Proposta da STM turca para a classe Tamandaré

Proposta da STM turca para a classe Tamandaré

Proposta do STM para a classe Tamandaré
Proposta do STM para a classe Tamandaré

Por Roberto Lopes
Especial para o Poder Naval

O grupo industrial turco STM (Savunma Teknolojileri Mühendislik) criou uma segunda variante de sua corveta MILGEM Ada, de 2.300 toneladas, para disputar a concorrência dos navios classe Tamandaré (originalmente, Corvetas Classe Tamandaré), aberta pela Marinha do Brasil (MB).

O navio oferecido pelos turcos não tem só um casco mais comprido – 103,4 m vs. 99,5 m –, ou um deslocamento total maior – 2.970 toneladas vs. 2.300 toneladas) – que o da Ada. Seu projeto exibe modificações estruturais importantes, bem como adaptações no item do armamento.

O resultado é a proposta que fica entre o desenho da pequena MILGEM Ada original e o encorpado modelo CF3500, de 3.500 toneladas – com superestrutura de estética quase igual à da Ada –, ofertado, ano passado, pela STM à Marinha da Colômbia.

Essa oferta foi apresentada como solução para o chamado Programa Estratégico de Superfície (P.E.S.), criado pelos almirantes colombianos para resolver, durante os anos de 2020 e 2030, sua atual deficiência em escoltas.

Modificações – Segundo as informações que vazaram do oferecimento turco para a Classe Tamandaré, em contraposição ao padrão MILGEM Ada, o grupo STM desenhou a proa do navio brasileiro com silos de lançamento vertical de mísseis, aptos a abrigar os vetores antiaéreos tipo MBDA Sea Ceptor, já selecionados pelos chefes da MB.

O principal elemento de Defesa Antiaérea da Ada padrão consiste em um sistema de mísseis de defesa de ponto RIM-116, montado na popa, com alcances em torno dos 9 km.

A proposta da STM para o Brasil também considera a possibilidade de reduzir pela metade a carga de mísseis antinavio da Ada: de dois contêineres de quatro células (2 × 4) para apenas dois de duas células (2 x 2).

Além disso, o fabricante turco sugere aos militares brasileiros um sistema de autodefesa a curta distância (tipo CIWS); possivelmente um canhão Millennium da Rheinmetall Oerlikon.

Curioso: todos esses sistemas de armas são oferecidos com uma ampla gama de munições não-americanas, disponíveis na Europa Ocidental e no próprio Brasil.

Para atender os requisitos da Classe Tamandaré, o grupo STM também alterou a superestrutura da Ada.

As mudanças mais visíveis incluem um composite frame logo à vante do passadiço (atrás dos silos VLS), bem como o encurtamento da seção à meia nau.

Os principais sensores de vigilância aérea e de superfície serão da marca Thales, fabricante europeu que também se candidata a fornecer o sistema de gerenciamento de combate da embarcação (setor da eletrônica naval que a Marinha do Brasil pesquisa há cerca de 20 anos).

Milgem-TCG-Büyükada-F-512
TCG Büyükada F-512, da classe Ada (MILGEM), da Marinha Turca

Custos – A fonte ouvida pelo Poder Naval afirma que o navio proposto pelos turcos à Força Naval brasileira não chega a ser um redesenho da MILGEM Ada, e sim uma “modificação “horizontal” do navio que, no âmbito da Otan (Organização para o Tratado do Atlântico Norte), é considerado um de seus melhores escoltas leves.

Essa ideia da ausência de um redesenho é importante porque, ao menos em tese, anula a necessidade de vários testes e diferentes certificações, tanto estruturais como de projeto – para determinar o centro de gravidade da embarcação, sua capacidade de flutuação e outros parâmetros influenciadores da navegabilidade.

Em outras palavras, o navio concebido pelo STM para o Brasil poderia representar mudança relativamente acessível – ou econômica – do custo padrão Ada.

Na Subsecretaria das Indústrias de Defesa da Turquia, a proposta para o Brasil é vista, inclusive, como uma alternativa para a Marinha do Paquistão, que até um mês e meio atrás considerava certo alcançar um acordo para a encomenda de escoltas tipo MILGEM Ada.

A negociação dos turcos com os chefes navais paquistanesas se desenrolavam em torno de um valor unitário para essa corveta de pouco mais de 250 milhões de dólares.

