ARA ‘San Luis’ em operações na Guerra das Malvinas, 1982 – mais informações

6

ara-san-luis-nas-malvinas

Sobre sua atuação durante a Guerra das Malvinas, lemos em seu Livro de Navegação que em 11 de abril zarpou da Base Naval de Mar Del Plata para a zona de operações e que:

  • Em 01 de maio, “às 08h01 é ordenado o guarnecer postos de combate…às 09h40 o navio inicia um ataque contra o inimigo. Às 10h15 se lançou um torpedo SST-4…”. O ataque falhou e no quarto das 12 às 16h se encontra: “o navio em combate. Em contato com o inimigo. Em manobra de evasão sob o comando do Sr. Comandante…”
  • Em 02 de maio, “às 00h15 se tomou contato com o inimigo, dois alvos tipo contratorpedeiro nas proximidades e um som classificado como de um helicóptero…às 01h30 se rompe o contato com os contratorpedeiros…”
  • Em 8 de maio, “às 20h39 se guarnecem postos de combate. às 21h42 são lançados torpedos Mk-37, que resultaram em explosão às 21h58…”.
  • Em 11 de maio, “o navio estava em combate, navegando sob o comando do Sr. Comandante em manobra de ataque sobre dois alvos. às 01h40 se lançou um torpedo SST-4. Às 01h46 se escuta uma forte explosão. O torpedo não produziu impacto… às 02h20 ambos os contatos se afastam…”.
  • Em 19 de maio de 1982 entrou na Base Naval de Puerto Belgrano depois de 39 dias de patrulha e 864 horas de imersão (equivalente a 36 dias debaixo dágua).

Voltava depois de enfrentar uma das melhores forças anti-submarino da época. A glória lhe faltou por falhas alheias ao profissionalismo e coragem de sua tripulação.

FONTE: Buques de La Armada Argentina 1970-1996, Sus Comandos y Operaciones – Contra-Almirante (R) Horacio Rodríguez, Págs 150-151.

NOTA do BLOG: Foi o sétimo navio a ostentar esse nome na Armada Argentina. O nome do Comandante completo era Capitan de Fragata Dom Fernando Dario Azcueta de 21 de dezembro de 1981 até 15 de dezembro de 1982. (J. Silva)

SAIBA MAIS:

Subscribe
Notify of
guest

6 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
GUPPY

A Marinha e a Força Aérea Brasileira, com certeza, já se debruçaram sobre todos os acontecimentos e desdobramentos da guerra das Malvinas. Sobre o que faltou aos argentinos, onde falharam, porque falharam, estratégias, etc. Com certeza, a importância de melhorarmos e reforçarmos toda a Força de Submarinos, é resultado dessas reflexões: Negação do uso do mar a uma Marinha mais poderosa. Isso continua valendo. Vide o “Dangerous Waters” proposto pelo Galante, dias atrás, com três submarinos brasileiros e uma esquadra inimiga próximo a costa brasileira, no pré-sal.

PC

Quando virá a parte III do artigo sobre o San Luis ?
As partes I e II foram muito boas.
Sds

Wolfpack

Uma força de subamrinos mesmo convencionais sempre será o pesadelo de qualquer força naval. Dias atrás a Índia anunciou seu primeiro submarino nuclear. A reação do Paquistão será a construção de um submarino nuclear, claro. E está dada a largada para mais uma corrida dos pobres desgraçados.

ivan

” Voltava depois de enfrentar uma das melhores forças anti-submarino da época. A glória lhe faltou por falhas alheias ao profissionalismo e coragem de sua tripulação” Que glória! Que brilho! Que capacidade! Perderam. De goleada. Foram surrados, humilhados. Disputaram a tapa para ver quem saia primeiro das Falklands, transportados de carona pela Royal Navy. Humilhação! Ainda assim, não faltou coragem, força, profissionalismo, capacidade, princípios, poder militar, sagacidade, inteligencia, etc, etc. etc, etc., etc…. Será que serem varridos em 72 dias já não é humilhante? Comparando mais uma vez: Inglaterra 6 X 1 Argentina. E diz a imprensa: viram que jogada… Read more »

Robson Br

O comandante da Armada Argentina foi o maior incentivador desta aventura nas Malvinas. O sub San Luis mostra bem o despreparo da Armada para esta aventura, que por se em uma ilha deveria depender e muito da Marinha. Navegou por mais de um mês e não consegiu nehum resultado militar, não pela coragem e determinação do comandante e tripulação do equipamento e sim pelo despreparo da armada. Depois que a coisa esquentou a Armada escondeu nos portos para ficar sobre a proteção da FAA. Enquanto isto a FAA e a Aviação naval se ferrava nos combates contra forças navais e… Read more »

Dalton

Os argentinos nao tinham na epoca que preocupar-se com os misseis de cruzeiro tomahawk que só foram incorporados mais tarde a bordo dos submarinos britanicos.

Estes misseis de cruzeiro sao um pesadelo para qualquer força defensiva pois podem ser lançados de distancias “seguras” e embora atualmente só possam ser lançados contra alvos fixos, novas versoes
poderao mudar de alvo após o lançamento, dando maior flexibilidade ao atacante ou mesmo atingir navios de superficie em movimento.

abraços