Alça optrônica Atena será integrada aos canhões da classe Amazonas

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NPaOc Amazonas P120

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Valor informado no Diário Oficial da União é de quase 2,5 milhões de reais

Conforme publicação feita há uma semana no DOU (Diário Oficial da União), a empresa ARES Aeroespacial e Defesa vai adequar e integrar a alça optrônica Atena aos três navios-patrulha oceânicos da classe “Amazonas”, em serviço na Marinha do Brasil. A integração visa os canhões de 30mm dos navios, assim como seus sensores e sistemas.

O extrato de inexigibilidade de licitação está reproduzido abaixo:

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO
Publicado em: 10/11/2023 | Edição: 214 | Seção: 3 | Página: 39
Órgão: Ministério da Defesa/Comando da Marinha/Diretoria-Geral do Material/Diretoria de Sistemas de Armas
EXTRATO DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO

Processo 63435.005989/2023-52, Termo de Justificativa de Inexigibilidade 4/2023. Contratada: ARES – Aeroespacial e Defesa S.A. Fundamento Legal: Inciso I do art. 74, da lei, da Lei 14.133/2021. Objeto: Prestacao de servico de adequacao e integracao da alca optronica ATENA aos tres Navios Patrulhas Oceanicos (NpaOc) da classe Amazonas, visando a sua integracao com o canhao de 30 mm e com outros sistemas e sensores dos navios. Valor: R$ 2.482.081,20 (dois milhoes, quatrocentos e oitenta e dois mil e oitenta e um reais e vinte centavos). Reconhecimento: Capitao de Mar e Guerra ROGERIO BRASIL DE CARVALHO, Ordenador de Despesas. Ratificacao: Contra-Almirante MARCELO MENEZES CARDOSO, Diretor de Sistemas de Armas da Marinha. Data de Assinatura: 06/11/2023.

Ainda não foi informado o prazo para realização dessa integração, o que provavelmente será mencionado em futura publicação sobre assinatura de contrato.

Em junho deste ano um extrato de contrato para o mesmo trabalho em outro navio-patrulha, o recém-incorporado Maracanã (classe “Macaé”)  foi publicado informando, naquele caso, valor de cerca de 1,2 milhão, com vigência até dezembro de 2024. O trabalho inclui a integração com o canhão Bofors de 40mm do Maracanã.

 


Em 2014 o Poder Naval publicou matéria sobre a aquisição de 14 alças Atena da ARES. Clique aqui para mais detalhes.

Em 2018 foi informada a instalação da alça Atena na fragata Defensora (veja matéria aqui).  Trabalhos de diagnóstico e manutenção  nesta alça e em outra instalada no navio-escola Brasil foram informados no DOU em 2021. 

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Thiago Santos

Essas alças foram compradas em 2014 e quase 10 anos depois vão ser instaladas? Porque tanta demora para serem integradas??

Fernando "Nunão" De Martini

Talvez o motivo seja que a maior parte dos navios aos quais as alças seriam destinadas (eram originariamente para o NE Brasil e para a classe Macaé, conforme matéria da época), não ficaram prontos devido à falência do estaleiro EISA, que tinha contrato para 5 navios classe Macaé e não entregou nenhum.

Então passaram a instalar em outros navios, como a fragata Defensora e os NPaOc classe Amazonas, além dos próprios navios efetivamente construídos da classe Macaé.

Apenas uma hipótese. Mas de fato parece bem demorado todo esse imbróglio.

Delta

EDITADO:
COMENTÁRIO BLOQUEADO DEVIDO AO USO DE MÚLTIPLOS NOMES DE USUÁRIO.

Augusto José de Souza

E os canhões,não seria viável terem maiores pelo tamanho dos navios,algo como as das corvetas Barroso e classe Inhaúma?

soutoF

Nunão a Argentina vai construir 4 OPV ja e´melhor
que a MB.

Fernando "Nunão" De Martini

Souto,

Por que você endereça a mim um comentário em que responde ao Augusto?