Mas a proposta que chegou ao Comando da MB, dias atrás, traz, para cada navio turco, um valor unitário pelo menos 100 milhões de dólares mais alto.

Por que essa discrepância?

Em primeiro lugar é preciso levar em consideração as alterações de projeto.

Por exemplo: o navio oferecido à Classe Tamandaré tem um sistema VLS montado na proa, o que adicionou peso à frente e forçou um reprojeto para trazer parte da superestrutura mais para trás (centro da embarcação), o que é exigido para manter o chamado COG, centro de gravidade do navio.

Depois há que considerar os argumentos da STM acerca de um “nível mais profundo de transferência de tecnologia (ToT)” e a necessidade de o vencedor da concorrência assegurar o que os turcos qualificam de “engajamento industrial brasileiro”, o que, muito possivelmente, poderia envolver vários custos indiretos nos quesitos de infra-estrutura, treinamento de pessoal e importações de material relacionadas à construção dos navios 2, 3 e 4 no Brasil (já que a primeira unidade poderá sair das instalações do STM.

O navio ofertado à Marinha do Brasil é, com certeza, mais caro que a MILGEM Ada, mas não se espera que esse acréscimo chegue, necessariamente, a 150 milhões de dólares – o que elevaria o preço do navio turco a 400 milhões de dólares.

MILGEM
Corveta MILGEM, classe Ada

Efeito demonstração – De acordo com uma fonte brasileira que conhece em profundidade a proposta turca, o governo de Ancara considera que uma eventual vitória de seu projeto no Brasil teria um importante efeito demonstração para a indústria naval da Turquia que, nos últimos anos, vem tentando se firmar como fornecedora de mercados emergentes, como o Paquistão – que já formalizou seu interesse pela MILGEM Ada –, a América Latina e a África.

Tanto que a oferta para o Brasil foi pessoalmente analisada e autorizada pelo engenheiro aeronáutico (possuidor de dois Mestrados nos Estados Unidos) İsmail Demir, de 58 anos, que desde 2013 atua como Subsecretário das Indústrias de Defesa (um cargo com status próximo ao de ministro da Defesa) do governo Recep Erdogan.

No período de 23 a 25 de outubro deste ano, Demir será o anfitrião do evento denominado ICDDA – Industrial Cooperation Days in Defense and Aerospace (Dias de Cooperação Industrial em Defesa e Aeroespaço).

Subscribe
Notify of
guest

68 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Ádson

Já se sabe a oferta da Ficantieri?

USS Montana

Eu não sou especialista naval, só um admirador, mas acho uma boa oportunidade pra MB essa corveta, mais encorpada e semelhante aos outros modelos oferecidos com um custo menor. Espero que escolham logo pois o Brasil urge por ter novas escoltas.

Vovozao

Pergunta: Qual interesse dos turcos em vazarem estes dados, tipo influenciar os analistas, ou oferecer uma oportunidade de negociar com MB, Engeprom, novos valores, tipo oferecido Paquistão, para nós seria ótimo por este valor pode entregar 6 e não 4 corvetas.

Mk48

Também não sei o interesse, mas mesmo não sabendo ainda o que os outros concorrentes estão oferecendo, me parece bom . Só não gostei da diminuição do número de células do VLS.

Flávio Henrique

Pelo que eu entendi a proposta é que caso a MB queira a possibillidade de diminuir o numero de celula, ou seja, o estaleiro deve ter dado dois preço um com 2×4 e outro 2×2. Talvez seja para poder ter “dois preços” para aumentar a chance de “emplacar”.

Roberto Bozzo

MK 48, o número de células VLS é o pedido da MB, 8 células apenas. Provavelmente serão as sylver A35 para o Sea ceptor.. minha dúvida é se seria possível, e se a MB quiser, no futuro aumentar a quantidade de VLS.

Bruno Kenzo

Sou bem leigo no assunto, porém acho que não poderia, pois mudaria o centro de gravidade, é como foi dito no artigo os turcos tiveram que jogar a superestrutura para trás, logo penso que não seria possível uma alteração fora do projeto

Flanker

Em relação à Corveta turca original, a variante oferecida ao Bradil teve diminuída a quantidade de mísseis antinavio (de 8 para 4). Quanto aos VLS, esses foram incluídos na proposta para a MB, visto que não existem na versão original, e menor, da corveta turca.

