Anunciados novos contratos para parceiros e fornecedores do Type 26

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Type 26 - imagem BAE Systems

BAE Systems anunciou seis acordos de desenvolvimento do projeto Type 26, nova classe de navios de guerra de superfície da Marinha Real Britânica

Na terça-feira, 3 de junho, a BAE Systems informou em nota que seis novos acordos de desenvolvimento de projeto foram concedidos para diversas empresas, referentes à nova classe de fragatas Type 26, também chamadas de “Global Combat Ship” (navio de combate global) que estão sendo desenvolvidas para a Marinha Real Britânica (Royal Navy – RN).

Os contratos cobrem áreas como propulsão, equipamentos de ventilação, equipamentos elétricos, sistemas de combate e sistemas de navegação, foram concedidos para as seguintes empresas (com as atribuições ao lado):

  • Babcock – sistema de manejo das armas aéreas
  • DCNS – linhas de eixos de propulsão
  • GE Energy Power Conversion – motor elétrico de propulsão e sistema de transmissão
  • Imtech – sistema de aquecimento, ventilação e ar condicionado e equipamentos elétricos de baixa voltagem
  • Raytheon – desenvolvimento de sistemas integrados de navegação e do passadiço
  • Tyco Fire & Integrated Solutions – sistemas fixos de combate a incêndios

Espera-se que, na década de 2030, os navios Type 26 formem a espinha-dorsal da frota de superfície do Reino Unido, com 13 unidades, e os contratos da BAE Systems com parceiros e fornecedores visam garantir uma sólida base industrial para essas fragatas. Cerca de 80% do programa deverá ficar com empresas do Reino Unido, e mais empresas deverão entrar para a cadeia de fornedores nos próximos meses, segundo a empresa.

Type 26 - imagem 3 BAE Systems

Esses seis contratos se seguem aos quatro primeiros que foram anunciados em setembro de 2013, com a Rolls Royce, MTU, David Brown Gear Systems e Rohde & Schwarz, cobrindo equipamentos de propulsão, de comunicação e projetos iniciais de desenvolvimento. A fase de avaliação para o programa Type 26 começou em março de 2010, com pessoal da BAE Systems trabalhando em conjunto com o Ministério da Defesa do Reino Unido.

Ainda segundo a nota da empresa, a meta é conseguir até o final deste ano um contrato de produção dos navios, tornando o projeto sustentável a longo prazo. Pelos planos atuais, o primeiro dos 13 navios previstos para a classe deverá entrar em serviço no início da década de 2020, e a classe como um todo teria vida útil até 2060.

Os navios serão multimissão, com capacidade de emprego global e de cumprir papéis desde conflitos de alta intensidade até assistência humanitária, tanto de forma independente como fazendo parte de um grupo tarefa. Entre as características do projeto, estão a modularidade e a arquitetura aberta de sistemas para facilitar modernizações e integração de novos sistemas, visando também potenciais clientes de exportação.

Type 26 - imagem 2 BAE Systems

FONTE / IMAGENS: BAE Systems (tradução e edição do Poder Naval a partir de original em inglês)

NOTA DO EDITOR: para saber mais sobre o Type 26 e acompanhar o histórico dos anúncios sobre seu desenvolvimento (incluindo a evolução das concepções artísticas), clique nos links a seguir.

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Lyw

Usando a lógica brasileira dos programas FX-2 e Pro-sub, em que foram escolhidos vetores em que o Braisl pudesse participar desde sua concepção (a nível de projeto ou partes do projeto) até da construção dos mesmos, o programa das Type-26 me parece o mais interessante ao Pro-Super da MB.

Do mesmo modo acredito que quanto mais se demora para a tomada de uma decisão, menos interessante se tornará a proposta britânica pois outros parceiros podem aparecer.

Lyw

Fernando “Nunão” De Martini 4 de junho de 2014 at 13:19 Sobre o Prosub, eu me referia à estrela do contrato, que é o Submarino Nuclear, aliás, o mesmo é a razão de ser da escolha da proposta ofertada pela DCNS. Quanto ao Prosuper, embora o programa vise adquirir “projetos prontos”, como você mesmo falou, há uma flexibilidade na aceitação de propostas que permite que um projeto ainda em vias de construção, como é o caso do Type 26, seja aceito. Diante disto, na minha opinião, a escolha da oferta britânica seria a que mais se aproximaria em alguns aspectos… Read more »

juarezmartinez

Se sair o Prosuper, as escoltas tem nome e sobre nome de uma provincia da Bavaria, os Napaocs serão da casa acima citada e o tanqueiro poderá ser Bavaro ou Andaluz…

grande abraço

Darkman

Devido a demora pelos anúncios feitos pelo MD, é possível que qdo a Type 26 estiver operacional o Prosuper esteja perto do anúncio. Ainda temos as corvetas a serem anunciadas e as mesmas para serem feitas, enquanto isso se ganha tempo e o tempo suficiente para a escolta estar em serviço.
Então existe a possibilidade sim da Type 26 levar o Prosuper. Ainda não se sabe o valor final do projeto, mas tudo vai depender dos Britânicos, me refiro a valores e TT.

Luiz Monteiro

Quanto ao PROSUPER, vale lembrar que a MB solicitou, em 2012, que todos os participantes atualizassem suas propostas.

No primeiro semestre de 2013 todos já haviam atualizado e, algumas alteraram os sistemas oferecidos, se associaram a empresas brasileiras e apresentaram formas de financiamento

Em seguida, a MB concluiu o relatório e o entregou ao MD e

Luiz Monteiro

Prezado Nunão, A VARD Niterói S.A. tem até o dia 26.11.2014 para entregar o projeto detalhado das futuras corvetas, tendo em vista que o contrato foi assinado em 26.03.2014 e seu prazo de execução é de 8 meses. “CENTRO DE PROJETOS DE NAVIOS EXTRATO DE CONTRATO Contratada: VARD Niterói S/A; Contratante: Centro de Projetos de Navios; Espécie: Contrato nº 40100/2014-002/00; Objeto: Serviços de engenharia específicos e especializados, conforme as tarefas acessórias relacionadas e definidas no item 4.2 do Projeto Básico (Anexo A), a fim de que seja elaborado o projeto de um navio derivado da Corveta Classe “Barroso”, dotado de… Read more »