A nova edição do periódico Navigator traz um dossiê sobre construção naval, incluindo artigo de colaborador do Poder Naval, Fernando De Martini, sobre a difícil viabilização do Programa de 1932

Foi publicada a nova edição (número 30) da revista Navigator da Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha (DPHDM), periódico voltado à publicação de artigos acadêmicos de elevada qualidade e rigor científico. Esta edição traz o dossiê Construção, design e arquitetura naval: o navio, o construtor, teorias e práticas, que inclui mais um artigo do colaborador do Poder Naval, Fernando Ribas De Martini (também conhecido pelo apelido “Nunão”). O autor é mestre em História pela Universidade de São Paulo e atualmente realiza, pela mesma instituição, pesquisa de doutorado sobre a construção naval militar brasileira entre os anos de 1930, 40 e 50.

O assunto do artigo refere-se justamente à pesquisa de doutorado do autor, trazendo uma versão resumida de um dos temas mais importantes tratados na tese (atualmente em fase de conclusão): a viabilização do Programa Naval de 1932. Daí o título do artigo: “A construção de um programa de construção: as motivações e os esforços que tornaram possível o surto de construção naval militar de 1936-46”

Nesses dias em que se presencia os desafios para viabilizar, em plena segunda década do século XXI, a construção de 4 novos navios da classe “Tamandaré” para a Marinha do Brasil, vale a pena conhecer um pouco dos enormes desafios vividos, e em boa parte vencidos, há cerca de 8 décadas.

Lançamento do contratorpedeiro Greenhalgh, terceiro da “classe M”, em 8/7/1941, tendo à sua volta, nas duas carreiras do Arsenal de Marinha da Ilha das Cobras (AMIC, hoje AMRJ), cascos em construção da “classe A” e, ao fundo, navios-mineiros já incorporados. Na foto de abertura, incorporação dos três “classe M”, em 29/11/1943, ainda armados com canhões de 120mm – fotos DPHDM

O programa de 1932 visava renovar quase completamente a envelhecida “Esquadra de 1910” (mais detalhes no artigo), com a aquisição de 2 cruzadores, 9 contratorpedeiros, 6 navios mineiros-varredores, 6 submarinos e um navio-tanque.

Em meio a grandes dificuldades, foi possível, entre a segunda metade da década de 1930 e o final da seguinte, incorporar boa parte dos meios pretendidos e, de forma quase surpreendente (levando em conta as capacidades industriais limitadas da época), construir boa parte deles no país (ainda que usando matéria-prima e equipamentos importados em sua maioria).

Nada menos do que 17 navios de guerra, com deslocamentos entre 500 e 1.500 toneladas, foram lançados antes, durante e nos anos seguintes à Segunda Guerra Mundial. Houve momentos em que as carreiras do ainda novo Arsenal de Marinha da Ilha das Cobras (AMIC, hoje AMRJ – Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro) construíam 7 navios simultaneamente.

Vista do AMIC em setembro de 1938, com sete navios em construção simultânea: ao fundo da carreira maior, 3 cascos dos futuros contratorpedeiros “classe M” de 1500 toneladas de deslocamento leve, com dois cascos de navios-mineiros “classe C” de 550t logo abaixo. Mais à esquerda, na carreira menor, dois cascos de “classe C” mais adiantados, que seriam lançados no mês seguinte – foto DPHDM

Abaixo, o resumo do artigo. Para baixar a versão completa, em pdf, clique aqui

Na primeira metade do século XX, a construção de navios de guerra no Brasil se concentrou entre as décadas de 1930 e 40, entrando em decadência na seguinte. A atividade é entendida como um surto construtivo, dentre quatro identificados desde a Independência do Brasil.

Este artigo apresenta os fatores que motivaram e os esforços que viabilizaram essa atividade industrial nos anos 1930-40, no contexto da Grande Depressão e da Segunda Guerra Mundial, no plano externo, e da chamada Era Vargas, no interno.

