Catalina Arará atacando o submarino alemão U-199 ao largo do Rio de Janeiro – Reprodução de pintura de Álvaro Martins

Em 31 de julho de 1943, o submarino alemão U-199 foi surpreendido na superfície ao largo do Rio de Janeiro, atacado e afundado na posição 23º54’S – 42º54’W, por cargas de profundidade, por um avião americano PBM Mariner (Esquadrão VP-74 – Marinha dos EUA) e dois aviões brasileiros (A-28 Hudson e Catalina “Arará”), resultando em 49 mortos e 12 sobreviventes.

O primeiro ataque, realizado pelo PBM Mariner americano, avariou o submarino com cargas de profundidade; o segundo ataque, pelo A-28 Hudson da FAB, atingiu os artilheiros das metralhadoras do U-199. No último ataque, o Catalina acabou afundando o submarino.

O Catalina (modelo PBY-5) que atacou e afundou o submarino alemão U-199 foi batizado como Arará, em 28 de agosto de 1943, numa cerimônia realizada no aeroporto Santos Dumont, e ganhou mais tarde na fuselagem uma silhueta de submarino para marcar o feito.

O nome Arará foi dado em homenagem a um dos navios afundados pelo submarino alemão U-507. O avião também recebeu na cauda a inscrição: “Doado à FAB pelo povo carioca”.

Refletindo bem o espírito da época, a cerimônia de batismo do Arará teve canções patrióticas e discursos inflamados. Entre os presentes estava o comandante do navio mercante Arará, José Coelho Gomes, e a tripulação do Catalina.

O hidroavião foi batizado com água do mar por uma menina – Miriam Santos – órfã de seu pai, o Segundo-Comissário Durval Batista dos Santos, morto na ocasião em que o Arará (o mercante teve 20 mortos) foi afundado, no momento em que prestava socorro às vítimas do Itagiba, no dia 17 de agosto de 1942.

PBY Arará

Arará

Outra cerimônia seria repetida um mês depois no Rio Grande do Sul, com o batismo de outro Catalina, com o nome de Itagiba, navio mercante afundado em 17 de agosto de 1942, com 38 mortos, entre tripulantes e passageiros. Entre os sobreviventes, estavam os soldados dos Sétimo Grupo de Artilharia de Dorso, alguns dos quais foram lutar na Campanha da Itália em 1944.

A guarnição do Catalina na ocasião do afundamento do submarino U-199 era a seguinte: Comandante José Maria Mendes Coutinho Marques, Piloto Luiz Gomes Ribeiro, Co-piloto José Carlos de Miranda Corrêa. Tripulantes: o Aspirante Aviador Alberto Martins Torres e os Sargentos Sebastião Domingues, Gelson Albernaz Muniz, Manuel Catarino dos Santos, Raimundo Henrique Freitas e Enísio Silva.

U-boat IX D
U-boat IX D

O submarino U-199

Ao longo da Segunda Guerra a Alemanha nazista produziu mais de 1.500 submarinos, essas embarcações ficaram conhecidas como U-Boats, termo originado da palavra alemã Unterseeboot (barco debaixo-d’água). Com essa arma a Alemanha praticamente estrangulou o comércio marítimo da Inglaterra.

Quando o conflito torna-se mundial, o esforço de guerra alemão necessitou enviar seus submarinos a pontos mais distantes. É neste cenário que surgem submarinos melhores e maiores.

Em 1942 a Alemanha lançou o U-boat tipo IX D com o objetivo de bloquear ainda mais o fluxo de matérias primas necessárias ao esforço de guerra de seus inimigos. Os submarinos do tipo IX D 2 (de longo alcance) da 12º flotilha – Bordeaux, começaram a operar em novembro de 1942. Eram capazes de executar patrulhas de ataque em regiões afastadas da América do Sul,  atingindo assim importantes portos como Santos e Rio de Janeiro.

UboatIXD

Em suas patrulhas, eram abastecidos em alto mar por unidades submarinas de apoio, chamadas “vacas leiteiras”, estendendo assim, ainda mais, seu raio e tempo de ação.
Mas com a entrada dos Estados Unidos na Guerra e devido ao forte desenvolvimento da aviação de patrulha, que se instalou no Brasil em bases como Aratu, Salvador e Rio de Janeiro, tudo mudaria.

O U-199 foi construído nos estaleiros AG Wesser em Bremen e comissionado em 28 de novembro de 1942. Ele era um submarino modelo IX D2 (longo alcance), com dimensões de 87,58 metros de comprimento por 7,5 metros de boca, deslocava submerso cerca de 1.800 toneladas.

Possuía velocidade de cruzeiro de 20,8 nós na superfície, propulsado por dois motores diesel e 6,9 nós quando submerso, com dois motores elétricos. Podia transportar 24 torpedos de 533 mm, para 4 tubos de proa e dois de popa ou 44 minas. Sua tripulação podia variar de 55 a 63 homens.

