Estaleiro entrega corveta e navio de patrulha à Marinha dos Emirados Árabes

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Foi realizada hoje no estaleiro da Fincantieri em Muggiano, na província de La Spezia, na Itália, a cerimônia de entrega à Marinha dos Emirados Árabes da corveta classe Abu Dhabi, lançada em fevereiro de 2011, e do navio de patrulha Ghantut, lançado este mês. Estiveram no evento o contra-almirante Admiral Ibrahim Salem Mohamed Al-Musharrakh, comandante da Marinha dos Emirados, o vice-almirante Alberto Gauzolino, representante do Estado-maior, além de outras autoridades da Marinha italiana

A importância estratégica do mercado árabe levou à parceria da  Fincantieri com Emirados através da criação da empresa Etihad Ship Building em Abu Dhabi, em regime de joint venture com o estaleiro árabe Al Fattan Ship Industries e a empresa Melara Middle East. O objetivo é projetar, construir e comercializar embarcações militares e civis, bem como realizar contratos para manutenção e reformas.

Corveta classe ‘Abu Dhabi’

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O projeto da corveta classe Abu Dhabi é uma evolução do modelo Cigala Fulgosi, que resultou na construção de quatro navios da classe ‘Commandante’ para a Marinha italiana. O contrato também contempla apoio logístico e treinamento de pessoal para os compradores árabes. A corveta tem 88 metros de comprimento, 12m de boca e desloca um total de 1650 toneladas. O navio é movido por dois motores a diesel de 7mil kW cada, e atinge velocidade 25 nós. A embarcação, com epsaço para 70 tripulantes, será empregada, a princípio, para patrulha e vigilância, e posteriormente em ações contra submarinos, anti-aéreas e combate de superfície. A corveta também poderá trocar dados em tempo real com outros navios, helicópteros e postos de comando em terra.

Programa ‘Falaj 2’

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Os navios de patrulha Ghantut, entregue hoje, e Salalah, lançado em junho de 2012, foram encomendados pelos Emirados Árabes em 2010 como parte do programa ‘Flaj 2’. As embarcações têm 55 metros de comprimento, 8.8m de boca, alcançam velocidade de 20 nós e acomodam 29 tripulantes cada uma.

Um dos principais atributos dos navios é o projeto com ênfase na invisibilidade, tornando-os difíceis de serem detectdos em radares. Outro ponto é a versatilidade, que lhes permite realizar tarefas desde patrulha e vigilância até defesa contra alvos aéreos e de superfíce em águas territoriais ou internacionais. O contrato dá aos Emirados a possibilidade de aquisição de mais dois navios, bem como transferência de tecnologia para a construção local de mais embarcações.

FONTE: Navy Recognition (Tradução e adaptação do Poder Naval a partir de original em inglês)

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rogerio

Belos navios agora me pergunto uma coisa os arabes tem tanto dinheiro porque não capacitar seu pais a fabricar navios como esses atravez de transferencia de tecnologia , e outros como helicopteros ,submarinos convencionais para não depender tanto de estrangeiros e uma coisa a se pensar diferente do brasil que priorisa o preço baixo ao inves da qualidade exemplo os navios fabricados aqui

Guilherme Poggio

rogerio disse:

Belos navios agora me pergunto uma coisa os arabes tem tanto dinheiro porque não capacitar seu pais a fabricar navios…

Caro Rogério,

Há questões culturais muito fortes envolvidas nisso, incluindo primeiramente a capacitação técnica de parte da população. Mas existem passos concretos nesse sentido.

Nos Emirados Árabes Unidos existe a Abu Dhabi Shipbuilding. Ela participa da construção de uma série de navios de emprego militar como as corvetas da classe Baynunah. Para quem quiser saber mais é só ir neste endereço http://www.adsb.ae/
]

Bob

Tenho dúvidas sobre os nossos Napaoc (como o Amazonas) e gostaria, se possível, que alguém mais entendido do assunto pudesse me esclarecer. Frequento este site há muito tempo e na opinião de várias pessoas que leio, o armamento destes navios é considerado anêmico. Agora vejo os italianos construindo corvetas, com dimensões menores do que Napaocs nacionais. (1650 toneladas contra 1800 do Amazonas e armamentos maiores). Ainda lemos que, no Irã, existem pequenas lanchas armadas até com mísseis. Tudo bem que ali é zona de conflito, a realidade é outra. Mas desculpem a pergunta de um leigo: Será que, numa situação… Read more »

Guilherme Poggio

Caro Bob, Nossa Marinha faz o trabalho de uma marinha de guerra e de Guarda Costeira também. A compra dos navios da classe A serve para este segundo caso. Colocar mísseis, sonar de profundidade variável, etc em um navio de patrulha seria jogar dinheiro do contribuinte fora. Por outro lado, nossos novos patrulheiros liberarão os navios da esquadra para a sua função básica. Por exemlo, não precisaremos mais empregar uma fragata Niteroi para abastecer o POIT (Ilha de Trindade). Cada navio com a sua função. Devemos sempre lembrar disso. A compra desses navios (agora com letras garrafais para destaque) FOI… Read more »

MO

Verdade DDC, bob ve so compara a função / importancia / relevancia desta classe na marinha dos turquinho e com a nossa considerando tbm a geografia e a geopolitica dos emirenses

Por isso que la, oma e outros locais semelhantes estes navios são NAVIOS DE COMBATE, pois reparem eles não tem navios de grande porte e la esses saão CT, DDH, NV, CV, NPA ,NTrT, NB tudo junto …

MO

PS alem de tudo powtya navio horrivel eita quadrado retangulo anemico mutante esse …. oi que saudade das la combatant ….

eduardo.pereira1

convenhamos que se as novas(futuras) corvetas classe Barroso tiverem uma aparencia similar a desta corveta ae, ficaria bacanaço,principalmente colocando um lançador vls mesmo que com apenas uns 16 misseis ,o canhao da Otto ,dois canhoes 30mm(um de cada lado e um de 40 ou 76mm na popa,heliponto com suporte para o s-70 sea hawk,ficaria bacana demais!!! Mas voltando para a realidade ,vamos aguardar e ver o que virá.