O artigo também busca interligar quatro elementos para dar conta da complexidade do tema, defendendo que não se pode abordar apenas um aspecto da atividade. Os quatro elementos são: as relações internacionais, as necessidades militares, as necessidades de absorver tecnologias, e a economia.

Leia também os outros cinco artigos do dossiê, escritos por pesquisadores do Brasil e do exterior, além de mais 4 artigos tratando de outros temas históricos e 1 resenha, que fazem parte da nova edição da Navigator

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Foxtrot

Ou seja, desde a década de 30 e que estamos cometendo os mesmos erros de hoje.
Montar navios localmente com tecnologia importada.
Ao menos na decada de 30 havia demanda, escala de construção mesmo com as enormes dificuldades da indústria nacional há época.
Hoje temos tecnologia, maquinário, engenharia, computação e técnicos treinados e não somos capazes de fabricar um casco de navio.
Absurdo!
Segue a eterna ignorância na terra do futebol.

Esteves

Montar navios com tecnologia importada. Porque não dominamos a montagem e a construção naval. A mesma dúvida dos anos 1930 e o mesmo raciocínio. Demora 30 anos para reverter e aprender. O mesmo tempo que os chineses levaram. De 1970 a 2000. Sem conhecimento, sem patentes, sem mão de obra (que existia nos anos 1930), melhor contratar de estaleiro europeu ou comprar oportunidades. Na década de 1930 houve demanda do estado por motivos que não existem mais. Industrialização dos anos 1930, necessidade de romper o atraso tecnológico, ofertas de americanos, alemães, ingleses e italianos, barganha de Getúlio ora lá na… Read more »

Esteves

Sim. Gente.
Hoje está pior. A globalização levou.

Americanos trumpetistas construíram uma arapuca. Uma universidade que aceita estudantes não americanos. O mesmo processo seletivo que existe em outras com preços menores. Atraíram centenas. Todos deportados. Não querem mais estudantes não americanos.

Gente estranha.

marcus

Como dizia o velho guerreiro Chacrinha, aqui nada se cria, tudo se copia!
Copiem os projetos das fragatas que temos atualmente. Temos engenheiros navais, e mão de obra especializada.
Temos o arsenal da Marinha e estaleiros públicos que dão conta dessa empreitada.
Fragata classe Niterói.
Tonelagem 3 200 padrão / 3 800 plena carga
Largura 13,5 m
Comprimento 129,2 m
Calado 5,9 m
Um projeto do século passado, pode ter as dimensões ampliadas.

α Tau

“Esteves

No futebol…trocamos o talento pelos esquemas. Um dia chegou um português no Flamengo mandando jogar com ponta, com meia, defensor defendendo e atacante atacando. Já virou lenda.”

A única coisa que virou lenda em nosso futebol hoje, foi esse sistema “VAR” daqui…rs…

Desenvolvimento tecnológico deve ser política de Estado, não de governo…Coisas absolutamente indispensáveis não devem caber ao governo decidir como serão feitas ou se serão feitas…

Esteves

Paternalismo. Papismo. Populismo. Isolamento. Língua. Doenças. Distâncias. Selva. Desejo europeu. Vontade modernista.

A indústria nos anos 1930 não veio do acaso. O modernismo de 1922. Villa Lobos. O jazz.

E Fried. Que não vi jogar.

MMerlin

Não.
O técnico do Flamengo é valorizado porque implementou uma metodologia com base na disciplina e preparo físico.
É valorizado porque, em um campeonato baseado na consistência, fez uma campanha ímpar.
Vamos deixar o ego de lado. Quando surgir uma oportunidade de aprendizado e evolução.
Que a MB aproveite, como está fazendo, o aprendizado com os dois projetos, para que nos próximos o índice de nacionalização seja maior.

