Concepção do futuro navio-aeródromo chinês Type 002

No último dia 9 de novembro o South China Morning Post, um jornal baseado em Hong Kong, reportou que militares chineses chegaram a uma solução tecnológica que torna viável o uso de catapultas eletromagnéticas (EMALS, na sigla em inglês) em um porta-aviões de propulsão não nuclear. O único navio a atualmente operar com catapultas desse tipo é o USS “Gerald Ford”, comissionado pela US Navy em julho de 2017.

Se a notícia relatada se confirmar e a Marinha chinesa (PLAN) efetivamente incorporar EMALS ao Type 002, seu terceiro porta-aviões, a Força deve experimentar um substantivo salto qualitativo em sua capacidade operacional. Ela poderá, por exemplo, passar a operar aeronaves de asa fixa em funções de alerta aéreo antecipado e carrier onboard delivery (COD).

O uso de EMALS permitirá também a redução dos ciclos de lançamento dos seus caças J-15. Por fim, também se especulou que as mesmas soluções técnicas que permitirão a instalação de um sistema EMALS em um porta-aviões convencional devem viabilizar a operação de canhões elétricos (railguns) e armas de energia direcionada (DEW) a partir do Type 002.

Mas o que os recentes avanços chineses nos permitem concluir sobre o futuro dos porta-aviões? Ao longo da última década, muitos teóricos e estrategistas vêm especulando sobre – ou francamente anunciando – o iminente fim do navio aeródromo enquanto núcleo das esquadras mais poderosas do mundo. Essas especulações devem-se em boa medida à própria marinha chinesa e seus avanços em capacidades anti-acesso e de negação de área (A2/AD) e aos crescentes custos dessas plataformas.

Por dentro de uma catapulta eletromagnética EMALS

Todavia, os investimentos que a PLAN vem fazendo em seu Type 002 e o fato de que a US
Navy planeja construir dez porta-aviões da classe “Gerald Ford” demonstram a resiliência desse tipo de plataforma e a importância da aviação embarcada. Cabe, portanto, refletir sobre a situação do Brasil.

A recente desativação do NAe “São Paulo” sem um cronograma definido para sua substituição deixou um “gap” de capacidade na Marinha do Brasil. Dado que a situação fiscal do país não permite grande otimismo, é preciso pensar em soluções para aproveitar a capacidade aeronaval já existente na Força, a qual – com o EC725, equipado com o MAS Exocet, e o Seahawk, equipado com o MAS Penguin – é provavelmente a primeira do continente sul-americano.

A aquisição do HMS “Ocean”, junto ao Reino Unido, não substitui um NAe, mas pode ser uma interessante opção no curto prazo/médio prazo.”

USS Gerald R. Ford, o primeiro navio-aeródromo equipado com catapultas eletromagnéticas EMALS

FONTE: Boletim n° 64, da EGN, de 24 de novembro de 2017 / COLABOROU: Luiz Monteiro

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Willhorv

Encomenda 2…um para 2024 e outro para 2026, para a 2° frota. Podemos operar cada com;
32 Sea gripen…
4 v22 awac&c isr….
4 v22 Cod/revo…
5 v280 asuw/asw/sar&csar
7 v247 drones de vigilância.

Claro….com 6 escoltas por CVN com mais um v247 e um v280 cada…
E por baixo um snbr pegando a rebarba!
Tudo nos urtimo!!!

Tá bom né!??

Everton Matheus

Will. 2024 e 2026?
Com esse prazo da nem pra construir as Tamandaré, alias, nem a classe Amazonas kkkk Ainda mais sem dinheiro.
Mas aproveitando que vc tocou no assunto. A Versão naval do Gripen irá der desenvolvida logo após a conclusão da versão comum?

Everton Matheus

ser desenvolvida ‘

Aproposito… Esse certamente é um daqueles projetos militares que podem ser empregados na esfera civil.

Parabellum

Com o custo de construção/aquisição de um porta-aviões somado ao custo de cada caça (na versão desdentada) na casa dos 100 milhões de dólares, a opção pelos porta-helicópteros passará a ser conhecida como o “porta-aviões dos pobres”.
Porém, com uma estratégia bem desenvolvida fará frente à qualquer ameaça perante outras marinhas que não os possuem. Nosso porta-helis embarca muito mais unidades aéreas que qualquer fragata da região, podendo atuar em todas as missões, inclusive superioridade aérea.