Até onde sei a Armada Argentina já recebeu os quatro OPVs que encomendou ao Naval Group francês. Desconheço nova compra ou contrato recente de construção de OPVs, mas se tiver o link da notícia pode postar aqui.

Souto

Desculpe Nunao.

Bardini

A Prefectura Naval abriu uma licitação para 04 OPVs na faixa das 1.800t.

Last edited 5 meses atrás by Bardini
Fernando "Nunão" De Martini

Ah, ok.

Estava pensando na Armada (e até pesquisei por isso após o comentário do Souto), mas não na Prefectura (guarda costeira). Vou procurar.

Já encontrei.

Obrigado Souto e Bardini pela dica.

Um bom assunto para matéria a ser debatida no sábado.

Daniel

Acho esse navio extremamente mal armado pelo tamanho que ele tem. É simplesmente um classe Macaé do tamanho de uma corveta. Pelo menos (ou por causa disso mesmo) saiu barato. Acho que para uma marinha relativamente pequena como a nossa, esse tipo de investimento é um claro desperdício de dinheiro. Falando em navio patrulha, já compararam os nossos com a classe “Roussen” da Grécia? Dá até vergonha . . .

Fernando "Nunão" De Martini

Daniel, nesse caso são navios de propósitos totalmente diferentes para necessidades também diferentes. A classe Roussen não é de navios-patrulha, são “barcos missileiros” de alta velocidade (fast attack missile boats). Não são feitos para patrulhas longas de finalidade constabulária / guarda-costeira, e sim para ataques rápidos tipo dispare e fuja. Trocam autonomia e alcance por mais velocidade, pois para levar a quantidade de mísseis antinavio, antiaéreos e sensores, além de motores mais potentes, têm menos espaço para víveres e combustível. São ótimos navios de ataque de superfície… para um país arquipélago como a Grécia. Já para tarefas constabulárias, a Grécia… Read more »

Daniel

Essa é uma discussão antiga. Não seria melhor criar uma guarda costeira separada da MB para não sobrecarrega-la? No final, ela não consegue fazer bem nenhuma das duas coisas.

Com relação aos barcos misseleiros, talvez seja uma boa alternativa para o Brasil, já que dificilmente a MB terá condições de construir e mantes grandes navios de guerra em quantidade suficiente.

paulop

Caro Daniel, penso que esse tipo de embarcação seria útil à MB. Onde seriam empregadas: Foz do Amazonas e Litoral -Sul-Sudeste.
Em ambos os casos (Foz do Amazonas[nas alturas de São Luis/MA até o rio Oiapoque] e Litoral Sul-Sudeste[nas alturas de Florianópolis até o Rio de Janeiro]) navios velozes, armados de mísseis anti-navio (Mansup), torpedos e canhões (30mm/40mm), na faixa de 100t/250t poderia se constituir em um meio interessante de dissuação, complementando a ação dos navios patrulha e atuando junto dos meios de minagem para garantir a segurança das áreas.

Algo como isso:
https://www.rmkmarine.com.tr/en/the-fast-attack-craft-_fac_-project.html

comment image

Enfim, ideias, ideias…

Mercenário

Sul-sudeste o cara quer Florianópolis-RJ.

RS, ES e Nordeste fora.

Não há necessidade do meio que você falou.

A patrulha offshore é que está mais defasada.

Willber Rodrigues

“Essa é uma discussão antiga. Não seria melhor criar uma guarda costeira separada da MB para não sobrecarrega-la? No final, ela não consegue fazer bem nenhuma das duas coisas.” Criar uma GC no Brasil esbarra em duas questões: 1- a grana pra isso viria de onde? Não há fôlego orçamentário pra se criar esse órgão. 2- quem garante que essa GC não será apenas mais um órgão inchado, ineficiente e que gasta mais vom soldo/aposentadoria, do que com sua finalidade? Antes eu era a favor de se criar uma GC, mas hoje eu acho, baseado no achismo mesmo, de que… Read more »

Camargoer.

