HNLMS De Zeven Provinciën (F802)

O radar de alcance estendido SMART-L na base da Marinha Holandesa em Den Helder, onde foi testado para avaliar suas capacidades de defesa antimíssil. (Foto do MoD NL)
O radar de alcance estendido SMART-L na base da Marinha Holandesa em Den Helder, onde foi testado para avaliar suas capacidades de defesa antimíssil. (Foto do MoD NL)

Mísseis balísticos nas mãos de estados hostis são uma das maiores ameaças hoje. Sistemas defensivos incluem mísseis, mas os radares de detecção são tão importantes quanto. Os resultados do Estudo de Integração do Sensor de Defesa de Mísseis Balísticos (BMD SIS) foram apresentados em 11 de junho. Ele mostra como os radares holandeses SMART-L podem trabalhar em conjunto com os mísseis de defesa SM-3 dos navios “atiradores” americanos.

Os ataques de mísseis estão ficando cada vez mais rápidos e agora estão voando alto pela atmosfera. Nos bastidores, os pesquisadores estão trabalhando duro no desenvolvimento dos radares. Por sua vez, eles podem detectar e rastrear os mísseis a distâncias cada vez maiores.

A Marinha Real da Holanda em breve utilizará novos radares em suas fragatas de defesa aérea e comando (LCF): o radar SMART-L ELR (longo alcance estendido). A Força Aérea também receberá dois desses sistemas, substituindo os atuais radares de defesa aérea em Nieuw Milligen e Wier.

O estudo holandês-americano concentrou-se na integração do radar SMART-L ELR na arquitetura de defesa antimísseis da OTAN. Esta capacidade de busca, rastreamento e relatório deve possibilitar a destruição de mísseis balísticos entrantes no alto da atmosfera. Os resultados do estudo foram agora incorporados no software da LCF Zr.Ms. De Ruyter.

HNLMS De Zeven Provinciën (F802)
HNLMS De Zeven Provinciën (F802) equipada com radar SMART-L

Impressionante

O contra-almirante Tom Druggan, da Agência de Defesa contra Mísseis, apresentou o relatório no Ministério da Defesa em Haia ao Diretor de Planos, Major General Eric Schevenhoven. Druggan enfatizou a importância desta colaboração e ficou impressionado com o compromisso técnico internacional: “Mesmo para os países que estão envolvidos na defesa antimísseis neste alto nível, a defesa marítima de mísseis balísticos é um grande desafio técnico, mas é também uma capacidade de combate crucial.”

O comandante Fred Douglas é um dos envolvidos em defesa: “Você tem que ver isso como uma bala que se atira contra outra bala no ar”.

Líder

A Holanda é líder europeia em tecnologia de radar e mísseis balísticos. Este papel de liderança tornou-se visível durante a Sea Demonstration 2015 e Formidable Shield 2017, quando as fragatas holandesas de defesa aérea e comando (LCF) detectaram e rastrearam mísseis balísticos com o seu radar SMART-L. Com essa informação de alvo, os navios americanos destruíram os mísseis.

FONTE: Ministério da Defesa dos Países Baixos

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diego farias

Essa fragata holandesa e muito linda!

Marcos10

De Zeven Provincien Class Frigate
6000 ton
30 Kt
4000 nm
600 milhões de euro-pixulecos.
____
Também gostei do navio.

Bosco

Vendo essa fragata com o radar APAR, notamos o quanto a USN ficou para trás do ponto de vista de tecnologia radar em navios . Só agora os EUA implementa seus primeiros radares AESA e os primeiros radares “faseados” na banda X, o que permite abandonar os radares iluminadores mecânicos SPG-62 e Mk-95, possibilitando que vários alvos sejam iluminados ao mesmo tempo possibilitando a defesa contra um ataque múltiplo utilizando mísseis com guiagem semi-ativa. Na verdade esses navios pioneiros da USN ( CVN-78 e o DDG-1000 e DDG-1001) ainda não estão completamente operacionais, então, a rigor, não se pode dizer… Read more »

Dalton

Não sei se é muito justo Bosco…a USN está trabalhando já faz um tempo no “AMDR” e isso requer modificar o desenho do “Arleigh Burke IIA” para teoricamente reduzir custos com um navio completamente novo, para se ter o “Arleigh Burke III” já que se quer não apenas o “AESA”, mas também manter o grande número de silos verticais para mísseis e outras capacidades dos atuais navios…isso que o que se queria a princípio seriam antenas ainda maiores o que inviabilizaria a instalação delas em navios de 10.000 toneladas. . Também para manter os 2 estaleiros ocupados novas encomendas de… Read more »