Foi lançado em julho de 1942 e começou a operar em novembro do mesmo ano. Considerado na época como um submarino de última geração, seu comandante Capitão-tenente Hans Werner Kraus pretendia fazer no sudeste brasileiro uma devastação semelhante a que o Capitão Schacht do U-507 fizera 11 meses antes na costa sergipana.

O U-199 em missão

Comandante do Capitão-Tenente Hans Werner Kraus
Comandante do U-199, Capitão-Tenente Hans Werner Kraus

O U-199 partiu do porto de Berger em Kiel, Alemanha, para sua primeira missão na América do Sul no dia 13 de maio de 1943. Sua tripulação consistia de 61 homens e estava sob o comando do Capitão-Tenente Werner Kraus, tendo como guarnição sete oficiais, dois guardas-marinha, seis suboficiais e 41 marinheiros.

Cruzou o equador no início de junho, mas a forte disciplina de Kraus não permitiu que seus homens celebrassem a travessia do equador, por considerar que a festa distraia os tripulantes na travessia do Atlântico de Freetown a Natal.

Durante a travessia o U-199 foi avistado por um avião Hudson A-28 americano, porém ele estava desarmado e não houve combate.

A 200 milhas do litoral do Brasil, Kraus recebeu ordens de interceptar e destruir navios inimigos, somente então houve a comemoração pela travessia do Equador. Após a celebração, o U-199 mudou o curso para contornar a costa do Brasil.

No dia 18 de junho de 1943, o U-199 chegou à sua área operacional entre o sul do Rio de Janeiro e São Paulo e foi adotada a tática de permanecer submerso durante o dia, em profundidade de periscópio (20 metros), elevando o periscópio a intervalos regulares para reconhecimento.

Durante o patrulhamento desta área, o comandante Kraus ficou frustrado com o baixo número de alvos. Poucos cargueiros, espanhóis e argentinos, países neutros no conflito, cruzavam o litoral.
Após alguns dias de patrulha o comandante Kraus recebeu autorização do alto comando alemão para trocar a área de patrulha.

Na noite do dia 26 de junho, o U-199 avistou o navio mercante americano Charles Willian Peale, que navegava escoteiro (sozinho) a 50 milhas do Rio de Janeiro. O U-199 lançou um torpedo de proa, mas este errou o alvo. Não se sabe porque o comandante Kraus desistiu do ataque.

No dia 3 de julho, o U-Boat estava na superfície, quando por volta das 21 horas foi localizado por um avião BPM Mariner da Marinha Americana, pilotado pelo tenente Carey. O avião começou a circular, procurando com seus faróis o submarino na superfície.

O comandante Kraus imediatamente ordenou toda velocidade à frente e mandou guarnecer as armas do convés. O Mariner mergulhou para o ataque, porém, para surpresa dos alemães, chocou-se violentamente com a superfície explodindo.

Após sua captura e interrogatório, os tripulantes do U-199 declararam não terem atirado no avião e que embora tenha sido feita uma busca na superfície, não foram encontrados sobreviventes.

Ainda com a presença de poucos alvos, o comandante Kraus decidiu, sem ordens da Alemanha devido ao silêncio de rádio, alterar novamente a área de caça, agora para o sul do Rio de Janeiro, ampliando a linha de patrulha para 300 milhas.

No dia 4 de julho, o U-199 navegava na superfície, em sua nova área. Durante a noite, localizou a esteira do navio brasileiro Bury. O comandante Kraus posicionou o U-199 e disparou três torpedos dos tubos dianteiros. Dois torpedos erraram e o Bury, imediatamente respondeu com uma salva de tiros de canhão de seu deck. Os navios cargueiros na segunda metade da guerra também eram guarnecidos com dois canhões – proa e popa. O Bury sofreu avarias e embora o U-199 tenha comunicado ao comando alemão seu afundamento, o vapor chegou ao porto do Rio de Janeiro.

Após a ação frustrada, o comandante Kraus decidiu mudar novamente a área de patrulha, pois deduziu que o Bury informaria a posição do ataque e aviões de patrulha seriam enviados à sua caça.

No dia 25 de julho, por volta das 9:00 horas, o comandante Kraus localizou pelo periscópio o cargueiro inglês Henzada. Esse cargueiro de 4.100 toneladas navegava escoteiro (sozinho) de Santos para o norte e a apenas 10 nós, um alvo perfeito.

Foto do Henzada ou outro navio da mesma classe
Foto do Henzada ou outro navio da mesma classe

O U-199 disparou 3 torpedos da proa, porém todos falharam. O comandante reposicionou seu submarino à frente do Henzada e aguardou o momento de um novo ataque. Às 12 horas o comandante ordenou o disparo de dois torpedos de proa, um deles atingiu o vapor no meio, partindo o navio em dois e provocando seu afundamento em menos de dez minutos.

