Aprovado plano de trabalho do Brasil para exploração de crostas na Elevação do Rio Grande

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Elevação do Rio Grande (destaque em vermelho)

Elevação do Rio Grande (destaque em vermelho)

O Brasil acaba de alcançar importante êxito na aprovação do Plano de Trabalho para exploração de crostas cobaltíferas na Elevação do Rio Grande (ERG), durante uma reunião da Comissão Jurídica e Técnica da Autoridade Internacional para os Fundos Marinhos (ISBA), órgão das Nações Unidas responsável pela coordenação das atividades relacionadas aos recursos marinhos em área internacional, que está acontecendo em Kingston, na Jamaica.

O Plano de Trabalho apresentado na ISBA, no dia 31 de dezembro do ano passado, sob a Coordenação da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM), foi o resultado de mais de quatro anos de estudos desenvolvidos no Programa de Prospecção e Exploração de Recursos Minerais da Área Internacional do Atlântico Sul e Equatorial (PROAREA), com intensa cooperação dos setores técnicos e políticos envolvidos, como o Serviço Geológico do Brasil, o Ministério das Minas e Energia, o Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação, o Ministério do Meio Ambiente e o Ministério das Relações Exteriores.

Esse Plano vai assegurar ao Brasil o direito exclusivo de exploração da área requisitada por, pelo menos, quinze anos, ampliando o espaço do País como ator no cenário político-estratégico dessa região de interesse. Acresce, ainda, importante contribuição para as pesquisas no Atlântico Sul e o nosso desenvolvimento socioeconômico.

As atividades de pesquisa relacionadas à geologia e biologia marinha em áreas internacionais ganharam prioridade no País a partir de 2009, com a criação do PROAREA no âmbito da CIRM, que tem como propósito a identificação e avaliação da potencialidade mineral de áreas com importância econômica e político-estratégica localizadas na Área, por meio do desenvolvimento de tecnologia de ponta, da geração de empregos e qualificação de recursos humanos.

Como exemplo dessa sinergia, podemos citar que mais de sessenta estudantes e pesquisadores de diferentes instituições e áreas científicas como geologia, biologia e geofísica contribuíram para a construção do Plano de Trabalho.

Além das crostas ricas em cobalto, as pesquisas na ERG também constataram a ocorrência de outros minérios, como níquel, platina, manganês e terras raras que possuem relevante potencial científico e econômico.

MAPA-BAT_ERG

FONTE: Marinha do Brasil

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João Luiz Armelin

Fantástico esse trabalho coordenado há muito tempo pela MB. Só não sei se com isso a ERG passa a ser considerada um prolongamento da Plataforma Continental Brasileira.
Parabéns a todos que integraram esse projeto.

robson

Torcendo para que esse trabalho no futuro seja utilizado como base para o prolongamento da plataforma continental do brasil, pois com certeza essas áreas submersas internacionais serão alvo de cobiças pelas grandes potências