Míssil antinavio da Turquia testado a partir de lançador terrestre móvel pela 1ª vez
A Turquia realizou outro teste bem-sucedido de seu míssil marítimo fabricado localmente, disse o Ministério da Defesa do país em 2/7.
O Atmaca atingiu com sucesso um alvo no Mar Negro depois de ser disparado de terra em um teste que marcou a primeira vez que o míssil antinavio foi testado com um sistema terrestre móvel de mísseis guiados, mostrou um vídeo compartilhado pelo Ministério da Defesa.
As atividades de teste do míssil antinavio de longo alcance desenvolvido pelo fabricante de defesa Roketsan foram realizadas na província norte de Sinop.
O Atmaca é apresentado como um míssil antinavio de alta precisão, longo alcance, superfície-superfície, que pode ser integrado a barcos de patrulha, fragatas e corvetas.
O inventário das Forças Navais turcas atualmente possui os mísseis antinavio Harpoon, fabricados nos EUA. Espera-se que eles sejam substituídos pelos mísseis Atmaca, que possuem recursos superiores adicionais.
Possui um alcance de mais de 200 quilômetros (124 milhas), representando uma ameaça para alvos distantes do alcance visual. Ele também fornece recursos de atualização de alvo, reataque e aborto de missão por meio de um link de dados moderno.
O desenvolvimento do míssil antinavio começou em 2009 e um acordo para produção em massa foi assinado entre a Presidência da Indústria de Defesa (SSB) e a proeminente empresa de defesa Roketsan em 2018.
Espera-se que os mísseis Atmaca sejam usados em corvetas construídas sob o projeto Navio Nacional da Turquia (MILGEM), juntamente com outras embarcações e submarinos que atualmente usam mísseis Harpoon.
A versão terrestre dos mísseis também deve ser usada para segurança litorânea.
O míssil será propulsado por um motor KTJ-3200 totalmente nativo, desenvolvido pelo Kale Group.
O Atmaca é eficaz contra alvos fixos e móveis graças à sua resistência a contramedidas e seus recursos de atualização de alvos, reataques e cancelamento de tarefas, bem como um avançado sistema de direcionamento 3D.
O míssil voa baixo pouco acima da água e pode atingir seu alvo tanto em planos lineares quanto verticais. Com esse recurso, o míssil pode atingir uma altitude maior quando se aproxima do alvo e pode pousar em um navio alvo diretamente de cima.
FONTE: Daily Sabah
É incrível o que a indústria militar turca desenvolveu e avançou nos últimos 15 anos.
Avibras e SIAT poderiam fazer um parecido, temos o Mansup, que já irá nascer obsoleto, limitado a 70km.
Mansup em falência múltipla de órgãos…
Por que? Há pouco tempo publicamos matéria sobre a fase atual, de preparação para a produção industrial: https://amp.naval.com.br/blog/2022/04/17/enquanto-isso-em-que-pe-esta-o-mansup/ Por exemplo, há pouco mais de um mês foi informado contrato nesse sentido para o autodiretor (fornecido pela Omnisys). Então o programa está andando, não em “falência múltipla”. EXTRATO DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO Nº 1/2022 – UASG 744000 Nº Processo: 63435009478202148 . Objeto: Contratação de serviços de engenharia para a evolução técnica e produção do radar autodiretor ativo (seeker) do míssil antinavio nacional de superfície (mansup). Total de Itens Licitados: 00001. Fundamento Legal: Art. 25º, Caput da Lei nº 8.666 de 21º/06/1993..… Read more »
Valeu Nunão, minha “provocação” trouxe esclarecimentos, obrigado.
Porém, a sina fantasmagórica do A-darter, Mar-1, e outros, ainda assombra projetos nacionais de defesa na minha vã opinião.
Tecnicamente sim, mas temos que começar de algum lugar.
Desconheço que tenhamos tecnologia e conhecimento de fabricar um míssil com essas capacidades “(fornece recursos de atualização de alvo, reataque e aborto de missão por meio de um link de dados moderno…)”
Não tem nem o mais básico, que seria o domínio do combustível solido com baixa emissão de ‘fumaça’.
Para uma nação que não tem grandes orçamentos e defesa e uma base tecnológica menor, concorrer no mercado de defesa global só tem uma saída. Focar em nichos onde consiga ter alguma excelência. O Brasil tinha alguns nichos onde era muito forte até uns 30 anos atrás. Veículos de combate sob pneus, armas leves, foguetes de artilharia aérea, aviões de treinamento. Toda indústria vive de encomendas e quando estas apresentam oscilação, o governo local tem que ajudar a cobrir o rombo por algum tempo com encomendas locais, até as coisas se acertarem lá fora, é este ciclo de encomendas externas… Read more »
O MANSUP é mais ou menos assim Brasil Vamos desenvolver um míssil antinavio nacional? France -“Merde” vamos perder nosso cliente cativo e ter mais um “produte” pra encher o “sac” no “mercade”. Vamos licenciar a tecnologia já “obsolete” do Exocet “antigue”. -Mas Pierre, vamos entregar o principal conhecimento do míssil que é o buscador? – No, lê buscador será produzido pela Omnisys que na verdade é a Thales. Deixa-me te explicar uma coisa Marcel. – O Brasil é um lugar único onde transferência de tecnologia entre matriz e filial é considerada tecnologia nacional. – Como assim Pierre? -Basta você comprar… Read more »
Espero que esse seja o caminho do MANSUP, depois da versão SS naval, lançador terrestre, AS e SubS.
Está a venda? Ucrânia já quer 🤭🤭
O tema da matéria é o SSM de fabricação turca Atmaca, um míssil antinavio subsônico, com sistemas interessantes, inclusive datalink, que pode ser lançado de navios ou baterias costeiras, com 200 km (124 milhas náuticas) de alcance. . A matéria foca em divulgar o novo míssil. Porém, há outro ponto importante a observar: O mapa, sempre o mapa: . A Turquia fica na esquina entre a Europa e o Oriente Médio, na verdade com um pé em cada um, sendo uma das mais importantes passagens entre o ocidente e oriente e a única passagem naval entre o Mar Mediterrâneo e… Read more »
Em tempo:
O mapa do Mar Negro, para contextualizar:
Forte abraço,
Ivan, o ‘mapento’.
Voltou com os mapas, legal
Excelente comentário.
Nossa como é gostoso ler um comentário desse nível!
Parabéns!!
Comentaristas assim abrilhantam o fórum e enriquecem de mais o entendimento do cenário geopolítico mundial!
Muito obrigado, por compartilhar!
Ivan vc não sabe o quanto esse tipo de comentário é didático!
Espero que o Mansup evolua para algo desse tipo, seria extraordinário.