Começou o III Simpósio das Marinhas da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, no Rio de Janeiro

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Começou hoje (8) o III Simpósio das Marinhas da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que acontece de 8 a 10 de maio, na Escola de Guerra Naval (EGN), no Rio de Janeiro. O III Simpósio das Marinhas da CPLP é o fórum mais importante entre as Marinhas e Guardas Costeiras de língua portuguesa sobre assuntos ligados ao mar.

Na cerimônia inaugural, que contou com representantes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste, estiveram presentes o Ministro da Defesa do Brasil, Embaixador Celso Amorim; o Comandante da Marinha do Brasil, Almirante-de-Esquadra Julio Soares de Moura Neto; da Marinha de Guerra de Angola, Almirante Augusto da Silva Cunha; da Guarda Costeira de Cabo Verde, Tenente-Coronel António Duarte Monteiro; da Marinha de Guerra de Moçambique, Contra-Almirante Lázaro Henrique Lopes Menete; da Marinha Portuguesa, Almirante José Carlos Torrado Saldanha Lopes; da Guarda Costeira de São Tomé e Príncipe, Capitão-Tenente Idalécio João; e do Componente Naval da Força de Defesa de Timor-Leste, Capitão-de-Mar-e-Guerra Donaciano do Rosário da Costa Gomes.

Durante os três dias de evento, que tem como tema central “Garantia da defesa e segurança marítimas, em âmbito nacional, regional e global. A cooperação entre as Marinhas para o monitoramento e o controle do tráfego marítimo nas águas jurisdicionais dos países”, serão apresentadas palestras e discutidos assuntos que busquem a cooperação entre as Marinhas.

No seu discurso, o Ministro da Defesa ressaltou a importância do encontro. “É uma honra participar desse evento que serve de instrumento para a aproximação dos países. Os comandantes discutirão, principalmente, propostas de cooperação. Solidariedade e fraternidade são características das Marinhas”, afirmou.

O Comandante da Marinha do Brasil ressaltou que o Simpósio trará avanços às Marinhas dos países participantes. “Há necessidade de se avançar nas parcerias navais no que diz respeito à segurança marítima e ao controle do tráfego marítimo, buscando o crescimento das nossas Marinhas e Guardas-Costeiras. Preservar a unidade marítima é essencial para qualquer nação.”

Após a cerimônia inaugural, os participantes posaram para a fotografia oficial do evento, participaram de uma entrevista coletiva e da sessão de abertura, que contou com uma conferência proferida pelo Professor Doutor Antônio Celso Alves Pereira sobre o tema “Reforço na fiscalização conjunta das águas jurisdicionais”. À tarde, foram apresentadas as palestras de Angola, Cabo Verde, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe.

Oportunidades de negócios

 

Em entrevista coletiva aos jornalistas presentes, o Comandante da Marinha do Brasil, Almirante Moura Neto, disse que a Marinha estuda com o Governo formas de financiamento do BNDES para a venda de navios, equipamentos e sistemas da Emgepron para as Marinhas e Guarda-Costeiras da CPLP, mas por enquanto nada ainda foi definido. A Emgepron tem um estande durante o III Simpósio com amostras dos seus equipamentos e serviços.

O Almirante Augusto da Silva Cunha (Alte Gugu), da Marinha de Angola, em conversa informal com jornalistas após a entrevista, disse que Angola recebe ofertas de equipamentos de vários países, incluindo a China. O almirante ressaltou ainda a grande influência russa sobre a Marinha Angolana, pois os primeiros oficiais foram formados na Marinha da Rússia.

Na quinta-feira, dia 10.05, as delegações presentes no III Simpósio terão oportunidade de visitar quatro navios construídos no Brasil: o aviso de patrulha Albacora, os navios-patrulha Grajaú e Macau e a corveta Barroso.

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Mauricio R.

Assim como na Venezuela, em Angola tb temos fura zóio holandês:

(http://www.meretmarine.com/article.cfm?id=119545)