Finalmente na madrugada do dia 31 de julho, o U-199 aproximou-se da zona fortemente patrulhada da entrada da Baía de Guanabara no Rio de Janeiro. Seu objetivo era atingir a linha de 100 fathons (192 metros), submergir e espreitar a passagem dos navios na saída do comboio JT 3 (Rio de Janeiro- Trinidad) prevista para aquele dia.

A ação da espionagem alemã nos principais portos do Brasil já era conhecida na época e embora alguns de seus agentes tenham sido presos, muitas informações de trânsito de embarcações foram passadas aos submarinos do eixo.

U-199 fotografado sob ataque do PBM Mariner
U-199 fotografado sob ataque do PBM Mariner

O ataque ao U-199

Por Alberto Martins Torres, veterano do 1º Grupo de Caça da FAB (10.12.1919-30.12.2001)
Do livro: Overnight Tapachula

“…Após a decolagem, no sábado, fui efetivamente para o beliche onde me estendi. Passada menos de meia hora, o Miranda pediu que eu fosse pilotar porque desejava completar com o major Coutinho Marques a plotagem de nossa rota após Cabo Frio. Fui para o posto de pilotagem. Nem bem se passaram uns 10 minutos após eu haver assumido os comandos, chegou um cifrado da base:

Atividade submarina inimiga, coordenadas tal e tal…Miranda plotou o ponto na carta e traçou o rumo(…). Coloquei o Arará no piloto automático e no rumo indicado, em regimen de cruzeiro forçado, com 2.350 rotações e 35 polegadas de compressão. Eram aproximadamente 08:35 da manhã.

U-199 navegando em círculo depois do primeiro ataque com cargas de profundidade do PBM americano
U-199 navegando em círculo depois do primeiro ataque com cargas de profundidade do PBM americano

Havia alguma névoa e o sol de inverno ficava a três quartos da cauda, por bombordo, portanto em posição favorável a nós na hora do ataque. Foram testadas todas as metralhadores e, das quatro cargas de profundidade que levávamos, armamos três, no intervalômetro, para uma distância de 20 metros entre cada bomba, após ser acionada a primeira.

O intervalômetro é graduado em função da velocidade no mergulho, para ser verdadeiro o escapamento escolhido. As cargas de profundidade já eram reguladas para detonarem a 21 pés de profundidade, ou seja, aproximadamente 7 metros da superfície. Essa regulagem era considerada ideal porque mantinha as bombas para detonarem dentro da faixa em que a experiência já demonstrara ser eficiente o ataque a submarino por aeronave, isto é, desde o momento em que está navegando na superfície até no máximo 40 segundos após o início do mergulho. Com o submarino na superfície, as bombas detonariam logo abaixo de seu casco perfeitamente dentro de seu raio letal.

O U-199 abre fogo com suas antiaéreas no momento em que é alvo de strafing por parte do Catalina
O U-199 abre fogo com suas antiaéreas no momento em que é alvo de strafing pelo PBM americano

Minutos antes das nove horas avistamos o nosso objetivo, bem a nossa proa. Navegava a toda velocidade em rumo que cruzava o nosso. Assim o víamos em seu perfil completo, levantando grande vaga de espuma com sua proa afilada. Seguia num rumo aproximado de leste para oeste, enquanto nós vínhamos de norte para sul, em ângulo reto. Estávamos a uns 600 metros de altitude.

Iniciamos o mergulho raso, eu nos comandos e Miranda no comando das bombas. Foram reiteradas as instruções para que, quando fosse dada a ordem, todas as metralhadoras deveriam atirar, mesmo as sem ângulo, segundo a doutrina, para efeito moral. Já a uns 300 metros de altitude e a menos de um quilômetro do submarino podíamos ver nitidamente as suas peças de artilharia e o traçado poligônico de sua camuflagem que variava do cinza claro ao azul cobalto. Para acompanhar sua marcha havíamos guinado um pouco para boreste, ficando situados, por coincidência, exatamente entre o submarino e o sol às nossas costas. Até então nenhuma reação das peças do submarino.

U-199 voltando à superfície após tentar mergulhar depois do primeiro ataque
U-199 voltando à superfície após tentar mergulhar depois do primeiro ataque

Quando acentuamos um pouco o mergulho para o início efetivo do ataque, o U-199 guinou fortemente para boreste completando uma curva de 90 graus e se alinhou exatamente com o eixo da nossa trajetória, com a proa voltada para nós. Percebi uma única chama alaranjada da peça do convés de vante, e, por isso, efetuei alguma ação evasiva até atingir uns cem metros de altitude, quando o avião foi estabilizado para permitir o perfeito lançamento das bombas. Com todas as metralhadoras atirando nos últimos duzentos metros, frente a frente com o objetivo, soltamos a fieira de cargas de profundidade pouco à proa do submarino.

