Divergências no concurso de seleção para praticantes de prático em 2013

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Depois de parar na justiça federal em 2008, por suspeitas de vazamento de prova, (conforme matéria publicada no Poder Naval) o concurso de seleção para praticantes de prático, ministrado pela Diretoria de Portos e Costas, da Marinha do Brasil, está novamente gerando polêmica entre candidatos no concurso realizado em 2013.

O presente concurso está sendo ameaçado por três ações judiciais e um inquérito público civil, este último com o objetivo de apurar indícios de favorecimento de categorias privativas no critério de pontuação da prova de títulos divulgado no seu edital de realização, publicado em novembro de 2012.

Desta vez, vários candidatos relataram que no último concurso, o gabarito definitivo, divulgado após um período de revisão dos 1332 recursos recebidos, não trouxe nenhuma revisão das questões que continuam com erros graves de língua portuguesa, traduções equivocadas do inglês e ainda com respostas que violam o regulamento internacional para evitar abalroamento no mar (RIPEAM). Além disso, violam também normas da capitania dos portos e o prescrito no Roteiro, que é uma publicação da DHN que complementa as informações encontradas nas cartas náuticas para prover uma maior segurança à navegação .

Em 2008, ocorreram 5 anulações e 3 mudanças no gabarito preliminar, 11% do potencial de avaliação da prova desperdiçado em erros e correções.  Em 2011, esta média se manteve, porém nos dois concursos anteriores o gabarito final corrigiu a maior parte dos erros, mas mesmo assim não evitou ações judiciais isoladas dos candidatos que se sentiram prejudicados.

No concurso realizado em 2013, candidatos relatam que quase 20% das questões da prova precisam ser recorrigidas e caso isso não ocorra, já estão se organizando para uma ação conjunta para resolver o problema judicialmente.

Segundo uma fonte, cerca de 25% dos candidatos aprovados neste concurso já são práticos efetivos ou praticantes de práticos que almejam mudar de localidade, além de marítimos,  militares da Marinha, comandantes de navios mercantes ou civis muito bem preparados para o concurso.

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Giordani

Sempre isso…já está ficando repetitivo…mas onde há fumaça…

Paulo

Sujeira, os Oficiais da MB estão tentando melhorar suas vidas e quando não passam no concurso são impedidos de realizar EGN

Gabriel J.

Isso tem que acabar! As provas desses processos são sempre feitas e revisadas sem cuidados….Absurdos que depõem contra a Marinha; fazendo com que haja muita desconfiança. O processo necessita ser bem feito! E o pior que são questões de domínio da Marinha, o que envergonha e expõe a Instituição.

X.O.

Epa, com relação à EGN, não tenho conhecimento de ninguém “gongado” na CPO por causa de concurso extra-MB… o que já houve foi exoneração de cargo. Não custa lembrar que só cursa EGN (CEMOS) quem tiver aprovação no exame de seleção.

Fabio

A Marinha sempre comete irregularidades nesses concursos, sobre a argumentação de que tudo pode fazer em nome de uma suposta segurança da navegação que nem ela mesmo cuida, haja vista as desatualizadas publicações existentes. Quando todos os candidatos que fizeram a prova reclamam, há algo errado. Diria muito errado!