Mk48

Flavio Henrique, Roberto Bozzo e Flanker,

Obrigado pelas informações e respostas.

Abs.

ALEXANDRE

Vai ter transferência de tecnologia?ou entendi errado?

Gabriel

Sim, e ainda vão entregar um estaleiro novo para fazer as corvetas no Brasil

ALEXANDRE

Serio?

Roberto Bozzo

Este projeto turco parece ser muito bom….um forte concorrente. Tem cara de fragata, não cara de OPV anabolizada.

Eu levantaria, se possível, o costado “escondendo o MSS, na minha visão daria um ar mais moderno a ela.
Seria possível, no futuro se a MB desejar, aumentar o número de VLS ?

JORGE

Eu li que realmente haverá transferência de tecnologia … parece um preço bom … precisa ver os outros projetos para poder comparar !!!

nonato

Financiando a ditadura turca?
Não concordo.

Jr

Se essa for a melhor proposta, a MB vai selecionar, você concordando ou não. Até aonde se sabe, a questão política do país ofertante não esta entre os requisitos para a proposta ser escolhida ou não

Almeida

Nem eu, tem um monte de ofertas pra escolher, mesmo que esta seja a melhor, não deve ser nada muito melhor que as outras que não carregam esse peso morto do Erdogan junto.

Hélio

Mas se fosse para comprar dos EUA, que inclusive financiam a “ditadura” turca e tem nela um dos seus aliados mais importantes? Nosso dinheiro iria acabar na Turquia, não? Que pensamento mais adolescente. Nisso dá pra ver em que lugar colocam o Brasil.

ODST

Então não poderíamos mais fazer negócios com o EUA, pois além de financiarem as mais idiotas guerras ao redor do mundo (além de financiarem o terrorismo), também fazem diversos negócios com a Arabia Saudita, que nada mais é do que uma ditadura mais ou menos disfarçada.

nonato

A turma adora.
Se for contra os americanos, que derrotaram o comunismo, e a verdadeira causa da cruzada sem fim, apoiam de tudo. Inclusive de ateus se tornam mulçumanos. Apoiam qualquer ditadura, desde que a ditadura não apoie os EUA. Gastam muito saliva com argumentos. Tentando ganhar a guerra virtual da propaganda. Defendem o indefensável. Criticam ditaduras, quando não dão valor a democracia.

Hélio

Pera lá, os EUA derrotaram o comunismo onde? O comunismo caiu de pobre, e veja só, quem é o centro da esquerda mundial e maior promotor do comunismo no mundo? Não são os.próprios EUA? No mais, se o ateu se torna muçulmano isso é escolha do próprio ateu e você não tem nada com isso, aliás, é muito bom, nada é pior que ateu. No mais, ninguém aqui está apoiando ditadura, é você, sem entender nada de nada, que está assumindo uma posição infantil sem qualquer justificativa. Oras, comprar da Turquia é ser contra os EUA desde quando? E mais,… Read more »

Aerokicker

Exatamente no quê você se baseia para falar que nada é pior que ateu? Primeiro que ateus, por serem ateus, nunca mataram ninguém por religião e segundo que a grande maioria além de respeitar as diversas religiões não forçam ninguém a abandonar suas crenças. Até nisso os ateus se parecem com todas as outras religiões, os únicos que faltam com respeito aos outros grupos são uma minoria barulhenta, assim como ocorre no cristianismo, no judaísmo, no islamismo e até no zoroastrismo. Então mais respeito por favor, para não ser comparado às minorias barulhentas que só fazem contrariar os próprios princípios… Read more »

Camargoer

Pois é. Também fico incomodado com essa confusão entre caráter e religião. Sou ateu e geralmente sou mais tolerante e humanista que a média das pessoas religiosas que conheço. Lembro da surpresa da funcionária que me conhecia há anos e disse que “nunca” imaginaria que fosse ateu pelo modo educado que trato as pessoas.