Elas detonaram no momento exato em que o U-199 passava sobre as três, uma na proa, uma a meia-nau e outra na popa. A proa do submersível foi lançada fora d’água e, ali mesmo ele parou, dentro dos três círculos de espuma branca deixadas pelas explosões. A descrição completa sobre a forma por que as cargas de profundidade atingiram o submarinos me foi fornecida em conversa que tive com o piloto do PBM, tenente Smith, que a tudo assistiu, de camarote, e que inclusive me presenteou com uma fotografia do U-199 que, lastimavelmente não consigo encontrar.

Nós abaixáramos para pouco menos de 50 metros e, colados n’água para menor risco da eventual reação da antiaérea, iniciamos a curva de retorno para a última carga que foi lançada perto da popa do submarino que já então afundava lentamente, parado.

Nesta passagem já começavam a saltar de bordo alguns tripulantes. Ao completarmos esta segunda passagem é que vimos um PBM americano mergulhado em direção ao objetivo. Depois saberíamos de onde viera. Transmitimos com emoção o tradicional SSSS – SIGHTED SUB SANK SAME – em inglês, usado pelos Aliados para dizer: submarino avistado e afundado – e ficamos aguardando ordens, sobre o local. Em poucos segundos o submarino afundou, permanecendo alguns dos seus tripulantes nadando no mar agitado. Atiramos um barco inflável e o PBM lançou dois. Assistimos aos sobreviventes embarcarem nos três botes de borracha, presos entre si, em comboio. Eram doze. Saberíamos depois que eram o comandante, mais três oficiais e oito marinheiros”.

Sobreviventes do U-199 depois do afundamento do submarino
Sobreviventes do U-199 em balsas lançadas pelos aviões depois do afundamento do submarino. 12 tripultantes foram resgatados pelo USS Barnegat

Leia o relatório em inglês feito após o interrogatório dos sobreviventes do U-199 clicando aqui.

Submarinos do Eixo afundados na Costa Brasileira durante a Segunda Guerra Mundial

Submarinos afundados na Costa Brasileira durante a II Guerra Mundial

(Distância do Litoral em Milhas)
U-199 (RJ)
30 milhas
U-128 (AL)
32 milhas
U-591 (PE)
33 milhas
U-598 (RN)
60 milhas
U-164 (CE)
80 milhas
U-507 (PI)
100 milhas
U-161 (BA)
120 milhas
U-513 (SC)
120 milhas
U-662 (AP)
180 milhas
U-590 (AP)
200 milhas
Arquimede (FN)
115 milhas

 

FONTES: Poder Naval /  www.naufragiosdobrasil.com.br / www.uboatarchive.net

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Alex Barreto Cypriano

Olha só que legal: quando o meio na superfície (na WWII, tá?) é bombardeado ele passa a navegar em círculos pra dificultar acertos; quando está pra ser torpedeado, navega em ziguezague (pra evitar a solução de tiro) ou guina a proa na direção E no sentido do torpedo (pra aumentar a distância à arma e oferecer menor área de alvo). Por falar em PBY Catalina, já se ventila trazê-lo de volta do esquecimento, ainda que com novo design talvez de 5G 😉 Welcome back, seaplanes. Parnaíba with laser weapons awaits you all. AVISO DOS EDITORES: 6 – Mantenha-se o máximo… Read more »

Last edited 8 meses atrás by Alex Barreto Cypriano
Esteves

Será possível?

Impressoras 3D, ops, 4D, produzindo e reproduzindo Catalina Lasers? As lojas de armas venderão pistolas lasers? Essas coisas que dão choque…tem choque laser?

A Fofinha tem uma dessas da época que conheceu o Esteves. Usava na bolsa. Eu não sabia que a moça tava preparada para o pior.

AVISO DOS EDITORES:

6 – Mantenha-se o máximo possível no tema da matéria, para o assunto não se desviar para temas totalmente desconectados do foco da discussão;

LEIA AS REGRAS DO BLOG:
https://www.naval.com.br/blog/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Alex Barreto Cypriano

Aquele treco, taser, mata se você tiver uma insuspeitada ou não insuficiência cardíaca. Aliás, não existe isso de arma não letal. Até chegar num laser naval, a fotônica brazuca possivelmente vai construir uma arma de microondas pra dispersão de multidão (fique vendo…). Os Catalina são bonitos pacas, ninguém atiraria numa belezinha daquelas… mas já avisaram que o foco é no C-130 com flutuadores… AVISO DOS EDITORES: 6 – Mantenha-se o máximo possível no tema da matéria, para o assunto não se desviar para temas totalmente desconectados do foco da discussão; PRÓXIMOS COMENTÁRIOS INSISTINDO EM DISCUTIR TEMAS TOTALMENTE FORA DO ASSUNTO… Read more »

Esteves

Ela tinha gás pimenta também. Esteves escapou por um triz.