Diogo de Araújo Carvalho

O Brasil não precisa projetar poder, se formos capazes de nos defendermos tá ótimo já!

Ozawa

Atravessando o tema do famigerado porta-aviões brasileiro com outro enfoque que certamente deverá ser observado por um órgão militar que, por óbvio, integra a Administração Pública, tem-se, então, o princípio da supremacia do interesse público, que está implícito nas regras do Direito Administrativo e configura-se, nos dizeres de Hely Lopes Meirelles, “como um dos princípios de observância obrigatória pela Administração Pública…” Por seu turno, ligado ao princípio da supremacia do interesse público encontra-se o da sua indisponibilidade, pois ao administrador é dada a tarefa de zelar pelos interesses da coletividade. Deste modo, esse gestor não pode dispor daqueles interesses em… Read more »

Nilson

Parabellum 24 de Fevereiro de 2018 at 16:42
Corretíssimo, em terra de cego, quem tem um olho é rei!!
Lógico que o Ocean não poderá ser utilizado em oposição a força aérea de asa fixa, mas quando esta não estiver presente (caso da maioria das nossas ameaças), o porta-helis representa uma capacidade considerável para nossa esquadra.

Willhorv

Acho que apertando o prazo….colocando mais um turno de trabalho, acho que dá para 2024/26 !!! Kkkkk
Com relação ao Sea Gripen, acredito que não vai demorar muito seu desenvolvimento a medida que os modelos E/F estejam operacionais. Não muda muito da plataforma de origem.
Mas LHA’s devidamente aparelhados para o controle de área é mesmo a realidade do Brasil….ou pelo menos o mais factível.
A defesa da Amazônia Azul ficaria a cargo dos SBR/SNBR, NpOc, Tamandarés ou algo que vier como escoltas, NPAs e aviação baseada em terra.
Já é muito bom se conseguirmos isso!

Fernando "Nunão" De Martini

“Com relação ao Sea Gripen, acredito que não vai demorar muito seu desenvolvimento a medida que os modelos E/F estejam operacionais” Willhorv, Não é bem assim. O projeto do Gripen M (anteriormente chamado Sea Gripen) foi bancado pelo fabricante até o ponto em que é possível ir sem que haja um contrato específico de cliente interessado. Foi feito projeto de viabilidade, cálculos, especificações das partes que não serão compartilhadas com o Gripen E/F etc. Mas atualmente é isso: “só” um projeto. Para concluir o desenvolvimento dessa versão naval visando a engenharia de produção, construção de protótipo(s) e início da fabricação… Read more »

Thom

Brasil deveria investir num projeto de NAe convencional e com catobar, acho um excelente opção, além de ser realista para que quem sabe na metade desse seculo, possamos ter uma segunda frota operacional.
As Tamandaré só estarão totalmente operacionais no final da próxima década, mas ainda temos os subs, que na mão da MB são mortais.

HMS TIRELESS

Artigo interessante que termina por mais uma vez lançar questionamentos à decisão da MB de apostar todas as suas fichas (e seu orçamento de investimento) no PROSUB.

Marcelo

“A recente desativação do NAe “São Paulo” sem um cronograma definido para sua substituição deixou um “gap” de capacidade na Marinha do Brasil.” Alguém pode me explicar que gap de capacidade é esse ? Que tarefas a MB está deixando de cumprir por não ter um porta aviões ? Se alguém disser que é para proteção do nosso litoral, discordo! Basta ver que a US Navy desloca seus porta aviões em regiões longe da costa americana justamente para projetar poder e não defender o litoral! Até quando a MB vai insistir nessa história de querer ter porta aviões. A aquisição… Read more »

Nilson

“A recente desativação do NAe “São Paulo” sem um cronograma definido para sua substituição deixou um “gap” de capacidade na Marinha do Brasil.” . Parece-me que no texto acima do artigo há uma falha, não foi a recente desativação (em 2017) do NAeSP que deixou um gap de capacidade. Tal gap existe desde o dia em ele deixou de ter condições operacionais, coloco como tal data o fatídico 17 de maio de 2005: “por volta das 10:30h, ao ser comunicado vapor para o aparelho de catapulta, responsável pelo lançamento de aeronaves, houve o rompimento de uma tubulação, liberando vapor superaquecido… Read more »

carvalho2008

Isto é o que o Brasil necessita quando vier a se decidir.
.
3 navios de concepção baseada no BPE Juan Carlos, alongado em 40 metros.
.
Um verdadeiro Multiproposito de 270 metros x 40 de boca, pista em angulo, ski jump e cabos de parada, deslocamento aproximado de 45 mil ton.
.
3 navios que substituem 5 ( de nae a anfibios e docas)…..economia de cascos, economia de tripulação…

carvalho2008
Yuri

Gripen Marine só vai sair se alguém comprar. Como a MB n tem dinheiro pra isso, a esperança eh a India. Se n vai ficar só na concepção msm.

