Estados Unidos veem progresso em código de conduta para Mar Meridional da China

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WASHINGTON – Os Estados Unidos declararam ontem (27) que há progresso nas conversas entre a China e o Sudeste da Ásia acerca do consenso sobre um código de conduta para aliviar os profundos atritos causados pelas reivindicações pelo Mar Meridional da China

O Mar Meridional deve ser um tema na agenda da próxima viagem da Secretária de Estado Hillary Clinton para o Camboja para conversas com a Associação das Nações do Sudeste da Ásia e poderes regionais, incluindo a China.

Kurt Campbell, o Secretário de Estado assistente dos Estados Unidos para o Leste da Ásia, declarou compreender que um esboço de propost para m código de conduta estava sendo discutido e que os Estados Unidos esperava saber mais detalhes durante a visita ao Camboja.

“O que temos visto recentemente é um aumento na diplomacia entre ANSA e China acerca de aspectos associados a um potencial código de conduta”, Campbell disse em conferência no Centro de Estudos Internacionais e Estratégicos.

“Eu direi que nós estamos realmente impressionados com a atenção que especialmente a ANSA vem dado a esse assunto”, Campbell disse.

O secretário não deu mais detalhes sobre o possível código de conduta, e reconheceu que as disputas no Mar Meridional da China são “cheias de dificuldades”.

“Eles transbordam sentimentos nacionalistas na região como um todo, e é extremamente importante lidar com eles com muita delicadeza”, ele disse.

ANSA e China concordaram em negociar um código de conduta em 2002. Mas houve pouco progresso visível, com os chineses cada vez mais preferindo negociar com cada país do leste asiático individualmente, em vez de lidar com um bloco unificado.

Os ministros da ANSA, em encontro em abril em Phnom Penh, declararam que esperavam diminuir as diferenças e assinar um código de conduta com a China até o final do ano.

As Filipinas e o Vietnã acusam a China de defender com agressividade suas pretensões nos últimos anos, levando a confrontos menores, que diplomatas e militares temem que possam evoluir rapidamente para grande conflitos.

Os Estados Unidos expandiram recentemente as relações com as Filipinas e o Vietnã como parte da crescente atenção do governo Obama nas relações com a Ásia.

Os detalhes do código de conduta permaneceram vagos. Secretário de Defesa Leon Panetta, em discurso no Diálogo em Shandri-La anulam em Cingapura em 2 de junho, declarou que o código deve lançar uma “estrutura baseada em regras” para prevenir e administrar disputas.

Nas conversas anuais da ANSA em 2010 no Vietnã, Clinton disse que os Estados Unidos tinham um “interesse nacional” em ter acesso livre ao Mar Meridional da China, pelo qual metade do comércio global passa.

A fala da secretária de Estado gerou grande reação na Ásia. Os países do sudeste asiático receberam positivamente às declarações, e aumentou a cooperação com os Estados Unidos. Por outro lado, a China a acusa de alimentar tensões.

Campbell disse que Clinton também esperava visitar o Laos. Caso seja confirmada, a viagem seria a primeira de um Secretário de Estado americano desde a vitória comunista em 1975.

Os Estados Unidos estabeleceram relações comerciais com o Laos em 2004 e vêm estudando meios de apaziguar ânimos. O país jogou milhões de bombas sobre o Laos durante a Guerra do Vietnã para cortar as rotas de suprimentos para Hanoi.

As relações entre Estados Unidos e Laos permaneceram delicadas muito devido à preocupação com o tratamento dado aos Hmong, um povo das montanhas que ajudaram forças norte-americanas durante a Guerra do Vietnã e declararam haver represálias depois.

Um esforço notório do governo Obama são as tentativas de alcançar outra nação isolada há tempos – Mianmar.

O país, antes conhecido como Burma, passou por reformas dramáticas desde o ano passado, incluindo permitir eleições, nas quais o ícone de oposição, Aung San Suu Kvi, ganhou um lugar no parlamento.

Senadores americanos declararam na última quarta-feira que esperavam em breve confirmar Derek Mitchell como o primeiro embaixador estadunidense em Mianmar em mais de 20 anos.

FONTE: DefenseNews

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