AVISO DOS EDITORES:

6 – Mantenha-se o máximo possível no tema da matéria, para o assunto não se desviar para temas totalmente desconectados do foco da discussão;

PRÓXIMOS COMENTÁRIOS INSISTINDO EM DISCUTIR TEMAS TOTALMENTE FORA DO ASSUNTO DA MATÉRIA SERÃO APAGADOS.

LEIAM AS REGRAS DO BLOG:
https://www.naval.com.br/blog/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Esteves

Interessante essa rede de espionagem nazista no Rio de Janeiro enviando informações sobre navios, rotas, cargas. Trazer um UBoat da Alemanha sem isso seria contar com muita sorte.

Nunca fizeram um filme sobre: operações nazis no Rio.

Hans Werner Kraus morreu na Alemanha em 1990.

Last edited 8 meses atrás by Esteves
Macgaren

Espero que, porque seria com atores da globo e versão comédia já que o nosso cinema só produz isso.

Esteves

O cinema brasileiro é mais que isso. Bastante.

Dalton

Ao longo da Segunda Guerra a Alemanha nazista produziu mais de 1.500 submarinos”
.
O número é mais próximo de 1.200 dos quais metade do tipo VII e variantes considerados
menos efetivos e quase obsoletos em 1943, mas, que continuaram sendo construídos por serem mais baratos e rápidos de construir.
.
Algumas centenas de mini submarinos, especialmente os maiores para 2 tripulantes possivelmente foram adicionados ao total.

LucianoSR71

Mestre Dalton, segundo o site uboat.net, foram construidos 285 Seehund (2 tripulantes) e 324 Biber (1 tripulante) então também devem ter entrado nessa conta e há de se considerar também que nem todos os submarinos construidos chegaram a ser comissionados ou serem usados em combate, mas de qualquer forma são números impressionantes. Abraço.

Dalton

Diante de tudo que à Alemanha estava passando já no fim de 1943 e início de 1944 Luciano, ainda assim a quantidade total impressiona, mas, o que não foi evidenciado e nem havia o porquê de se fazer nessa matéria, era a real situação e todos os 11 submarinos do eixo destruídos o foram no ano de 1943. . Lembro de uma estatística feita em meados de 1944 que dos cerca de 400 do inventário, não incluindo “minis”, mais da metade ainda estava na fase de certificação sendo novos ou em treinamento e dos restantes, 2/3 em reparos ou tendo… Read more »

L Grande

A Alemanha conseguiu manter em atividade , depois de certo tempo, 300 submarinos no mar.Muitos submarinos.

Dalton

Não é o que li “L” quanto aos “300”… 100 no mar, 100 em manutenção/ reparos, 100 em treinamento, mais ou menos.

L Grande

Exatamente. Mas sempre 100 no mar em batalha. Esse era o plano da Marinha da Alemanha sempre ter sempre 100 submarinos no mar em batalha. Para sufocar a Inglaterra E eles conseguiram.

Leandro Costa

LG, eles não conseguiram, embora tenham chegado perto. A Inglaterra permaneceu na luta.

L Grande

Depois que os EUA entraram na batalha não tinha chances.

Camargoer.

Caro. Os EUA tinham um enorme potencial industrial mas suas tropas era mal treinadas e estavam despreparadas para o tipo de combate da II Guerra. O primeiro combate dos EUA foram contra tropas francesas em Casablanca. Depois, os EUA sofreram enormes baixas contra os alemães no norte da África. Os EUA também perderam as Filipinas para os japoneses. Aliás, o Gen. Fredendall, comandante das tropas dos EUA no norte da África, foi sumariamente demitido após as primeiras derrotas no norte da África, sendo substituído por Patton. Aliás2, outro comandante inepto dos EUA foi o Gen Clark, que comandou a campanha… Read more »

Esteves

Esse General Clark…outra história para ser contada.

L Grande

Conseguiram ter 300 submarinos. E sempre 100 na batalha. Igual a Marinha da Alemanha queria.Mas depois que os EUA entraram na guerra aí a Alemanha não tinha mais chances. Só um milagre.

Dalton

Não estou no momento com o livro que tenho que justamente trata do último ano de guerra da marinha alemã, 1944/1945, mas, segundo o que escrevi acima recordando-me dele, em meados de 1944 “apenas” 50 estiveram devidamente certificados para combate, em outras palavras não se conseguiu manter durante toda a guerra “sempre” 100 operacionais. . Foi apenas em agosto de 1942 que se atingiu o número de 100 no mar operacionais, apesar de que parte deles estava em trânsito, indo para ou retornando do teatro de operações e se chegou ao máximo de 160 quase um ano depois, porém 25%… Read more »

L Grande

O grande problema da Alemanha foi atacar a Rússia e depois declarar guerra aos EUA. Não precisava fazer isso naquele momento. Mas aí é o si. Si tivesse feito isso. Si tivesse feito aquilo. Desapareceu na história. Quem sabe a história seria diferente hoje.