Alex Barreto Cypriano

Colocar EMALS num porta aviões de propulsão convencional não é uma conquista tão grande assim e se parece muito com propaganda triunfalista de regime autoritário. Ora, motorização convencional (turbina e diesel, em adequadas combinações) pode equiparar a potência dos dois reatores num Ford, demandando a alocação de tanques de combustível e piorando a assinatura térmica do vaso. De fato, os motores de um LCS classe Freedom produzem 84 MW pra impulsionar suas três mil toneladas à 40-45 nós. Evidentemente não estou falando dos geradores elétricos acoplados aos motores, mas apenas da potência da motorização. Num trambolho de 80 mil toneladas… Read more »

Luiz Monteiro

Prezados,

Na minha opinião, hoje, o que a MB pode operar é o Ocean. Nas próximas décadas (daqui a 20 anos), talvez possa operar NPM.

Já um navio-aeródromo CATOBAR, acho muito difícil operar. Esse tipo de navio é para player mundial. Para nações que reconhecem a importância de se estar preparado para a guerra, para se manter a paz. Infelizmente, essa não é a realidade do povo brasileiro e muito menos de nossos governantes.

A importância de se manter uma cobertura aerea para a Esquadra já foi debatida inúmeras vezes aqui.

Abraços

Bardini

“Esquadras não se improvisam”

carvalho2008

Segue a figura de um hipotetico BPE de 270 metros

BMIKE

O Brasil poderia começar com um projeto do tipo Juan Carlos l, catapultas eleva os custos para manter e operar…

Ronaldo de souza gonçalves

Com a retirada do são Paulo ,ou bem antes já aviamos perdendo doutrina, é agora que o Porta-aviões está a décadas de distancia é os caças navais estão quase no final da vida útil,só foram reformados 3 opção para mais 3.Eu acho que não precisamos de porta aviões.A MB é uma marinha defensiva,mas tem algum poder ofensivo, é sinceramente acho que nenhum porta-aviões do mundo poderá estacionar nas nossa costas pelo menos a uns 600km ,mesmo com um grupo de batalha em segurança,pode ser atacado da costa por caças,submarinos misseis antinavios de grande alcance etc.os srs podem ver que varias… Read more »

Felipe Alberto

“Ao longo da última década, muitos teóricos e estrategistas vêm especulando sobre – ou francamente anunciando – o iminente fim do navio aeródromo enquanto núcleo das esquadras mais poderosas do mundo. Essas especulações devem-se em boa medida à própria marinha chinesa e seus avanços em capacidades anti-acesso e de negação de área (A2/AD) e aos crescentes custos dessas plataformas.” Em uma entrevista recente do Sam Tangredi (agradeço ao Ivan pela referência), este fez vários comentários nesse ponto(14’16”). https://www.youtube.com/watch?v=cPmx4LRwNFs “e o fato de que a US Navy planeja construir dez porta-aviões da classe “Gerald Ford” demonstram a resiliência desse tipo de… Read more »

Carvalho2008

Se for um fato que a vida nos Porta Avioes fique mais arriscada e posta em cheque, haverá o movimento de diluídos afim de minimizar risco
.
Uma eventual diluição passa põe Navios mais simples ou menores ou ainda, a junção de ambos.
.
Colocar Nae clássicos em cheque não quer dizer que a tendência seja abolir força aeronaval embarcada.
.
Aviação naval embarcada continuará existindo

Carlos Eduardo Maciel

carvalho2008 24 de Fevereiro de 2018 at 20:19
Segue a figura de um hipotetico BPE de 270 metros

Carvalho, bonitas as imagens.
O que vc propõe é muito mais do que uma ampliação.
É um projeto completamente novo !!!
Atraente sem dúvida, mas com um custo certamente muito maior do quê um Juan Carlos.
Sou plenamente favorável ao LHD ao invés do NAe.
Mas seu projeto deve ficar perto de US $ 1 Bilhão a unidade.
Complicado.