Foxtrot

Pois é Esteves, nesse ponto concordo com você “Aprender cansa” e em um país de preguiçosos internacionalisados piorou. O que me deixa mais fulo da vida é que na década de 30/80 não tínhamos nem a metade dos recursos que tínhamos antes e olha o quanto fizemos, quantas tecnologias geramos. Hoje se tem inúmeros laboratórios, centros de P&D civis e militares, super computadores mas sempre se opta por importar. A China fez o contrário, apostou no que é de casa o olha onde estão. Sou engenheiro e garanto a você que o que falta e vontade de fazer, o querer… Read more »

Esteves

Anos 1930.

O país se lançou na industrialização rompendo com o atraso e com a quebra do café. Getúlio varreu o país. Fotos de SP nos anos 1940 mostram uma cidade que impressiona. Investimentos ingleses. Bancos. Matarazzo e o maior complexo industrial que já houve. Mais de 30 mil empregados.

Mas…vivemos com um ditador de 1937 a 1945.

Hoje impera a democracia e os custeios da democracia.

Jack

Obs. *Futebol e Samba…Os problemas, ah esses ficam para depois do feriado pq nós daremos um “jeitinho” neles. E segue o baile.

Rodrigo Martins Ferreira

A coisa é muito pior..

Outro dia fui assistir Midway no cinema..

Depois do filme cheguei a conclusão que o Brasil hoje não tem tecnologia para construir com engenharia, metalurgia e mão-de-obra 100% nacionais um navio ou avião da SGM.

Esteves

Precisa ler várias vezes. “…Simplesmente não havia sobra de moeda forte (ouro, libras e dólares) para bancar o programa naval, ao mesmo tempo em que o Exército também exigia grandes compras de armas, especialmente artilharia, para renovar equipamentos obsoletos e fazer frente ao crescente Poder Militar argentino. Por seu lado, a Itália fascista e, principalmente, a Alemanha nazista acenavam com propostas de trocas de armas, máquinas e outros produtos industriais por matérias-primas brasileiras, em acordos de compensação, modalidade de comércio que encontrava forte oposição na Inglaterra e nos Estados Unidos. Mas, em relação a este último, um acordo de comércio… Read more »

Dalton

Esteves, se “MG” significa o NAeL Minas Gerais, este foi adquirido na segunda metade da década de 1950 quando então passou por uma ampla modernização que durou uns três anos antes de ser incorporado, portanto não é fruto dos “anos 1970”.

Edson Parro

Dalton

“…se MG significa NAeL Minas Gerais…”

E ainda tem aquele “estória” do colar de esmeraldas para a rainha Elisabeth II. Aliás, governo JK.

Forte abraço

Dalton

Edson, antes e depois de Juscelino, presenteou-se à rainha, Vargas e
Costa e Silva também “contribuíram”.
.
abraços

Edson Parro

É sempre bom manter uma política de “boa vizinhança” com a rainha.

Esteves

Grato.

Chegou o MG e as Niterói nos anos 1970. Com o mesmo objetivo.

Ufa…tem que ter cuidado aqui.

Dalton

Só relembrando que o “MG” e os cruzadores Barroso e Tamandaré incorporados no início da década de 1950 eram sobras em suas respectivas marinhas, as chamadas “compras de oportunidade” que voltariam a ocorrer seja governo civil ou militar. . As “Niteróis” por outro lado foram adquiridas com transferência de tecnologia que permitiu que duas fossem construídas pelo Arsenal de Marinha do Rio e aproveitou-se o projeto para construir o NE Brasil, mas, antes mesmo do fim do governo militar a construção das corvetas classe “Inhaúma” já estava enfrentando dificuldades. . Em outras palavras, em 1922 por conta de um tratado… Read more »

Esteves

Sim. Mas esses motivos foram os motivos que desmobilizaram o “surto”. Sai a “rivalidade” que não sei se existiu fora da cabeça daquela gente. Entra a negação do mar que 99% da população não tem ideia do que significa. Constrói um inimigo tangível…mas se vende motivo imaginativo como projetar poder e para atingir independência radioativa… brinca de pular corda. Construir Marinha porque a ameaça está ao lado…e reconstruir Marinha…pra que mesmo? As demandas da sociedade vieram após a reforma trabalhista dos anos 30/40, a mudança da capital nos anos 50 e a quebradeira do estado nos anos 1960. 60 anos… Read more »

Esteves

Essa é outra história.