Jr

Se o comentário foi para mim, vou logo avisando que não tenho nada contra os americanos e seus produtos, o assunto da matéria é a proposta do estaleiro turco a MB e não sobre a política turca, a MB ao escolher as 3 propostas do short list não vai analisar a política dos países proponentes, mas quem atende melhor os requisitos impostos por ela no certame, no mais espero ver se você vai ser tão assertivo nos comentários de matérias sobre a venda de produtos militares ocidentais a ditaduras do oriente médio como esta sendo aqui

Gabriel

A Turquia não é uma ditadura, mas sim uma democracia liberal representativa.

Alfredo CS

Mas o governo do PT nao reconheceu a China como “economia de mercado”, apesar dessa conter todos os elementos de uma ditadura? Os quais nao vou citar para nao mais violar os termos do site. Os meus brimos sao fichinha perto da China em se falando de governos de partido unico…

Hélio

O que tem a ver ser economia de mercado com ditadura? Ditadura não pode ser capitalista? Singapura é uma ditadura e também uma das economias mais livres e bem sucedidas do mundo. A própria china tem mais liberdade econômica que o Brasil.

Camargoer

Olá Helio. Hayek disse sobre a ditatura militar no Chile que “minha preferência vai na direção de uma ditadura liberal em vez de um governo democrático sem liberalismo”. Portanto, sua afirmação é precisa sobre a desconexão entre economia capitalista e democracia. Aliás, é interessante lembrar que Lenin escreveu que “que a burguesia olha para trás, temendo o progresso democrático, que ameaça consolidar o proletariado”. Portanto, temos um distinção tanto pela direita (Hayek) quanto pela esquerda (Lenin) entre um regime democrático baseado no estado de direito e a capitalismo liberal. Sugiro para quem tiver curiosidade a biografia de Lenin escrita por… Read more »

Gonçalo Jr.

O Brasil até há 2 anos atrás fez negócios e muitos, com Cuba e Venezuela por exemplo. E então? Com eles podiam? Financiamos de estradas a metrôs e de hidrelétricas a portos com dinheiro do FAT e do BNDES a juros até menores do que os oferecidos aos próprios brasileiros. Aliás ainda fazemos negócios com eles porque há contratos assinados e tratados a serem cumpridos. Todos feitos pelos governos anteriores a este que, para mim é tão ruim e corrupto quanto.

abrahamyamato

porque tem a bandeira turca na primeira imagem

ALEXANDRE

Pq é do Japão.

Vicente Jr.

KKKKKKKKK

Pablo

kkkkkkkkk

Felipe Morais

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk muito bom

Roberto Bozzo

MK 48, acredito que tem só 8 células de VLS pois este é o pedido da MB desde o projeto da Tamandaré.
Minha dúvida é se seria possível, no futuro, aumentar esta quantidade, se a MB desejar claro.

Mk48

Bozzo,

Grato pelas informações e resposta.

Abs.

Ravan
Almeida

Estou torcendo por isso!

Mercenário

Ravan,

Acredito que não, pois o design trazido por você não deu origem a qualquer navio operacional até o momento.

Trata-se de requisito da concorrência.

Hélio

O mais interessante é variar o número de fornecedores e nacionalizar o máximo possível. Buscar outros fornecedores além do eixo EUA-Europa é muito importante estrategicamente. Ainda mais se formos levar em conta a possibilidade de desenvolvimentos futuros. Turquia, Coreia do sul, Japão… Seriam muito vem vindos aqui.

Ivo

Sou completamente leigo nesses assuntos,mas como bom brasileiro que sou, torço para que as nossas forças armadas de equipes com bons aparelhos pois pela extensão territorial do nosso país precisamos de muito mais,que venham os super cobras também.

Alex Nogueira

Acho show de bola o modelo de mastro utilizado na Milgem, radar fica bem alto e em uma configuração limpa de 360º, acredito que ajuda a aumentar bastante o horizonte radar em relação a outras corvetas de classe semelhante.
Quanto ao VLS, a concepção artistica mostra somente uma opção de configuração, com certeza existem outras possibilidades e contando com o sea Ceptor, 6 VLS do sistema ExLS já são suficientes para 24 mísseis, somados a um Milennium 35mm/Bofors MK4 40mm e ao SR 76mm já está ótimo.

Mateus von Marchi

Não podemos e não devemos fazer negócios com países totalitários, é um erro da MB fazer qualquer acordo com tais países.