Control

Srs Jovem Carvalho Sua premissa que é melhor distribuir os ovos por mais cestos tem todo o sentido, pois, em uma esquadra, os PA’s são os alvos preferenciais, visto que eles garantem a maior parte dos meios de ataque e defesa de longo alcance (aviões). Porém tal premissa não justifica o seu enfoque no uso de navios multipropósito para suprir a função de ataque e defesa aérea, pois esta é uma opção que reduz a capacidade dos navios para operações aéreas e complica o seu projeto. Se o objetivo é aumentar a capacidade de operações aeronavais e diluir o risco… Read more »

Almeida

“A recente desativação do NAe “São Paulo” sem um cronograma definido para sua substituição deixou um “gap” de capacidade na Marinha do Brasil.” Gap? Que gap? A MB nunca operou aeronaves de asa fixa de alta performance de verdade a partir de porta-aviões! No máximo aeronaves de patrulha ASW, porque os dias de mar do par A-1 e A-12 podem se contar nos dedos. E a capacidade operacional de ambos ser duvidosa. Falam como se o NAe São Paulo tivesse operado de verdade esses anos todos lançando e recolhendo Rafales ao invés de ficar a maior parte do tempo ancorado,… Read more »

Almeida

Digo e repito: não existe gap já que essa capacidade operacional nunca existiu!

carvalho2008

Control 25 de Fevereiro de 2018 at 3:36
Srs
Jovem Carvalho
Sua premissa que é melhor distribuir os ovos por mais cestos tem todo o sentido, pois, em uma esquadra, os PA’s são os alvos preferenciais…
….
…A questão é: não seria mais lógico desenvolver PA’s nos conceitos elaborados lá na década de 70 pelo Zumwalt, ou mesmo adaptar cascos mercantes para a função revivendo o conceito dos PA’s de escolta da IIGM?….
::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::
.
Mestre Control, a resposta é sim!
.
Sim para quase todas as perguntas.
.

Leandro Costa

Pessoal ainda bate na tecla da ‘Marinha Defensiva’ não precisar de porta-aviões. Esse argumento para mim é falso. Talvez se o movimento de ‘pinça’ do Vientecinco de Mayo tivesse realmente sido realizado, os críticos sul-americanos teriam acordado para o fato de que sim, um Porta-Aviões projeta poder, e você pode apontar esse poder para aonde quiser. Isso faz parte de defesa. Atacar o inimigo em suas linhas de comunicação de forma massiva. Um porta-aviões permite essa flexibilidade. Ora, se temos navios de desembarque, uma força de fuzileiros navais que treina regularmente desembarques em ambientes hostis, seja por qualquer motivo que… Read more »

carvalho2008

Control 25 de Fevereiro de 2018 at 3:3 …”não justifica o seu enfoque no uso de navios multipropósito para suprir a função de ataque e defesa aérea, pois esta é uma opção que reduz a capacidade dos navios para operações aéreas e complica o seu projeto….” :::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: . Veja, depende como avalia…. . Sim, de fato quanto mais diluir funções em um casco, menor será sua capacidade especifica para cada missão. . Dentro de uma mesma tonelagem, não teriam a mesma capacidade de um navio CTOL ou STOBAR puro sangue (principalmente espaço), mas esta é uma analise limitada pois avaliaria… Read more »

Adriano Luchiari

Realidade da MB para os próximos 40 anos: aviação de asas rotativas, SSK classe Riachuelo, classe Tamandaré, 3 FCN modernizadas, Barroso modernizada, 2 corvetas classe Inhaúma, aquisição de 2 Type 23 da RN ou 2 Maestrale da Marinha Italiana, 3 NPaOc classe Amazonas, 2 FCN convertidas em NPaOc, 5 NPa classe Macaé, alguns NPa classe Grajaú, incorporação do Ocean, navios de apoio Bahia e Almirante Saboia, navio tanque Almirante Gastão Motta, navio de socorro submarino Felinto Perry, aquisição de navios de contramedidas de minagem classe Lerici ou classe Koster e só. O resto é especulação e “vontade de ter”. Bom… Read more »

carvalho2008

Control 25 de Fevereiro de 2018 at 3:36 “…o mais sensato não seria aumentar o número de PA’s substituindo poucas grandes unidades por uma maior quantidade de unidades menores, …. . “…deixando a função mais específica das operações anfíbias aos NDD’s?” . ::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: . Havendo orçamento sim!…mas se vc a exemplo anterior esta cortando o custo geral, verifica além que: . a) 1 CTOL X 3 NPM Stobar = custos orçamentários equivalentes; . b) A operação Anfibia não existe (e não faz sentido existir) na hipótese de defesa contra um CTOL adversário invasor com Task (batalha aeronaval Task X Task)… Read more »