Caro. Se for criada um CG, os recursos deverão ser desmembrados da MB. O orçamento dela hoje cobre os meios distritais e os meios de esquadra. Se a MB transferir os NaPa para uma CG, tem que transferir o pessoal e os recursos.

A pergunta seria se a CG seria militar ou civil. PF e a PRF sao polícias federais civis.

Outra pergunta seruaxsr a CG ficaria no MinDef ou no MJ? A PF e a PRF sao do MJ. Aliás, defendo a extinção da PRF. Povoamento rodoviário é atribuição das polícias estaduais.

Vitor Botafogo

Isso é um devaneio. O Governo vai passar a priorizar a GC e desmantelar a MB. Vejam como a PF faz aquisições erroneas e não consegue manter os meios por diversas vezes. Drones, Helicopteros que ficaram parados, agora possuem jatos entre outras coisas… A Marinha da Argentina esta desmantelada e o que investem é em OPV e P-3. Depois reclamam que a as FA´s tem muito pessoal, mas sempre desconsideram que a MB engloba Guarda Costeira e Capitania dos Portos. O Pessoal é a parte mais barata das FA, falta dinheiro é pra investimento, manutenção e custeio dos meios que… Read more »

Last edited 5 meses atrás by Vitor Botafogo
Heinz

Defende a extinção da Policia que mais apreende ilícitos no país, calma ai ____
____

EDITADO. MANTENHA O RESPEITO. DEBATA OS ARGUMENTOS SEM ATACAR AS PESSOAS. LEIA AS REGRAS DO BLOG:

https://www.naval.com.br/blog/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Vitor Botafogo

Exatamente Wilber, a tendência de uma GC é se criar um orgão ineficiente,cheios de indicação política e de cabides políticos. O Brasil não precisa mais disso. O mesmo se ventilou para o Controle de trafego aéreo para ser desmembrado da FAB alguns anos atras. Resultado, os controladores civis, ganham muito mais que os controladores militares e ameaçam constantemente entrar em greve. São sindicalizados e criam desigualdade com seus pares militares. Os países que seguiram com esse modelo possuem problemas constantes também. Melhor deixar os orgãos das FA acumulando funções com estrutura mais eficiente. O Certo era a FAB (se financiar… Read more »

Last edited 5 meses atrás by Vitor Botafogo
Vitor Botafogo

Outro exemplo é a Infraero. Depois que privatizaram vários aeroportos, olha como melhorou? A Infraero era e é cabidagem de emprego e cheio de esquemas de arrendamento de loja e espaços comercializados. O que já escutei de historia do Santos Dumont não é brincadeira. Recentemente estive no aeroporto de Aracaju e fiquei impressionado com a privatização. Aeroporto tem finger e diversos espaços que antes era restrito a um puxadinho da infraero.

Daniel

Esse custo poderia ser passado para os estados com litoral. Seria apenas uma extensão das PMs, só que marítima.

Inclusive, poderia ser uma forma de reaproveitar os militares da MB que estariam dando baixa e que quisessem continuar trabalhando no mar, mas em uma força mais maleável.

Mercenário

Já esse cidadão quer repassar custos aos já combalidos Estados.
Você ouviu falar na reforma tributária? Você sabe que o Governo Federal centraliza receitas?

Camargoer.

Uma CG civil ou militar? Vinculada ao MinDef ou ao MJ?

Daniel

Como se fosse uma extensão da PM dos estados com litoral, vinculada à respectiva secretaria de segurança de cada um desses estados. Mas essa provavelmente seria uma loooonga discussão. A MB porque não gostaria de perder os recursos. O MJ porque provavelmente não gostaria de ver a jurisdição marítima ser compartilhada. E os estados provavelmente reclamariam dos custos . . . Principalmente os do nordeste que são os menos desenvolvidos e com economia mais fraca.