GUPPY

Muito legal, Nunão. Nunca imaginei que o Arsenal, nos anos 30 estivesse construindo sete navios simultaneamente. E olha que ainda não se tinha a siderúrgica de Volta Redonda e o parque industrial brasileiro era bem incipiente. Vi as duas fragatas classe Niterói construídas no Arsenal ainda nas carreiras e boa parte do Arsenal trabalhando em função delas. Tinham que dar conta dos reparos nos classe P, nos submarinos e demais meios que necessitasse. Nunca imaginei que, outrora, foi bem mais ativo. Bravo Zulu, Nunão.

Edson Parro

De Martini,
você pode me dizer como faço para adquirir um exemplar desse periódico? (o sítio informado – link – não está “lincando”).
Forte abraço

Marujo

Olá, Nunao! Parabéns pelo trabalho. Volta logo com a versão impressa das Forças de Defesa. A revista tinha sempre ótimos artigos seus, bem como do Galante e do Poggio.

Edson Parro

Grazie mille

Renan Lima Rodrigues

Brasil estava pra receber um a dois encouraçados “Big Seven” classe Riachuelo, ambos com 10 armas de 38,1cm/45 (Não é a BL Mark 1 de calibre 42) ou 9 armas de 40,6cm/45 BL Mark 1 iguais a do Nelson. Embora a questão da confiabilidade das armas de 16 polegadas em termos de dispersão não foram agradáveis,então provavelmente manteriam a de 15 polegadas.

Além do Brasil ter enfrentado problemas financeiros, também teve um caso do incidente da Borracha que atrapalhou ainda mais nos futuros projetos navais.

Wilson

Na verdade o Riachuelo tinha 8 canhões de 15 pol do modelo que você falou, mas ele estava começando a ser construído em 1914 e foi cancelado no ano seguinte o de 10 canhões era uma variação para o navio e o de 10 canhões de 16 pol era o design 685 proposto para o Rio de Janeiro.

Renan Lima Rodrigues

Exato, o Riachuelo também estava para ter armas semelhantes ao da classe Kongou, Elizabeth, Revenge,Renown e Vanguard com aquela torreta mais arredondada e com o telemetro no topo,visual bonito por sinal. Embora ao invés de utilizar canos de 38,1cm/42 de 16,50 metros,seria o novo 38,1cm/45 com 17,7 metros de comprimento, que estão na Espanha preservadas, da pra notar que o design é o mesmo da arma de 35,6cm/45 da classe KGV e da 40,6cm/45 da classe Nelson. O encouraçado Rio de Janeiro provavelmente entraria na lista dos Big Seven (Classe Nagato,Colorado,Nelson), uma pena que a arma de 16 polegadas britânica… Read more »

Wilson

O Rio de Janeiro não entra na categoria dos Big Seven já que o projeto escolhido foi o 690A com 14 canhões de 12pol.Apesar que o que mais chama atenção na série de designs para o Rio de Janeiro é o design 686 e seu armamento estranho com 8 canhões de 16pol e 6 de 9,4pol e ainda 12 de 6pol. O filho do Almirante Bacellar

Renan

Nunão parabéns pela matéria

Alex Barreto Cypriano

Mandar buscar lá fora o que aqui não se fazia e botar uns pés de boi pra montar tudo a muque e de má vontade foi sempre o modus operandi das elites locais. Era até chique esta postura dependente da metrópole, fosse ela portuguesa, inglesa, francesa ou alemã, coisa que FHC fixou em prosa erudita com sua teoria da dependência (que depois ele pediu que a esquecessemos junto com todo o resto que escrevera). A gente esquece rápido que as exceções, brilhantes, a essa mediocridade atávica carregam seus vícios de origem e que estão fadadas ao fracasso retumbante com direito… Read more »