Jr

Não é papel da MB fazer politicagem ao analisar as propostas feitas para o programa Tamandaré, ela tem que analisar os requisitos que foram pedidos por ela, o resto é conversa fiada de comentarista. Se as coisas funcionassem como você diz, os EUA jamais poderiam vender armas para o regime Saudita, nos nunca poderíamos vender armas para o regime Saudita

Gabriel

Assino em baixo.

Mk48

Jr.,

Assino em baixo.

Gonçalo Jr.

O Brasil até há 2 anos atrás fez negócios, e muitos, com Cuba e Venezuela por exemplo. E então? Com eles podiam? Financiamos de estradas a metrôs e de hidrelétricas a portos com dinheiro do FAT e do BNDES. Aliás ainda fazemos negócios com eles porque há contratos assinados e tratados a serem cumpridos. Todos feitos pelos governos anteriores a este que, para mim é tão ruim e corrupto quanto.

Marcelo

Na minha opinião a questão política é acessória. Pra mim não faz muito sentido dizer qual nação é boazinha ou malvada, mas entendo que a escolha pela opção turca representa um percentual de risco maior, devido à instabilidade do país e da região onde se localiza. A probabilidade aumentada de revoluções, guerras civis, embargos internacionais etc poderia representar um sério atraso e até mesmo um cancelamento tanto da entrega da nave a ser construída lá como do suporte aquelas que serão feitas cá. Lembrando tb que o contrato das Tamandarés inclui um suporte das mesmas por 15 anos após a… Read more »

JonasN

Aposto minhas fichas na proposta da TKMS, Meko A-100 LF, pelo que foi dito 3200 ton, e a que tem mais empresas nacionais pareceiras e subcontratadas, é de se esperar que tenha maior índice de nacionalização, se oferecer um bom preço vem forte na disputa.

JonasN

Parcerias*

Hélio

Ter mais empresas contratadas não quer dizer maior nacionalização, depende do que vai ser nacionalizado. A avibras mesmo está no projeto tamandare com um lançador de mísseis, inclusive com planos para um ASTROS naval. Isso é mais importante do que nacionalizar a parte elétrica, por exemplo.

JonasN

A Avibras não tem lançador de misseis na tamandaré, e sim uma plataforma de giro estabilizada, que um dia pode servir de base para lançar misseis. As empresas subcontratadas não são apenas para partes elétricas, entre elas tem a OMNISYS que pode fornecer alguns sensores e o sonar, ATECH pode entrar com sistemas de controle, ARES. Das proposta que vi não tem tantas empresas nacionais, que pode vim com esses sistemas importados e sem tanta participação nacional. Transferir tecnologia através de comparas é interessantes, mas desenvolver no pais é melhor ainda.

Nilson

“o governo de Ancara considera que uma eventual vitória de seu projeto no Brasil teria um importante efeito demonstração para a indústria naval da Turquia” Além disso, essa proposta dá aos turcos mais uma vantagem: serem pagos (incluído no preço das unidades construídas garantidas) para desenvolverem e testarem (seremos cobaias) um projeto que eles ainda não têm, aumentando de graça seu portfolio. Aliás, essa é uma situação e vantagem implícita para todos os que estão propondo NAPIPs adaptados. Chamo de NAPIP adaptado aquele NAPIP que não atende literalmente ao comando: já ter sido construído. Por essa razão, devem ter condições… Read more »

Luís Henrique

Boa opção.

Pelo que foi divulgado, ainda prefiro a proposta alemã. Navio maior.

Estou ansioso para saber que a França e a Inglaterra ofereceram. Tomara que seja uma gowind com mais de 3.500 toneladas e a type 31 com quase 4.000 t.

Flávio Henrique

A França tem a FL-3000,é usada como “batedora” do grupo de escolta do CdG

Luís Henrique

Olha. Se as propostas continuarem assim, a Fincantieri vence.

Se for para escolher um navio com o mesmo tamanho da cv-3 e com quase mesmo deslocamento, além de possuir praticamente o mesmo poder de fogo, eu acho que a MB acaba optando pela cv-03 mesmo.

As empresas que escolheram ofertar NAPIP deveriam ter oferecido FRAGATAS com deslocamento próximo de 4.000 t.

Gabriel

Vamos ver as demais propostas, mas até agora considero que esta pode ser a melhor proposta para o nosso orçamento….meu principal interesse é o teor de nacionalização de itens estratégicos, repotencialização da capacidade industrial nacional…as vezes eu penso que o pessoal opina como se tivesse jogando supertrunfo.