Fernando "Nunão" De Martini

Barcos de ataque são bons para mares fechados, litoral recortado, arquipélagos, baías cheias de ilhas. Tudo que é exceção no nosso litoral. Se navios pequenos lotados de armas fossem bons para patrulha a Grécia não teria navios mais simples e armados apenas com canhões em sua guarda costeira. Ou nem teria guarda costeira. A MB incorpora a função guarda-costeira em seus meios distritais. E são os meios que mais acumulam dias de mar na MB. Só não funciona melhor porque deveria haver bem mais que as duas dúzias de navios-patrulha e a meia dúzia (estou arredondando) de rebocadores de alto-mar… Read more »

Daniel

Peraí que você está misturando as coisas. A ideia é ter barcos misseleiros para complementar os poucos navios que a MB tem. Por isso a ideia de GC. A questão do arquipélago é irrelevante. O que conta são os mísseis de longo alcance que podem ser disparados de meios bem mais baratos do que uma fragata. Realmente, não podemos ter certeza que uma GC seria funcionaria como deveria. Mas temos certeza que a MB não funciona como deveria. Acho excelente a possibilidade de militares que estão saindo da MB terem a possibilidade de arrumar outro emprego em uma GC, caso… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Daniel Acho que foi você quem começou a misturar as coisas ao chamar um barco missileiro grego de navio-patrulha. A questão de arquipélago, baías etc é extremamente relevante para a operação de barcos missileiros, que se tornam vulneráveis em alto-mar, perdendo o fator surpresa que é um componente importante no seu projeto. E essa limitação é especialmente sentida em litorais abertos como o do Brasil. Não que não sejam úteis (e a MB costuma utilizar seus próprios navios-patrulha para simular ameaças do tipo a deslocamentos da Esquadra), mas são bem menos úteis do que nos casos de emprego em teatros… Read more »

paulop

Nunão, antes de mais nada, parabéns a toda a equipe. Sempre atualizando-nos sobre as questões pertinentes à guerra naval… Sobre a questão das guardas costeiras, penso que ao Brasil, seria muito mais interessante criar um Sistema de Segurança Marítima, seguindo exemplos da França e Alemanha, em que diversos órgãos possam atuar no ambiente marítimo (e por extenção fluvial e lacustre). Observar que à PF cabem as funções de Polícia Marítima e à RFB cabo o controle aduaneiro (ou seja, todo o transporte de cargas internacional – inclusive o marítimo). Além disso, ao Ibama cabe atuar na fiscalização pesqueira e a… Read more »

Vitor Botafogo

Acho que precisamos de uma combinação de mais OPV como a classe Amazonas com a Macaé (mais distrital), com capacidade de patrulha de longa distância do que as Macae. O Custo de manutenção/operação não é tão diferente comparado com a Macaé que possui dimensões menores e autonomia muito menor, além de sofrer mais com condição de mar grosso. Só acho que ambos possuem uma tripulação grande na minha opinião e a MB deveria investir mais em automação para reduzir o custo de pessoal em ambas. Navios de Offshore , possuem a metade da tripulação e operam 24/7. Um PSV (Platform… Read more »

Enzo Magno Donato Vernille

Se eu ganhasse um real cada vez que eu visse alguém falar que o armamento dos nossos NPa é fraco
Eu estaria milionário
Meio incrível que o assunto não morre de vez

Airton DT

Os classe Amazonas foram adquiridos equipados com alça optonica. Qual seria o motivo da troca?
O NPa Macau possui uma alça optronica que nunca foi integrada ao canhão bofors de 40mm. Não tenho informação se o Macaé possui alça integrada ao armamento também.

Bosco

Um sistema como esse é melhor classificado como sistemas de visão ou vigilância optrônica do que como “alça” optrônica.
Esse termo “alça” remetente à utilização restrita de prover solução de tiro para canhões mas esse sistema é muito mais que uma alça ainda que possa fazer esse papel.

André Gomes

Mais um motivo para trocar de canhão pelo bofors mk110/57.