SAS Isandlwana (F146)

SAS Isandlwana (F146)

Por Roberto Lopes
Especial para o Poder Naval

O relatório do Departamento de Defesa sul-africano relativo ao exercício financeiro 2016/2017, divulgado no fim do mês passado, revelou: no período, os navios da Marinha sul-africana só conseguiram fazer 8.131,5 horas de mar – pouco mais de 67% de sua programação de 12.000 horas.

De acordo com o texto, o principal motivo para esse pobre desempenho foi a “indisponibilidade de embarcações no nível de capacidade exigido, devido a atrasos no ciclo de manutenção e defeitos operacionais”.

O relatório define como “informação classificada” – e, portanto, indisponível – a porcentagem de tempo em que as embarcações operaram de acordo com os níveis requeridos, mas observa: tal índice foi devidamente aferido, no âmbito de auditoria interna aplicada à Força.

“As fronteiras marítimas da África do Sul foram efetivamente defendidas e protegidas por meio de patrulhas e no Canal de Moçambique, na prevenção de atividades de pirataria marítima”, esclarece o documento. “Foram utilizadas para esse fim duas fragatas e um navio de apoio ao combate. O Esquadrão de Reação Marítima foi amplamente utilizado durante a mesma operação”.

E prossegue o relatório: “Entre outras realizações, a Força Naval sul-africana colaborou com a fiscalização marítima exercida pelo Departamento de Agricultura, Florestas e Pesca. O trabalho em conjunto resultou na apreensão de três pesqueiros suspeitos de operarem irregularmente na Zona Económica Exclusiva da África do Sul.

A Marinha fracassou em seu plano de garantir recursos que lhe permitissem encomendar três navios-patrulha oceânicos (OPVs) e um barco hidrográfico.

Mas, no período, uma fragata sul-africana foi mandada ao Atlântico Norte operar com forças navais da Otan (organização do Tratado do Atlântico Norte) e outra foi despachada para a Índia.

O relatório do Departamento da Defesa também anota:
“Um submarino empreendeu uma patrulha para o Grupo da Ilha do Príncipe Eduardo, para afirmar a autoridade da RSA sobre este remoto território da República”.

As Ilhas do Príncipe Eduardo são um arquipélago formado por dois territórios insulares, 1.769 km da cidade sul-africana de Port Elizabeth, a meio caminho para a Antártida: a ilha do Príncipe Eduardo (46° 38′ 39″ S 37° 56′ 36″ E), de 45 km², que é desabitada, e a ilha Marion (46° 54′ 45″ S 37° 44′ 37″ E), que possui uma base científica guarnecida por cerca de 50 pesquisadores e militares.

Além dessas comissões a Armada sul-africana se adestrou com navios das Marinhas do Brasil, da França, do Irã e do Reino Unido, entre outras.

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Burgos

Pois é !!!
Os tempos estão difíceis pra todo mundo !!!

Jelton Carlos

E há pouco tempo atras, chegar a pensar que a aquisiçao desses navios seria uma soluçao mais obvia e de custo razoavel para o Prosuper. Talvez eu esteja errado, mas a MB nao precisa hj de escoltas caras e pesadas para cumprir o seu papel constitucional. Uma versao alongada das Tamandarés_com um lançador vertical de misseis com 16 celulas _ numa quantidade mais expressiva jah seria o suficiente; deixando as belonaves maiores e mais caras para um momento mais adequado financeiramente. O grande problema é se as nossas escoltas conseguem manter se funcionando ateh a chegada de suas substitutas. Pelo… Read more »

Jelton Carlos

Ha pouco tempo atras eu ateh pensei q essa classe de fragatas seria o ideal para a realidade brasileira. Na verdade, o Brasil nao precisa de grandes e caras belonaves, como propunha o PROSUPER e sim navios modernos mais modestos. O ideal seria construir umas seis ou oitos Tamandarés numa versao alongada e mais equipadas para substituir as escoltas atuais e aquirir umas tres tipos 23 ou as OHPs australianas q assim como a nossa Barroso poderiam permanecer em serviço por mais 10 ou 15 anos. Porém, voltando para a realidade, se tud seguir o roteiro que se desenha, vamos… Read more »

Marcelo Andrade

Taí, gostaria de saber qual o percentual na MB?

Gabriel2

A Economia é a base para todos os projetos nacionais

Gil

Taí, gostaria de saber qual o percentual na MB?
x2

Rogério Rufini

Jelton Carlos
A MB precisa sim de fragatas pesadas , navegar no atlântico sul e nossa plataforma continental não é pra navio leve não, as Niterois ja sofreram em nosso mar, e olha que são mais pesadas que as Tamandarés, um navio desse em mar agitado, não serve para nada,

Leandro Costa

Se querem saber qual o percentual da MB, é necessário saber qual o total de horas de mar que a MB planeja para seus navios, certo? Seria uma informação interessante, mas eu não duvido que a MB não consiga atingir sua própria meta devido à constantes cortes de recursos.

Jorge Knoll

Na MB não deve chegar a 50%, pois tem muitas em manutenção. Em compensação tem outras que chega perto de 80%, face as limitações em número de belonaves disponíveis para exercer o direito de defesa da nossa costa ou participação na Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FINUL) –
UNIFIL

Leandro Costa

O que me incomoda é que todos falam das percentagens sem mesmo saber qual o número total de horas de mar planejadas pela MB. Vai ver a MB cumpre mais do que o total, ou se esse planejamento incorre em ‘horas adicionais’ para o caso de emergências, etc. Está tudo muito vago. O que sabemos é que NO CASO da Marinha Sul-Africana, eles conseguiram atingir apenas 67% das horas planejadas pela Marinha deles. Não temos informação necessária para tirar as mesmas conclusões sobre a Marinha do Brasil.

Erichwolff

Te digo então: a meta é metade dessa daí africana, mas só consegue cumprir a metade!

XO

Prezados, a MB trabalha com o IDA (índice de disponibilidade anual), o qual é expresso em dias de mar… varia conforme a classe de navio… esse número é definido, em linhas gerais, pelas necessidades de manutenção, as quais dependem das horas de funcionamento, principalmente, da propulsão e geração de energia… abraço a todos…

Rogério Rufini

depende, os navios classe amazonas, estão navegando 2x mais que o previsto, assim como a Barroso

Burgos

Srs !!!
Esqueçam as OHP Australianas !!!
Tá quase fechado o negocio com a Polônia !!!
As da US Navy só tão o pó da rabiola !!!
Ninguém que resto do resto não !!!

Burgos

As tipo 23 o Congresso Londrino já interveio e mandou segurar as vendas.
O galo veio agora vai ter que “ciscar” em outro terreiro !!!

Rogério Rufini

Burgos 13 de dezembro de 2017 at 15:50
Srs !!!
Esqueçam as OHP Australianas !!!
Tá quase fechado o negocio com a Polônia !!!
As da US Navy só tão o pó da rabiola !!!
Ninguém que resto do resto não !!!

Concordo plenamente

Rogério Rufini

Burgos 13 de dezembro de 2017 at 15:54
As tipo 23 o Congresso Londrino já interveio e mandou segurar as vendas.
O galo veio agora vai ter que “ciscar” em outro terreiro !!!
Navios tão velhos e obsoletos como as Niterois

Caio

A economia do mundo anda com o freio de mao puxado, logo os gastos sao muito racionalizados.