Kommander

Admiro muito os alemães, um povo extremamente inteligente e acima da média! Mas graças a Deus o Hitler fez a burrada de declarar guerra aos EUA e a Rússia, caso contrário, o mundo estaria muito pior do que é hoje.

Camargoer.

Caro. Não há razão para achar que os alemães sejam mais ou menos inteligentes que os ingleses, franceses, japoneses, chineses ou brasileiros. O desenvolvimento tecnológico e industrial tem a ver com o histórico de inserção de cada país á revolução industrial e da organização de uma ensino técnico e científico nas escolas de nível médio e nível superior. Outro ponto é que Hitler declarou guerra à URSS. Em seu livro, ele já havia manifestado sua intenção de anexar a Ucrânia e substituir a população local por colonos alemães. Também era bem conhecido sua oposição ao comunismo, que ele chama de… Read more »

Camargoer.

Caro. Esta é a visão de hoje, conhecendo o histórico da II Guerra. Após derrotar a França, o front ocidental foi resolvido, liberando uma enorme quantidade de soldados e equipamentos para o front oriental. Os estrategistas alemães fizeram três suposições: 1 Os submarinos conseguiriam estrangular o fornecimento de material, energia e alimentos para a Inglaterra, que teria que negociar um armistício. 2. Os EUA teriam que priorizar a guerra contra o Japão, reduzindo o fornecimento de material e alimentos para a Inglaterra, 3. Ainda que maior, o exército vermelho era menos capacitado que o exército alemão, e seu equipamento era… Read more »

Willber Rodrigues

Acho que o erro da Alemanha foi ter achado que apenas os u-boats iriam estrangular a Inglaterra.
Essa estratégia deveria vir junto com a Alemanha investindo tudo no Afrika-Korps e conquistado ou destruído o Canal de Suez, ao invés de invadir a URSS.
Outro grave erro alemão foi não ter impedido que os ingleses fossem evacuados em Dunquerque.
Se tivessem feito isso, Churchil seria obrigado a jogar a toalha.

Pra nossa imensa sorte, isso não se concretizou.

L Grande

A Alemanha depois da conquista da França tinha planos para conquistar Gibraltar, o Norte da África, o canal de Suez, e conquistar o petróleo do oriente médio. O mediterrâneo seria um mar fechado da Alemanha e Itália. Esse plano teria um custo muito menor, menos tropas,e provavelmente forçaria a Inglaterra a um acordo de paz. Mas o plano de Hitler de conquistar a Rússia primeiro, antes de um acordo de paz com a Inglaterra, prevaleceu. Como dizia Hitler ” É só chutar a porta que a casa toda cai”. Mas não foi assim.

L Grande

Parece que em setembro de 1943, estou falando de memória, ocorreu o setembro negro em que houve mais afundamento de submarinos do que a Alemanha conseguiu produzir. Aí acabou para a Alemanha.

Dalton

Normal a memória nos confundir, mas, o correto é “Maio Negro”.

L Grande

Realmente confundi setembro negro é outro assunto interessante. Quem sabe um dia o forças terrestres publica.

Digo

Um pouco mais, tenho os número de setembro de 39 até dezembro de 43, em dezembro de 1943 eles tinham os seguintes números:

Total U-boat strength: 424
U-Boats under repair: 168
Training U-Boats: 97
Operational / front line U-Boats: 159
Monthly production*: 28

O apíce de U-boats em serviço foi em março de 43 com 240 u-boats em serviço.

Luiz Trindade

Dae a importância de sempre obedecer as ordens superiores. Desobedeceu foi para aonde não devia e colocou os caboclos loucos da FEB e Senta a Pua na guerra que mais tarde foi descoberto que os nazistas tinha medo deles porque simplesmente os brasileiros não temiam nada.

Bela história!