Luiz Floriano Alves

E o projeto turco até parece atrativo. Só tem um senão: é uma nação que está no olho do furacão do Oriente Médio. De repente, pode uma nação inimiga deles aniquilar os barcos dos estaleiros, alvos que são. E lá se vai o nosso rico dinheirinho. Ou constroem desde a primeira no Brasil. Trazem os planos (riscos) para cá. Temos estaleiros capacitados a cortar as chapas e montarem o casco. A mão de obra é disponivel e já realizamos projetos bem mais complexos. Os armameentos modernos, modulares que são, se integram também por aqui. Cobrar 100 milhoes a mais, por… Read more »

Marcelo R

Todo o problema consiste em dois quesitos, para que saiam estes navios para a Marinha do Brasil: 1 – Confiabilidade do governo brasileiro para garantir a execução destes navios (sem mudanças e “surpresas” de planos durante a execução do programa). Todos sabemos que os empresários tem medo de empreender qualquer coisa dentro deste país agora, pois atualmente não ha confiabilidade para nada, visto que mais de 1500 empresas foram embora do Brasil, para o Paraguai e Bolívia, devido à esta insegurança econômica e jurídica. 2 – Dinheiro garantido para a execução do programa, dentro de um prazo pre definido pelos… Read more »

Lester

Facil opinar e palpitar, mas já que é tudo que pode fazer, vou me aproveitar e ar meu pitaco.
O maior problema ao meu ver é politica, ter parceria com Edorgan é muito arriscado, ele está com ambições expansivistas e àvido por animosidades, não é confiável à médio e longo prazo, seria muita especulação desconfiar da entrega do pedido como foi feito?

Marcos R.

Nos banners de propaganda da Damen já está aparecendo 10514 – classe Tamandaré, já temos a proposta deles.

FighterBR

Faz dias que anunciaram essa corveta

Carlos Alberto Soares

Não vai emplacar.

Motivos:

Preço e não empurrou água salgada, simples assim.

Está no RFP.

Humberto

Particularmente não acredito em navios maiores (que possuem também um custo de manutenção maior) que as das corvetas, pois o navio oferecido tem que ter como base (ou pre-requisito) o projeto preparado pela EMGEPRON E O BUDGET que a MB possui. Os navios que tiverem o melhor equilíbrio entre os dois, serão os prováveis candidatos a estar na short list, de repente pode aparecer um azarão, pois a proposta é muito tentador para ser descartado nesta fase, não acredito, mas é uma possibilidade. Continuando como leigo no assunto, sinceramente não acredito que a MB vá se arriscar em um fornecedor… Read more »

Aerokicker

Exatamente o que considero.

A MB é reconhecidamente a mais conservadora das FA’s, e os pré-requisitos são bem restritos, e isso em um momento onde os parcos recursos são drenados por cortes orçamentários e pelo PROSUB. Ela não vai se aventurar em um projeto turco sem segurança alguma, por mais tentadora que seja a proposta

Essa oferta turca só vai fazer barulho, que é o real objetivo deles.

Luís Henrique

A MB estabeleceu que o NAPIP deve ser igual ou superior ao projeto próprio do cpn.
E que deve deslocar até 4.000 toneladas.

Dito isto, não teremos nenhum fragata maior que isto.
Mas, maior que a cv3 que desloca 2.790 t, nós podemos ter.

A diferença de custo de operação não deve alterar tanto. E como a MB já havia priorizado antes Fragatas com mais de 6.000 t por causa de vantagens em navegabilidade, principalmente no atlântico sul, eu acredito sim que os NAPIP maiores levarão vantagem na seleção.

Esteves

O comentário do Humberto faz sentido. Até o início dos anos 2000 os espanhóis eram os que mais investiam no Brasil com bancos, operadoras de telecomunicações. A Navantia desistiu e escancarou o distanciamento e o não interesse dos espanhóis.

Franceses tomaram a frente com hotéis, varejo, indústrias. A Itália sempre esteve aqui.

Como leigo, aposto nos italianos, nos franceses e correndo por fora nos suecos + holandeses. Aonde a Fundação Ezute estiver, sai o vencedor.

Ingleses são caros, alemães estão confusos e os outros é gente biruta.