Completado o design preliminar de arma laser para navios da USN

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FEL

Na última quinta-feira, 18 de março, a Boeing informou que completou, com sucesso, o design preliminar para o sistema de armas Free Electron Laser (FEL) da Marinha dos EUA (U.S. Navy). Segundo a empresa, isso é um passo fundamental na direção de construir um protótipo para testes realísticos no mar.

Entre 9 e 11 de março, na revisão do design preliminar realizada em sua unidade em Arlington (EUA), a empresa apresentou o projeto a mais de 30 representantes do governo e do Laboratório Nacional dos EUA. Segundo a Boeing, o laser elétrico operará passando um raio de elétrons de alta energia através de uma série de fortes campos magnéticos, gerando uma emissão intensa de luz laser, capaz de destruir ou desabilitar alvos.

Gary Fitzmire, vice presidente e diretor de programa da Boeing Directed Energy Systems, disse que o “Free Electron Laser utilizará a energia elétrica do navio para gerar, na prática, munição ilimitada e prover uma capacidade de defesa contra ameaças como mísseis hipervelozes, de forma ultraprecisa e na velocidade da luz. Trata-se de um desenvolvimento de um sistema de armas que transformará a guerra naval.”

O contrato estimado em 163 milhões de dólares para iniciar o desenvolvimento do FEL foi concedido à Boeing em abril de 2009, com uma parcela inicial de 6,9 milhões. Espera-se que a Marinha dos EUA decida em meados deste ano conceder mais parcelas (task order) à Boeing para completar o design do sistema e construir e operar um demonstrador de laboratório. Outros sistemas de armas laser que a Boeing está desenvolvendo são o Airborne Laser Test Bed, o High Energy Laser Technology Demonstrator, e o Laser Avenger, entre outros (veja mais nos links abaixo).

FONTE: Boeing

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Ozawa

Com efeito, a se desenvolver a técnica e torná-la operativa, se irá revolucionar a guerra naval.

Permitam-me vislumbrar, mesmo que em um horizonte distante, o retorno dos portentosos canhões de torretas triplas, agora a laser, sobre imensos cascos de cruzadores ou couraçados velozes, revertendo a hegemonia dos porta-aviões e revolucionando a estratégia e táticas navais contemporâneas em níveis nunca vistos desde a II GM… A némesis dos grandes couraçados…

Os canhões do cruzador Argo (Yamato) em sua “Patrulha Estrelar”, diante desta notícia, já não parecem uma obra exclusivamente de ficção, mas uma animação profeticamente visionária…

rogerio

Com certeza

Galileu

É as forças americanas anos luz a frente.

Já tinha conhecimento sobre essas pesquisas sobre lasers embarcado, ainda são bem grandes só um navio ou boeing pra comportar, mas acredito que num futuro + ou – proximo eles estarão bem menor em tamanho

The Captain

E a demais nações ainda estão desenvolvendo mísseis de curto, médio e longo alcance.
Quando uma potência militar pensou que conseguiu empatar com o Tio Sam, “na real”, está perdendo no mínimo por 5 X 0. O Tio Samuel está sempre anos luz, neste caso “literalmente”, a frente de qualquer outra potência, quando não na prática, efetivamente em seus laboratórios.

fsinzato

Os combates em ambiente atmosférico na base dos mísseis, canhões e bombas, estão ainda muito longe de serem abandonados. Sistemas laser tem aplicações bem específicas, já que a atmosfera (quanto mais densa pior) e o vapor d’água presente, além de desviarem a trajetória do laser (compensa-se com óptica adaptativa)pior, difratam o laser, fazendo-o perder força ao alcançar o alvo. Para maiores distâncias ou se coloca a plataforma em ambiente rarefeito para um alvo em ambiente rarefeito (caso ABL) ou aumenta-se de forma absurda a quantidade de energia disponível para o sistema. Mesmo no caso do ABL, o mesmo só é… Read more »

fsinzato

Em tempo complementando…

Perceberam que pelas fotos do post, ainda se tem canhão e mísseis.

fsinzato

Apenas corrigindo:

“bombas de ferro com kit de guiagem.”