L Grande

Tive a honra de conhecer o Capitão Torres. O exemplo daquele punhado de jovens que, na Segunda Guerra Mundial, não hesitou em se sacrificar – no mar, na terra e no ar – pela manutenção dos princípios e valores que forjaram a nacionalidade, deve estar sempre presente nos corações e mentes dos verdadeiros brasileiros.

ednardo curisco

relato excelente! pena que ‘curto’!!! Bravos guerreiros

Salomon

Prezados, duas perguntas:
1-Tentaram passar os Catalinas para a MB de alguma forma, ou foram sempre operados pela FAB?
2-Os U tinham combustível para tanto deslocamento ou havia algum tipo de reabastecimento por navios?
Grato

Leandro Costa

Salomon, os Catalinas sempre foram operados pela FAB. Foram recebidos pouco tempo depois da criação da FAB, quando as aeronaves da Aviação Militar (EB) e da Aviação Naval foram todos repassados para a recém criada Força Aérea Brasileira. Os Uboots tinham uma quantidade X de combustível. Às vezes podiam contar com outros submarinos alemães que eram apelidados de ‘Vaca Leiteira’ que reabasteciam os submarinos tanto de combustível, quanto de víveres e munições para estenderem seu tempo de patrulha. De cabeça, eu não sei quantos deses estavam disponíveis, mas isso era obviamente alertado aos comandantes de submarinos para que soubessem quando… Read more »

Salomon

Falar com quem sabe é outra coisa.
Obrigado
TFA

Dalton

Existe um gracejo antigo Leandro de que as “vacas leiteiras foram para o brejo” ! apenas 10 entraram em serviço a maioria afundada em 1943.

Leandro Costa

Eu suspeitava que conseguiria nos iluminar, Dalton hehehehe

Obrigado, mais uma vez. E o gracejo é bem pitoresco. 😉

Alex Barreto Cypriano

“1-Tentaram passar (…)?” Sério, isso? Você não sabe o caminho árduo que a MB teve que fazer pra ter asa fixa depois de 1941. Essa é uma história a se contar aqui no PN. A Mb só podia catar submarino chucrute (e nunca catou nenhum) com caça-pau (classe J) ou caça-ferro Classe G):
https://www.naval.com.br/blog/2019/12/21/os-cacinhas-nomes-e-historias-para-nao-esquecer/
Quem diria que o PN faria matéria atinente à FAB (escopo do PA)? Claro que podem alegar que não é elogio à FAB mas senta-pua nos nazis (argumentum ad Hitlerum)…

Last edited 8 meses atrás by Alex Barreto Cypriano
Fernando "Nunão" De Martini

“A Mb só podia catar submarino chucrute (e nunca catou nenhum) com caça-pau (classe J) ou caça-ferro Classe G)” Alex, Você está se esquecendo de mais de duas dúzias de outros navios que realizaram escoltas de comboios costeiros pela MB, além dos 8 classe G e 8 classe J, ou realizaram escoltas e patrulhas oceânicas: No caso, os 8 contratorpedeiros de escolta da classe “Bertioga”, as 6 corvetas (ex-navios mineiros varredores) classe “Carioca”, os 3 contratorpedeiros de esquadra classe “Marcílio Dias”, os 2 cruzadores classe “Bahia”, sendo que todos foram adaptados com um completo aparato antissubmarino, e até mesmo conversões… Read more »

Last edited 8 meses atrás by Fernando "Nunão" De Martini
Alex Barreto Cypriano

Tem link de matéria no PN sobre os Bertioga, Carioca, Marcílio Dias, Bahia e Henrique Dias nesta missão na WWII?

Last edited 8 meses atrás by Alex Barreto Cypriano
Fernando "Nunão" De Martini

Acho que tem, mas de muito tempo atrás, difícil achar agora.

Mas não faltam livros sobre isso.

Esse aqui por exemplo, tem um capítulo enorme que detalha toda a participação da Marinha na IIGM, a quantidade de missões dos navios, o número de comboios escoltados, o lend lease, enfim, um dos melhores investimentos de 16 reais que se pode fazer:

https://cartasnauticasbrasil.com.br/historia-naval-brasileira-vol-5-tomo-ii.html

Alex Barreto Cypriano

Grato, mestre Nunão.

Luiz Trindade

Também não vejo com bons olhos a maneira que FAB foi criada (vide sua criação pelo falecido ex-presidente Getúlio Vargas). Porém graças ao criticado ex-presidente Fernando Henrique Cardoso a MB voltou a ter autorização de aeronaves de asas fixas. E não deixa de ser irônico. 30 anos de ditadura militar não fez o que um presidente da redemocratização fez com uma canetada.
Agora em relação ao PN fazer matéria pertinente ao PA, o contrário já foi feito e não vejo nada demais. Todos os braços armados são Forças Armadas Brasileiras.

Selva!

No one

En passant…

Dos 11 submarinos afundados, 9 nove no litoral norte/nordeste e 2 sul/sudeste.

Last edited 8 meses atrás by No one
Carlos Eduardo k.h

Tinha que fazer um filme , sobre essa história

Rinaldo Nery

Há um excelente livro chamado Galloping Ghosts of the Brazilian Coasts, de Alan C. Carey, na Amazon, contando a história das operações aeronavais da US Navy, no Brasil, durante a Segunda Guerra. Mostra a construção da Parnamirim Airfield em Natal, pelos EUA. “Trampolim da Vitória”. Prédios da época ainda existem. Lembrando que a escola de patrulha marítima funcionou em Salvador, a USBATU (United States and Brazil Air Training Unit), gerenciada pela US Navy.