carvalho2008

Alem da economia do casco, haveria a economia de tripulação de 3 navios X 5 navios….isto conta razoavelmente na conta ao longo da vida operacional

carvalho2008

Control 25 de Fevereiro de 2018 at 3:36 …”Quanto ao custo, se considerarmos as mesmas técnicas construtivas para o casco, este sairá mais barato se for para um PA convencional do que para um NPM. As alegações atuais de preços maiores para PA’s não se justificam, do ponto de vista de engenharia…(inclusive Recheio eletronico)”…. ::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: . Sim, correto! se voce analisar assim… . Mas, veja que uma doutrina de diluição de forças é antagonica com relação a requisitos de engenharia de concentração de forças de um CTOL convencional, pois nele (CTOL) você precisa empregar o que há melhor e de… Read more »

Control

Srs Jovem Almeida Na verdade. você tem razão parcial quanto ao GAP, senão vejamos: A MB operou o Mingão voltado para a função ASW no período da guerra fria, e, praticamente abandonou tal função, com a desativação dos Tracker pela FAB. Cabe ressaltar que a MB buscou um caminho, quando adquiriu os A4 e estava evoluindo bem em seus planos, mesmo quando comprou o Foch, mas aí se perdeu, ao não realizar a sua manutenção/modernização e vender o Minas (que havia passado por uma reforma recente) sem ter garantido alguma sobrevida ao Foch. E, pior, continuou em mau caminho quando… Read more »

carvalho2008

Control 25 de Fevereiro de 2018 at 3:36 . “A questão é: não seria mais lógico desenvolver PA’s nos conceitos elaborados lá na década de 70 pelo Zumwalt, ou mesmo adaptar cascos mercantes para a função revivendo o conceito dos PA’s de escolta da IIGM?”…. . :::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: . Todo conceito possui em seu projeto aquilo que chamamos no projeto de “curva ótima do produto”….. . Para os Americanos que projetam forças globalmente e assim possuir bases solidas e superlativas nos 7 mares e não raro mais de 20 mil km, optaram por Super CTOL´s. Mesmo eles mantem o debate sobre… Read more »

carvalho2008

Em complemento e ainda considerando o acima colocado…este modelo de planta resiste inclusive a erros de planejamento de evolução tecnica, pois permite desde operar:
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Aeronaves STOL Turbo Tracker AEW/COD, Rafale, F-18SH, Gripen Marine, Mig 29K, Tejas Naval, e lógico ….”F35B”….

Antunes Neto

Carvalho.
Gosto de sua ideia. Coloco como limitante o Dique Almirante Regis. Ele pode ser ampliado, claro, por um custo porém. 35m x 254m x 15m (é na verdade um tiquinho maior, mas não tanto assim)
270m pode (sabendo-se da rampa) não caber ^^’

Control

Srs Jovem Carvalho Veja, concordamos, discordando, pois partimos de premissas diferentes. Entendo que a MB precisa pensar em sua função primária, que é a defesa do Brasil no mar, particularmente de nossas águas. Portanto, antes de mais nada, a MB precisa de uma esquadra capaz de combater os possíveis adversários antes que eles possam atacar o solo brasileiro. Isto implica em controle de área marítima e negação do mar, o que nos leva a PA’s de defesa de frota e de guerra anti submarina e a submarinos para atacar as esquadras adversárias e suas linhas de suprimento. A função de… Read more »

Dalton

O USS Gerald Ford ainda está experimentando uma série de problemas em suas novas catapultas e também com relação ao novo sistema de frenagem de aeronaves…este é mais fácil de resolver, então é lógico se deduzir que os chineses também terão seus próprios problemas.
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Em breve o USS Gerald Ford irá passar pela manutenção pós comissionamento…algo que todo navio novo precisa passar alguns meses após ser comissionado…e que duram em média alguns meses, mas, no caso do “Ford” devido a tantos novos sistemas e problemas…não surpreenderá se entrar no ano de 2019 também.
.

Bardini

O maior erro no debate do Porta Aviões Brasileiro, está em pensar nele como uma arma feita para bater de frente com a OTAN ou uma Marinha de Águas Azuis, em uma Guerra aberta.
.
O Porta Aviões, antes de qualquer outra coisa, é uma arma psicologia. É feito para ser mostrado, é para gerar mídia, moldar opiniões, influenciar em acordos, até mesmo os de carácter comercial. É uma arma que projeta diplomacia.