A bomba em si é imune, porém o kit de guiagem, se não tratado, não o é.

giltiger

Vamos com calma, para operar um canhão laser sobre um navio contra misseis precisa-se além de muita energia uma plataforma estabilizada estupidamente precisa e rápida para lidar com alvos de altíssima velocidade como mísseis. Se conseguirem superar estas dificuldades iniciais e produzir um sistema operacional, se eu fosse operador/fabricante de míssil começaria por cobrí-lo com material espelhado e começaria a desenvolver uma blindagem térmica e/ou elétrica interna… rapidinho! Quanto ao uso similar como bateria principal como os antigos couraçados não dá mesmo pois laser não dá tiros parabólicos por cima de montanhas, unidades amigas e para distâncias além do alcance… Read more »

The Captain

Obrigado aos amigos fsinzato e giltiger pelos esclarecimentos.

bulldog

giltiger

Pensei, na hora em que li, sobre a questão do “tiro linear” e como um míssil “ondula” e faz parábola e como pode vir rente a àgua. Não sei como esses futuros canhões emissores agirão tão depressa na interceptação e o que a guerra eletrônica não poderá fazer para inutilizá-los.
sds

caravlhomtts

Como se gasta dinheiro,e ainda falam que o tio sam está com o cheque especial no vermelho.
abraço atodos.

fsinzato

bulldog em 20 mar, 2010 às 19:29

“Pensei, na hora em que li, sobre a questão do “tiro linear” e como um míssil “ondula” e faz parábola e como pode vir rente a àgua.”

Basta apenas uma onda entre a linha de visada do laser e o míssil para desviar o raio.

Abs.

OTV

Isto só para daqui uns 100 anos. Primeiro passo é descobrir como gerar bem mais energia do que se gasta para produzir o raio. Depois fazer com o equipamento caiba dentro de um navio, talvez um PA ou cruzador para início. Isto só para começar.
E fora os problemas apontados pelo colegas bloquistas fsinzato e o giltiger.
Só daqui a 100 anos, por baixo.

Nick

“FASERS” a caminho?? Parece que estamos vendo a pré-história de sistemas que só víamos em seriados e filmes como StarTrek e StarWars.

[]’s

jomado

….é mole ou qué mais, os homens tão sempre na vanguarda…

RodrigoBR

Ozawa, Ao ver a imagem do post também lembrei imediatamente do cruzador Argo (Yamato) em sua “Patrulha Estrelar”!!! Grandes salvas de mísseis contra os inimigos… 😀 😀 😀 Para mim, quem vai dominar a guerra futura será a nação que desenvolver uma “rede” de plataformas lasers que se complementem. Os EUA parece que estão na frente. Para mim a rede deveria ser composta de plataformas aéreas, navais e espaciais(satélites geoestacionários) formando uma malha em torno do planeta Terra para que qualquer ponto do planeta possa ser coberto por mais de um satélite ao mesmo tempo. A energia para a geração… Read more »

Dunga

Daqui para a “serie” Star Treck devera ser um pulo agora!!!
Mas para falar em desenho do barco: etá desenhinho feio este!!!
Não dá para os projetista fazerem um desenho melhor ?

Nick

Caro Dunga,

Me parece ser um cruzador baseado no design furtivo da classe Zumwalt, que deveria ser a classe que renderia as Burkes, mas de tão cara, deve ficar com 3 unidades construídas apenas. Mas é feio mesmo,
tem naves stealths com design melhores que essa .

[]’s

Alex Nogueira

Estaá começando a época “Star Wars”….. logo ficará muito chato… munição infinita….parece até video-game.

The Captain

A nave parece o Nautilus, o do Capitão Nemo, bem entendido.

Bernardo R.

Raio da morte de Tesla???

vai saber né…..