Foxtrot

Caro Alex disse tudo e mais um pouco.
Onde assino?
E para ratificar o que escreveu a MB recentemente fechou o fiasco denominado contrato CCT/Meko gambiarrada para os “pés de boi” tupiniquins soldarem rsrs.
E seguem os absurdos na eterna colônia Brasílis.

FERNANDO

Gostei do discurso companheiro.
Queres o número do Partidão??

Alex Barreto Cypriano

Pois é, sofremos a síndrome das atualizações ou modernizações perversas, síndrome característica dos retardatários congênitos, um da capo reiterado e sem resíduo legado. Aconteceu nas artes brasileiras, aconteceu nas armas brasileiras; e tal não é discurso nem demanda por filiação partidária – é apenas a realidade.

JT8D

Seus comentários merecem ser lidos ao som de boleros

Foxtrot

Cara esse fórum site e muito partidário.
Cancelaram 2 respostas minhas ao Fernando.
Show da “democracia” nacional
Deixa quieto!

NOTA DOS EDITORES – SEUS COMENTARIOSFORAM APAGADOS PORQUE ATACAVAM OUTROS COMENTARISTAS. PARE DE OFENDER OS OUTROS E SEUS COMENTÁRIOS NÃO SERÃO APAGADOS. CONTINUE A OFENDER E SERÁ BANIDO.

Dalton

Excelente matéria e como já abordado pelo Nunão também, só fazendo um resumo a eclosão da guerra na Europa deixou os 9 contratorpedeiros em construção impossibilitados de receber armamento e maquinário britânico.
.
A solução veio dos EUA, o que exigiu alguma criatividade por parte dos engenheiros navais já que os cascos foram planejados para equipamento britânico, havendo diferença de peso no maquinário e armamento.

Marquês de São Vicente

Uau! Excelente artigo! Parabéns ao autor.

Carvalho2008

Parabéns Nunão!!!

Estou lendo o material aqui e ele está muito bacana!!

Jose Dias

Incrivel ! 83 anos depois, Ainda estamos no mesmo estagio . Nao aprenderam nada !

Fabio Araujo

OFF – Não é hoje que chega ao Rio de Janeiro o ex-Adams Challenge o novo navio de socorro submarino da nossa marinha? Que horas ele chega?

Fabio Araujo

Um país com um litoral tão grande deveria ter uma indústria naval também grande produzindo navios para as marinhas de guerra e mercante! É uma vergonha termos um litoral tão grande e usarmos pouco a navegação de cabotagem!

Santiago

Belo artigo. Bons ventos nos anos 30 na MB. Até o Mexico ?? acabou os testes de mar da sua 1° Fragata Sigma 10514 da Damen com previsão de construção de um total de 8 fragatas, as mais modernas da região, fora os 10 navios patrulhas já construídos pela Damen em parceria com o Estaleiro Mexicano. Aqui hoje, perdemos o fio da linhada, estamos penando pra construir 4 corvetinhas CT.

samuka

Outro reparo,
das 8 pola referidas, até o momento, só existe uma encomendada…as outras, veremos.

VovozaoR Bozo

19/12/2019 – quinta-feira, bdia, SR NUNAO, acompanho com grande interesse suas postagens, já que as mesmas além de muito coerentes são sempre bem centradas. Obrigado por contribuir no meu aprendizado. Aproveitando, gostaria de tirar um duvida: ao final da IIGM, os americanos abandonaram em Natal (RN), uma barca oficina, que a MB incorporou, pesquisei e não encontro nenhuma referência se ela está ainda operacional. Sei que a MB denominou “”Barça oficina Alecrim “” por acaso podes me informar???? Obrigado.

eliton

Se eu não estou enganado, no ultimo podcast do fronteiras invisíveis do futebol eles falam um pouco sobre isso, é bem interessante.