Dalton

Control… . só lembrando que a US Navy também retirou de serviço suas aeronaves de asa fixa ASW…que eram os “Vikings”…que estavam sendo sub utilizados até como aeronaves de reabastecimento. . Quanto ao “Mingão” …não seria possível manter 2 NAes ao mesmo tempo…não em 2001… já que nessa época a corveta “Barroso” já estava atrasada em sua construção justamente por falta de verbas e em 2004 a marinha perdeu 2 de seus 16 combatentes de superfície (escoltas) que não foram repostos nos anos subsequentes ao contrário mais deram baixa. . O “Mingão” não foi “modernizado” apenas passou por uma revitalização… Read more »

Control

Srs
Jovem Carvalho
Pensando em navios mais simples e focados na função PA, unidades do porte dos Essex ou de um Cavour levemente ampliado ou no máximo perto dos Midways, já seriam suficiente. Mais, é encarecer o navio sem grandes ganhos de capacidade. Isto considerando que tais navios seriam para operações de pouco tempo de mar, ou seja, ações no “lago” Atlântico Sul, sendo seus meios aéreos da ordem de 34 aeronaves (24 caças), quando full.
Não seriam supercarriers.
Sds

Control

Srs
Jovem Dalton
Certamente o Mingão não poderia durar muito a não ser que passasse por uma reconstrução total (se isto fosse possível), mas o lógico seria a MB fazer uma manutenção/revitalização geral no Foch, antes de descartar o Mingão, de forma a não gerar uma descontinuidade na formação de pessoal para as operações aéreas em PA’s.
Sds

Nilson

“Luiz Monteiro 24 de Fevereiro de 2018 at 18:11 Na minha opinião, hoje, o que a MB pode operar é o Ocean. Nas próximas décadas (daqui a 20 anos), talvez possa operar NPM.” . Concordo plenamente. O Ocean é muito mais do que temos operado nos últimos 15 anos, em se falando de aviação embarcada. Sua operação terá que ser assimilada pela MB (financeiramente e operacionalmente), e não será em pouco tempo. Após assimilada, é uma capacidade que não se deve perder. . E conforme opinei em posts anteriores, o substituto do Ocean, a meu ver, será um LHD adquirido… Read more »

Dalton

Control… . não estava prevista nem havia verba para uma maior revitalização em 2001 do NAeSP…sabia-se que seria necessária dentro de uns 5 anos…isso até me foi confirmado por gente da marinha em uma visita que fiz ao RJ nessa época, então, não dava para manter os 2 até lá. . Situação semelhante ao da baixa do USS Enterprise em 2012…ele poderia permanecer em serviço por uns 2 anos mais à custa de mais investimento, mas, concordou-se que a US Navy ficaria com 10 NAes por um tempo até a entrada em serviço do “Gerald Ford”…só que até hoje o… Read more »

Nilson

Complementando a opinião acima:
Aproveitando o que o Bardini levantou no link abaixo, para substituto do Ocean o ideal seria construir um LHD próximo ao italiano, e capaz de operar 6 F-35B. O plano A deve ser buscar construção de um meio novo. Mas o plano B, a aquisição de oportunidade, deve sempre constar, pois na nossa realidade é o que se tem mostrado mais factível.

http://www.naval.com.br/blog/2017/07/13/corte-de-aco-do-novo-lhd-da-marinha-italiana/

Nilson

“Control 25 de Fevereiro de 2018 at 11:01 antes de mais nada, a MB precisa de uma esquadra capaz de combater os possíveis adversários antes que eles possam atacar o solo brasileiro.” . Prezado Control, permito-me aproveitar e alterar o seu texto para apenas repisar o que tenho obcecadamente exposto aqui no fórum, entendo que antes de mais nada o Brasil precisa de uma aviação capaz de combater os possíveis adversários navais antes que eles possam atacar o solo brasileiro. . Se a FAB não se comprometer a ter tal recurso, a meu ver caberia à Marinha fazê-lo. Parece-me que… Read more »

Alex

O São Paulo foi desativado, é alguém que tenha alguma ideia do custo de manter ele atracado.

DOUGLAS TARGINO

Pelo tamanho do nosso país, aqui deveria ter 2 Porta aviões ( um no rio e outro em natal) e um porta helicópteros no sul!