Bosco

Dalton, O sistema Aegis estava tão a frente de seu tempo que até hoje é um dos sistemas mais letais, mas é inegável que até por ser tão bom, ficou para trás no quesito “inovação”. Não que isso faça realmente diferença. E há de se falar que apesar da quantidade limitada de canais de iluminação para os mísseis semi-ativos nos escoltas da USN isso não causou grande impacto tendo em vista uma doutrina de defesa em camadas, ficando uma delas entregue a um sistema com orientação autônoma que não depende de “canais de tiro” ou “iluminadores”, que são os mísseis… Read more »

Bosco

Um ponto que realmente pode ter feito diferença nessa aparente “letargia” da USN em adotar iluminadores de varredura eletrônica é que a grande ameaça representada pelos mísseis russos e chineses (os mísseis supersônicos) geralmente vem de um eixo determinado. Diferente dos mísseis subsônicos que podem convergir em 360º. Radares de varredura eletrônica capazes de iluminar alvos têm capacidade limitada. O APAR é tido com sendo capaz de iluminar 4 alvos ao mesmo tempo. Como tem 4 painéis de antenas ele pode iluminar 16 alvos ao mesmo tempo, convergindo em 360º. O radar MPQ-65 do Patriot pode iluminar 9 alvos ao… Read more »

Marcos10
Marcos10

Os holandeses estão participando de nosso processo de seleção?

Jr

Sim, hoje saiu que eles firmaram uma parceria com a Saab para o projeto das Tamandarés, a Damen e a Saab vão oferecer uma variante da Sigma 10514

Marcos10

Class overview Name: De Zeven Provinciën class Builders: Damen Schelde Naval Shipbuilding Operators: Royal Netherlands Navy Preceded by: Tromp class Jacob van Heemskerck-class Cost: €600 million ($816 million) per unit In commission: 26 April 2002 – present Completed: 4 Active: 4 General characteristics Type: Air-defense and command frigate Displacement: 6,050 tonnes (full load) Length: 144.24 m (473.2 ft) Beam: 18.80 m (61.7 ft) Draught: 5.18 m (17.0 ft) Propulsion: Combined diesel and gas 2 × Wärtsilä 16 V26 marine diesel engines, 4.2 MW (5,600 hp) each 2 × Rolls Royce Spey SM 1C gas turbines, 18.5 MW (24,800 hp) each… Read more »

Carlos Alberto Soares

Esses holandeses, Show.

Linda fragata e “nervosa”.

Bispo

Digamos que o radar consiga detectar um míssil hipersônico a caminho. Para sobreviver a tais mísseis essa detecção tem que ser em quantos segundos antes do impacto?

Marcelo Danton

Não é complicado neutralizar, uma vez rastreado o lançamento e trajetória da “arma” em tempo hábil (é o caso dos satélites e agora esse radar).
O segredo esta no tipo de “munição de detonação” empregado…não é correto a comparação de que é uma “”bala” disparada para interceptar outra “bala””.
Munição fragmentadora, REM, laser, de deslocação, ou outro conceito criativo qualquer é o que esta sendo feito há muito tempo e guardado…só saberemos quando uma guerra QUENTE MESMO começar.
Não será esses conflitos localizados que vão testar e revelar suas defesas.

CRSOV

Apesar da imensa capacidade desses modernos radares o certo é que se for feito um ataque de saturação tanto por mísseis balísticos quanto por mísseis de cruzeiro não há sistema anti aéreo que resista a uma avalanche de mísseis !! Sem contar que os mísseis balísticos atuais constantemente mudam sua trajetória dificultando ainda mais a possibilidade de uma interceptação eficaz !!

Heli Queiroz

Alguém pode explicar essa conta: com 40 VLS Mk.41 como ele pode levar 64 misseis???
Sendo 32 SM-2 3A e 32 ESSM (em arranjos quadruplo), o que dá 8 silos. O Evolved Sea Sparrow é tão compacto assim?

Bosco
Bosco

Heli,
Uma célula do Mk-41 tem 65 cm de lado (área de 4030 cm²) e comporta até 2,2 t , sendo capaz de acomodar até 4 ESSM.
*O ESSM pesa 280 kg e tem diâmetro de 25 cm (490 cm²).

Heli Queiroz

Bosco, muito obrigado, voce tirou uma duvida antiga minha,