Esteves

Grato, Coronel Nery.

Azevedo

Entre outros no Brasil, o evento do ataque é citado também em publicação hospedada no site da “DPHDM da US Navy” nas páginas 501 e 708.
https://www.history.navy.mil/content/dam/nhhc/research/histories/naval-aviation/dictionary-of-american-naval-aviation-squadrons-volume-2/pdfs/DictionaryAmericanNavalAviationSquadronsVol2.pdf

Last edited 8 meses atrás by Azevedo
Sequim

Sei lá, mas às vezes penso que se Hitler não tivesse sido tão ganancioso a ponto de atacar a Inglaterra e depois a União Soviética, talvez hoje a Europa ocupada ainda estivesse saudando a suástica.

Alex Barreto Cypriano

Por quê você está argumentando a favor do nacional-socialismo? Você acha que foi mero azar a destruição da Alemanha nazista, que o mundo inteiro foi em coalizão contra aquela apenas por birra? Que dava pra fazer appeasement com Hitler, que dava pra trazê-lo à razão e à medida da mesa da diplomacia e negociações onde se cede algo pra obter algo? O nazismo era de alto a baixo o reino da violência homicida e da ganância cínica, ele atacou a Inglaterra e a URSS (além de invadir a França, Polônia, trucidar eficazmente inocentes e indefesos, praticando pilhagem descarada, etc) porque… Read more »

Sequim

Apenas para esclarecer, não estou falando positivamente a respeito do nazi-fascismo,mas tão-somente realizando um exercício de simulação do ponto de vista geopolítico e histórico. Você já foi para a análise psicológica e moral daquele regime. Ambas são válidas, na medida que são apenas simulações, pois a História são os fatos que estão acontecidos e acabados.

Alex Barreto Cypriano

Exercício de simulação?… então tá, continue simulando que não entendeu o que eu escrevi, que o seu argumento e o meu se igualam no âmbito de meras simulações ao arrepio da história dos fatos acontecidos e acabados.

Last edited 8 meses atrás by Alex Barreto Cypriano
No one

O mundo inteiro se coalizou contra eles ? Sei não, o Brasil mesmo ficou encima do muro até o derradeiro, até quando dava para aguentar… A Argentina mesmo nem se fala.

Os germes são persistentes e resistem até hoje em muitas sociedades, por incrível que parece até no Brasile e na Índia há uma boa quantidade de alucinados por aquela ideologia.

Last edited 8 meses atrás by No one
Alex Barreto Cypriano

Mas o Brasil, pra sua honra, foi, não foi? Os milicos se gabam, com razão, até hoje de sua campanha nas terras de Itália. Isso é um erro porque Getúlio titubeava? Devemos considerar a CSN um engano porque foi obtida em troca de apoio contra os nazis? Um dos germes do nazifascismo é a tendência a não reconhecer fatos, desprezar a verdade objetiva e sacrificar a discussão num eterno pars pro toto.

Last edited 8 meses atrás by Alex Barreto Cypriano
L Grande

A Alemanha não atacou a Inglaterra. Foi a Inglaterra que declarou guerra a Alemanha. Na verdade a elite da Alemanha tentou várias vezes fazer um acordo de paz com a Inglaterra, prometendo a Inglaterra manter o seu império. A Alemanha sabia que o tempo das potências européias estava chegando no fim. Eram países com população e territórios pequenos comparado aos EUA e Rússia e futuramente a China . Para a elite da Alemanha a única forma de sobrevivência era ter um grande território com a conquista da Polônia, Ucrânia, etcetera. O que depois os alemães conseguiram na paz com a… Read more »

Patriota

Que saudade da época em que a Força Aérea Brasileira destruía material bélico invasor estrangeiro ao país!
E não essa _____________ que tiveram em deixar avião farejador nuclear americano entrar aqui dentro-sem sequer interceptar.

COMENTÁRIO EDITADO. MODERE O LINGUAJAR E MANTENHA O BLOG LIMPO.

LEIA AS REGRAS:

https://www.naval.com.br/blog/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Dr. Mundico

Havia uma rede de espionagem nazista no sul do Brasil e na então capital federal, Rio de Janeiro. Na sua maioria eram ativistas integralistas/fascistas com ligações a embaixadas, universidades e grupos empresariais simpáticos a “filosofia” nazista. Havia até um famoso escritor envolvido com esses grupos, inclusive com participação ativa em levantamento e condução de informações ao inimigo. Seu nome não pode ser citado por não haverem provas sólidas e definitivas da sua participação. O que existem são apenas depoimentos e citações. Havia até uma unidade transmissora de ondas curtas próximo ao porto do Rio de Janeiro, se não me engano… Read more »