possibilidade de uma versão naval do AMX e o custo ficaria entorno de US 200 milhões à época, imagine se fosse para uma versão embarcada, teria que ser um novo avião.

Totalmente fora de cogitação.

Bosco

Rodrigo, geralmente aviões para serem usados em porta-aviões devem ter asas maiores para maior sustentação em baixas velocidades exigidas para as decolagens e pousos, asas dobráveis para caberem nos elevadores, trem de pouso reforçado, gancho de parada, conexão para a catapulta no trem de pouso principal, ter melhor proteção contra a corrosão, ser mais robusto para aguentar literalmente o tranco dos pousos e decolagens, ter aviônica diferenciada com ênfase em operações navais, e de preferência ser multifunção e supersônico, etc. Ou seja, do jeito que ele está não tem jeito. Se forem feitas as mudanças necessárias como diz o Konner,… Read more »

[…] e o CIWS Goalkeeper, cada reparo tendo custado cerca de US$ 15 milhões. O Dokdo é semelhante ao Juan Carlos I da Espanha e ao destróier porta-helicópteros japonês Hyuga. O navio está pronto também para […]

[…] espanhóis ofereceram suas fragatas F-100, para serem os futuros escoltas, e um LHD semelhante ao BPE Juan Carlos I para ser o futuro LHD da Marinha do Brasil, além do projeto de um navio de apoio logístico de […]