Victor Filipe

Sabe oque não deu problema? encomendar o navio novo para vir pronto. Como os couraçados Minas Gerais e São Paulo… é muito mais seguro encomendar navios novos fabricados no exterior. Brasil apesar de ser ensinado parece que nunca aprende. já construímos submarinos no pais, já era pra ter aprendido a fazer isso, mas hoje temos que pagar pra aprender a fazer de novo. Já cometemos nossos erros fabricando as corvetas inhaúmas. Mas o Brasil nunca aprende. Não somos França, EUA, Russia, China ou Reino Unido. não vamos ter escala de produção para que se mantenha o conhecimento ainda “quente” na… Read more »

Cristiano de Aquino Campos

Israel não fabrica, navios, submarinos e bem caças. Más desenvolve e ate vende os sensores e munições.
Preferiŕam gastar tempo e dinheiro construindo misseis, bombas e radar que navios e aviões.
Temos escala para os aviões más não para navios e submarinos.

Cristiano de Aquino Campos

Nós, teriamos escala para helicopteros más só fazemos a montagem de um modelo importado. E queremos construor navios que não temos como ter escala.

Victor Filipe

Quero deixar algo claro aqui, porque sei que vai ter gente que não vai saber interpretar. eu não sou contra construir equipamentos aqui. Eu sou contra perder dinheiro Sejamos realistas, o Brasil não tem escala de produção naval para que ele compre o conhecimento e continue fabricando navios para que esse mesmo conhecimento não se perca. Se casso fosse o contrario eu iria aplaudir de pé até mesmo as tentativas falhas de construir essa industria (é errando que se aprende) Mas não temos. Navios não são algo que vai ter escala como os Gripens, como o Guarany, tucano, astros… e… Read more »

Cristiano de Aquino Campos

O pior e que ainda pedimos uma modificação do projeto original, coisa que vai consumir duas coisas que não temos, tempo e dinheiro.
Se comprassemos as meko 100, do jeito que elas são e fabricadas na Alemanha, elas já estariam em construção.

Carlos Eduardo

Tempos de outrora……. Produziamos e construiamos aqui. Hoje, vivemos de migalhas. Como muitos já disseram, vivemos de comprar projetos e equipamentos importados, mas nada se desenvolve aqui. Falta vontade política e principalmente militar para fazer acontecer. Nossos almirantes vivem no sonho do SUBNUC, como se ele fosse o salvador da pátria, a nica resposta para garantir a soberania, mas relegam o desenvolvimento de outras tecnologias de uso mais cotidiano e tão mais vitais quanto um unico SUBNUC. – Onde esta o RADAR SABER versão naval, equipando nossos meios? Porque não investem na melhoria e ampliação da capacidade do mesmo? –… Read more »

Carlos Eduardo

Faltou falar também de um sistema de Datalink nacional, integrando todos os meios navais brasileiros, 100% nacional.

Fernando XO

Bom dia, Carlos… o IPqM já trabalha nesse sentido com o projeto STERNA… abraço…

Fabio Mayer

Penso que o Brasil tem técnicos e meios necessários para ter um plano permanente de renovação da Marinha, nosso problema mesmo é a gestão esculhambada do Estado, que não cumpre orçamentos, paralisa programas e caloteia fornecedores as vezes por mero capricho de fazer um orçamento poético, cheio de soluções ideais para tudo, que é contingênciado no primeiro dia do ano fiscal porque superdimensionou as receitas e subdimensionou as despesas, porque pega bem colocar no planos mirabolantes no papel. O maior desafio nacional é adotar o bom senso. Montar programas exequíveis e permanentes não apenas nas forças armadas, mas na educação,… Read more »